Quando Suspiro meus Tristes Ais
Ecoam ais...
D'olhos arregalados
Inspiro ar puro e fresco
E sinto o mar lá longe
Aqui tão perto!
Sonho...
-- josecerejeirafontes
Estou com medo de ter sonhado demais
e de menos ter me perdido nos "ais"
dos sulcados guias do meu árido fado
assim, ter destendido a sorte no cerrado...
TANTOS AIS...
Correntes se arrastam, Madrugada à fora
Seria uma aparição?Tremor de medo...
O bater das asas do corvo? Lenora...?
Não. Este lamuriar possui outro enredo...
É uma angústia que aperta o peito.Dorida!
Seca a garganta na solidão que ensandece
Treme a carne. Titubeia, vã, a alma sofrida
Na ausência do amor, tudo que é flor, perece.
É a saudades que grita memórias mortas...
Dos tempos que o beijo acariciava o rosto
A caos na cerne adentra. Fechem as portas!
E de que há de servir o trancar dos umbrais?
Se aquilo que destroça já alojou-se na alma?
Ajam, Deus, auroras para tanta dor. Tantos ais.
Contas...
Quando partir não deixe nada para trás
Nenhum batom, nenhuma foto
E nem seus ais
Não toque em nada do que você já me deu
Não leve o disco de Gardel
Não faça contas
O amor não subtrai, não se divide
Só se soma... não se trai
Se já não quer mais viver
De nosso amor é hora de partir
Quando a luz da manhã
Invadir os seus olhos vazios
E ao andar pela casa
Viajar em saudades de nós
Entender que geleira e amor
Não misturam ou combinam
Que fogueira e paixão
Prá quem ama é igual
Morrerás um pouco mais
Entre abraços, enganos e danos
Perceber que perdeu
A história
Que a vida
Te deu
Amada Gi...
Meu amor,
Me tire pra dançar
Me leve em seus braços
Vem findar meus ais
Me conte do luar
Alegre meus porões
Embarque em meu navio
Vem conhecer meu mar
Não sei dançar um tango
Sem perder o chão
Não sei ouvir um fado
Sem sangrar paixão
Nas tramas do destino
Fiz planos de amor
Teci em desatino
Mil rendas de ilusão
Ah, a noite
Não tardou
Guardar suas estrelas
A lua retirou
Colhi de meu cabelo
A rosa que sonhei
Te dar ao fim da dança
Jurando eterno amor
Ele afunda em silêncio, consumido por "ais" e "uis" e "por quês". Poderia se juntar à cerâmica fria, se imaginar em um isolamento perfeito, imerso em lágrimas, longe de todos os elementos que fervorecem o ambiente, gritam, gemem, o fazem querer escapar. Por fim, torna-se uma concha, que um dia já foi forte e neste momento tenta provar mais uma vez sua força, tentando continuar selada, protegendo-se, envolvendo em nácar tudo aquilo que a ameaça. Ao fim, obtém sua pérola e a segura com sua mão trêmula, protegendo-a, apertando-a contra seu peito.
Sua pérola, nada mais do que uma coleção de má lembranças que justo agora não deveria abrilhantar, uma aglomeração de invasões de espaço; vinda de tempo, de outros, de sua própria protetora.
Ele sente, se amedronta, aloca possíveis acontecimentos porvir. Teme que possam cutucá-lo, abri-lo, simplesmente afim de explorá-lo.
Sem contra-ponto ele retorna, não seguro de si, não seguro dos outros, mas seguro de que agora sua rígida pele irá protege-lo como um forte manto, sua capa cristalizada em cálcio, seu próprio escudo, parte de sua idealização.
Ele só quer ser lembrado por sua forma, seus traços, sua força. Como uma concha ele enfeita o ambiente, traz consigo sua beleza, seus segredos.
Tudo deve permanecer assim
Há no ambiente um murmúrio de queixume,
De desejos de amor, d'ais comprimidos...
Uma ternura esparsa de balidos,
Sente-se esmorecer como um perfume.
As madressilvas murcham nos silvados
E o aroma que exalam pelo espaço,
Tem delíquios de gozo e de cansaço,
Nervosos, femininos, delicados,
Sentem-se espasmos, agonias d'ave,
Inapreensíveis, mínimas, serenas...
Tenho entre as mãos as tuas mãos pequenas,
O meu olhar no teu olhar suave.
As tuas mãos tão brancas d'anemia...
Os teus olhos tão meigos de tristeza...
É este enlanguescer da natureza,
Este vago sofrer do fim do dia.
M ais
U ma vez
L embro-me de
H omenagens render para
E stas que são as
R ainhas de nossa vida...
Marcial Salaverry
--
MULHER SIMPLESMENTE
Marcial Salaverry
M uito se poderá falar...
U ma só palavra marca...
L inda alma feminina...
Hoje quero
E scolher uma palavra
R epleta de carinho...
MULHER... apenas, mulher...
O que falo, falo com a alma, com pleno reconhecimento.
Desde meu nascimento, os melhores momentos que vivi, sempre foram ao lado de alguma mulher.
Portanto, tenho sempre que me render a seus encantos e à
evidência que é delas que depende minha vida e minha felicidade.
Assim, a elas todas desejo simplesmente dias plenos de
LUZ, PAZ, AMIZADE E AMOR...
Marcial Salaverry
POESIA NO VARAL
Penduro os meus ais num varal de veias,
e esses suspiros se perdem nessas teias,
preso no emaranhado intrincado surreal,
heroico permaneço estoico, qual Parsifal.
