Texto de Opiniao de Lia Luft
Karl marx era um cara inteligente,
Esperto e cheio de teorias,
Lia muito e estudava, mas
Lamentavelmente, ainda não conseguiu explicá-la.
Yang do Yin dele, sim ela conseguiu tal façanha.
Com tanta inteligência,
Resolveu tentar,
Insuficientemente,
Seus esforços foram em vão, porque com
Tamanha grandeza de alma, e
Inigualável coração que é o seu,
Não puderam ser descritos. Quer saber porque?
Ainda não foram inventadas palavras o suficiente para isso.
Para Sara, Raquel e Lia e para todas as crianças
Eu queria uma escola
Que cultivasse a curiosidade e a alegria de aprender que em vocês é
Natural
Eu queria uma escola
Que educasse seu corpo e seus movimentos,
Que lhes ensinasse esportes e práticas de vida saudáveis;
Que possibilitasse seu crescimento físico sadio,
Normal.
Eu queria uma escola
Que lhes ensinasse tudo sobre a natureza,
O ar,
A matéria,
As plantas,
Os animais,
Seu próprio corpo,
Deus
Mas que ensinasse primeiro pela observação,
Pela descoberta,
Pela experimentação.
E que dessas coisas ensinasse não só a conhecer, como também a aceitar,
Amar
E preservar.
Eu queria uma escola que lhes ensinasse tudo sobre a nossa História
E a nossa Terra,
De uma maneira viva, atuante,
Questionadora,
Pela ótica do povo e não pela dominante.
Queria ver vocês respeitando nossas tradições,
Nossos velhos,
Nossos costumes
Valorizando nossa cultura e tudo o que faz parte da vida da nossa gente.
Eu queria uma escola que orientasse vocês a pesquisarem e conhecerem melhor a vida de seus avós,
De seus bisavós,
De seus ancestrais, imigrantes,
De sua comunidade,
E que ajudasse vocês a preservar de tudo isso a memória!
Eu queria uma escola que ensinasse vocês a usarem bem a nossa língua,
A pensarem e se expressarem com clareza e objetividade.
Queria uma escola que ensinasse vocês a amarem nossa literatura
E nossa poesia.
Que lindo ver vocês, já agora, interessadas em Monteiro Lobato e Manoel Bandeira!
Espero que sua escola lhe possibilite conhecer muito mais, um dia!
É rico Veríssimo, Graciliano Ramos, Cecília Meireles, Carlos Drumond de Andrade, Vinicius de Moraes, Caetano, Gil e Chico!
E que faça vocês ficarem ansiosas por “devorarem” todos os nossos escritores e poetas,
de antigamente e de agora.
Tomara que a gramática venha livre, leve e solta enquanto vocês são crianças; e entre com tudo quando vocês forem capazes de abstração, aos 12, 13 anos (não antes); só nessa hora!
Eu queria uma escola
Que lhes ensinasse a pensar,
A raciocinar,
A procurar soluções.
Queria uma escola que, desde cedo, usasse materiais concretos, para que vocês pudessem ir formando corretamente
Os conceitos matemáticos,
Os conceitos de números,
As operações...
Somar, subtrair, multiplicar, dividir...
Usando Blocos Lógicos. Réguas de Cuisinaire (não precisam ser comprados, não! Que sejam feitos por vocês mesmos com a orientação de seus professores) usando palitos, tampinhas, pedrinhas... só porcariinhas!!!
Fazendo vocês aprenderem brincando e vivendo situações de cotidiano: pensando, medindo, comprando, lucrando, perdendo ganhando!
Ah! meu Deus!
Deus que livre vocês de uma escola em que tenham que copiar pontos.
Deus que livre vocês de decorar, sem entender, nomes, datas, fatos, fórmulas, enunciados e regras gramaticais...
Deus que livre vocês de aceitarem conhecimentos “prontos”, mediocramente “embalados” nos livros didáticos descartáveis,
Comerciais,
Superficiais,
Descomprometidos e que
Distorcem as verdades.
Deus que livre vocês de ficarem passivos,
Ouvindo e repetindo e repetindo e repetindo
Com a única finalidade de passar de ano.
Deus que livre vocês de aprenderem métodos de dissimulação e de
Auto-enganação!
Eu queria uma escola
Que também desenvolvesse a sensibilidade
Que vocês já têm
Para apreciar o que é bonito e eterno.
Eu queria uma escola
Que desenvolvesse os seus meios de auto-expressão,
E sua criatividade tão vital!
Que lhes desse múltiplos meios de vocês expressarem
Cada sentimento,
Cada drama,
Cada emoção.
