Texto sobre Infância
Todos temos alguns "sonhos impossíveis" vindos de nossa infancia...
Mas quando algum desses sonhos pode ser realizado,
claro que marca definitivamente nossa vida...
Assim foi a África em minha vida...
Osculos e amplexos,Marcial
TEXTO PUBLICADO EM 12/09/2009
CERTOS SONHOS DE INFANCIA
Marcial Salaverry
Sempre tive um certo espírito aventureiro, e desde minha mais tenra idade, sempre sonhei com aventuras mirabolantes.
Imaginava-me, ora sendo um Tarzan, vivendo na selva, entre as feras, ora, sendo um Flash Gordon, vivendo num futuro longínquo (para mim, na época...), ora sendo um Roy Rogers, matando todos os bandidos no velho oeste.
Sempre tive um espirito muito inquieto, muito aventureiro. Na época não era possível viajar-se como hoje, com uma mochila nas costas e nada no bolso. Creio ter nascido em época errada, pois, para levar uma vida de aventuras, como eu sonhava, era preciso ser rico, ou então ter nascido uns quantos anos depois.
Deliciava-me com todos os filmes que mostravam a África misteriosa e longínqua. Sabia, contudo, que eram apenas sonhos irrealizáveis, mas os tinha, e ficaram mantidos no subconsciente.
A vida em si, ia confirmando a realidade que já vira. E comecei a esquecer dos sonhos, empenhado que estava em cumprir com minhas obrigações de chefe de família, com esposa e filhos para cuidar e sustentar. Os sonhos, então, foram arquivados. O máximo que me permitia em termos de viagem, eram pequenas incursões a Santos.
Minha mãe fizera uma previsão para mim, segundo a qual iria fazer uma grande viagem.
Quando mudamos de São Paulo para Santos, disse a ela em tom de gozação, que ela estava certa. Seria essa minha grande viagem. Mal sabia o quão exatas foram as previsões que ela fizera...
Com todas as dificuldades que poderia encontrar, até que gostava da vida que levava na então pacata Santos.
Mas, nessas brincadeiras do destino, algo aconteceu que faria mudar tudo, e que possibilitaria a realização do velho sonho. Mudou-se para uma casa vizinha da nossa, uma família de portugueses, os Paiva, que havia fugido do Congo Belga, por causa das lutas pela independência daquele País, em 1961.
O fato deles terem vindo da África, fez com que nossa amizade crescesse, pois eram intermináveis nossos papos sobre a vida no Congo, tão misterioso para mim, e que me despertavam enorme curiosidade.
Ora, com a normalização da vida no Congo, os Paiva resolveram voltar para lá, pois já havia condições de vida novamente. Ficou acesa a luzinha interior, e o sonho começou a ressurgir...
Na época, em 1969, a situação geral do Brasil não estava muito boa, e a minha situação pessoal, pior ainda. Recebi uma carta do amigo Manuel Paiva, contando que tudo estava em paz por lá, e que, devido ao êxodo da mão de obra qualificada quando das revoltas, seria fácil para mim obter boa colocação lá, e com boas vantagens. Boas vantagens? Bons ganhos? Possibilidade de independência financeira? Ainda mais a África velha de guerra? Objeto de meus sonhos infantis?
Conversei longamente com Neyde, minha esposa, sobre essa aventura. Tão insana quanto eu, ela “topou a parada”. Decidimos mandar tudo para o espaço, e, contrariando a opinião de ambas as famílias e também de todos nossos conhecidos, resolvemos vender tudo que tínhamos aqui, e embarcar nessa “loucura maluca” (assim a chamavam todos...).
Afinal, partir para o desconhecido, com duas crianças pequenas, na realidade, poderia ser encarado como maluquice pura. Insanidade seria pouco. Loucura de verdade. Teria que viajar sozinho, deixando a família aqui, pois precisaria sondar o terreno no Congo, para saber se o que Paiva dissera era verdade.
Pronto, o sonho em vias de ser realizado... Sequer me atrevia a pensar sobre o assunto, caso contrário voltaria atrás em minha decisão, tantos eram os problemas que todos me apontavam. Não tinha o menor conhecimento de como eram as coisas lá. Tinha conhecimentos apenas rudimentares do francês. Sequer sabia o que iria fazer lá.
Só sabia que ia. O que realmente me animava, era o velho espírito aventureiro que ressurgira com força total, e aquele velho sonho de conhecer a África de meus ídolos, os longínquos Tarzan, Fantasma, Nyoka.