Melancolia me paralisa
e a paralisia me avisa,
o lamento é bem lento,
é dor do movimento.
O riso quara em minha cara se vejo o teu,
enfrento a tristeza que a tua falta reflete,
se corto a cabeça de Medusa, sou Perseu,
nada petrifica ao querer que me acomete.
Dentro de mim imparcial julgo o meu jugo
Fujo da inércia que incita
adrenalina me agita,
a ação agora é o coração,
sobrepujo a razão
Dentro de mim imparcial julgo o meu jugo,
o tribunal é meu palco, ato de meus fatos,
e sob tinta da pena, me condeno, subjugo,
a te amar por meus versos e meus relatos.
Revelo meus versos a noite,
atado ao luar de açoite
e raios de prata me fustigam,
mas teus olhos litigam.
Aparento visíveis mudanças tal o camaleão,
me camuflo calado, atento atrás da gelosia,
paisagem passa fora da vidraça e no portão,
pintando a tela da minha vida com estúrdia.
Antagonizo e revezo humores,
me sinto por instinto,
choro amores e rio dissabores,
um poeta quase extinto.
sua alma é feita de prazeres dos quais a dor são doces,
sinta o desejo ais profundo ele dilacera tua carne,
a dor lhe da prazer lhe delicia em lugares secretos,
seus lamentos são desejos cobertos de sensações,
o prazer esta nos seus lábios, sinuosos no medo de sentir,
volúpia a carne derrete se a cada momento de desejo.
por celso roberto nadilo
Fervilham letras derretidas dos meus ais.
Não encontro possibilidades para o desabafo.
Desfilam risos,
gritos e
latentes chamamentos.
Escrevo, por fim, uma história vazia quando risco parte de nós.
O POVO
O Povo
O Povo,
cego, surdo, mudo,
nada.
Nada aos lás e cás,
aos gozos e ais,
aos fundos e rasos,
aos menos ou mais.
O Povo,
ópio de si,
glória de outrem,
mora imerso no Mar.
Alheio à praia lotada,
perde a festa, o pulo, a luarada.
- O resto dança.
O Povo nada.
Partiram, os Tiranos,
o Povo.
Deram-lhe anéis quantos fossem os seus braços,
e tiraram-lhe a força, (o abraço)
Tiraram-lhe à força pro “regaço”.
Pobre Povo,
dos Pescadores Tiranos da Praia
Partido no Talher da jogada:
eles tirando muito
e o Povo, Tadinho, virando nada.
...
Lá, mundo de muitos mudos,
Mundo de muitos tudo,
mundo de tantos nada.
Cá, pobres obras paradas,
cofres empobrecidos
e uma hierarquia encravada:
Eles com todo o tudo,
E o povo, contudo, nada.
#PAI #ESTRELA
É bem triste...
Cheio de tantos ais...
Que me enchem a imaginação...
Ter um pai...
Que não está aqui mais não...
Com que sonho?...
Posso tentar dizer...
Sonhar com um pai...
Sem estar junto a você...
De possuir o que não mais possui...
No céu...
Uma estrela a brilhar...
Daqui da terra...
Só lembranças...
Saudades por ficar...
Você me ensinou a ser forte...
Sem ser durão...
Me carregou em seu colo...
Sempre me deu a mão...
Eu te amei muito...
Embora nunca tenha dito com palavras...
Continuarei amando para sempre...
De todo meu coração...
Existem pessoas bem pertinho de nós que amamos de montão...
Mas nunca falamos o quanto as amamos...
Por que tamanho engano?...
Seus conselhos guardo em minha memória...
A você pai que me deu a vida...
Me fez sentir que a vida faz sentido...
Foi mais que um pai...
Foi também o meu maior amigo...
Sandro Paschoal Nogueira
Coração, quantos ais me provocaste, me fizeste pensar saber o que é amar.
Corações me visitaram, me apaixonaram, nada era, tudo foi, um tempo de estado de demência e depois...ah, e depois é com o coração que vive por ser carente de uma dose mais forte, de um novo, de um tempo.
Poeta Nilo Deyson Monteiro Pessanha
Partiu a lua com dó dos amantes
bem queria ficar um pouco mais,
encobrir na penumbra meus ais,
mas já vai ela sumindo e distante.......
Desculpa por não ser tão interessante, meu mundo é ,ais punk mais bravo no meu mundo ter talento vale mais do que ser e ser nem sempre sanguifica ser talentoso desculpa não ter assunto eu te achei interessante e esperava saber algo mais e assim quem sabe você se interessava tão bem mais não se preocupe eu sou apenas um pobre poeta eu esmero espectador de um mundo que vai passar por mim sem almenos notar que estou por aqui...
PauloRockCesar
Amada Gi...
Meu amor
Me tire pra dançar
Me leve em seus braços
Vem findar meus ais
Me conte do luar
Alegre meus porões
Embarque em meu navio
Vem conhecer meu mar
Não sei dançar um tango
Sem perder o chão
Não sei ouvir um fado
Sem sangrar paixão
Nas tramas do destino
Fiz planos de amor
Teci em desatino
Mil rendas de ilusão
Ah, a noite
Não tardou
Guardar suas estrelas
A lua retirou
Colhi de meu cabelo
A rosa que sonhei
Te dar ao fim da dança
Jurando eterno amor