Que vocês aprendessem a transformar e a criar!
Que vocês aprendessem a respeitar
A madeira, a cortiça, o papel,
A tinta, o pincel,
A tesoura, o tecido, a caixa,
O objeto imprestável.
Que vocês não vissem o mundo como descartável.
Mas que tudo fosse matéria prima em cada mão,
Para exercer esse dom divino
da recriação!
Eu queria uma escola
Que ensinasse vocês a conviver,
A cooperar,
A respeitar,
A esperar,
A saber viver numa comunidade
Em união.
Uma escola em que eu também pudesse ir com seu pai, com outros pais e professores, para aprender e para participar com vocês
No seu processo de crescimento,
Aprendizagem
E humanização.
Ah! E antes que eu me esqueça:
Deus que livre vocês de um professor incompetente,
Descontente,
Desumano,
Irritado
E mal preparado.
E que no tempo de vocês, o Estado,
Assuma sua verdadeira função: que invista
No bem estar para o povo,
Emprego,
Saúde
E educação.
Maria Teresa Del Prete Panciera
Mogi Mirim/83
@@@******************@@@*****************@@@
Em meio aos romances que lia, novelas
que assistia e músicas que ouvia. Desejei
tudo pra mim.
Com as asas da minha imaginação
e sem me dar conta do por vir.
Voei!
Voei alto demais!
Desejei!
Desejei sem medir o tamanho do
meu merecimento.
Sonhei!
Então passei a viver!
@@@******************@@@*****************@@@
Derradeiro
Um dia alguém me contou que quando era criança chorava
quando ouvia ou lia a palavra derradeiro.
Acolhi com ouvido de poesia. E sorri, dentro,
com ternura por essas singularidades lindas de cada um.
Mas sorri muito mais porque adulta,
diante de cada experiência derradeira que a vida desembrulha,
geralmente choro também.
Às vezes, à beça, por outros tantos instantes derradeiros.
Memória de choro é vasta.
Cada Conselho da Lia do Itamaracá
Para seguir na Ciranda
da vida continuo ouvindo,
cantando e cirandando
com cada conselho
da Lia de Itamaracá,
Por ontem, hoje e sempre
agradeço e fiz o juramento
de nunca parar de cirandar
com as forças da Natureza
para sempre firme continuar.
SIGNOS
O seu signo
combinava com o meu
e eu acreditava
nessas coisas
de previsão...
Te lia no meu horóscopo
e te traçava na minha ficção...
Sabia dos seus gostos
dos seus significados
e perguntei-me:
Por que não?
Armei-me de meu
profundo decote
e da minha
convicção!
Você não pode resistir
nem cair em contradição...
Afinal, estava tudo escrito
em cada estrela da constelação!
O impossível!
Escrevi teu nome,
no mar;
Com o ondular,
não se lia;
Escrevi-o, ao pé das estrelas;
Com elas!
Se confundia!
Escrevi-o na minha mão!
De minha mão,
me fugia;
Escrevi no meu coração!
Ainda sangra,
a gravação!
Perpetua-se o apogeu!
no triângulo, da:
Solidão!
Teu nome!
E eu...
Fiz um poema !
alegre, contagiante e envolvente
Eis que tão alegre que lia sorrindo...
Tão envolvente que lia redundantemente...
De tão contagiante, lia dançando...
O que há de tão bom ?
Qual será tamanha grandeza ?
Porque me faz então ?
Este frívolo vomito emocional,
diante da grandeza das pequenas coisas
que se difundem em felicidade.
Eu te amei...
Eu te amei, quando você apenas se divertiu comigo. Eu te amei, quando lia suas frases, e você ria de mim. Mesmo assim, eu achava lindo, pois eu te amei mesmo assim. O tempo todo eu te amei...Hoje ainda amo você. Amo você no meu silêncio. Um silêncio que sei, jamais me trairá. Um silêncio que levarei comigo, pois só ele me ouve e sabe que ainda amo você!
Ela lia-o como um livro aberto e ele não percebia que já nada a surpreendia, porque agora ela sabia e ele não o entendia.
Ela lia todas as palavras, de uns e de outros, aqui e ali, e apenas sorria.
Ela seguia o coração, abraçava a intuição e amava-o como o menino perdido no interior do homem duro, mergulhando-o na sua compreensão, no seu carinho e no seu perdão.
Ele era a sua lareira acesa, o seu abismo infundo, o seu veneno e o seu antídoto.
Ele era verdadeiramente bom e sólido, guiando-a para a sua versão de equilíbrio e bastante inteligente para lhe conferir um sentido de perspetiva.
