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Não se bate na própria língua quando falamos algo que machuque o próximo. Educá-la é o mais correto para gerar somente amor nas palavras que são liberadas
Na ponta da língua
Estava na ponta da língua
A palavra que iria te intitular
Mas um pensamento indecente
Apossou-se de mim ferozmente
E a este nome fez mudar.
Estava na ponta da língua
Toda minha fome de beber
Toda minha sede de comer
Mas um pequeno gesto teu
Tudo mudou e todo meu corpo ascendeu
Estava na ponta da língua
O resgate para o desperdício de sabor
Mas já com o corpo fervendo
As palavras foram se perdendo
Apenas entre os dentes a língua ficou.
Enide santos 31/07/15
Rebuscado
Em um país de extrema multiplicidade cultural, falar a mesma língua parece ser mais difícil do que realmente é. Eu sei que dizer extrema multiplicidade chega a ser redundante, mas um pouco de pleonasmo nunca fez mal a ninguém não é mesmo?
Comunicar-se de forma clara e concisa exige mais do que um vasto arsenal se sinônimos, aliás, exige praticamente o oposto, ser direto, com palavras de conhecimento amplo que não causem um mal estar e medo ao receptor. Sejamos francos, comunicar-se é uma arte! Você pode estar falando da forma mais clara e objetiva, mas se seu corpo não se comunicar como suas palavras, a mensagem recebida não será a mesma da emitida, agora imaginem se usarmos palavras de conhecimento restrito.
Não estou aqui dando meu aval para que a literatura mais rica seja deixada de lado em prol do empobrecimento literário, pois sei que a pobreza vocabular limita os textos a uma enxurrada de termos e palavras repetidas, mas um texto rebuscado no mínimo causa modorra a quem lê, ou dá aquela sensação de estar jogando forca, já com o corpo inteiro no patíbulo faltando apenas uma letra e não fazer ideia de que palavra é aquela em sua frente, dando a impressão de quem escreveu com todos esses floreios ser um abastado abestado, cheio de empáfia.
Viu que chato, agora limitei o texto a um pequeno grupo de pessoas que não vão ter que procurar no dicionário algumas palavras que daqui fazem parte, e que estão aí só para satisfazer o ego deste que vos escreve, na intenção de mostrar que seu repertório literário é vasto e culto. Mas quanta besteira, o importante é que entendam a mensagem, ser culto não é só saber o maior número de palavras, ou ter lido mais livros em um ano do que a maioria lê em toda a vida, saber ser claro e sucinto importa mais. Mas vamos combinar? Sem depauperar o texto tudo bem?
Assim como a língua expele a semente de uma melancia, a mente pode expelir as sementes de Satanás para fora do coração.
A única língua que o cristão deve falar acima dos anjos é: Fala, fala, fala, fala, fala,Senhor, que eu vou Te obedecer!
A beleza da mulher é a poesia cantada em outra linguagem, vista pelos olhos de quem sabe a contemplar.
Na boca dos ímpios há fel para sua destruição, enquanto que a língua dos justos falam do que é doce para a sua salvação.
Nossa Língua...
1ª Menção Honrosa no concurso - IV jogos
florais de Setúbal - Portugal, a 16 de julho de
2011.
A palavra, escrita ou falada,
Forma de integrar, é compromisso.
Não é só expressar, é mais que isso...
Quanto mais entendida mais amada!
Regozijar contando tempos idos.
Partilhar esta arte é a glória.
Fazer planos, ser parte da história.
Entender a essência dos sentidos.
É de uma nação sua defesa.
Em cada indivíduo é ilesa.
Do jeito de falar não me demovo.
A nossa Língua, nosso repertório,
Mais que espaço, mais que território,
É a identidade de um povo.
A língua deve ser usada e potencializada para uma infinidade de funções que não falar da vida alheia.
Que vontade de mascar minha língua como se fosse chiclete e saí sorrindo pelas ruas com um sorriso ensanguentado, um tom tão rosado que pareceria recheio de bubbaloo.
No Paraíso, Satanás conseguiu fazer a serpente falar na língua hebraica para ensinar a filha de Deus, Eva, como acreditar no pai da mentira.
A LÍNGUA
Oh língua ferramenta imbuída
Em emitir o pensar
Com a nobre tarefa
De deleitar almas
Entoas como a mais feroz
Das armas
A mais terrível das dores
E como em um escorrer
Espessos e cortante língua...
Tornas-te vil, sombria
E ma
Porventura não seria tu
Objeto de prazer?
De satisfação?
Porque almejas a impiedade
Não sabes, pois tu
Que a noite encobre
O dia?
Por ventura esqueces-tês?
Que o alimento sacia o corpo
E a doçura a alma?
Entretanto sois a pior de todas as pragas
O pior de todos os venenos
Aquele que corre e escorre
Sois uma aversão maldita
Pútrida dentre teus finos lábios
Te tornastes
A mais vil dentre as criaturas
Dentre todos os órgãos
Dentre a torpe restou
Apenas tu Língua ...
(Marta Freitas)