Já me imaginava enfrentando leões, elefantes, hipopótamos, e mal sabia que isso ocorreria realmente, que os veria muito de perto, que sentiria o cheiro dos bichinhos bem diante de mim.
Chegou o dia do embarque... Despedi-me da família... Como minha irmã Gloria pediu, fiz a lista de “minhas últimas vontades”, pois poderia encontrar antropófagos por lá... E os iria encontrar mesmo...
Enfim, meu velho sonho de infância iria se realizar. Ao entrar no avião, olhei para minha esposa, que ainda conseguia segurar as lágrimas, e disse: AFRICA, LÁ VOU EU. PREPARE-SE.
O resto, o resultado dessa "loucura maluca", poderá ser conferido no livro UM BRASILEIRO NA ÁFRICA, onde conto tudo o que vivi por lá. Que sobrevivi à "loucura maluca", está provado. Não matei a fome dos antropófagos, leões, crocodilos e congeneres que encontrei pelo caminho, e estou podendo ter a cada dia de minha vida, sempre UM LINDO DIA, e assim desejo a todos que me leem, (e a quem não me lê tambem...)
🍃❤Verdadeira infância😘💭
"Quem disse que em minha infância eu precisava de um tablet, smartphone, video game, ou mesmo brinquedos caros para se divertir?!...,as vezes um mero barbante amarrado, um balanço, um pedacinho de madeira com rodinhas que imitava um carrinho, com pistas feitas na terra, ou mesmo um pé de árvore e alguns pedaços de madeira para fazer cabanas,..., e o melhor de tudo era muito feliz,e não reclamava por não ter um video game novo,brinquedos novos,...,sonhava como toda criança é claro,mas não reclamava,apenas se divertia com o que tinha ao máximo,... #EraMuitoFeliz.
Já as crianças de hoje em dia jamais saberão o que era fazer cabana, brincar na rua com os amigos pós escola,toda semana arrancar o tampão do dedo na rua jogando bola,..., infância hoje em dia baseia-se em chegar da escola video game por 10 15 horas, depois tablets smatphones....
#NãoHáInfanciaNisso
#PropriosPaisSãoOsCulpadosPorIsso
#NãoTemTempoParaEnsinarEMostraUmaVerdadeiraInfanciaParaSeusFilhos
#EsqueceramOqueESerCriança
#Triste...
😢💭🍃👊🎢🎭🎮🎨⛺🎢🎡
Um faz de conta que nada conta...
Nosso erro começa na infância, ah criança se tu soubesses!
Se tu pudesses ter uma amostra grátis aqui de fora, pediria ao Papai do Céu que nunca lhe deixasse crescer.
Aqui fora nada é tão bonito assim, na verdade chega até assustar.
Não é o país da Alice, nem tão pouco o mundo de Branca,
Aqui você percebe que nem toda dor se cura com Band-Aid, nem todo beijinho sara e quando casa não passa.
É criança, o mundo adulto é assombroso. Aqui você entende que mais dolorido que a palmadinha da Mamãe, é a agressão das palavras.
E que divertido mesmo é apenas a disputa pelo brinquedo mais novo.
Olhe pra cima pequena, veja, a crueldade das pessoas é do tamanho de tua inocência.
Se pudesses espiar aqui, tu não acreditarias, os adultos tem a audácia de transformar a pureza do sorriso em algo sarcástico, usar para machucar.
No mundo adulto minha criança, os monstros não moram mais embaixo das camas, eles se mudaram pra dentro de muita gente.
Sabe aquele tapinha nas costas pra desengasgar? Aqui é sinônimo de traição. Nem todo mundo que se aproxima é pra te ajudar.
Uma vez que aqui não tem atrás de guarda-roupa pra se esconder, colo da mamãe para chorar, quintal para correr, inocência para brincar. Aconselho-te minha criança, fique por ai por muito tempo, não tente adiantar e quando não houver mais tempo, peça a Deus sabedoria pra lidar como esse mundo tão diferente, que está acostumada a pintar.
O NATAL DA MINHA INFÂNCIA...
Minha avó gostava de ler,
Ao final da festa de natal, chamava os netos,
E a cada um dava um livro, investindo no que iam ser!
Não imaginava, que dentre todos havia um neto
Que devorava as páginas, sem perguntar nem ter
O porquê dizer, do seu amigo, que no Natal ia ter!
