Praça

Cerca de 459 frases e pensamentos: Praça

Todas as rainhas estavam a praça também. Andavam a passos pequenos por entre as casas e de vez em quando olhavam-se em espelhinhos. A impressão que tive foi que elas se esqueciam de quem eram com tanta rapidez e tanta frequência que tinham de ficar se olhando no espelho

Inserida por pandavonteese

Gente


Um velho sentado na esquina, um outro jogando dominó na praça, uma senhora com sua neta no parque, uma moça pegando ônibus pra trabalhar, uma criança pedindo esmola, um filho da rua, um cachorro largado, um palhaço no sinal, cores apagadas, o cinza da cidade. Meu pai, minha tia, seu primo, nosso avô, seu irmão, nosso amigo, sua mãe, minha avó, minha filha, sua sobrinha, uma roda de conversa, a cor dos seus olhos, tua voz, meus trejeitos, violão tocando poesia, amor na ponta da língua.

Tudo se move ao mesmo tempo, se interliga e passa por nós de uma só vez. Vai, volta, passa de novo, se mostra, remexe, mistura e por pouco, quase que tudo se junta numa coisa só. Quase. E é por esse quase, que nem tudo nos marca.

A gente passa na rua, vê gente aqui e ali: não guarda. Vi o rosto de um, não sei o nome do outro. A senhora que me pedia esmola, ficou na calçada; não tinha rosto, ficou pra trás no retrovisor. Mais de seis bilhões de pessoas no mundo e nem quinze chegam a nos marcar de verdade. Chega a ser engraçado a quantidade de gente que só passa por nós, sem nos acrescentar nem ao menos um "bom dia" ou uma lembrança.

Mas também tem aqueles que nos marcam por toda uma vida. Tem gente que a gente nem tem o direito de escolher, mas vai estar sempre ao nosso lado. Tem gente que a gente só olha, e já sabe que ali vai nascer uma amizade que vai durar muito tempo. Tem gente que é fácil de ser cativada. Tem gente que nos ganha pela dificuldade de conquistá-la. Tem gente que é chata, mas que mesmo assim, a gente gosta. Tem gente que só dá uma palavra, e já nos conquista. Tem gente que parece que guardou as melhores palavras pra saber como nos cativar. Tem gente que nem fala nada, mas nos ganha com um sorriso. Tem gente que chega de repente, arruma um pedacinho no coração da gente e se instala por lá mesmo, como uma raiz que a gente não consegue – e nem quer - arrancar. Também tem daquela gente que arruma um canto dentro da gente, e bem de mansinho, vai embora. E vai tão de mansinho, que a gente só percebe quando a saudade já está nos rasgando por dentro.

Saudade.

É só aí que percebemos quando alguém nos marcou. O que marcou, ficou; e isso, não será esquecido enquanto houver esse sentimento quente e inquietante dentro de nós.

Saudade de cada frase perdida entre duas bocas, da sua cor vista em teus olhos, daquele livro que lia quando pequeno, de uma música, de um verso dito inapropriadamente, de um erro, de uma saudade, de uma pessoa, de surpresas, da verdade, da sinceridade, do amor, de uma cor, de uma foto... Saudade é tudo aquilo que um dia chegou pra nós, e, por sorte - ou não -, ficou preso em cada pedaço nosso.

Inserida por alinemariz

Na frente de uma estatua

De que valeu a vida em grande pompa
Pra acabar assim
Imovel numa praça
Todo cagado de pombas?

Inserida por Mlago

E enquanto as crianças corriam pela praça, e os adolescentes declaravam suas paixões, considerando eterno o que só poderia mesmo existir no efêmero, e que os adultos apressados passavam com as suas compras do mercado, eu ali, tentando enxergar os motivos de um mundo tão cruel e pior, tentando conviver com o fato de ser parte dele.

Inserida por BLOGALTERNATIVO

O marketing vive dos 4 Ps = produto, praça, preço e público. Eu vivo com os 4 Fs = Fé, força, foco e felicidade.

Inserida por paulomontezneto

DORES DA VIDA

A dor passa pelo quarto,
pela calçada da velha rua...
pela praça do abstrato
de uma vida toda crua.

Passa por entre os dentes
e pelas famílias dos outros
pelos meus e seus parentes
e o futuro d'aquele garoto.

A dor passa pelo seu corpo
na viagem do além
trespassando cães e loucos
e o sopro dos santos também.

Passa lá pelos jardins
campos de guerra e concentração
por aqui e pelos confins
d'aquela triste paixão.

