Saudade Amiga
Saudade
Saudade de quando podia falar que era saudade, hoje só digo que não estou bem
Saudade de mim no seu leito, dormindo em teu peito, e hoje em dia, saudade também
De saudade, o poema é feito, e sabe, sinto saudade das palavras também
Não direi mais saudade, mas segredarei que que é anseio, vontade, eu sei
Desculpa, repetirei a palavra, que me invade, me toma, não sei
Vivo por ti, durante a fala, eu disse, morro também
Na verdade faço tudo que não falo, e as que falo, também o farei
Meu amor, saudade, eu sei, você sabe, nós sabemos, também.
INQUIETA SAUDADE
Afogo o meu amargor em um nada
O peito em recordação é cortante lei
É fato este sentimento que não sei
Que invade a alma com uma espada
Parte alguma é o vão do meu sentir
Sussurros bradam da emoção rude
Onde deixo o agudo chorar amiúde
E choro sem que possa, assim, sorrir
E, então, o poema quem, comigo
Soluça no vazio da noite, lastimoso
Danoso o ter numa vil quantidade
Teimoso, delicada sensação persigo
Maldigo e renego este limo viscoso
Tão amargo, duma inquieta saudade!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25 outubro, 2022, 21’19” – Araguari, MG
Eco de Saudade -
Sou pedra de silêncio sem sentido
um eco de saudade pela rua
a sombra de um passado, ressequido,
ausência, meu Amor, mas sempre tua.
Sou um longo xaile negro d'ilusão
aos ombros de um destino que é o meu
ó Deus o que será de um coração
que tanto se entregou e se perdeu?!
Duas vidas tão unidas, separadas
dois seres que se amaram, sem sentido
duas Almas incompletas, mal-amadas
dois amantes sem destino, proibidos.
Meus olhos já nem choram esta dor
meu canto já vacila nestes versos
já não sei o que fazer a tanto amor
perdido na carência dos desejos.
Talvez um dia oiças, quem me dera,
o Fado que hoje canto à despedida
de ti meu coração já nada espera
amor que tanto amei além da vida.
... E VERSA-SE UM SONETO
... e versa-se um soneto arruelado
Na vil saudade, num gesto amargo
O coração com sentimento calado
E versos dispersos deixado ao largo
... e versa-se um soneto tão letargo
A alma ansiando tudo compassado
E a solidão infundindo o descargo
Mais do que deve, o pesar, atado
... e versa-se o soneto sucateiro
Nos suspiros do querer esquecer
Custe o que custar, teimosamente
... e versa-se um verso do madeiro
Da crucificação do soneto a sofrer
Chora o verso, queixa, inutilmente!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25 outubro, 2022, 21’19” – Araguari, MG
Hoje acordei com saudade de você, o mais impressionante é que a minha necessidade do teu abraço, do teu cheiro, do teu riso me move na direção de uma folha em branco, como se nela pudesse encontrar o teu semblante refletido, como se houvesse paz longe dos teus olhos.
Não há uma hierarquia clara daquilo que tenho maior apreço, contudo... amor, sentir os meus braços envolvendo-a, ouvir teu riso, são detalhes que me furtam o fôlego e me tornam mais desejoso deste teu cheiro de aurora no paraíso.
Enquanto perambula pela casa, ocupada com seus afazeres cotidianos, decorro os teus pequenos gestos, teus trejeitos e manias, tudo me causa um verdadeiro encanto, te fito absorto e devotado, como se minha vida dependesse destes instantes.
Meticuloso, inspiro os teus aromas, delicio-me com doce sabor de teus humores, vislumbro os detalhes de tua íris e busco o meu reflexo, quase como se fosse um anelo, esperançoso que tua boca me devore, deguste o meu ser.
Ao me ver refletido na tua respiração ofegante, uma pequena saciedade ruidosa me torna o ser mais feliz do mundo, uns instantes de silêncio e de encontro, precedem uma nova explosão de deleite que nos esgota em êxtase.
Não sei o que me reserva o futuro, mas neste momento presente sou o mais feliz dos amantes, teu corpo abandonado sobre mim, ressoa um palpitar calmo e sereno, finalmente tenho o teu cheiro, o teu abraço e o teu sorriso, iluminados por estes teus olhos famintos de mim.