Este encontrava na palavra escrita o querer
Foi achar um dia a razão do viver!
Esta criança sou eu,
Que agora estou a escrever,
E o meu encontro com Deus
Deu-se nas páginas que me por lê-la
Desde a mais tenra idade, sem saber
Do rumo que a vida iria ter
E que escritor iria ser
E esta estória de Natal iria escrever!
Melancolía
En la penumbra de la noche se pone a pensar
En todo lo que pasó en su infancia
Este vivió intensamente y constantemente por ella
Ella insiste en que hasta hoy nunca pierde su lado infantil de vivir la vida
Hoy tan emocionado que ella recuerda su infancia príncipe
Lo que marcó su vida con un simple gesto
Y con la piedra del amor y sus diferentes anillo
Hoy ya no está presente
El hechizado con el empate primer amor
Hoy, que ya viejo y la ruta de destino
Sólo recuerda los buenos tiempos
Momentos de una infancia aman
Qué va a ser inmortalizado por el simple hecho de
Que nada en la vida sucede por casualidad
Y en todo lo que ya se había decidido en alguna parte
Tal vez en otras vidas ¿
¿Quién sabe
Tal vez esto es sólo un recordatorio eterno de niño melancólico.
Meu Rincão
Meu passado...
Ranchinho querido da infância...
Aqui estou eu...
Te trazendo em um poema meu...
La na gruta...
A terra que dava o arroz...
No horizonte de minha janela...
Pastos e cafezais...
Oh tempo passado...
Até hoje te aprecio...
Naquela natureza vivida...
Naquele chão pisado de terra batida...
Por trás da nossa casa...
Hortaliças que perdia de vista....
Ali...
Amendoim e repolho...
Alho, cebola e couve....
Alface, rabanete e mandioca....
Na palhoça...
Milho para as galinhas...
Os porcos gordos no chiqueiro...
Mais a frente....
Curral de tábuas manchadas...
Com óleo velho queimado...
O gado nelore...
Era de alta qualidade....
As vacas leiteiras....
Davam leite naquela mangueira...
O pomar era pura fartura...
Laranja lima e pera do rio...
Amoras e carambolas...
Polcãs e mexiricas....
Adolescência vivida...
Tinha tudo e reclamava....
E hoje....
Só o tempo marcado que ficou naquela tábua...
Na espera de um novo Sol...
Talvez o vento me leve pra rever...
Apreciar e contemplar....
Aquele abençoado lugar...
Assim como o rio que corre para o mar...
Onde as estrelas me falam....
O inacabado ciclo da vida...
Um dia posso eu...
Naquele rincão verdejante morar...
Baruck...
Famosa Fazenda São Jorge...
Nessa posse....
Sera modificado seu nome...
Darei á ela um pseudônimo...
Dedicarei também uma inspiração única....
Terra formada de outrora...
Um dia lá atrás...
Os meus olhos da inocência te viram...
Na mata ainda intocada....
Será o cravo tirado de um poema...
Para isso acontecer....
Não precisei muito sonhar....
Apenas tive essa visão...
Seu nome um dia será...
Meu terno...
E eterno sertão....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
BARCOS DE PAPEL (soneto)
Na chuva da temporada, pela calçada
A enxurrada era um rio, e o meio fio
O teu leito, com barragem e desafio
Na ingênua diversão da meninada
Bons tempos felizes, farra, mais nada
Ah! Os barcos de papel, inventivo feitio
Cada qual com um sonho e um tal brio
Navegando sem destino, a sua armada
Chuva e vento, aventura e os barquinhos
Tal qual a fado nos mostra os caminhos
E a traçada quimera no destino velejada
Barcos de papel, ah ideais, são poesias
Que nos conduzem nas cheias dos dias
No vem e vai, no balanço, da jornada...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
27/06/2020, 11’05” – Triângulo Mineiro
Minha infância
Queria voltar à infância
Queria voltar a brincar
Brincar de casinha e bonecas
pular, correr e nadar.
Queria esquecer a vida,
esquecer a obrigação,
Queria esquecer os sonhos,
o dia a dia , a decepção
Daria tudo pela infância
que ficou como outrora,
voltar a ser criança,
época alegre e gostosa
Queria rever os amigos,
a dúvida , a ingenuidade,
as brigas de criança,
sem ódio e sem maldade.
Por que, meu Deus por que?