A dor passa pelos trilhos
dessa vida toda torta
passa por aquelas janelas
e pelos trincos dessas portas.

Pela cama da saudade
nos quatro cantos do mundo
por mentira e por verdade
e por aquele amor profundo.

No frio da noite, a dor
passa pelos vagabundos
no lixo o choro do horror
no escuro olhos do mundo.

Passa a dor n'aquele voou
e na carreira da ambulância
no choro que hospital chorou
e no tapa dada à criança.

A dor passa pelos ventos
com a arte da poluição
pelo verde todo sedento
e pelas válvulas do coração.

Passa lá pela atitude
e ao ataúde fúnebre
necrosando a velha saúde
com bactérias e febre.

Passa, a dor já a cavalo
pelos ventos do destino
careta moldando embalo
em artimanha de menino.

A dor passa pela juventude
de um viver e tempo passado
pela vaidade, liberdade, grude
e sentimentos desconfiados.

Passa, querendo voltar
ao alicerce de todas as linhas
aos bilros de todas as rendas
e aos novelos das contendas.

A dor passou pelos currais
mourões chibata de couro
passou pelo povo de ontem
e hoje, passa de novo.

Quanta dor passa calada...
Sem suspiro choro ou vela
seca sem nem uma lagrima
dor minha d'ele ou d'ela.

A minha dor, passou e passa
assim como passa a sua
passa triste ou com graça
com belo sol ou com lua.

Antonio Montes.

Inserida por Amontesfnunes

Existem pessoas que passam por uma praça, onde existe um belo jardim florido, e só percebem a presença dos andarilhos que ali estão a mendigar!

Pedro Marcos

Inserida por PMarcos

Esses gatos e gatas que vivem na Praça não são alimentados por ninguém; nem ratos têm mais! – por isso, ali mesmo eles tratam de alimentar-se dos filhotes de passarinhos que nem saíram dos ninhos.
AJCMusskoff.

Inserida por AdiJCMussskoff

Sozinho acompanhado

Me sento na praça de alimentação de um Shopping em São Paulo para comer.

Em poucos minutos ali sentado, percebi algo muito estranho e duvidoso.

Olhando em minha volta, vejo muitos casais ali sentados, casais de todos os jeitos e trejeitos.

Em todas as mesas algo em comum, todos com seus smartphones ou tablets ligados.

Eu Sentado ali, sozinho, me perguntei, será que é melhor está só ou sozinho acompanhado?

Que dúvida cruel.

Earth just got a little stranger

Sozinho ou com celular, Seja feliz.

Inserida por eliabeoliveira

Sentados num banco de praça, surgiu uma pergunta intensa. "Por que as pessoas expressam o quanto estão felizes para as outras? Por que o mundo está radiante ao nosso redor, no momento em que vivemos em miséria? Quando o amor é sentido no ar, e a paixão pode ser vista em cada esquina e beco mas não nos alcança."
Uma pergunta tão bem fundamentada, precisaria de uma resposta à altura. Mas ele não tinha nenhuma para ela. Se sentia vivendo naquele enigma, que talvez nem a própria Esfinge seria capaz de responder.
"Não faça perguntas difíceis, garota. Quando o mundo cheirar a amor, sorria, quando cheirar a paixão, sorria mais ainda. Acho que se você consegue sentir esses sentimentos com tanta intensidade, talvez eles estejam mais próximos de você do que imagina."
Ela percebeu a indireta, segurou a mão dele, colocou o cabelo por trás da orelha e sorriu.
"Talvez tenha razão..." Disse a moça, percebeu que o mundo era cheio de surpresas.

Inserida por MatheusHoracio

Pombos de rua não aprendem a procurar comida, pois tem sempre quem lhes jogue milho na praça. E este acha que está ajudando.

Inserida por Kllawdessy

Queimaram nossa história numa fogueira na praça, chamaram toda a escória e anunciaram que era de graça.

Inserida por bodhy

Vamos andar de mãos dadas pela praça
Ali ninguém se incomodará com nossa história.
Os pardais virão nos dar boas -vindas e as azaleas se moverão com a brisa.
Vamos andar de mãos dadas pela praça.
O carteiro nos acenará de longe
O padeiro retirará o pão fresquinho do forno.
Vamos andar de mãos dadas pela praça
Hoje o amor é nosso adorno
Vamos andar de mãos dadas pela praça.
As andorinhas estão chegando
e avisam barulhentas
está findando o outono.

