Nildinha Freitas

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O seu corpo despido,
tantas vezes ferido
por gente de coração bandido, jorra uma água salgada, suor e lágrimas de uma alma lavada na dor.

Sou plena, sou absoluta, sou mulher guerreira que nunca temeu ir à luta.
Sou plena, sou absoluta, muitas vezes tenho medo, mas não é nenhum segredo que sou mais forte que a dor. Sou rocha, mas também sou flor.

Traição

A traição dói
E essa dor é mortal
Ela só vem de quem a gente nunca desejou o mal.
Dói a traição
Muda a nossa rota
Muda a nossa direção
E a gente que acreditava estar indo no caminho certo
Se percebe na contramão.

Deus foi fazendo milagres que pareciam pequenos para os meus olhos acostumados a não acreditar.
Eu fui vendo a minha água virando vinho e o meu sepulcro ficar vazio.

Cada um tem seu jeito de velar e enterrar seus mortos! Alguns esperam mais tempo, como se esperar fosse capaz de fazer o morto renascer, outros, ainda que acreditem em milagres, sepultam e vivem seu luto no silêncio da ausência. Não cabe a quem morreu determinar quando deve ser sepultado dentro de nós!

⁠Almas


Somos almas!
Não somos o tempo que passamos aqui. Não somos as datas e registros no calendário.
Somos almas!
Andarilhas almas que pelo mundo caminham para encontrar o que sempre esteve a nos esperar.
Somos almas que vagamos, enquanto nossos corpos descasam do dia que se foi.
Somos almas e o espaço , a distância entre nós é só o querer, eu e você.
Somos apenas almas que se buscam e se encontram cada vez que nossos corpos dormem.
Somos almas, eu e você.
Nildinha Freitas

Há quem adore a Deus e há quem adore os seres humanos.
Cada um adora o que considera mais importante.
Nildinha Freitas

Com o livro sagrado em suas mãos, olhou para o irmão e disse: esse aí não tem salvação!

⁠Nem sempre escrevo o que vivo em mim. Escrevo para aprender, aprender como eu não devo ser.
Nildinha Freitas

De rosas carrego meu sorriso
Meus lábios
Meus olhos
Minha alma toda faço florir
Pois já me bastam os espinhos
Que me furam sem eu pedir.

⁠Desculpa minha cara de quem se perdeu pensando nessa loucura que a vida se tornou.
Perdi o sono pensando nas vidas ocultadas e no brilho apagado dos olhos de tanta gente.
Desculpa, mas sinto o gosto amargo da dor escondida no sólido coração de quem não pode gritar: não!
Desculpa minha cara, mas tenho ânsia de viver de sonhos!

PERDÃO


Perdão por eu não ter lhe dado
Todo o amor
E por ter sido mais razão
Do que emoção.

Perdão por eu ser assim
Tão sem jeito
E por ter desfeito os seus planos.

Perdão por eu ter mudado a rota
E ter feito o caminho de ida
E não o de volta.

Perdão por eu ter me tornado outra
Totalmente diferente
Daquela menina inocente
Que você amou.

⁠Eu já não conto os dias, como contava!
E as horas?
Elas passam analogicamente,no tic, no tac, no ir sem vir.
E eu?
Já não conto os dias para frente e nem os que por mim já passaram, vivo do instante presente .
Nildinha Freitas
03/09/2022
18:04 horas
Natal- RN

Ser mãe é bem mais que ser apenas uma amiga
É bem mais que ser uma parceira para vida
Ser mãe é ser colo na hora em que a dor nos rasga e que aparece a ferida
Ser mãe é ser silêncio nas horas de turbulência e amar com reticências.

A MORTE

Às vezes a morte é quente
Tem horas que parece fria
É como se ela possuísse
Uma espécie de esquizofrenia.
Vejo a morte matando gente
Que na verdade não morreria
Mas a morte covardemente
Mata inocentes todo dia.

O eterno está em mim

Há em mim uma força maior
Um dedo de Deus na minha alma
E eu renasço de novo
Sempre
Sempre
Pois o eterno está em mim.

⁠Não ignore o que atravessa a sua alma como se fosse o ar adentrando os seus pulmões. Não ignore a sua intuição quando ela lhe pede para parar, ou seguir, dizer sim, ou não.
Não ignore os sinais, que igual aos sinos das catedrais, então gritando dentro de você.
Ouça o que o seu coração tem a dizer.
Nildinha Freitas

(Meu gênero é força)

Eu não sou só força
Sou também amor leve como a brisa.
Eu não sou só uma mãe
Sou também cheia de desejos e sinto calafrios ao ser tocada com beijos.
Eu não sou só essa rocha que você insiste em ver
Sou frágil como um cristal e sou a poesia que você tem que reler.
Eu não sou só a filha de uma mãe que me criou só e teve que guerrear para manter a gente de pé.
Eu não sou só mulher
Eu sou bem mais
Eu tenho histórias que ficaram para trás e estou caminhando para o futuro de quem não desiste jamais.

⁠De pés cansados eu caminhei, com pernas sem forças me levantei e sem ter respostas para tudo, continuei.
Desisti, sem perceber, era o meu medo de seguir e ser. Eu bem sei que há dias que parecem sombrios, sem luz ao fim da estrada, mas eu entendo que sou a própria luz da minha caminhada.
Nildinha Freitas

⁠Deixar para trás é, possivelmente, a decisão mais difícil que qualquer ser humano pode tomar.
Deixar de amar quem nos machuca, deixar de ir a lugares que nos são tóxicos, deixar ir embora pessoas que já não cabem em quem somos e queremos ser.
Deixar ir, para que a gente também possa seguir, é uma decisão dolorida, sofrida, pois criamos em nós a certeza falsa de que o para sempre não tem fim, mas tem, ponto final.
Nildinha Freitas

Muitas foram as vezes em que me decepcionei
Mas jamais me arrependi dos caminhos que tracei
Cada curva e cada reta
Cada pedaço da estrada
Foram ficando para trás
Hoje, é passado
Mais nada.

⁠É um milagre esse acordar para vida, esse respirar profundo para sentir o ar encher de esperança o amanhecer.
É um milagre poder escrever cada palavra do livro da existência, olhar o horizonte e notar no céu que pássaros vem e pássaros vão, sabendo onde estão.
É um milagre sentir amor quando tanta coisa nos faz desacreditar, como se ele fosse o culpado das pessoas não saberem amar.
É um milagre esse abrir os olhos quando tem tanta gente cega e omissa.
É um milagre esse despertar.
Nildinha Freitas

⁠Toda estrada tem sua beleza.
Toda curva tem sua leveza.

O mérito não é de quem pensa, mas de quem faz.
Nildinha Freitas⁠

A hipocrisia é esta maldita companhia que nos cerca e que, por vezes, também nos domina.
Você, eu e muitos de nós, vivemos uma ilusão de sentimentos em vão. Somos solitários por termos aprendido a sermos multidão, mas estamos aqui, como que vagando, entre acertos, erros, partidas, idas, voltas e recomeços.
Parar de vez em quando é bom, sumir também é,mas quando voltamos,nada parece igual, nem mesmo nós.
Nildinha Freitas