Quando Suspiro meus Tristes Ais
TANTOS AIS...
Correntes se arrastam, Madrugada à fora
Seria uma aparição?Tremor de medo...
O bater das asas do corvo? Lenora...?
Não. Este lamuriar possui outro enredo...
É uma angústia que aperta o peito.Dorida!
Seca a garganta na solidão que ensandece
Treme a carne. Titubeia, vã, a alma sofrida
Na ausência do amor, tudo que é flor, perece.
É a saudades que grita memórias mortas...
Dos tempos que o beijo acariciava o rosto
A caos na cerne adentra. Fechem as portas!
E de que há de servir o trancar dos umbrais?
Se aquilo que destroça já alojou-se na alma?
Ajam, Deus, auroras para tanta dor. Tantos ais.
Contas...
Quando partir não deixe nada para trás
Nenhum batom, nenhuma foto
E nem seus ais
Não toque em nada do que você já me deu
Não leve o disco de Gardel
Não faça contas
O amor não subtrai, não se divide
Só se soma... não se trai
Se já não quer mais viver
De nosso amor é hora de partir
Quando a luz da manhã
Invadir os seus olhos vazios
E ao andar pela casa
Viajar em saudades de nós
Entender que geleira e amor
Não misturam ou combinam
Que fogueira e paixão
Prá quem ama é igual
Morrerás um pouco mais
Entre abraços, enganos e danos
Perceber que perdeu
A história
Que a vida
Te deu
Amada Gi...
Meu amor,
Me tire pra dançar
Me leve em seus braços
Vem findar meus ais
Me conte do luar
Alegre meus porões
Embarque em meu navio
Vem conhecer meu mar
Não sei dançar um tango
Sem perder o chão
Não sei ouvir um fado
Sem sangrar paixão
Nas tramas do destino
Fiz planos de amor
Teci em desatino
Mil rendas de ilusão
Ah, a noite
Não tardou
Guardar suas estrelas
A lua retirou
Colhi de meu cabelo
A rosa que sonhei
Te dar ao fim da dança
Jurando eterno amor
Fervilham letras derretidas dos meus ais.
Não encontro possibilidades para o desabafo.
Desfilam risos,
gritos e
latentes chamamentos.
Escrevo, por fim, uma história vazia quando risco parte de nós.
O POVO
O Povo
O Povo,
cego, surdo, mudo,
nada.
Nada aos lás e cás,
aos gozos e ais,
aos fundos e rasos,
aos menos ou mais.
O Povo,
ópio de si,
glória de outrem,
mora imerso no Mar.
Alheio à praia lotada,
perde a festa, o pulo, a luarada.
- O resto dança.
O Povo nada.
Partiram, os Tiranos,
o Povo.
Deram-lhe anéis quantos fossem os seus braços,
e tiraram-lhe a força, (o abraço)
Tiraram-lhe à força pro “regaço”.
Pobre Povo,
dos Pescadores Tiranos da Praia
Partido no Talher da jogada:
eles tirando muito
e o Povo, Tadinho, virando nada.
...
Lá, mundo de muitos mudos,
Mundo de muitos tudo,
mundo de tantos nada.
Cá, pobres obras paradas,
cofres empobrecidos
e uma hierarquia encravada:
Eles com todo o tudo,
E o povo, contudo, nada.
Será que não vê mais
Os mais do tempo
Os ais dos casos?
Que não sente mais
A mão que afaga
E apedreja outro olhar?
Não mais está no caso
Pelo ódio desprezar
O ar tirado?
*Poema do livro Anjo da Guarda, de Rafael Rodrigo Marajá.
*Minha* *Canção*
*M* ais que desejo
*I* magem que vejo
*N* éctar que bebo
*H* eroína que beijo
*A* mor que te tenho
*C* arinho nos olhos
*A* legria nos toques
*N* éctar nos lábios
*C* oração ardente
*A* mor primaveril
*O* lhar mulheril
M'ais!
Maaaaiiissss....
Uma mãe preta invisível
Lacrimessangra sobre
O corpo visível de seu filho morto
Sujo coração foi achado
Por mais uma bala perdida
Em mais uma periferia de
Salvador Bahia.
#PAI #ESTRELA
É bem triste...
Cheio de tantos ais...
Que me enchem a imaginação...
Ter um pai...
Que não está aqui mais não...
Com que sonho?...
Posso tentar dizer...
Sonhar com um pai...
Sem estar junto a você...
De possuir o que não mais possui...
No céu...
Uma estrela a brilhar...
Daqui da terra...
Só lembranças...
Saudades por ficar...
Você me ensinou a ser forte...
Sem ser durão...
