Coleção pessoal de carolinabastian

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COBIÇA

Uma hora a sua máscara cai...
Todavia, aquela que embaraçava
Sua visão, dificultando ver a amizade
Sombria a qual mordia os lábios,
Mas som algum saía para enaltecer
O seu trabalho.
Uma hora, o seu eu verdadeiro grita
Mais alto a fim de despertar seu coração, Que não notava até então, que a Companhia perdera brilho por cobiçar
A sua singela aurora.

VEM CÁ

Qual a graça de ser sem graça?
Vem cá, o topete em pé só fica bem na
Calopsita!
Qual a graça de cerrar os dentes
E ignorar o morador de rua?
Vem cá, ele é ser humano assim como
Você!
Qual a graça de estar em meio a
natureza se o que contempla é apenas o
Celular?
Vem cá, aplica o outro significado da frase e curta a rede!
Qual a graça de frequentar a igreja
Se ao sair debocha da vestimenta do
Desconhecido?
Vem cá, a aparência só serve para
Nos diferenciar no caráter daqueles que a Julgam!
De tolos mal-humorados o mundo está cheio, pois seja então, a graça de alguém.

OFFLINE

Virtualmente esbanja sutileza
E gratidão em uma vida repleta
De artimanhas superficiais na
Tentativa falha de alimentar
O bom espírito. O ego.
Online para o status que acredita
Futilmente em ser o ápice da sua
Fortuna. Offline para a sua
realidade e aquela que acerca.
Offline de sorrisos sinceros,
olhares memoráveis e sentimentos
Que acalentam a alma. Infelizmente
Estão preferindo a luz artificial ao alvorecer, e talvez seja tarde demais
Para recarregar a sua autêntica bateria...

CÁRCERE

No cais desse mundo célere,
A vida passa em um sopro.
Tão fugaz quanto meus
pensamentos, que me tiram
O alento. Atleta nata
De correr contra o tempo,
E ainda assim, perdida
Nos dias da semana.
Ora, o ano mal começou
E já está na metade! Este
Domina a arte da fugacidade.
Queria deleitar de todos
Os minutos, mas quando
deparo-me já estou no amanhã
E o hoje fica encarcerado
No passado.

ESPELHO MEU?

É estreme achismo em essa
Sociedade líquida, a qual
Não me excluo.
Somos errantes, porém
Em busca do prevalecer
Dos acertos.
Quem almeja plenitude,
O mais importante é não se
Importar. Mas cá entre nós,
É um tanto quanto ilusório
Manter-se natural quando
Meras palavras soltas
Tornam-se verdades
De alguém.
Sua boa conduta de nada
Vale para aqueles que
Aspiram à sua falha.
Indiscretamente, questiono
Se o que você julga muitas vezes
Mentalmente, é uma perspectiva
real ou apenas um reflexo do seu eu verdadeiro?

INVERSÃO

Esqueceram de valorizar
A priori,
O sorriso singelo,
O olhar carregado
De sentimento.
Preferiram afundar-se
Em uma mescla de
materialismo e estética
A fim de satisfazer
Estupidamente o corpo,
Mas o coração continua
desvalido...

NOSSO MUNDO

Nas entrelinhas dessa vida rotineira,
Viajo em meu mundo característico.
Seria egoísmo dizer que é somente meu?
Afinal, a sua totalidade construída tem Resquício de alguém.
Alguém que está.
Alguém que já foi.
Alguém que está mas parece ter ido.
Alguém que deixa saudade.
Alguém de que nada sinto.
E nesse pertinente vício de conhecer o Desconhecido, coleciono corações de Amores e de amigos. E as decepções
Deixo comigo, como alicerce do que
Me apetece para meu próprio abrigo.

ÉGIDE

Manhã úmida após
um dia de tempestade.
Pássaros contemplam
A calmaria do domingo,
Bem como, admiro um
João-de-Barro construir
De bico em bico o seu lar.
O bom dia tranquilo de um
Desconhecido
Contribui com a sensação serena
Que paira no ar.
Entre as nuvens, a luz surge
Aconchegando o ser de
Alguém que crê em uma
Aurora após a outra.
Estamos cansados de saber
Que a paciência é a égide para viver
Um dia de cada vez...

SOU LIVRE?

Se até puno-me com
Meus peculiares pensamentos,
Como eis de conquistar a carta
De alforria?!
Pego-me lembrando do que
É para ser esquecido.
Torturo-me com o passado
E sofro por antecipação
Do relógio adiantado.
Ensinaram-me a ter liberdade
Seguindo oportunos passos.
Releia essa frase e questione-se:
“eu realmente sou livre?”.
Outra vez, conduzido.
E é assim que estamos existindo...

