Coleção pessoal de tabatac

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A vida não é escrita a caneta, mas lápis também deixa marcas.

Tabata Costa

A gente precisa perder a mania de dizer tudo que pensa ou fazer o que tem vontade e achar que um pedido de desculpas vai deixar tudo bem! Meu caro, a gente faz ficar tudo bem, mas lá no fundo algo vai se perdendo. A vida não é escrita a caneta, mas lápis também deixa marcas, e de tanto tentar apagar, uma hora a folha rasga.

Tabata Costa

É permitido desistir

Às vezes a gente acorda bem, passa cinco minutos do dia e lá estamos nós, prontos pra jogar a toalha, dispostos a desistir de tudo.
Hoje foi mais um dia desses.
A gente luta, luta, luta e parece que quanto mais lutamos, mais as coisas dão errado.
Hoje eu não perdi o ônibus, não fiquei sem café, pelo contrário, teve até um maravilhoso bolo de chocolate pela manhã. Não recebi nenhuma cobrança externa, não briguei com ninguém. Aliás até briguei, venho brigando diariamente com o meu eu interior.
Há quem diga que essa é a famosa crise da meia idade e cá pra nós eu não duvido.
Minhas cobranças internas tem sido mais frequentes que as ligações das empresas de telemarketing.
A existência da dúvida tem sido mais insistente que a ligação da minha operadora do celular, tentando vender um plano novo.
Ahhhhhhh que me dera se eu tivesse um novo plano!
É tão difícil conviver com a dúvida do que antes era certeza. É tão doloroso trocar o sim ou o não pelo será?!
E quem disse que desistir era coisa de gente fraca, na verdade nem sabia o que estava falando.
Desistir é coisa de gente sem saída, sem alternativa, gente de braço cansado e mente exausta. E quer saber? Não há nada demais nisso, é permitido é desistir de vez enquando.
Desistir é coisa de gente forte, porque quando você joga a toalha, você precisa pegar uma nova e o novo é sinal de recomeço, e nem todo mundo tá preparado e/ou disposto a recomeçar, tem gente que se acomoda com o mais ou menos porque as mudanças costumam gerar alguns transtornos, mas eu nunca tive medo de mudar.
Então é permitido desistir sim, é permitido ir a lona, é permitido ser nocauteado (mas é preciso que você levante de novo)
Ei, tudo bem perder sua batalha interna algumas vezes. Afinal, os melhores lutadores ganham o cinturão pela soma de batalhas vencidas e não por serem invencíveis.

A verdade é que uma hora tudo cansa. O trabalho nos cansa e a gente implora por férias, mas se contenta com um lindo feriado prolongado ou até mesmo um simples final de semana. A vontade mesmo era de fazer as malas, se jogar numa viagem, acordar numa varanda rodeada de arvores e flores com o cheirinho de café fresco vindo da cozinha simples, cheia de amor e cuidado, ou até mesmo acordar de frente pro mar respirando a paz e calmaria.
Mas a gente sabe que o tal feriado vai chegar, o final de semana vai chegar e o máximo que faremos é uma boa faxina, lavaremos aquela pilha de roupa acumulada da semana inteira e dormiremos o restante do dia. O que já me faz muito feliz, só pelo fato de não ter que levantar cedo, porque acordar, ah acordar parece até piada, o corpo tão acostumado já desperta antes mesmo do som absurdamente chato e necessário do despertador.
Esse ultimo mês tem sido tão estressante e cansativo que a frase: “queria uma passagem sem volta pra qualquer lugar” virou quase um mantra em minha boca!! Até desse pensamento eu já me cansei, confuso né? Ahhh essa minha utopia!
A pior parte de viajar é carregar as malas, fazê-las nem tanto, mas carregar!! Nossa, chega da um nervosinho! Mas o que a gente faz? Carrega né? Com o braço quase caindo, mas o sorriso lá de orelha a orelha. E o humor então? Fica daquele tipo quando a gente ta no comecinho daquela paixãozinha correspondida, tipo quase nada abala, sabe?
Mas eu tenho uma grande dúvida! Toda essa nossa vontade de escapar a qualquer oportunidade, de querer sumir o tempo todo, de querer uma passagem só de ida para a Cochinchina, dessa busca incansável por uma paz que parece nunca chegar é decorrente de um peso da mente e do coração.
E o por que essa bagagem é tão difícil de carregar? Por que a da viagem à gente leva com sorriso no rosto, ainda que doa a mão? Mesmo nem sabendo se o objetivo dela será alcançado.
A gente ta sempre querendo ir a algum lugar pra fugir de algo que está dentro de nós e não dá para abandonar, mesmo sabendo que certas coisas ou sentimentos são temporários é um peso que naquele momento a gente precisa carregar.
A gente faz a mala, viaja, descansa (ou não), volta, desfaz a mala e no outro dia já quer sumir de novo, parece que não é o corpo que precisa de descanso não é mesmo?
A bagagem mais pesada é a do coração, ela que martela a mente e traz tudo a uma exaustão.
Mas infelizmente a gente meio que não tem opção, essa mala não tem rodinha, nem alça, é bagagem de mão mesmo. Você carrega ou você carrega!
E já que a gente é obrigado a levar, a gente organiza (ou pelo menos tenta) e enfeita, pra que pelo menos de longe ela pareça bonita e agradável o tempo todo.

Eu gosto de todos os seus defeitos e detalhes. Mas de todos, o que mais me apetece é quando você me beija a testa, me olha nos olhos e fala apenas com um suspiro profundo.