Me carregou em seu colo...
Sempre me deu a mão...
Eu te amei muito...
Embora nunca tenha dito com palavras...
Continuarei amando para sempre...
De todo meu coração...
Existem pessoas bem pertinho de nós que amamos de montão...
Mas nunca falamos o quanto as amamos...
Por que tamanho engano?...
Seus conselhos guardo em minha memória...
A você pai que me deu a vida...
Me fez sentir que a vida faz sentido...
Foi mais que um pai...
Foi também o meu maior amigo...
Sandro Paschoal Nogueira
Coração, quantos ais me provocaste, me fizeste pensar saber o que é amar.
Corações me visitaram, me apaixonaram, nada era, tudo foi, um tempo de estado de demência e depois...ah, e depois é com o coração que vive por ser carente de uma dose mais forte, de um novo, de um tempo.
Poeta Nilo Deyson Monteiro Pessanha
Provo na prova
O ramo do rumo da prosa
Que breve se atreve
E apruma o entrave
É trinca de ais, em cima de trinca de reis
Aprovo, apraz, a proposta
E posto, no post o que é posto
Aposto que posto o oposto, após
A pena da pena
Na bruma do imbróglio
Em estado de poesia,
ela versa sobre amar.
Não se importa com os ais,
seu coração está em paz.
Em estado de poesia,
ela contempla o amanhecer.
Seu sorriso resplandece,
o amor enfim floresce.
Já não me importo com os 'ais'.
Quero amanhecer amor.
Sem dor.
Ser paz.
Quero o sorriso sincero,
o abraço acolhedor.
Ser verso do poeta,
a lua que mesmo distante
ilumina todo o cais.
Já não me importo com os 'ais'.
Quero amanhecer amor.
Ser calmaria na tempestade.
Ser alegria que tua alma invade.
Amanhecer contigo amor,
é poesia que em nós inspira felicidade.
Já não me importo com os ais.
Tenho a lua banhando o cais,
inspirando - me a escrever você.
Importo - me em ser poesia.
Que chegue ao teu coração
feito sorriso que acalma,
canção que teus sonhos embala.
Importo - me em ser poesia.
Que sejamos amor, harmonia.
Que eu floresça ao teu lado
não importa a cor do dia.
Que sejamos poesia que faz
o olhar brilhar feito estrela - guia.
E m linhas gerais,vemos que quanto...
M ais você se dedica,menos as...
P essoas fazem ou retribuem...
A lgo de bom para você e...
T e tratam com detração e desrespeito...
I sso mostra o quão o humano é raso...
A o ponto de não oferecer o mínimo que as outras pessoas precisam.
Maria da Graça -
Nos longos madrigais
destes campos do Alentejo
andam moças aos Ais
de-desejo-em-desejo ...
Campos de trigo, campos de seiva,
plantados com suor por esta gente!
Que a Senhora da Orada lhos proteja,
hoje aqui e para sempre ...
E no Outeiro da saudade,
junto à Monsaraz do Coração,
há hortas, campos de piedade,
vinhedos, imersos em solidão!
E ouve-se ao longe, no Outeiro, uma canção!
É uma jovem com ternura e encanto
que canta e encanta a ilusão
ao ponto de calar até o pranto!
Agita-se-lhe o canto na garganta,
sai-lhe pela boca graciosa,
e toda a gente se espanta
ao ouvi-la cantar tão formosa...
Seus olhos quando chora,
sua boca quando ri,
são graciosas auroras,
pedras preciosas: esmeraldas e rubis.
E quando feliz ela passa
pela porta das gentes,
chamam-na: "- Maria da Graça!
Canta lá o que sentes ..."
Que Graça, que encanto, que ternura
levava a Maria no Coração,
qu'inda hoje, na memória, perdura,
a jovem Graça e a sua canção ...
(À graça, à ternura e ao encanto, da sempre jovem, Maria da Graça, minha Mãe .)
A Alma e a Noite -
Mais um dia cumprido!
O Sol findou no horizonte poente
dos meus ais...
E a noite vai nascendo!
Voo de sombra doce, brava, silenciosa ...
Hora de medo e espanto ...
Mudez falada, esperança vã, tremor,
agonia, quebranto ...
E baixo os braços, inclino o rosto,
meu corpo de cansaços, feito de versos,
de rastos, procura a Alma sem descanso.
Mas só resta espasmo e quimera, saudade
e solidão ...
E a Alma ... e a noite ... adensam-se!
E pesa a vida... e ruge a morte ... e as gentes!
Presença intangível ... devaneio e desgraça!
Frio e remorso ferem-me os sentidos,
gritam em silêncio no eco desta praça ...
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