Tag talvez
Vejo o campo e
a vegetação
e as ruínas
do que foi uma cerca.
Em meio à grama
um osso pelado
pelos cachorros.
Aqui se vê a pobreza
e se sente a fome,
talvez o homem
não se alimentou
e fugiu
talvez não resistiu,
há corvos aqui
não é um bom lugar ― definitivamente não.
Talvez
Substituíveis sim, esquecidos talvez nunca.
Entre o mínimo e o máximo a uma pessoa, a um coração, então cabe a cada um saber levar na balança do equilíbrio.
As vezes o que se revela concreto pode ter reflexo, pode ser de vidro.
A neve é bonita e fria, um coração quente não esquece nunca mais da sua alma gêmea, já um coração nevado esconde seus sentimentos e se demorar bastante talvez consiga até faze-los desaparecer.
Título: Juntos, Talvez, Diferente.
Eu morri e revivi tantas vezes
que já não sei se morro ou se vivo,
se vivo ou se morro.
Não sei se confio em mais alguém.
Bia, o tempo tem me ferido, me maltratado.
Se eu ainda te tivesse e juntos crescêssemos,
talvez fosse diferente…
Estávamos muito distantes.
Eu morava em outro horizonte,
longe, muito longe…
Ah, Bia...
Não sei se, estando contigo agora,
serei capaz de confiar, de me entregar,
de realmente te amar.
Viverei sempre com o eco e a sombra
de que deixei de ser o primeiro.
Posso ter sido, em teoria,
seu primeiro namorado,
mas não tive seus beijos, seus abraços.
Não transamos alucinados
como adolescentes apaixonados.
Me desculpe... me desculpe...
Sinceramente, talvez eu nunca volte a ser completo.
Talvez viva para ser sempre esse idiota,
nada esperto,
que te perdeu antes
e te perde agora
por ideias bobas,
que agora já não volta.
Talvez seja por isso que não te ligo,
que não te chamo.
Não quero estragar esse falso sentimento humano.
Quero acreditar que fui seu,
e você, minha.
Se me aproximo agora,
o que será dessa miserável vida?
Se apito pro estúpido sua estupidez,
Ele finca firme no rito, me bica, me atrita
e desonra meu talvez.
Talvez hoje eu morra
Talvez hoje eu morra — e o mundo siga,
sem notar o silêncio da minha partida.
O sol nascerá com a mesma coragem,
e o tempo seguirá sem pressa ou miragem.
Talvez hoje eu morra — e ninguém veja,
a lágrima oculta, a alma que almeja
um último abraço, uma palavra guardada,
um perdão não dito, uma dor calada.
Talvez hoje eu morra — e em minha ausência,
fiquem perguntas, vazios, ausência.
Fiquem poemas sem fim, versos sem dono,
um copo pela metade, um sonho sem sono.
Talvez hoje eu morra — e no fim de tudo,
encontre em Deus o silêncio mais mudo,
a resposta que em vida busquei, aflito,
nos becos do peito, no chão do infinito.
Talvez hoje eu morra — ou talvez não,
mas já deixo escrito, do fundo do chão:
se eu partir, que seja com paz no olhar,
pois viver também é saber descansar.
E se hoje eu morrer — só peço, enfim,
não chorem por mim, nem pelo meu fim.
Guardem apenas o que fui de verdade:
um sopro, um suspiro, um eco de saudade.
Patrono: Mateus Sebastião Kilola
Não existe nada mais doloroso e assustador que o TALVEZ.
O talvez do passado ou o talvez do futuro, ambos arrancam qualquer paz.
"Talvez um dia, tudo seja real, e as respostas sejam verdadeiramente simples. Sim e não definitivos."
O que vai, talvez volte, mas o que não volta nunca foi. Sentir é um estado de estar, estar em si, estar em você. Se estamos podemos ser, se formos pode ser que seja real, o que não foi será, e talvez, mas talvez mesmo, um dia podemos ser o que queríamos, o que queremos. Estar em nós. Apenas estar para sentir.
As pessoas imitam e a cultura se torna adaptativa, porque aprender com os outros é mais eficaz do que sozinho através de tentativa e erro
Os gostos mudam quando as pessoas almejam ser diferente das outras; mudam quando tentam ser como as outras
Quando alguém sabe quem está sofrendo influência de outra pessoa e essa pessoa também sabe disso, trata-se de persuasão; Quando não tem ciência de que é influenciado, e o influenciador não percebe a influência que exerce, trata-se de contágio
Ainda se pode aprender com as más experiências. Mais: talvez elas sejam as mais significativas em nossa vida.
talvez ...
se fosse tudo diferente
não ouve-se alguém antes da gente
para não corromper nosso coração e mente
mostraram pra nos que as pessoas mentem
Talvez seja assim, olhares e sorrisos que com o tempo ficaram para trás , deixando apenas a doce saudade e o desejo de voltar no tempo ... fim do sentimento que os prendia!