Existem certos sentimentos que não cabem dentro de qualquer frase ou palavra, e então nasce o sorriso mais aberto e desajeitado, afim de justificar qualquer emoção, como se fosse possível.

A verdade é que, bem lá no fundo, eu não quero mais ninguém.
Mais ninguém que não seja você!
Quero continuar com esse sorriso que estampa meu rosto, quero continuar sentindo aquele quentinho no coração.
Esses detalhes que me fazem tão bem é só você que traz, meu bem

Foi quando os olhos perderam o brilho que eu desisti, mas o que ninguém entendia é que a desistência era meu maior ato de coragem.
Me julgaram fraca, no momento em que eu estava sendo mais forte.

Se a gente de alguma maneira pudesse evitar a hora do adeus. Se pudessemos com apenas um sopro mudar a direção das coisas para que nenhum fim fosse triste, ou melhor para que não tivesse fim.
Ah quem dera estivesse no alcance de nossas mãos eternizar a presença, assim como eternizamos o amor, as fotografias e a memória.

Eu aprecio o gosto que a reciprocidade tem.
E de hoje em diante será assim: o recíproco fica, aquilo que faz bem.
O resto eu mando embora, tranco a porta e sussurro; Amém!

Aquele momento onde a rotina vai virando a cada segundo apenas lembrança. Pela janela do ônibus meus olhos fotografam cada milímetro das ruas, cada placa meio desbotada na esquina, afim de não esquecer aquilo que não se queria deixar.
Aquele momento onde a razão deve partir, mas a emoção quer ficar.

Eu gosto do simples, mas não do morno.
Eu me apego a detalhes, sejam eles bons ou ruins.
Eu luto com todas as forças, mas quando vou embora não olho para trás.
O que eu (re)conheci no caminho, eu guardo.
Eu me desculpo, eu falho. Sou ser humano!
Sou simplicidade, sou reciprocidade, sou verdade.
E a verdade, é que eu gosto mesmo gente de alma poética.

Aquele cigarro que antes trazia alivio, já ficará velho demais.
Aquele café que antes aquecia a alma, já havia esfriado, esquecido em uma caneca qualquer em qualquer cômodo da casa.
Seu confessionário já não era aquele que abrigava seus dilúvios imaginários em águas correntes.
Alguns anos se passaram, hoje a menina com quase trinta, deságua em outra fluente.

O olhar dela? Ahh é tipo céu ou mar, dá vontade de voar ou mergulhar...
Ou talvez até os dois juntos.

Enquanto ela falava e sorria com o canto dos olhos, eu fixamente sem ar a observava e só conseguia pensar: Meu Deus!
Sorriso grande, largo, belo, tão puro que eu nem consigo comparar, talvez com o céu ou com o mar. Sei lá, era uma espécie de obra da natureza, daquelas que se observa, admira, sorri, suspira e agradece

Que toda manhã seja um recomeço, livre de peso desnecessário e carga negativa.
Que paz invada a alma, que o sorriso enfeite a vida...
Que o nascer do sol tenha sempre a ternura de um beijo na testa.
Que todos os dias haja a mesma determinação da tão famosa segunda da dieta!

Muitos te julgarão pelo título, mas poucos lerão o conteúdo.

Muitos julgarão suas atitudes, mas poucos buscarão saber o que te fez tomá-las.
Muitos condenarão seus passos, mas poucos tentarão caminhar por onde você andou.
Vários falarão dos seus erros, mas poucos, bem poucos entenderão quantas lágrimas você derramou.
Eles dizem que só Deus pode julgar, mas vivemos no mundo onde tem muita gente querendo ser Deus.
Se você quer ser crítico sobre a vida de alguém, tenha ao menos a sensatez de ler o conteúdo, antes de formar uma opinião apenas lendo o título!

Eu nunca fui muito daquelas de fazer sentido. Eu sempre senti! Senti muito, senti tanto, transbordei diversas vezes e por esse único e exclusivo motivo, me esvaziei.
Parece contraditório, eu sei, mas foi exatamente assim que o meu muito foi se tornando pouco.
Enquanto o coração transbordava, os olhos choviam, as palavras secavam e eu as engolia seco. Enquanto a vida passava me dando tapas com luvas de pelica ou por diversas vezes socos fortes mesmo a fim de um nocaute, eu fui me apaixonando pela reciprocidade.
Eu fui aprendendo a esvaziar o copo pra quem me deixava com sede e aprendendo a transbordar pra quem me dava uma fonte.
E sem ser nenhum pouco contraditória, aprendi a ser gelo e fogo em um mesmo corpo, em um mesmo coração.
Então não jogue pedras na minha vidraça e espere que eu vá lhe cumprimentar com uma rosa em botão.

Deixei um recado na geladeira, pra me lembrar de esquecer
Deixei anotado por todo canto, não devo mais querer você
Flor de plástico até enfeita, mas não cria raíz
E o que não for enraizado, eu me despeço
O se não me agrada
O mais ou menos é corda bamba
O quase é dança de ciranda, é viver por um triz
E agora eu só aceito a condição de ser feliz
Não vou mais me nublar
Pode até pagar pra ver, dentro de mim não vai mais chover
Agora eu só aceito a condição de felicidade
Escrevi outro bilhete pra lembrar de não esquecer: Agora eu só aceito a condição da reciprocidade!
E no rodapé coloquei uma observação: Só cultivar o que cresce, floresce e acalma, de não acampar a alma em terra sem intenção.

O medo só atrapalha a felicidade daquele que não tem certeza do que quer.