Coleção pessoal de PatriciaRebelo

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O limbo é um “lugar” onde o nosso psicológico torna os dias infinitos, as dores insuportáveis e a ausência algo pesado.
Um lugar, demasiado, insensato e sombrio, onde tudo se torna, demasiado torturante e onde, a razão perde com o espaço e o tempo.
Onde os sentimentos aparecem e desaparecem pela ordem talvez devida, ou não…
Acontece… E não é culpa de ninguém.

Quando se termina uma relação, sem dúvida que se corre o risco das coisas não ficarem 100% esclarecidas, 100% resolvidas.
Não , a culpa não é de quem termina ou de quem vê terminada uma relação.
A culpa também não morre solteira, como tantas e tantas vezes, acontece… Nada disso.
A culpa simplesmente não tem o nome de A ou de B.
A culpa é uma mistura de situações ou acontecimentos que provocam o término abrupto ou demorado de duas pessoas que se amam.
Ah sim… em algum momento, elas têm de se ter amado, cada um há sua maneira tem de ter dado, o seu melhor, num determinado momento, e consequentemente, deve ter mostrado o seu pior, pois só é possível fazê-lo com quem se ama.

Obrigado por tudo... e desculpa… por não amar como merecias.

Sei que serás mais feliz, sem mim. Não. Não, porque alguém te irá amar mais, não porque a química será maior, não porque a física será indescritível… Não … Espero, que aconteça tudo assim, mas não será por isso. Será, apenas, porque eu, não te conseguiria amar como devias. Não conseguiria amar-te como merecias.

Acredita, quando te digo que tentei o melhor para nós, o melhor para ti. Acredita que, sempre que te vir me irá doer a alma, pois fomos uma história inacabada, sem culpas, sem rodeios.

Mas, não nos devemos demorar , principalmente, com quem nos ama e não se consegue permitir a amar.
Não merecemos. É doloroso demais.

É mais fácil, aqueles sentimentos ocasionais, que nunca chegam a amor. Verdade seja dita, também nunca chegam a preocupação. É mais fácil assim. É prático, não ter ninguém à espera. É mais simples não ter alguém que nos liga a toda a hora, que nos manda mensagem de “Bom dia” e “Dorme bem”, muito menos, “Amo-te” ou “Quero-te para sempre”.
É. Sem dúvida, que é mais simples. É um momento. Nada mais. Depois disso, fecha-se a porta e não se pensa no assunto. Não há sentimento.
É bem mais simples. E mais triste. É tão triste privar o amor. É tão triste, privarmo-nos de amar.

É verdade que, onde não existe amor, não devemos permanecer. Sim, não devemos, alimentar algo, que é só nosso. Não é justo. Nem para nós, nem para o outro.

Sim, é verdade.
Não nos devemos demorar, por quem não espera por nós, por quem não sente a nossa falta, por quem não é completamente apaixonado.
Sim. Devemos, indicar onde é a saída ou devemos sair pelo nosso pé, sem olhar para trás.
Mas… E quando isso não acontece, como fazemos?
Quando os dias passam e a pessoa parece amar mas não ama?
Quando os momentos são perfeitos, mas não suficientes?
Como sabemos quando não é amor?
É porque a pessoa não tem tempo? É porque nós, nos tornamos, intoleráveis às pequenas falhas? É, porque, queremos ,tanto sentir amor, que acabamos por não sentir nada? É porque, quando amamos, não conseguimos dizer com medo da reacção do outro?
Porquê?
Porque não somos bons o suficiente? Porque o outro, não se encontra na mesma página que nós?
Talvez nada disso seja verdade.

É…a perda de memória, quase me matou, mas os flashes sufocam-me …
Mas , sinceramente, a diferença não é assim tão grande…

E os “quandos”?
Ah , os quandos… e os “ses” … e tantas outras coisas que ficam presas…
Tantas palavras, que levam a choros, a incompreensão, a sentimentos obrigados a ficarem reprimidos

É demasiado, desgastante, torturante e sufocante…
É…
Quando... queremos correr para alguém e não podemos…
Quando... alguém era o nosso porto de abrigo , incondicional…
Quando …
Quando…
Tantos “quandos”, impossíveis, de resgatar.

Enganei-me.
Caí, sim… caí , literalmente, no fundo do poço e foi horrível. Os dias arrastavam-se. Eram torturantes, e faziam-me sentir que estava a morrer , dolorosamente, aos poucos, sem dó nem piedade.
Depois, não sei nem como nem porquê, arranjei coragem, fui-me arrastando, com as feridas completamente abertas, que me doíam até à alma, e comecei a colar-me.

Um dia ele foi embora… e eu fiquei, com a lembrança, do quanto ele é para mim…

Mas , esta é a verdade… um dia ,ele foi embora.
O meu coração balançou, mas não se quebrou. Não havia motivos para se quebrar.
Durante, várias vezes, vi-o junto da sua nova namorada, e o meu coração continuou sem se quebrar. Não, as lágrimas não caíam e não perdia a confiança em mim.
Nunca senti, qualquer problema, em encontrá-lo… em sorrir … em conversar…
Hoje… hoje foi diferente.
Hoje, vi-o e o meu coração balançou, a respiração acelerou e senti-me, completamente, sem jeito…
Porém, o meu coração, balançou tanto, que se despedaçou.
Despedaçou-se em pedaços, tão pequeninos, que consegui sentir, cada pedacinho cortar-me a alma…

Um dia… ele foi embora.
Foi embora, com alguém que, talvez, lhe dava, tudo aquilo que eu não conseguia.
Não o censuro.
O meu coração não chamava por ele.

Devia ser proibido, existirem pessoas que fazem feridas, quase incuráveis nos outros. Deviam trazer um aviso prévio, que nos impedisse de apaixonar.

É necessário, entender que amar, é muito mais, do que ficar a sofrer, por alguém. Ninguém merece amar assim. Ninguém devia amar e sofrer. Amar é um verbo que nos desperta as mais bonitas sensações, mas pode ser também, aquele que causa as maiores dores. As maiores desilusões. Quando isso acontece, fechamo-nos numa concha, presa em nós mesmos e incapazes de ver que isso não é amor.

Mas, é necessário, muito tempo, para limpar feridas. Para elas sararem, e apenas, serem cicatrizes que passam despercebidas.

Li, algures, que “as pessoas preferem apegar-se às memórias porque, por muito que as pessoas mudem, as memórias não mudam”. Acredito, que seja verdade. As memórias, são algo a que nos apegamos. Simplesmente, porque, quando, são boas e importantes para nós, não nos queremos desapegar delas. É normal. Contamos com elas, porque, sabemos bem como são.