Ele era um ser inteiro e completo, que merecia ser amado.
E isto é o que o amor faz, quando é correto, quando está certo, e nos transforma em mais do somos e em mais do que almejamos ser.
"Era a menina que lia
Lia de tudo
Lia o que via, aquela menina
Todo dia ela lia
Lia tanto, que teve encanto
Certa vez, criou asas e voou
Então, o chão já não mais existia
Já não corria
Vivia voando, aqui e ali
Quanto mais lia, mais ligeira voava
Quanto mais voava, ria mais que chorava
Lia e voava
Quanto mais lia, mais alto voava
Quanto mais subia, parecia que ela sumia
Quanto mais alto voava, tudo parecia e tudo desaparecia
Quanto mais e mais ela lia, tudo desaparecia e tudo aparecia"
Linha nas entrelinhas das linhas...
São tantos volumes e em cada página que eu lia, mais eu aprendia o quanto inútil era tudo aquilo que me atava ao tempo sempre com a desculpa de que seria só mais um dia.
Foram muitas noites acordada reavaliando cada linha nas entrelinhas das linhas e acabei concluindo que todas elas deveriam ficar onde estavam, no tempo que viveram, nos dias que morreram, nos meses que não aconteceram e nos anos que insistiram em permancer juntando o que não tinha mais vida.
Compreendo que tudo possui seu lugar e ali, se encaixam e devem ficar, todas as memórias que vão desbotando com o passar do tempo, assim como a tinta que mancha o papel quando molhado e nada mais se lê, nesse borrão mesclado.
Páginas, foram grampeadas e hoje, não contam mais histórias, moram em lugar distante, desconhecido, sem mapas para chegar.
Soltam-se, elos enferrujados que seguravam os cadeados e me mantinham presa ao nada.
Brotam, idéias novas em uma nova vida. É papel em branco e com poucas linhas que serão preenchidas com bagagem sem peso.
Palavras bonitas, voaram com o vento, eram leves, cópias sem valor.
Agora, tenho meu abraço que me aperta forte e enche de coragem, essa alma que sempre caminhou sozinha.
by/erotildes vittoria
A MÃE DE JUDAS
QUANDO EM PEQUENO O EVANGELHO EU LIA,
DIZIA PARA MIM MESMO: NÃO TE ILUDAS,
TALVEZ MAIOR QUE A DOR DE MARIA
TENHA SIDO O SOFRER DA MÃE DE JUDAS.
QUE DESTINO CRUEL, QUE SOFRIMENTO,
QUE DURAS PENAS E QUE SORTE AVARA,
VER UM FILHO SUJEITO A TAL TORMENTO,
UM FILHO QUE EM CRIANÇA AMAMENTARA.
MARIA VÊ JESUS CRUCIFICADO,
CONCEDENDO PERDÃO À TURBA INTEIRA.
A OUTRA MÃE VÊ JUDAS ENFORCADO
COM SUAS PRÓPRIAS MÃOS, NUMA FIGUEIRA.
ALGUÉM PERGUNTA: ANTE TRISTEZAS TANTAS,
QUAL DAS DUAS NA TERRA SOFREU MAIS?
E A AMPLIDÃO RESPONDE:
AMBAS SÃO SANTAS,
NO SOFRIMENTO AS MÃES SÃO SEMPRE IGUAIS.
Amor?
Eu sempre sonhei com meu primeiro amor. Eu via nos filmes, lia nos livros. Nas novelas, nos desenhos animados. Nos outdoors, nas revistas. Comerciais de tv, catálogos de lojas. Em toda parte eu via um homem e uma mulher andando de mãos dadas. De um lado da rua um casal discutindo a plenos pulmões sem se importar com quem via, do outro, lá no final sentados num banquinho outro casal aos beijos e abraços. E eu achava aquilo de certa forma bonito, instigante, criativo. Serem tantos seres humanos se amando de formas completamente diferentes. E eu queria aquilo pra mim. Dai eu comecei a criar o homem ideal. Em várias características. Época ele tinha que ser moreno, outra de olhos verdes. Uma época magrelo, na outra bem forte. Época carinhoso e meloso, na outra eu queria ter que fazer o papel do homem e correr atrás. E minha busca pelo cara estava cada vez mais impossível. Injusto não terem me falado do amor, não terem me alertado do perigo que é amar. Causa até mortes. E eu, na minha inocência, no inicio da minha adolescência achava que era aquele mar de rosas, mas espera, eu nem gosto de rosas. Quando comecei a perceber o que realmente se passava ao meu redor minha ficha caiu. Amor? Sem dor dizem que não é amor.