Deixais ela ir embora?
Se é a melhor de todas,
Por que não fica e demora?
Natais de minha infância
Lembro-me com saudades dos natais de minha infância,
Das vésperas do grande Dia, a grande tolerância,
Devagar passavam os dias, quase parecendo que iriam parar,
Na cassa as preparações para a data mais linda do ano, o nascimento do Menino Jesus.
Naquela época, era por Ele que eu esperava,
Era Ele que, além de ser o maior dos Presentes, ainda nos trazia presentes,
Era Ele o Motivo dos preparativos da festança,
Quanta alegria e esperança no coração daquela criança!
A véspera chegou. Era noite do dia vinte e quatro de vários e longínquos dezembros,
Meus pais, felizes a cantar músicas natalinas, que até hoje me lembro,
“Natal, Natal da crianças, Natal da noite de luz, Natal da estrela guia, Natal do Menino Jesus...”
Quanta alegria havia em tão poucas palavras, no coração da criança que fui.
Hoje, boas lembranças invadem minha mente, mesmo que aquelas pessoas que tanto amei aqui não mais estejam.
Os presentes, que eram entregues somente no dia de Natal, não mais assim o serão.
Os preparativos, ainda, fazem parte da família, mas somente por tradição.
As crianças que hoje aguardam esse dia tão especial, não entendem o verdadeiro motivo dessa agitação.
Mas eu, que hoje sou, daquelas mágicas noites um saudoso ancião,
Não permito deixar morrer em mim tão lindas lembranças, de paz e esperança,
Tento, com muito esforço, fazer que minhas netinhas saibam, um pouquinho que seja,
Que o avô delas, um dia, também foi criança.
A. Cardoso
Você vai sentir muita falta disso…
Sim pai, sim mãe - você sentirá muita falta desses dedinhos espelhados pela casa toda - principalmente naquele espelho que você acabou de deixar impecável e que depois do vapor de um banho, eles vão lá correndo fazer seus desenhos mais incríveis que a imaginação de uma criança pode criar.
Eu sei que a bagunça da casa te incomoda. Todos aqueles brinquedos espalhados por todo lado, que às vezes você não consegue nem encarar sua própria sala.
E não importa quantas vezes você limpe, em um estalar de dedos volta tudo a tona. Por isso não adianta pai, não adianta mãe… Eu te proponho: DESISTA!
Desista de querer manter tudo limpo,
Desista de querer manter tudo no lugar,
Desista das bagunça que seus filhos fazem.
Sei que é difícil, mas tudo isso é passageiro e você vai sentir muita falta…
Falta das mãozinhas marcadas por tudo,
Falta do colorido dos brinquedos espalhados,
Falta daquela parede cheia de tinta de canetinha,
Falta da pilha de roupa suja que você sofre pra lavar…
Eu já fui o pai chato que não deixava meu filho tirar nada do lugar, e somente depois de perceber o que realmente importa pude ser mais feliz com eles.
Como esse espelho do banheiro marcado com um coração pelo meu filho. Depois de uma semana exaustiva, tudo que queremos é poder deixar nossa casa em ordem, e foi exatamente o que eu fiz. Eu havia acabado de limpar tudo, e no primeiro banho o Nathan faz esse desenho no espelho.
Em outros tempos eu havia dado uns “puxões de orelha” por ter sujado o que o pai tinha acabado de limpar, mas hoje eu pude sorrir.
Sorrir pelas boas memórias que meu filho pode me proporcionar.
A infância do seu filho só acontece uma vez, e você nunca se arrependerá de ter deixado ele ser criança.
Aos 5 anos, vivemos o auge da infância, temos sonhos lindos e profissões escolhidas por amor para o nosso futuro.
Aos 10 anos, mais ou menos, vivemos o começo da transição para a adolescência, começamos a ter olhos para o que nos atrai, mas ainda queremos brincar com nossos brinquedos, de vez em quando. A fantasia lentamente começa a dizer adeus.
Aos 15 anos, é possível que já tenhamos chorado por alguém, já reclamamos de alguma injustiça na correção de uma prova, já cabulamos umas aulas, já tivemos alguma perda significativa na vida, queremos aparecer mais, forçar uma maturidade que não existe e fazemos os mais velhos rirem da nossa ingenuidade ...
