Tag metamorfose
... E pulsamos com os efeitos frenéticos e resplandecentes dessa metamorfose estimularas pelo ciclos do aperfeiçoamento do nosso existir.
Afinal, o que é este desconforto vazio e imaculado que parte do coração e chega ao estômago fazendo inverno ? Será que são as flechas envelhecidas do menino cupido, ou simplesmente a reminiscência de um outro alguém ?
Certamente todas as especulações são possíveis; quer dizer, menos àquelas que estão sob à luz do plenilúnio perturbando silenciosamente meu orgulho amargo.
Sim! Tenho a personalidade do avesso. Não negarei. Quiça sou um príncipe noturno cuja metamorfose a heteronomia social não ocorreu. Estou para a antiestética da estética trivial, assim como o príncipe "nocturne" para a nobreza do palácio.
Chuva caindo, aqui dentro também chora.
Lágrimas e chuva.
Eu chovendo aqui dentro
A chuva chorando lá fora.
Ambas transbordando excessos
Ela numa linda missão…
Eu, suportando o processo.
A arte da filosofia mexe com o ser, a arte de pensar vem da espécie, que busca organizar-se por dentro, e transformar-se por fora - verdadeira metamorfose.
Em meio as adversidades nos refugiamos em nossas ilhas e vivemos cada um em sua bolha. Porque é o nosso Porto Seguro, onde sentimos abrigados e sempre retornamos para passar pelo processo de renascimento e transformação. E como as borboletas que após a metamorfose, segue livre para voar, assim somos nós, após o enclausuramento renasceremos, alguns mais fortes que outros e todos mais experientes e conscientes do inestimado valor da vida!
Insta: @elidajeronimo
Sabe quando a transformação que acontece dentro de você é tão incrível que transborda para o mundo sem que você perceba? É simplesmente maravilhoso! As pessoas ao seu redor captam essa evolução sem que você precise fazer nenhum esforço para demonstrar. É assim que a verdadeira metamorfose se manifesta: de forma espontânea e surpreendente.
Insta: @elidajeronimo
Metamorfose...
É o que essa tattoo representa...
Dói, não é fácil aceitar certas mudanças,
Mas, tudo se encaminha como deve ser.
Sair do casulo,
Aprender o que é solitude,
Me pôr em primeiro,
Descobrindo o real,
Tomando minhas próprias rédeas.
Sobre.
Metamorfose da Solidão
Ele havia morrido.
Rosa Augusta deitou-se silenciosamente aos pés da cama.
Emudecida, anestesiada pelo sofrimento. Não havia soluços, desespero, nem pranto incontrolável.
Somente seus pensamentos voavam e cerravam todas as portas do casarão, avisando a todos, que, naquele instante se encerrava uma história, uma vida. Dali em diante, somente abrindo as alas da morte para conhecer o outro lado.
Não era feriado, dia santo e o comércio não parou. Somente ela vestiu-se de negro. Aprumou seu coque, dobrou o lenço de linho miúdo e colocou-o no punho da manga e recebeu os... “sentimentos”...
Numa noite clara de luar, pessoas iam e vinham, aconchegadas, quentes, acalentando Rosa Augusta que escondia os pés doídos de frio e solidão, debaixo das barbatanas e anáguas.
Seus pés gelados trincaram e se despedaçaram pela sala como pedras soltas...
Ela ficou inerte, sobre os cotos, sem dor, esperando que a alma dele lhe desse asas para voar.
As pedras despedaçaram, derreteram e escorreram pela sala. Ninguém entendia o porque de tantas poças d'água já que a casa era toda forrada e de Rosa Augusta não desprendia uma lágrima sequer.
Ela, num gesto de consolo a si própria, descobriu a face do amado, emoldurado pelo fino filó, passou o lenço pela sua testa como se ele vivesse e transpirasse sua existência ali inerte.
Neste instante, ao recolher o lenço, este caiu sobre as poças do chão-molhado, encharcou-se de emoção nas águas caídas, aumentou de tamanho, desdobrou suas formas e transformou-se em asas que Rosa Augusta vestiu e voou... acreditando que a vida é uma grande “METAMORMOSE!
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury
"É como a metamorfose da borboleta dentro de um casulo, uma hora estou triste, na outra, percebo que tua presença me faz ter tudo."
Mutante
Sou mutante
Mudo conforme o vento
Me transformo com o tempo
Triste agora mas feliz num outro momento
Sou mutante
Porque o mundo gira a todo instante
E nada permanece como antes
Ontem fui criança, hoje sou gente grande
Sou mutante
Pois permanecer é impossível
A metamorfose é infalível
Tudo na vida é perecível.