Inserida por FernandoMarinheiro

Quando a solidão me abraça...
A vista embaça;
Nego a Raça;
Me sento na praça;
Rio sem graça;
Faço pirraça;
Fico na bagaça;
Ponho mordaça;
Tudo fracassa;
Se a solidão me abraça.

Mas quando você aparece...
Tudo passa!
Vira fumaça.
Fico em estado de graça;
Faço arruaça;
Enfim: Tudo é Massa...
Quando você me abraça.

Inserida por neves229

- Que saudades..., Xanxerê; soltar a pipa lá pro céu; rodar o pião e jogar bolita no chão da Praça; e, que bom, pés descalços pisar a terra, andar de bicicleta, pescar lambaris com minha mãe; e nadar no rio, inda verde-azul...; namorando a vida e matutando a sorte.
Adi J.C. Musskoff. (Caminhos e Destinos..., No tempo dos Pinhais).

Inserida por AdiJCMussskoff

O Anjo da Praça

A vida é tão incrível e surpreendente...
- Agora a pouco fui almoçar e sempre que o restaurante onde eu vou, está cheio, peço a comida para levar e me dirijo a uma praça que está na esquina, sento no meu banco preferido e enquanto estou comendo, aproveito para fotografar os pombos, observando o movimento e quando o seu Carlos,um venezuelano andarilho, que sempre está por lá,vem conversar comigo,eu adoro,gosto de ter companhia para dividir uma refeição e com uma boa conversa, melhor ainda... ele é um senhor muito agradável, bem humorado e cheio de histórias e estórias, para contar. Ele conhece todos que frequentam a praça,sabe seus horários e diz ele, que quando alguns dos frequentadores, estão com um semblante tristonho ou diferente, ele fica observando-os e mentalmente cria uma estória feliz para cada um rosto que aparece na pracinha dele e hoje ele me contou a estória que criou para mim, quando me viu a primeira vez, sentada ali, almoçando com os pombos. Eu fiquei tão emocionada com sua sensibilidade e com a coincidência de ele ter criado exatamente, o que tenho vivido, só que reinventada com menos dramas e tristezas, foi como se rebobinasse o filme preto e branco, dos meus últimos anos, só que colorido, feliz, alegre, no lugar das lágrimas; sorrisos. Foi inevitável não derramar alguns, ao ouvi-lo observando atentamente, seus olhos expressivos e com um ar bucólico no fundo deles, ler seus lábios com um sorriso transparente, singelo e juvenil, ao pronunciar cada palavra .. quando não consegui mais, as lágrimas discretas e começaram os soluços, ele mudou de assunto e perguntou se podia fazer comigo uma coisa que sua mãe sempre fazia com ele, quando ele estava chorando, eu consenti com a cabeça, e ele se levantou, tirou meus sapatos, sentou bem próximo a mim, encostou minha cabeça no seu ombro e tocando suavemente meus cabelos, cantou uma canção e eu comecei a sentir uma paz, um calor no coração e ele me olhou e disse que sua mãe que se chamava (___) sempre conseguia acalmar o seu coração, assim. Foi a parte mais surpreendente deste momento, ele só conhecia meu apelido e o nome da sua mãe, era o mesmo que o meu.

Inserida por AnaTerezaATAB

Eu estava à 5 anos naquela praça e nem sequer vi o sol bater no meu rosto

Inserida por matth_myand

VENTO ANDEJO

O vento que por aqui passa..
Venta a venta de todas ventas
venta e sibila na praça...
Venta o cambaleio do ébrio
e o cheiro da cachaça.

O vento que por aqui passa...
Venta flores do jardim
venta a menta do antídoto
as lagoas dos anfíbios
e os dentes da jumenta.

Venta para o lado do sul...
O vento vindo do norte
venta os passos dos fracos
o meridiano do agreste
e a esperança do forte.

Venta a moça na janela
e a serenata lá no chão
venta o desespero do adeus
a costela do primeiro Adão
e as lagrimas da solidão.

O vento que por aqui passa...
Venta o cisco no meu chão
venta, com vento da saudade
as vezes espanta a verdade
e o pulsar do coração.

O vento ventou a chuva
e molhou sem dizer não
ventou semente germinando
menino na biqueira banhando
na cumeeira do sertão.

Ventou o pasto do gado
no curral e lá no cercado
ventou o leite da vaca
o plantar com a matraca
p'ra criar o seu criado.

Ventou a marcha do cavalo
em ploc, ploc no caminho
ventou a densa solidão
o escuro do Lampião
quando ele estava sozinho.

Ventou a linda rima
do poema com calor
a prosa o vento ventou
a areia no deserto soprou
junto as estrofes do amor.