Casthoro´C
Sinto saudade
Que ilusão
Isso não é sólido
Mas fere
Como uma farpa,
Faz sangrar o coração
Assim
Como dizia na canção
Que faz chorar
O violão
Fere saudade
Fere a pele
Rasga o peito
E não tem perdão
Um grito em silêncio
Ecoa da garganta
Acerta como uma flecha
Através de uma brecha,
A tal da solidão
Atravessa
Sou eu mais uma vez
Me deixando na mão
Madrugadas de Lisboa -
Na fria madrugada de Lisboa
meu berço de saudade à beira mar
bebi o cálice do fado, fui à toa
andando p'las vielas sem parar.
Há guitarras a rasgar o coração
esperando de Lisboa num desejo
as colinas são lamento e solidão
nas noites que adormecem sobre o Tejo.
Eu vejo o teu olhar em cada fado
eu sinto-te Lisboa no meu peito
meu corpo como a rua tão pisado
silêncio que adormece no meu leito.
Lisboa porque corres onde vais
à hora de cantar a tradição
que alguém deixou um dia pelo cais
pairando no teu cais de solidão.
A morte é só uma passo dado para uma outra vida. Aos que ficaram nessa vida ficam também a saudade, a dor, os porquês e mesmo com essa bagagem de sentimentos que as vezes nem nós mesmos conseguimos compreender, fica um vazio. A sensação que tenho quando perco um ente querido é que estou no ponto de partida esperando ele voltar. Não entendo esse sentimento, mas estou sempre esperando meu ente querido voltar, talvez porque fica a certeza de que vamos nos encontrar algum dia e matar toda a saudade que se armazenou e o tempo marcou. Porque o amor vence fronteiras, vence o tempo. O amor vem de almas, que se enlaça por toda vida, vidas depois de outras vidas. Além do horizonte onde não haverá mais saudade, nem dor e sim só amor.
Liddy Viana.✍🌻
Apesar do dia de finados ser permeado pela dor do luto e da saudade das pessoas queridas que perdemos, não faça dele um dia pra choros, lamentos e tristeza, mas um dia para agradecer a Deus por ter nos permitido ter em nossas vidas pessoas tão especiais e inesquecíveis como as tivemos, mas se foram.
UM QUERER
Um beijo.
Um querer.
Um amor para viver.
Uma ausência sentida.
Uma saudade sofrida,
um sofrer que dói.
Uma dor que destrói.
Enfim,todo amor maltrata,
mas, é um bom sinal,
que de verdade, se ama.
E se esse amor
correspondido é, a dor
logo se esquece.
Vive-se outra vida,
vida mais consciente
de quem, em seu peito
sente,uma alegria incomum.
Uma alegria só sua.
Dividí-la,só com quem,
seu coração,consente.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Acadêmico Acilbras - Roldão Aires
Cadeira 681 -
Patrono- Armando Caaraüra- Presidente
A saudade; faz a gente voar sem tirar os pés do chão !
... quando dela enchemos o peito,
os pensamentos voam feito balão !
SAUDADE AJOELHADA
Cá, sob este chão de superfície rude
de pouca chuva, seco, natal morada
meu eu, jaz pra sempre em plenitude
a causa da minha narrativa poetada
Fora-se-me nostálgico a cada parada
e, vãos, os sonhos da terna juventude
aqui, pelas calçadas, firme e devotada
lembranças, de um tempo de virtude
Repousa, cá, em paz sob este sertão
emoções, as recordações, do genuíno
sentimento... suspirados do coração!
E, cada sensação sentida, sussurrada
da alma, mescla com o dobre do sino
da Matriz, pondo a saudade ajoelhada...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
03 abril, 2021, 13’58” – Araguari, MG
O que falta em você sou eu
Seu sorriso precisa do meu
Sei que tá morrendo de saudade
Vem buscar logo a sua metade
Agora ja chega de me torturar, vem me ver pra toda essa saudade passar,
Nao sei como viver sem voce,
Nao existe mutivos pra poder te esquecer,
Nao consigo esquecer tudo que passou,
Entao te imploro vem ao meu encontro,
vem me encher de amor!
PsGomes
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