Aos 20 anos pensamos apenas em curtição e estudos para uma vocação. Estamos "no auge" do mercado de trabalho, cheios de sonhos adultos, expectativas de ser alguém na vida, acreditamos na meritocracia e sabemos que o caminho que escolhemos é o caminho das nossas vidas ..... somos tão cheios de certezas...
Aos 25 anos nos damos conta que nem tudo é tão simples, colecionamos algumas frustrações na vida, mas ainda temos gás pra correr atrás. Ainda queremos curtição, farra, mas também temos as nossas responsabilidades e quem ainda não mora sozinho está louco para ter seu espaço.
Aos 30 a gente começa a cansar. Nosso biorritmo começa a alterar, a gente ainda quer se divertir, mas começa a optar pelos divertimentos menos cansativos. Passamos a dar mais atenção para nós mesmos e alguns, também nessa fase, conhecem a responsabilidade de ter filhos.
Aos 35 a gente só quer que a nossa rotina transcorra sem grandes novidades ou problemas, queremos nossos boletos pagos, queremos que os filhos sejam cooperativos e que a paz no dia a dia seja nossa companheira.
Aos 40 entramos num momento de questionamento sobre nossa vida, nossos sonhos, o que queremos levar adiante ou não, definimos aquilo que podemos evitar e aquilo que não temos como dizer Não. Reavaliamos carreira, relacionamentos, saúde, fé. Inevitavelmente, os questionamentos chegam para nós perto dessa idade.
Dos 45 pra frente é apenas chute, já que hoje eu tenho 37 anos. Mas eu diria que em algum momento, a gente passa a olhar os outros com mais compaixão, a gente passa a entender que a vida é feita de ciclos, que não podemos mudar as pessoas mas somente a nós mesmos, passamos a ser mais altruístas, ajudamos os filhos adultos, oramos por eles e até por quem não conhecemos, concentramos sabedoria em pílulas diárias que os mais jovens não entendem, vivemos a vida numa câmera mais lenta, somos conscientes dos nossos problemas de saúde e tomamos mais remédios para manter o corpo em ordem, aceitamos a necessidade de algumas dietas, fazemos o nosso melhor mas sabemos que algumas vezes ainda vai faltar alguma coisa e também está tudo bem, aceitamos que nossa juventude passou mas que a gente viveu o que podia como podia, e lembramos com carinho e nostalgia o que vivemos antes... com certeza existe muito mais aqui, mas eu só vou saber depois...
Quem quiser complementar, fique à vontade desde que seja respeitoso, por gentileza.
Minha Velha Tia
Minha velha tia me contava muitas histórias. E entre uma história e outra, ela me ensinava muitas coisas. Minha tia me contou que houve um tempo em que os animais falavam. Ela me ensinou que a Terra é redonda e que se eu sair andando sempre em frente, acabo voltando ao mesmo lugar. Minha tia me ensinou que Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil e que Santos Dumont inventou o avião. As histórias de minha tia eram sempre assim. As coisas mais difíceis ela explicava do jeito mais simples. Era preciso que cada coisa tivesse o seu inventor ou o seu descobridor. Se Santos Dumont não tivesse inventado o avião, até hoje estaríamos andando só a pé ou de carro.
Um dia minha tia me ensinou um acróstico: Minha Velha Tia Mandou Jogar Sal Úmido Nas Plantas. Para que eu nunca esquecesse os nomes dos nove planetas do Sistema Solar. Nunca me esqueci dessa tarefa que, é bem verdade, não cheguei a realizar; mas nunca me esqueci dos nomes dos nove planetas.
Eu sempre ouvia maravilhado as histórias de minha tia e nunca me esquecia de nada do que ela me falava. E ela dizia que quando eu crescesse iria saber muito mais do que ela. Talvez esse tenha sido o ensinamento que mais me intrigou. Eu não fazia idéia de como isso seria possível, embora soubesse que tudo o que ela me dizia era verdade. Lembro-me de quando comecei também a contar a minha tia as coisas que tinha aprendido sem ela. Minha tia sorria e ouvia atentamente tudo o que eu lhe dizia. Sei que às vezes ela achava que era tudo bobagem, mas nunca me dizia isso. Ficava feliz por eu estar aprendendo. E eu sempre esperava que ela complementasse as minhas descobertas com o que ela sabia. Minha tia é que sabia verdadeiramente das coisas; e só com o seu aval é que eu podia acreditar em tudo o que aprendia.
