Texto de Solidão

Cerca de 7044 texto de Solidão

Trem da vida

Encontrei-te amada minha
Na estação do meu amor,
Onde o trem da vida passa
E só nos leva o coração...

Sigo vendo a vida finda
Que me passa tão ligeira e solitária
Da janela deste trem
Em que não atenho o teu amor.

E tão distante vão os trilhos
Se perdendo no infinito
Do horizonte dos meus dias
Em que te afastas assim de mim...

Pra embarcar-me em teu amor
De súbito tomaria esse trem
Em qualquer que fosse o tempo ou estação...

Mas se o trem da vida
Não me traz teu coração
Vai contigo o meu amor
Pra que me tenhas como queres.

Edney Valentim Araújo
1994...

Inserida por edney_valentim_araujo

A ceia

A mesa está pronta!

Ódio, rancor e muito sangue.

O preparo para a comemoração foi lenta.

Passou se quase um ano.

Na mesa o reflexo de uma pessoa gélida e pálida, não há mais coração.

Ela olha a mesa posta, admira com frieza , o jantar está na mesa, não há convidados nessa noite tão sombria.

Suas receitas ninguém provaria.

Na taça o mais puro fel, cultivado nas montanhas das angústias, colhido nas noites sem céu.

A sua direita uma travessa, uma sopa de lamentos, uma entrada delicada que pede acompanhamento.

Pães feito com puro ódio, com a força do horror.

O prato principal, ela não esquecerá o sabor.

Servido em travessa elegante, grande pedaço de desamor, temperado com lágrimas e até com rancor.

Está frio, e sem sabor, mas ela provou.

De sobremesa um sorvete de coração pisoteado e triturado com calda solidão.

Na sua mente ela repassa todas as receitas que usou.

Percebe que de tudo nada mais tem sabor.

Ela olha para o lado e percebe que nada mais ficou.

E nessa grande ceia ela planejou, gostaria de receber um convidado.

No meio do tempero ela veneno usou.

Mas como não tinha convidados ela mesma o provou.

Um dia houve convidado, porém ele nunca mais voltou.

O veneno usado matou todo seu amor.

Nada mais de ceia, nada de amor

Nada de felicidade, ela nunca mais superou.

E num suspiro o jantar se findou.

Renata Batista
26/12/19

Inserida por RenataBatista

Palmas

Palmas que se dobram
Das lindas Palmeiras beira mar,
A ela aprendi a amar...

A Rosa dos ventos vem me tocar
Com brisa suave de um pensamento
Que hoje não lhe ouso revelar...

São ventos do leste que chegam ao oeste,
Se unem aos ventos do norte e partem
Levando o meu coração para o sul.

Palmas e palmeiras,
Ventos que sopram em todas as direções,
Agitam as ondas do mar e me põe a pensar.

O vento desta Rosa já vem me tocar
Dobra-me de novo pra nela pensar...

Edney Valentim Araújo
1994...

Inserida por edney_valentim_araujo

Sorrisos perdidos

O meu sorriso foi embora
Sem adeus de última hora
Como palavras sem sentimento
E expressões vazias de momento

Perdi um pouco dessa alegria
Que me fazia ter harmonia
Expressar com carinho e euforia
Tudo de bom que sentia

Hoje convivo com a solidão
Escrevo sem motivo ou razão
Ninguém se importa em dizer
Que ter reciprocidade basta querer

Continuo vagando sem uma direção
Como um fantasma sem coração
Atordoado pela indiferença da maioria
Que reflete em nossa minoria

Essa angústia encontrará uma saída
Ela também terá sua despedida
Pois algum dia tudo passará
E meu sorriso perdido retornará

Inserida por ivanildo_sales

Passeia e vagueia

Os ventos que te tocam
Me trazem o teu perfume,
Feito a brisa tão suave
Que eu desejo respirar...

Perde o brilho a estrela já poente
Pra cortejar-te entre todas a passar...
Vem lua minha!!!
Apressa-te a chegar...

Majestosa lua que reina...
Minha linda e meiga menina!!!
Que de noite passeia e vagueia
No coração que só sabe te amar.

Edney Valentim Araújo
1994...