As circunstâncias me fizeram pensar nisso
O segundo plano se formou na minha cabeça
Não consegui parar de pensar nisso mais
Como não pensar em tal fato
sendo uma pessoa que amo tanto?
Desculpa não consegui
Ciumes? Talvez
Mas espero que concorde comigo
Pois tudo faz sentido
Infelizmente você não liga mais
Não liga pra minha opnião
Não liga pra o que eu sinto
Não estou falando que é culpa sua
Apenas expressando meus sentimentos
Perder o brilho
Não sabe o quanto é vergonhoso escrever isso... mas... é a única forma de eu ver
como estou. A única forma de me enchergar. Ver o que está se passando de uma forma organizada. Nem eu entendi muito bem isso mas... pufs!!
Ok
Não tenho idéia de como começou ou como surgiu, mas, na maioria das vezes começa por algum detalhe. Não sei qual é esse detalhe,
mas ele me chama muito a atenção. Não sei nem se são detalheS.
Começa do nada, é inevitável.
Pareço estar louca e obsessiva.
Vejo em todos os lugares.
Tenho ações involuntárias. Falo coisas involuntárias e bobas.
Escuto coisas a toda hora. Vejo a mesma coisa todas as horas. As lembranças, sonhos, pensamentos, sentimentos e ações são sempre os mesmos.
Não sei como explicar, não existe, mas existe. Sei que existe. Sinto comigo a todo momento, mas não é visível.
É uma coisa estranha e assustadora. É uma coisa quase perfeita.
Quando falarei? Quando sairei dessa situação?
De todas as formas tento fugir do que quero falar.
É tão simples. São só uma sequência de letras. Vai! Vai lá! É só escrever!
Mas, o que quero dizer é que, a todo momento, a toda hora, todo segundo,
Todos os instantinhos da minha vida tenho pensado, tenho imaginado a ideia de perder algo que não tenho.
Como posso perder algo que não está próximo? Algo desconhecido, algo que não existe.
Um sentimento muito egoísta que eu tento desprezar a todas as horas.
Novamente escureci e cobri de preto.
Gosto de você, como nunca gostei de outra pessoa.
Parece que cada vez mais, todo mundo se chama por esse nome agora. Seu nome está em todos os lugares. Parece que quase todas as mães em 1999 e em 2000 que estavam grávidas de meninos, tiveram a ideia de colocar esse bendito nome nos filhos. Tava na moda de certo. Lembro de você é claro quando ouço ou leio seu nome em qualquer lugar.
Fiz uma lista das coisas que gosto em você. Não deveria ter feito, mas vi uma das razões por gostar de você.
Odeio isso. Sei que o sentimento não é igual. Finjo tentar não olhar pra você.
Todos os dias, por menor que seja o tempo, você sempre invade minha cabeça e eu lembro que tenho mais um problema pra carregar.
Odeio aquela lista imbecil. Nunca vou mostrá-la pra ninguém. Queria apagá-la mas não consigo cada vez que leio de novo, é mais uma razão pra eu acrescentar mais uma coisa.
Não te conheço, não sei quem é você. Você é um desconhecido pra mim.
Estou escrevendo como se estivesse falando isso pra você. Pff... que merda.
"Algo perfeito, mas que não existe no mundo real, somente no mundo das ideias"
O tempo cura tudo...
Talvez eu seja louca.
Talvez eu ainda enlouqueça.
Talvez não é nada disso, é tudo da minha cabeça.
Talvez eu devesse seguir e esquecer.
Talvez, talvez e talvez...
Bem vindos ao que chamo de relativo.
... Mas isto é valido a todos que julgam coisas como definitivas!
POETAR
Ser poeta é, por sua vez,
questionar os inúmeros “porquês”;
é roubar do tempo a rapidez
e querer o que a vida desfez.
É expressar os gritos da mudez
e fazer ouvir ruídos na surdez;
é ver no translúcido a nitidez
e saborear o doce da acridez.
É tatear o morno da tepidez
e transformar a frieza em calidez;
é despir de pudor toda nudez
e despertar a libido da frigidez.
É desembaraçar-se diante da timidez
e agigantar-se em pequenez;
é fartar-se em plena escassez
e permitir inquietação à placidez.
É tratar com suavidade a rispidez
e converter indelicadeza em polidez;
é fazer da aspereza maciez
e revelar humildade à altivez.
É propor prudência à insensatez
e buscar a cura para a morbidez;
é estar sóbrio de embriaguez
e mostrar-se demente de lucidez.
É dotar a estagnação de fluidez,
e extrair as cores da palidez;
é dar às vontades humanas solidez
e aos corações empedernidos flacidez.
E nas linhas que no papel se fez,
rascunhar, com leveza e avidez,
os desalinhos da alma, de vez,
com todas as certezas de um talvez.
(Selecionada no “5 º Concurso Nacional de Poesia”, da cidade de Descalvado-SP, e publicado na coletânea “Marcas do Tempo VIII”, no ano de 2006)