Vez ou outra eu a interpelava sobre algumas incoerências. Por que Colombo descobriu a América e Cabral descobriu o Brasil? Eles não descobriram, na verdade, a mesma coisa? Por que foi Colombo quem descobriu a América, e não os índios, que já estavam aqui? Minha tia sorriu e me explicou que os índios não tinham consciência de quem eram, nem de onde estavam, mas Colombo sim. Por isso os chamou de índios.
Lembro-me do dia em que contei à minha tia que a professora tinha dito que não foram nem Cabral, nem Colombo os nossos descobridores, e sim outros homens que estiveram aqui antes, mas que se nos perguntassem, era preciso dizer o que estava no livro. Minha tia abriu o mesmo sorriso carinhoso, sem dizer nenhuma palavra. Sei que ela nunca mais se lembrou dos nomes que eu havia dito a ela, mas, para dizer a verdade, eu também não me lembrei.
Hoje me arrependo de ter deixado tão cedo de visitar a minha tia. Lembro-me de que nas últimas vezes em que a visitei, eu ouvia atentamente o que ela me dizia, e sorria. Às vezes gostaria que ela ainda estivesse aqui. Mas sei que não seria mais possível. Talvez o mais duro exemplo de uma das tantas coisas que ela me ensinou: “cada coisa tem o seu tempo”. No tempo de Cabral, de Santos Dumont e da minha tia, as coisas mudavam muito pouco. Ela pôde me ensinar o que havia aprendido com a tia dela. Hoje, ela certamente se sentiria enciumada por causa da Internet. Eu não saberia como dizer a ela que o seu acróstico não vale mais. Não saberia dizer a ela que Plutão não é mais um planeta. Minha velha tia não sabia muito bem o que era um planeta. Não saberia me explicar por que isso aconteceu. Talvez ela fosse sorrir e dizer “isso é bobagem”. E, para dizer a verdade, eu também não saberia explicar isso a ela. Minha tia tinha razão em tudo o que dizia. Teve razão ao dizer que eu saberia muito mais do que ela. Mas minha tia é que entendia verdadeiramente das coisas. E hoje eu não sei onde aprender as coisas que ela sabia.
Eu sou tinha 10 anos vai.Cuida dos seus irmão nem sei cuida de mim Eu so tinha 11 anos vai fazer comida e limpa a casa eu chorava pois não tinha maturidade tenho deve do colégio para fazer ia para o fogão.
Eu so tinha 12 anos vamos fazer faxina no rio mãe eu gosto de mexer em cabelo isso não da dinheiro Eu so tinha 13 anos tenho que ver meus irmão.
Eu estava dançando descalça com o vento entre terra firme e a água fria do rio São Francisco em pleno fim de tarde de uma sexta-feira, eu girava com aquele vestido azul, aquele que adorava, e a cada rodada que eu dava mais parecia ser a última, e a criança que habitava dentro de mim se pôs naquele momento liberta, agora se encontra correndo atrás daqueles sonhos perdidos, a felicidade estampada no rosto ecoa agora no peito num ritmo interminável de completude insana.
Posso sentar aqui e admirar a beleza ser engolida pela vasta escuridão da noite, mas antes de findar apenas me deixe ficar mais um pouco, não quero perder nenhum segundo o show de cores que vem por aí nesse céu gigante.
Posso deitar minha cabeça em suas pernas, enquanto me conta sobre seus sonhos, estou sentindo a brisa abraçar meus pés como uma mãe abraça um filho, apenas acompanhe comigo a viajem das nuvens pra chegada das pequenas estrelas, se quiser cantar sinta-se em casa, mas não vou prometer manter-me acordada, porque o que eu quero mesmo é me perder na infinidade desse sonho.
Meu amor pelo Palmeiras transcende o simples fanatismo, pois é uma paixão que carrego desde a infância. Sou palmeirense de coração e isso vai muito além de apenas torcer para um time. É um sentimento profundo, enraizado em cada vitória, cada derrota e cada momento vivido com as cores alviverdes.
Dentro desse amor pelo Palmeiras, tenho verdadeira admiração por diversos jogadores que passaram pelo clube ao longo dos anos. Dudu, Veiga, Rony e Marcos Edmundo Evair Ademir da Guia são alguns dos vários nomes e ídolos que sempre terão um lugar especial no meu coração palestrino. Eles representam a garra, os gols, os dribles e as defesas que nos enchem de orgulho e nos fazem vibrar a cada partida.