Inserida por edney_valentim_araujo

Mãe

Com dores e lágrimas
Me recebeste pra ti,
Esperaste tanto por mim
Sem saber quem eu era.

Por um tempo eu fui o teu sonho,
Por outro tempo
A angustia e aflição da espera,
Mas não me tiraste do teu coração.

De onde eu vim não me lembro,
Mas não me esqueço
Dos teus braços abertos para mim...
Um pouco te ti sempre vive em mim.

Reservaste para mim o melhor de ti,
Nunca será de mais ninguém
O lugar que me deste em teu coração...

Uma eterna criança
Da mãe que não deixa de amar...

Edney Valentim Araújo

Inserida por edney_valentim_araujo

"O tempo passa, a gente se isola e percebe que a nossa companhia é a melhor presença. Entendemos que algumas pessoas têm mais fome de solidão que outras. Compreendemos a necessidade de ser apenas aquilo que damos conta de ser.
Admitidos nossas fraquezas e dialogamos com nossas angústias. O tempo passa e compreendemos as falhas, selecionamos quem estamos dispostos a perdoar.
Carregamos cada vez menos o peso que não é nosso e nos estamos cada vez mais com nossa solidão. Tempo sábio!"

Inserida por leandro_f_oliveira

Eu me lembro de olhar pela janela e percebeu o sol que brilhava com muita força. Eu me lembro de te ver caminhar pela rua cantando aquela velha canção. Eu me lembro do passado, quando tu estava do meu lado, mas agora o presente só me traz decepção, por que outrora você segurava minha mão, agora anda sozinho pela rua cantando nossa canção. O agora me deixa sem entender; o que foi que eu fiz de errado para perder você.

Inserida por EvelyEmanuely

Pouco

Tanto esforço me foi nada
Procurar uma palavra
Pra falar a minha amada...

Dela é o meu coração
Que se encanta no suspiro
De minh’alma apaixonada...

Nada tinha pra esconder
Que não lhe fosse revelado
Por meus olhos confidentes...

Tanto esforço me foi nada
Encontrar uma palavra
Pra falar a minha amada...

Mas de tudo que pensei
E o “pouco” que falei,
O meu amor a ela confessei.

Edney Valentim Araújo
1994...

Inserida por edney_valentim_araujo

Trem

Que trem bom...
Eu também tô nesse trem
Que me pegou na prima vera,
A estação do amor.

Agora a “Maria” é só fumaça
Que me leva nesta estrada
Indo ela aonde for...

Ô trem bom
É estar com ela
Sobre os trilhos do amor...
Fica para traz
Só a montanha da saudade.

Que trem bom é esse trem
Que me pegou na estação do amor...
Onde todos os caminhos
Me tem por destino
O coração do meu amor.

Edney Valentim Araújo
1994...

Inserida por edney_valentim_araujo

Pobre pessoa sem nada a perder,
Todo dia chprava, mas sempre sozinha.
Quem poderia entender,
Era apenas uma garotinha!
Tao rapido se tornou suja de coração,
Apenas se confortava passando de mão em mão.
Agora ela mata sem perdão!
Com o sangue frio escorrendo em sua mão.
Perdida estava sem nem o que comer,
Pensou consigo mesma em humano como refeição.
É algo tao banal, mas ai esta a morte canibal.

Inserida por DeadfelizorDeadtrist

O dia que não terminou

Abro os olhos e suspiro, vejo minhas mãos ensanguentadas e de repente uma paz...
Dizem que a nossa vida passa diante dos nossos olhos nos últimos momentos, pois é...
A única coisa que ví foi uma cortina de fumaça me envolvendo e me consumindo cada vez mais...
Então é isso? Finalmente acabou!?

Todos aqueles dias lutando, chorando e tentando me segurar.
Manhã, tarde... E a noite? Era sombria, não haviam fantasmas mas minha vida me assombrava e me atormentava, pouco a pouco me destruindo.

Mas hoje não!!!
Hoje estou em paz, hoje quero apenas assistir o dia que não terminou.

