Poeta
Observar, questionar, procurar respostas.
Torno-me poeta de histórias verídicas.
Contos de drama, capítulos de um livro ou uma coletânea gigantesca sobre depressão e decepção.
Ouve-se falar sobre felicidade mas, quando ela realmente chegará?
Em plena profundidade, afogo-me lentamente. Não só de lágrimas é feito este mar, mas do mal de amar.
Desmancho-me
Em palavras
Transformando-me
em poeta
Escrevo,
Seja por fuga
Ou paixão
Ou também por diversão
Se me calo
Desmancho-me
Em lagrimas
Escrever me consola
Dá-me asas
Quando escrevo
Sou livre
Vejo o sonhos de um poeta
Refletido no olhar
De uma criança.
A pureza angelical.
Sonhos encantados.
Sorrisos com gostinho de amor.
Mãos acalentando a certeza
Que os dias passam lentos
Sempre de mãos dadas com
A esperança de um futuro
Infinitamente melhor.
AMOR DE UM POETA
Leu sentimentos em páginas vazias...
Traduziu vestígios de sal nas lágrimas,
Apagou rasuras de dor,
Traçou arabescos em poesia.
Interpretou os rabiscos da alma...
Reescrevendo o amor em minhas linhas.
Para mim:
Todo Cláudio tem que ser Antônio
Grande poeta anônimo.
Todo Zé um novo horizonte
Água que brota da fonte.
Toda Eliza rainha Beth
Perturbou é pivete.
Toda espiritualidade, Margarete
Vida dura, interprete.
Todo Xande um grande achado
Amor espelhado.
Toda Iza tem que ter ira
Na pele das crias, casimira.
Todo Luiz, Luizinho
Deus quem leva pra outro ninho.
Toda Maria uma filosofia
Refutem a poesia.
Ser poeta não é só fazer versos, rimas e ter habilidade com as palavras. Ser poeta é transpirar a musicalidade, sentir a harmonia das palavras com o amor que encanta e conduz aos versos, que juntos formam uma trilha onde a realidade pega carona para o mundo dos sonhos. A poesia é lugar de expor sentimentos e pensamentos sensíveis e complexos, simples e racionais. Ser poeta é ser indescritível, ser poeta é ser feliz.
O poeta trabalha com às palavras, como as abelhas trabalham na colmeia... Algumas vezes, se encontra um ferrão!
Espacial!!
És poeta infinita,
que no fundo infinito
do Universo imenso,
onde,
recupera-se sílabas,
palavras e,
frases escondidas,
em pequenos
ternos falares,
continue,
nos amando,
com palavras espaciais.
A bem da verdade, o dom do poeta não é o de escrever... Mas o de usar as palavras para desenhar os encantos da vida que necessitamos pintar.
POETA DE LATRINA
Maldita a hora em que me fiz poeta
De esquina
Nas saídas dos bares
Nas madrugadas
Agasalhando no peito
As dores do mundo
Apiedando nas palavras
Da própria insignificância
Por não conseguir sorrir
Das desgraças embriagantes
Num copo interminável de cerveja
Escrevo aos amantes
Palavras adocicadas
Zombando da imbecilidade
De quem nelas acreditam
Sem perceberem que se esvaem
Na mais branda das brisas
Que sopra ao luar
Cúmplice nas enganações
Que todo poeta rabisca
Mais por ego que por convicção
À quem se presta à lê-lo
Então equilibro meus escritos
Entre dores e amores
Sem deixar vazar a verdade
Contida nas entrelinhas
Lidas e não entendidas
Pelos amantes da poesia
Induzidos pelo proxeta
Que lhes escreve sem pudor
Feito um famigerado gigolô
Prostituindo sua vítima
Em troca de seu ego
(Nane-03/07/2015)
O coraçao de um poeta é transparente como agua limpa, mostra seu interior independente do que ah no fundo do rio..."
Canto a poesia como seresteiros em noites de serestas, como violeiros em dias de festas...ser poeta é tocar sentimentos, voar mar afora, cantar madrugadas a dentro. Ser poeta é viver os sonhos, a poesia. É acalmar os ventos, a ventania...correr mar a dentro abraçado as ondas, naufragar na magia. Ser poeta é ir aos céus, trazer a lua, andar nas estrelas, correr nas ruas. Ser poeta é rodopiar na chuva, dançar nas matas.
O que é isso, o poeta?
Poeta é aquele ser estranho
E cujas palavras
Eu encontro palavras
Para explicar a minha dor
E o meu amor
CORAÇÃO DE POETA (BARTOLOMEU ASSIS SOUZA)
Poesia brota do coração
Fábrica infinita de sonhos
Poesia vem do coração
A arte só produz versos...
Por onde vai o coração
Do poeta sonhador
Chama acesa-perene-de-inspiração
Coração-doação-canção
Na arte do peota somente devaneios
Na arte-sorte do poeta
Forças ocultas do existir
Uma justa medida de poesia...
ISBN: 978-854160-632-5