Cabem a nós, somente, o empenho e a capacidade de reconhecermos nossas próprias necessidades, fraquezas, defeitos e qualidades. É na nossa capacidade de resiliência que entendemos acerca da importância de buscarmos a compreensão e o aprendizado que teremos em cada etapa de nossas vidas. A priore, somos seres mutáveis, nos acomodando às circunstâncias por medo, por proteção, pois, sabemos que é impossível sair ilesos nos processos de metamorfose que a vida às vezes nos obriga a passar. Trata-se da “dor insuportável da mudança”, poucos se submetem a ela, por não terem coragem de enfrentá-la, ficando presos às suas “celas particulares”. Por outro lado, é libertador ver suas próprias asas nascendo, isso confunde-nos e nos faz pensar qual “Ícaro”, que temos total liberdade para voarmos próximo ao sol. Triste ilusão, pois, somos seres frágeis, incapazes de quase tudo, principalmente de alcançarmos por nós mesmos, a nossa própria felicidade. Falsa liberdade, é aquela sem Deus, causa-nos a “dor da queimadura do sol” e a triste sensação que nossos próprios insanos ímpetos nos causam. Não fujamos da metamorfose, ela é sim libertadora, porém, reconheçamos nossos limites, até onde podemos ir, e a partir de onde, devemos simplesmente descansar e nos deixar ser levados pelos braços do pai.
Diante da sua evolução como borboleta, a lagarta não apenas adquire um par de asas, mas a consciência de que pode voar.
Dossel
Um denso dossel cobriu meus olhos, e a noite caiu.
Foram-se as vozes, as cores, o toque, e no silente de um só; resvalei em mim nas lembranças que se esfumaram no tempo.
Na urgência do destino, a selfie ausente do poente não vivido. O adeus roubado.
Caminhando de olhos fechados, uma vida esvaiu-se por entre os dedos. Cansado, adormeci nos escombros de mim mesmo, a duras penas conformado.
Despertei à luz do sol, quando o vento soprou o dossel. Nesta altura, conheci — desconhecendo, as rugas na pele e os fios brancos, nascidos na dormência de quem fui.
Na esperança, sigo lutando no presente, a guardar memórias na epiderme; trapaceando o incerto blackout.
Quanto tempo me resta, não sei!
Cá dentro, é a dor no vazio da minha metamorfose que perdi.
Sem ver, envelheci!
Algumas pessoas saem do casulo e se transformam em borboletas, outras ficam fechadas dentro da sua própria metamorfose por não aceitarem a sua evolução...
TRANSFORMAÇÃO
Está no espaço
sai de dentro
ramifica por fora
inquieta minha mente
toma forma
isso é metamorfose ou mutação
que se esvai por todo canto
em busca de uma direção
um processo de reprogramar e aprender
o que eu ainda não sou
mas quem irá saber
pode ser boa, talvez contrário
mas que tenha o pensamento
que seja visionário
transforma sem entender
pois a mudança só é falida
pra quem sabe vencer
Nós somos tempo. Compreender aquilo que nós somos é compreender o tempo que nós somos, aquilo que o tempo exterior, o tempo da história, o tempo da sociedade é em nós. Não se faz essa aprendizagem sem que ela seja uma metamorfose permanente daquilo que nós somos.
Em meu processo de evolução, vivo uma extrema metamorfose, onde me encontro em toda essa transformação.
Jan Bernardo.
"Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante"
Muita gente já deve ter cantarolado por aí a música do genial Raul Seixas: "Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo...", suponho até, que enquanto leu o início desse texto acabou cantando ao invés de ler.
O que acontece é que na real para muitas pessoas isso não passa de uma melodia boa de cantar, mas uma letra difícil de ser colocada em prática.
E o que é metamorfose? " É quando o organismo nasce com uma forma e sofre grandes modificações em seu corpo durante seu desenvolvimento, tornando-se completamente diferente na fase adulta".
E o que é ambulante?
"E aquilo que não tem lugar fixo, que se move de um lugar para outro"
Eu, particularmente, prefiro ser uma metamorfose, prefiro estar em constante modificação, prefiro me renovar, prefiro sofrer as modificações, prefiro não ser igual a ontem, nem igual no amanhã.
Quero ter o prazer de me reapresentar às pessoas e dizer que tenho mais calma que antes, que já não perco o sono por coisas que não tenho o poder de resolver e que agora tenho mais tempo de olhar o sol se pôr.
Minhas opiniões, aquelas velhas opiniões, sepulto-as todos as noites antes de dormir e quando amanhece é novo dia, nova história sendo construída, novo jeito de olhar, de ouvir o mundo e sigo minha estrada, sendo ousada em querer ter esse desenvolvimento indireto, mas certa de que é melhor ser uma mutante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.