Inserida por _gabrieloliveirab

Meu reflexo

Todos estão me abandonando
Um a um estão me deixando
Não consigo mantê-los perto
A cada dia tudo parece incerto

As cartas pararam de chegar
Sem mais mensagens ao celular
Nossas conversas foram esquecidas
O isolamento se trasfornou em partidas

Eu e minha mania de me importar
Com quem tá longe ou onde possa estar
Sempre desejando um pouco de carinho
Para quem conheci por esse caminho

Não posso querer reciprocidade
Com essa mesma intensidade
Sou apenas eu me preocupando
Com ninguém que esteja se importando

Mas sei que você nunca me abandonará
Pois ao meu lado, sempre estará
Não importa se todos forem embora
Pois posso te ver no espelho a qualquer hora

Inserida por ivanildo_sales

Devaneios do coração

O que fazer?
Quando se tem tudo a perder?
Subiste a sepultara
Agora, virastes pó.

Me carregastes
para as mais profundas cavernas
Delas fiz meu delírio, abrigo
Ali descansei.

Na profundeza de um olhar cansado
tristeza abrigava a escuridão
Subi montanhas de sentimentos
Fui até os Confins da vida
Me perdi.

Para onde correr? Meu amor
Tu carregastes tudo que há em mim
Se não, para onde ir?

Inserida por thaysicess

Desencontros

Onde foi que nossos olhos se perderam
Onde foi que nossos corações
se desviaram?

Para onde foram os sentimentos
Que em mim se engasgaram
Para onde foram as borboletas
Que aqui habitaram um dia
Para onde foi todo o nosso amor?

Estou em abstinência
Esse amor que tanto me vicia
Que me leva a loucura
Para onde foram, todas as flores?
Meu bem.

Inserida por thaysicess

O livramento

Dizes tu
Se não é a dor que faz o poeta
Se não um solitário
Com vocábulos vazios
Que preenchem o peso da alma
Em um suspiro

É com grande anseio
Que faço dos teus versos meu julgamento
Nestes olhos de poemas não lidos
Em seu purificamento quero dar
Meu último livramento.

Inserida por thaysicess

Escapatória
Entre tantas indas e vindas
Resolvestes fugir do meu olhar
quando voltar, verás somente
O meu despertar
Que aqui neste peito, nunca fostes
O teu lugar

Anseio lembrar, em teu coração
Que aqui, não me encontrarás
Sinto dizer, quando acordar
Só terá meu profundo respirar , Sonhar.
Ainda anseio lembrar
Não mergulharei mais, em teu mar

Inserida por thaysicess

Sintonia
Amor?
Não há melhor sintonia
Quando duas almas, entram em harmonia
Se fundem e encontram alegria
Paz?

Quando duas almas
Através de páginas vazias, amargas
Se colidem e encontrem refúgio. Renascem.
Em singelos versos e poesias

A felicidade invade, em constantes segundos
E quando a solidão bater na porta, a abrace
Até não restar mais nenhum vestígios, seus
Em um olhar, que porventura
Se perdeu..


Amor?
Não há melhor sintonia

Inserida por thaysicess

Ruínas
Vira ruína nestes olhos
Tão distantes, que se perdia...
Se curvava diante o caos
Que beirava sobre a maresia
contida em sua dócil e gentil alma
Era nítido o grito, a cada vez que via
Despercebia

Eu apenas queria
Mesmo em seu completo abismo
Que me visses, eu apenas lhe queria
Eu percebia o desespero
Sussurravas “permita-me entrar”
Quero lhe salvar
Tu sumia, o olhar permanecia
Eu apenas, morria

O vale era escuro
E tu, jamais me enxergarias.

Inserida por thaysicess

Revolução

Ora ora ora, se não é aquela
Com a mais formosa beleza
No existir de poemas não lidos
Versos inacabados
Sentimentos encarcerados
Reprimidos?
Eu não sei

Das confusões e perdições
Dores, intermitentes
Feitas de chuvas e tempestades
Sem fim
Aquela, em que se espera o toque mais dócil, gentil e complicado?
Nunca se sabe, o que vem dela

Mas de uma coisa sei, é a flor
Que surge em dias nublados e renasce
Como quem não quer nada, apenas
Um aconchego, em seu coração
Mal resolvido e destruído

Dores, intermitentes.

Ora ora ora, lá vem ela
Com sua revolução, em mãos
De amores indefinidos e autodestrutivos
Que faz perder o chão e a cabeça
Até não restar, mais nada de si.

Inserida por thaysicess