O vento que por aqui passa...
ventou nuvens e os escarpados
ventou o rumo do caminho
as letras dos pergaminhos
e os passos lá do passado.

O vento que por aqui passa
já ventou na cor escura
no mourão e nas correntes
nas chibatas das serpentes
e nos pulsos das criaturas.

Vento andejo, vento andejo
vento andejo sim senhor!
Já ventou n'aquele carvalho
inventando todo entalho
para a cruz do redentor.

O vento que por aqui passa
já ventou tudo sim senhor...
Ventou o inicio do mundo
as pedras das manjedoura
e o choro do criador.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

O documentário The Square* (A Praça) relata um período de três anos no Egito, no qual o país se livrou de um ditador, obrigou os militares a realizarem eleições, elegeu um religioso para presidente e derrubou-o após uma guinada autoritária. Os chamados revolucionários de 25 de janeiro e seu comportamento são glorificados.
O documentário retrata ativista politicos que representam o ideal de ativista que o Ocidente gostaria que não só o Egito, como o Oriente Médio inteiro, fossem. Eles são ativistas seculares, modernos e engajados em uma luta incessante pela democracia. A pressa dos ativistas pela democracia, e a ânsia pela revolução, é tão grande que o próprio documentário foi refeito por Noujaim. A versão indicada ao Oscar é bastante diferente da premiada em Sundance em janeiro de 2013. Fiseram cortes na nova edição para retirar as cenas mais fortes, o que chamamos de jornalismo sensacionalista.
E o novo corte inclui as manifestações populares contra o governo de Mohamed Morsi, irmão muçulmano eleito depois de duas ondas de protesto: a primeira contra Mubarak e a segunda contra a junta militar que substituiu o ditador.
O Documentário retrata a intransigência dos revolucionários. Ao se apegarem ao ideal, perderam de vista o fato de que a democracia não é uma magia, é construção, feita a passos lentos e dolorosos. Ao menosprezarem a política, deixaram de ver a necessidade de entrar no sistema para poder modificá-lo. Ao confiarem nas Forças Armadas, mesmo após as torturas e abusos sofridos, não perceberam que foram transformados em massa de manobra no golpe de julho contra Morsi.
Ao contrário das estrelas de The Square, a maior parte dos egípcios vai comprar a comida de amanhã com o dinheiro ganho hoje. Para esses, a estabilidade está à frente do desejo por democracia, especialmente depois de três anos de crise. Não é à toa que novamente os revolucionários da Tahrir estejam indo para a cadeia, desta vez ao lado dos irmãos muçulmanos, enquanto uma nova ditadura se estabelece, aclamada por milhões de egípcios.
Acredito que se tivessem utilizado a interação por meio das redes sociais, eles teria alcançando o objetivo com rapidez, já que a Internet permite uma viralidade maior com estratégias usadas no marketing digital.

Inserida por JosiellyRarunny

PRAÇA DAS NAÇÕES


Dá licença Castro, mas...

A praça não é do povo
Como o céu não é do condor

A praça é do Cagado, do bigola
Do Perneta, do Zé-da Ana e do Paquinha

A praça é das nações
Como o céu é das andorinhas

A praça é da igreja
Como a noite é da polícia e da dor

A praça é da mulher que beija
Como é da beata, a ladainha

A praça é do “Especial”
Do rato, do Râmbert, do Preto

Do Popeye, do Pão-Branco, não!
Do Luquinha, do Edinho e minha

A praça é do som estridente da sanfona do Zé-da-Ana
Em busca do tão sonhado refrigerante

A praça se cala, se acalma sob o som que toca
Tocantins de um Luiz Tupiniquim

Sob o passo largo e óculos escuros, dobra-se o mastro
E a praça se rende ao tom do ‘Safari” e Jair de Castro

A praça se inquieta com oradores, padres, missas e cultos
E fica indecisa com Willama, seus atores, atrizes, todos cultos.

A praça é dos amores
A praça é viagem
A praça é dos pecadores
A praça é passagem

A praça é o obstáculo e o receptáculo
É o caminho que nos leva ao “espetáculo” dos céus

Que passa pela lente objetiva de Tadeu
Que também ama a praça e Ama Deus

Que passa pela pena mordaz de Rezende
E pela crônica eterna de Jauro Gurgel

Passa pela subjetiva câmera de Silésia
E de sua nordestinidade Jaqueline. Visse?

E passa... só não passa pela indiferença das elites,
Dos vidros elétricos de Ômegas, Fiats, Vectras e vereadores.

Inserida por edsongallo