Saudades daquela época
de quando lia poemas para você
e te via sorrir, não um riso para todos
um riso para você e para mim...
Era particular
só nós entendiamos, só nós sabíamos
você ali sentada ouvindo
palavras serem declamadas...
Era assim que eu me sentia
E não sabia que disso você compartilhava
Mas tivemos uma dança
e a realidade veio as claras...
Mas disseram que era proibido
E tudo ficou escondido
Para que um dia você dividisse isso comigo...
Nesse exato segundo alguém está lendo as mesmas coisas bonitinhas que você até um tempinho atrás lia e assim que recebia mensagem daquela pessoa seu rosto se iluminava com um sorriso e passavam horas e horas conversando sobre tudo, tudo mesmo.
E agora de um jeito que nem você sabe como, isso se tornou passado e outra ou outras pessoas estão ocupando o tempo do seu príncipe encantado, que de encantado não tinha nada! A não ser o poder de ter feito voce sonhar, criar fantasias e acreditar que sim, cada letra daquelas mensagens tão cheias de sentimento eram reais, verdadeiras.
Mas não se culpe por ter criado expectativas, afinal, você não estava conversando sozinha, alguém sabia de tudo sobre você, alguém tinha sua confiança, não se culpe pelo desapego de outras pessoas, pela incapacidade de ser verdadeiro. NAO SE CULPE
É, alguém está sendo enganada por esse príncipe que veio para te fazer sonhar acordada, alguém está acreditando nas palavras bonitas, alguém está criando planos, alguém vai ter o coração destruído em 1 dia, 1 semana, 1 mês ou em 1 ano.
Meramente Mafuá
Sete é um número forte,
Fui ele durante as chamadas;
A Professora lia, eu respondia presente,
Me chamava atenção suas requebradas.
Sedução adolescente ou recordação recortada,
Recordo os apelidos e palmas nas conclusões,
Lembro antes das palmadas pelas malcriações.
Senhorita apalpada atrás da sala, colo e acolá.
Aprendizados presos aos costumes,
Acostumado com repreensões.
Abandonado por falta de ciúmes,
Quem compreende compulsões ?
Obrigado ao constrangimento,
Sou grato pelas humilhações;
A difícil fase, face ao descontentamento,
Cria e resolve as perseguições.
E criará...
Nicotina pra quem não fuma,
Barulho pros que dormem,
Trânsito pra quem apressa,
Obediência na desordem.
Fartura sem fortuna,
Firula sem fratura,
Conferindo o ferro que fere,
Ferindo a fé que confere.
Confete é o que há,
Só o que há.
Sol que arde há.
Meramente Mafuá.
Achei uma pétala
No meio do livro
Que eu tinha
Quando ainda lia você,
Mas sempre
que
se abrem
páginas
onde secaram
pétalas,
A brisa acode
Para que esses
despedaços de flores
voem vivos e morram em paz.
E em paz, despedaçados,
Leremos outras folhas
Como se fossem
as de um romance novo
Sem marcas de pétalas secas...
Era uma noite chuvosa enquanto eu lia
Estava aconchegado no meu quarto e disse
Por quê não ligar-te?
Por quê não deitar pra fora
aquilo que esta dentro de mim?
Na escola eu não era confiante
O pensamento estava mas muito distante
Eu não estava mais ao abrigo
Mas com o passar do tempo eu fui aprendendo
A ultrapassar as coisas que me faziam mal
Meus medos, meus complexos, minhas incertezas
Me impediam de continuar a acreditar
Naquilo que eu queria mais na minha vida
Naquilo que realmente sou, sou
Eu sempre lia seus pensamentos querendo entender seu mundo,
Encantava-me com sua facilidade de se perder na vida,
Sempre em busca da sua metade, a tampa da sua panela, o leite do seu café.
Sempre esteve à espera do certo.
Sendo que nem consegue ser capaz de dizer o que é o certo pra você.
Suas desilusões sempre foram às respostas, mas você não é capaz de compreender isso.
Você não compreende que devemos ter o suficiente para ser feliz,
O suficiente que te faça sorrir,
O suficiente que queira te amar,
O suficiente que chega e muda seu mundo,
O suficiente se tornará o seu perfeito.
Mas não é isso que você procura, é e não é.
Quando as coisas chegam a dar certo você se desfaz dela, não entendo o medo ou o receio que você tem nisso.
Enquanto não puder confiar em si própria arriscando um pouco, nunca terá o seu suficiente.
Vivemos de riscos, arriscar trouxe a esse mundo grandes descobertas fascinantes.
Seja essa descoberta fascinante para alguém ou descubra o valor delas.