Laços de Inocência
Entre as mãos infantis, a inocência
Cuidando de outra criança desprovida
Um século de mãos, em negligência
Que negam amor e segurança à vida
Mas na escuridão, uma luz reluz
A compaixão, como estrelas a brilhar
Aqueles que estendem a mão, a sua luz
Podem nas almas feridas, cura plantar
Assim, na correnteza da existência,
Onde a dor e o amor se entrelaçam,
Encontramos na nossa experiência,
Que é no ato de dar que nos abraçam.
Que o mundo se encha de mãos que doem,
E o amor nasça onde antes havia só poeira,
Pois é na ajuda mútua que floresce o que é ser humano,
Nessa dança de dar e receber, a vida verdadeira.
Luz na Infância
O mundo gira, e na sombra do descaso,
Crianças sofrem, perdidas na tristeza.
Negligência, indiferença, nesse abraço,
Onde a esperança se perde na incerteza.
Oh, Humanidade, que em tua compaixão,
Devolva à infância a alegria e a luz,
Pois cada criança é a nossa redenção,
E nelas reside um futuro que reluz.
Que a luz da esperança em seus olhos brilhe,
E o futuro delas seja cheio de amor.
Neste ato, que a todos inspire,
Cuidar das crianças, eterno louvor.
Que o mundo se una por esse ideal,
Proteger a infância, nosso dever ancestral.
As melhores recordações de nossa vida,
certamente são aquelas que vem de nossa
"infancia querida, que os anos não trazem mais..."
QUANDO BATE A SAUDADE DE MINHA INFANCIA
Marcial Salaverry
Bate a saudade de minha meninice...
vivida com tanta peraltice...
Minha mãe maluquecia,
quando num momento se distraia,
e lá ia eu pra jabuticabeira do vizinho,
que ficava muito doidinho,
quando tentava me pegar...
Tinha um baita de um cão pastor,
que era mau como quê...
Mordia quem tentasse entrar,
mas que ficou meu amigo, sei lá porque...
Não tinha cachorro que me atrapalhasse,
nunca impediam que as frutas eu pegasse...
Sempre com os cachorros me dei muito bem...
No bom sentido, era o terror da vizinhança...
Só querida viver minha infância com felicidade,
e dela agora tenho muita saudade...
Vida boa de criança,
coisas que ficam na lembrança...
Correr atrás de balão,
só dava confusão...
E o namoro com a filha do vizinho?
Ele nos pegou num inocente beijinho...
Mesmo sem saber da missa a metade,
estragou nossa felicidade,
dizendo que eu não prestava...
Mas não era isso que a menina achava...
Onde andará a doce Inez,
que tão feliz me fez?...
Dou razão a quem disse:
"Ai que saudade que eu tenho,
da aurora minha vida"...
Dá saudade mesmo...
Vale bem a recordação,
que faz bem ao coração...
Marcial Salaverry
30/11/2002
Acreditem em pleno 2024, eu ainda tinha uma TV de tubo, um dos últimos modelos, era fininha, e com ajuda de um aparelhinho, chamado ChromeCast, ela ainda se transformava em uma Smart TV, com acesso a Internet.
Então, fui ficando com ela.
Até que, olhei e pensei, vamos comprar uma nova.
Comprei...
Cheguei em casa, instalei, liguei, programei conforme ela ia solicitando e pronto!
Só que, me lembro que quando eu era criança meu pai comprou uma TV preto/branco, chamada "ABC a voz de ouro", sem controle, tinha um botão liga/desliga e outro que mudava o canal...
Comparando as TVs...
Confesso que sinto saudades daquela.
Era só girar o botão e pronto, ligava na hora a imagem já aparecia e pronto...
Hoje, a gente liga e parece que não ligou...espera e aparece a tela...
O controle funciona como um mouse e haja paciência, vai lá escolhe o que quer assistir e espera...
Será que estou com problema? Kkkkkkk
..
DOR E AFETO
Me vem ligeiramente na mente,
uma nostálgica lembrança.
Tempo em que os pés viviam empoeirados.
Poucas atribuições, muita ciranda.
Avistava as andanças pela fresta do
portão .
As mesmas pessoas rotineiramente por ali passavam, enquanto eu, ansiosamente lhe esperava descer da condução.
Infância que dói, sentimento que constrói.
O semblante é nítido da pureza,
e com tantas pedras no caminho,
esqueceu-se da dor e voltou a brincar de vida.
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