IMENSIDÃO AZUL

Sofrer é inevitável,
Todavia você é o
comandante da
Embarcação.
Escolha a maneira de
Lidar com o maré.
Siga fluindo a
Corrente marítima
Da vida. As nuances
Da tempestade e da
Calmaria moldam o navio.
O qual é guerreiro e enfrenta
Rotineiramente as intempéries,
E ainda assim, continua
Navegando, contemplando
A sublime imensidão azul.

UTOPIA

Em êxtase nessa vida
Insana que em sincronia
Arranca-te lágrimas de
Tristeza e alegria.
Deparo-me com a
Indagação do certo ou
Errado, do agrado e da
Ingratidão, do importar ou
Não. Cheguei a conclusão
A qual concluí nada.
Pouco interessa-me
O que pensam (na teoria).
A prática é quase utópica.
Porém, tento viver à minha
Maneira, um tanto aventurada,
Outro quanto, calmaria.
Manter-me luz, independente
Da escuridão, é o que faz-me
Ser, é o que faz o meu ser.

INCERTEZA

Eu cá, você acolá
Unificados em pensamentos
De insegurança e prazer.
O que fazer?!
A incerteza faz-me
Ter certeza do que sinto
Agora, todavia, amanhã
É um novo dia, um novo eu e
A hesitação torna-me a procurar...

DEVANEIOS E LUCIDEZ

Ela é de luz com ascendente
Em determinação e lua independente.
Mulher menina carrega consigo
A arte de amar. Coração corajoso
Não se deixa levar por um amor de
Verão. Apetecem-lhe as quatro estações.
Corrida zelosa atrás de seus anseios.
Cabeça iluminada, um tanto, avoada,
Enquanto o sol não se põe. Mas, à noite...
Ah, a noite! Como é bela, tão quanto
Seu sorriso enaltecido pelo batom bordô.
Deleita um bom vinho na sacada.
Aprecia sua própria companhia,
As constelações, singularmente, as Três Marias
Em uma infindável mescla de devaneios
E lucidez.

AUTOCONHECIMENTO

O brado da vida alucinou-a
Por instante. Fê-la transmutar
De uma perspectiva simplista
Para um profundo, realista,
E até então, inacessível prisma.
A busca incessante pelo saber
Tornou-a conhecedora de si,
Progressivamente.
A alteridade que aprendera
Há pouco, auxiliou-a em seu
Propósito. Ao mesmo tempo
Sem sabê-lo, sucede minunciosamente,
Dia após dia em busca. Aplicando-se
Em seu melhor significado de viver.

ETERNIZE-SE

Viva o presente
Com um pé atrás do futuro.
Até o passarinho
Que me visita
À janela amiúde
Sabe disso.
A escolha tem resultante.
Não se detenha, não tema!
Apenas tome nota disso
E faça jus a sua existência.
Destarte,
Perdoe-se!
Ame-se!
Permita-se!
Queira, tente e faça!
Eternize-se graciosamente
Nesse vasto horizonte
Intitulado vida.

PERFEITAMENTE IMPERFEITOS

Conheço-te de outra vida
Não tenho dúvida.
Energia prazerosa que
Acalora minha alma.
Carinhosamente admiro-te,
Apesar das falhas.
Ora, sou humana também!
Aquieta-te, ó mente
E não julgue!
Somos imperfeitos
Ao mesmo tempo
Primorosos.
E estamos aqui
Em constante evolução
Moldando nosso ser
Com a maré de experiências.
Qual seria a graça
Se soubéssemos
De tudo?
O sentimento ordinário
Foi necessário, acredite!
Agora, viva!

EMPATIA GRADATIVA

A graciosidade dos pais,
Tornou a criança branda.
A pureza dela
Serenou o jovem.
A cortesia dele
Aformoseou a semana
Do senhor.
O bom dia eternizado
Despertou a empatia
Das futuras gerações.

O seu julgamento sobre ele
É o que tem aflorado em você
Policie seu pensamento negativo
E construa sua atitude calorosa.

LEI DE MURPHY
Acordaste e, ainda
Cambaleando,
Tropeçaste no sofá.
Gritaste o filho de
Quem não conheço
A fim de aliviar.
Já a vida, só para
Contrariar,
Colocou a pedra no
Sapato e junto com
O sol puseram-se a
Gargalhar.

DIVINA HARMONIA

Pés despidos na terra
Abençoada. Sintonia
Intrínseca de sua cintura
Com o balanço das árvores,
Em ritmo do cantar do
Sabiá-Laranjeira.
Transcende seu sentimento
Tão límpido quanto a água
Da cachoeira. O seu vigor
Vibra com a queda nas
Pedras vestidas de limo.
O ar estreme sacia os
Pulmões, o espírito.
A Mãe Natureza gratula
Sua romaria. Carpe diem!