Nildinha Freitas
Ovo, larva, pupa e estágio adulto: a alternância entre as fases de uma metamorfose segue um padrão linear de duração, variando insignificantemente em dias, que se tornam meses e assim uma diferente existência emerge do casulo que abrigou temporariamente um ex-alguém. Me valendo mais uma vez em puro caradurismo da mecânica do mundo, roubo para mim a semiótica e afirmo com provas e convicção que o que nos resta do passado é a pavorosa lembrança de quem fomos há um milésimo de segundo (caso prefira, converta esse tempo à duração que lhe convém). A essa altura do campeonato, se me sobrou um resquício de decência, só me resta admitir o ódio inerente àquela garotinha estragada que acreditava ter o mundo em mãos, mas nem sequer era capaz de administrar os próprios devaneios. Bom, não que isso tenha mudado drasticamente de lá para cá, mas convenhamos que as medicações aparentam surtir um melhor efeito. Apelando (como de costume) a pieguice, dou sinal verde às minhas lágrimas, e que desçam em um tom cinematográfico por essa cara maldita que não passou um dia desse ano hediondo sem levar uma boa bofetada da vida! É, há um ano eu caminhava ao entorno de um parque enquanto levava rajadas de ventos que me desnorteavam em meio a um frio meia-boca de quatro graus, agora me sento no telhado com uma bebida usurpada do armário de meus pais escutando à pavorosa sinfonia de rojões que não tem nenhuma utilidade além de acelerar meus batimentos cardíacos e impulsionar o negativismo que me lembra o calor insuportável que terei de aguentar amanhã. Neste momento deveria estar pensando em como abordarei os acontecimentos traumáticos de dois mil e dezenove nos próximos dez anos de sessões semanais de psicanálise, mas estou escrevendo como uma artista falida mantida pelos pais (sim, é isto o que sou). Afinal de contas, nem os pobres textos escaparam de todas as tragédias, há tempos não vomito a podridão que me faz de hospedeira em um texto melancólico e grotesco, já que por motivos desconhecidos tudo o que escrevo adquiriu um caráter erótico e esporadicamente crítico, minha esperança é de que sejam os tais hormônios os culpados, aliás. Enfim, nessas horas vale a pena citar meu bom e velho amigo Belchior e dizer que ano passado eu morri, mas neste ano eu não morro (espero, não suporto hospitais).
deixe que natureza do tempo seja sua revolução. abrace suas metamorfoses, respeite suas fases, viva todos os processos que rumam à sua melhor versão; desacelerando para se encontrar, se recolhendo para se libertar. voar e ser imensidão.
O CASULO
Independente do tempo que você passe nele, sentirá como se fosse um infinito. Terá em si, em diversificados momentos, todas as variações térmicas existentes. Um frio intenso causado pelas dores mais profundas da alma. Um calor insuportável, causado por uma raiva inexplicável pela injustiça que lhe causaram. E até um certo conforto, de temperatura amena, causado pelo invólucro das aprendizagens e do crescimento. Emoções, as mais intensas, vindo à tona. Misturadas, confusas.
Você questionará tudo, e não entenderá a necessidade de tamanha dor. Cada dia você sentirá algo ao se olhar no espelho, raiva, carinho, desprezo, dúvidas, rancor, alegria, ternura, pois, para nos reconhecermos como realmente somos, faz-se necessário muitos e muitos mergulhos em nossas próprias almas.
No casulo é perfeito, por que você está preso em si mesmo, É obrigado a olhar seu reflexo todos os dias, durante o processo. Além do mais, estará sozinho, pois, não cabem duas pessoas em seu espaço de metamorfose. Entenda, não adianta pedir ajuda, nesse pequeno espaço só cabem você e sua autocura.
O momento mais doloroso, sem dúvida, será o seu nascer de asas! Elas só nascerão se você tomar doses diárias de aceitação, de auto perdão e do liberar perdão, amor-próprio e novas aprendizagens. Suas asas lhe darão um novo olhar, novas e intensas cores na alma e uma exuberante beleza ao fim do processo.
Muitos já são borboletas e não conseguem sair deste alvéolo, alguns já saíram e estão aprendendo a voar. É inexplicável o ar que se respira depois de passar por tanto sofrimento, e é lindo o seu reflexo no espelho resultante de suas merecidas asas!
O processo da metamorfose é inevitável, doloroso solitário e único.
Certamente você já esteve ou estará no casulo…
Você será ou já se tornou borboleta…
Então… Aguente firme, se perceba e voe!