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A vida é um livro escrito com tinta permanente.
Talvez se Deus o escrevesse com mina de carvão,
passaria uma borracha no passado de muita gente
PASSADO NO PAPEL
É tão difícil o amor relatar
Ainda mais essa caneta
Que já sem tinta
Começa a falhar
Refaço o brio da tinta
Privo a maneira exata de ser
Tento o amor esclarecer
Me ferve na mente
O passado a recordar
De um amor que tive
O ontem que vive
No peito a pulsar
Que corre nas veias
Vem no coração alojar
Essa coisa engraçada
E ao mesmo tempo malvada
Que me interfere a vida
Essa de forma bem vivida
A caneta do tinteiro que deixaste à cabeceira.
Queria escrever para mim em forma de sonho...
Perfumado encantado, ela escrevia...
Deixado-se cair na cama de cansaço...
As páginas estão em branco....
O nosso amor é assim,
Desses que ficam grisalhos,
De histórias divididas e afetos desmedidos.
O amor aprende-se com o tempo...
No limite das renúncias e...no abandono das horas...
Um pouco de rotina e o charme do tempo.
Gosto das marcas, dos vincos da pele....rugas..
As páginas estão escritas....já não estão em branco..
A caneta do tinteiro que deixaste à cabeceira...
Escreve a vida vivida, sem ser esquecida por nós.!!!
Desenhar pedacinhos de amanhã.
Vamos libertar as palavras ancoradas no medo.
Criar partituras sem código, sem segredo.
E sobre seu corpo faremos poesia.
Sobre sua pele desenharemos alegria.
Vamos pintar no amanhã,
Confortos para cada hora.
Vestir-nos da força,
Que faz nascer à aurora.
Não é preciso ferir o hoje,
Com o punhal da vingança.
Agoniza-se já o agora,
E para o amanhã a esperança se aflora.
Vamos fazer flores de arvores perdidas.
Vamos gritar por cima da vida.
Vamos desnudar o nosso interior.
Vamos seguir o que nós ensinou,
O nosso Senhor
Vamos...?
Nós temos a tinta,
Nos, somos a tinta.
O nosso irmão,
É o nosso talismã.
É o papel do nosso amanhã.
Enide Santos 31/07/14
Papel e tinta...
(Nilo Ribeiro)
Papel e tinta,
base do escrever,
se o amor não "pínta",
verso o sofrer
dava um haikai,
e não uma poesia,
mas se o amor se esvai,
escrever vira ironia
papel e tinta,
já não tem serventia,
minha vontade está extinta,
não escrevo mais poesia...
Sempre escrevo com a tinta dos meus silêncios
no meu caderno de pensamentos.
Ah... É o meu melhor momento!
A vida é como um pergaminho, escrito á tinta, onde não se tem borracha ,mas se tem sempre um tinteiro, para escrever de novo e de modo diferente.
À tinta de escrever
Ao teu azul fidalgo mortifica
registrar a notícia, escrever
o bilhete, assinar a promissória
esses filhos do momento. Sonhas
mais duradouro o pergaminho
onde pudesses, arte longa em vida breve
inscrever, vitríolo o epigrama, lágrima
a elegia, bronze a epopeia.
Mas já que o duradouro de hoje nem
espera a tinta do jornal secar,
firma, azul, a tua promissória
ao minuto e adeus que agora é tudo História.
A tinta da saudade, manchando as páginas com emoções,
Um grito silencioso, que a solidão jamais ouviu.
Se o amor fosse uma obra de arte, você seria a pintura mais sublime, colorindo minha vida com a tinta mais vibrante de emoções e sentimentos."
Quando uma pintura ultrapassa a matéria da tinta, ela deixa de ser apenas imagem e se torna poesia que pulsa, uma crônica que narra silêncios, um manifesto político que inquieta, um grito que atravessa o tempo e uma denúncia que insiste em não calar. Ela não está no quadro, mas nos olhos de quem a sente, nos mundos que transforma e nas feridas que expõe para que jamais sejam esquecidas.
O que escrevo e o que vivi são fatos indeléveis, mas sempre com uma nova oportunidade a cada manhã... Coração de Tinta.
Não estou leiloando minha voz,
Tampouco o que penso,
A tinta da minha mão é inapagável e impagável,
Cor invisível da liberdade,
Para o pintor, uma parede branca, suja e esburacada...
Transforma-se em tela e fantasia...
Horizonte e linhas do céu...
Um pouco de tinta...
Um pincel...
Para o poeta...
Um momento...
Palavras ganham novos sentidos...
Em pedaços de papel...
O poeta tece em palavras...
Como o pintor retrata em cores...
A arte vai imitando a vida...
e a vida inspirando a arte...
Sandro Paschoal Nogueira