Poeta
Tentativa Estapafúrdia de Hablar A partir da Espontaneidade dos Radicais Livres
Com o tempo você aprende que extremismos, servem apenas para nos aprisionar, dentro de nós mesmos. E a verdade, não vem ao caso. Os preconceitos que nós temos, fazem com que fiquemos limitados a nossas próprias opiniões e percamos a sensibilidade de aprender tantas coisas novas; tantas coisas espantosas e magnificentes, que podem vir alimentar a nossa vida, e nossa capacidade de interpretação. Então, em meus achismos, apenas acho, que essa deva ser a grande jornada a ser travada na vida; buscar formas de libertação. Com relação a determinadas convenções, aos nossos preceitos, às verdades absolutas. Elas devem vir todas por chão, devemos genuinamente buscar a independência e autonomia de nossa percepção. A capacidade que nós temos de contemplar. Porque o humano é estupendo. E se por um segundo pudéssemos apreciar e desfrutar, usufruir e fruir com toda essa possibilidade de criação sensível, histórica, artística e natural, que é parte arraigada da nossa cultura, conseguiríamos tatear coisas impensáveis, para conosco e nossa humanidade. Assim não seria em vão, essa tentativa estapafúrdia de hablar, a partir da espontaneidade dos radicais livres.
Ramona
Ainda que redondamente equivocados,
Todas as possibilidades de aproximação,
Resumem-se,
Aos escassos
E pouco prováveis,
Intervalos reduzidíssimos;
Nos quais ela submetia
Seus acurados, precisos juízos aos meus.
Já tão gastos
E de um tempo razoável para cá,
Bem pouco criativos e não menos rasos,
Que o que fora teoricamente proscrito.
Ao transmitir tuas reflexões e questionamentos
Tão próprios e particularmente pessoais,
Coisa nenhuma, Eu,
Reles pecador carnívoro e animalesco,
Poderia fazer,
A não ser sentir o roçar de tuas falanges nas minhas
E a preciosa e insuperável respiração vossa ao meu lado.
Agindo como força motriz,
Para nutrir meus vastos e proibidos surtos oníricos.
Enquanto outro infalível ciclo se encerra,
O que resta a nós,
Meros contabilistas sentimentais emocionados,
É a tentativa de (qualificar) liquidificar,
Aquilo que valeu a pena,
No intuito de extrair da equação,
Diminutos recortes valiosos, molhados,
Deste fascinante mosaico espontâneo,
Que compõe nossa infantil e grandiosa
Homeostase sentimentalista.
Aportamos assim,
Na seguinte justificativa de que,
Nunca fomos muito bons em nada,
Mas sempre demos conta de uma série de coisas.
Firmeza Oportuna diante de Promessas Irrecusáveis
Constato o resfriamento
Que nos acometeu.
Avanço.
Apesar do estreitamento
E da redução de tudo que nos é caro.
De acordo com nossa costumeira agilidade,
Sem cerimônias inicio assim:
Eu assumo ser o melhor.
E sou o melhor em ser exceção.
Somente um coeso
Desmantelamento,
Para a ótica da liquefação,
Se mantém fundamentado,
Estanque.
Qual o objetivo desta afirmação ?
Nenhum. Exceto aquela insuportável
Aflição lombar,
Proporcionada pelo estresse Irreparável,
Dos anos de servidão angustiante,
Do qual, talvez um dia possa se divorciar.
Ao somarmos o sofrimento de uma vida,
Concluímos que toda e qualquer morte,
Não pode ser outra coisa, senão branda.
É possível que levemos
Muito tempo ainda
Para compreender,
Quão estratégica era a atitude dela,
Soube esperar o momento certo,
Algo extremamente difícil
Até mesmo para quem é munido
E amparado por longos períodos
De experiência prática de vida,
Mas sim, ela sabia esperar
E o desfecho sempre será surpreendente,
Se permitirmos, com que ele aconteça.
Despeço-me da letra,
Do leitor e da leitura;
Para estar com ela.
Lamentavelmente,
Não sei contar histórias,
Nunca aprendi.
A narrativa que me perdoe,
Mas foi na rima que me perdi.
Brunná e a Esperança que não Cessa
Havia tudo sido combinado,
Com cautelosa antecedência,
No prazer a apreciação,
Do repouso ao movimento e potência.
Mas quem afinal
Dentre estes que arriscam prever,
Haveria de enfim suspeitar,
Que tanto talento irrompe,
No dilúvio devastador de poder.
Tu podes tudo o que pensas ?
As perdas pertencem ao pódio ?
Conquistas são consequências,
De derrotas, do amor e do ódio.
Brunná e a Esperança que não Cessa,
Se intensifica e não cessará.
Posso afirmar bulhufas de fato,
Exceto pela parte que me toca,
Insisto que teu toque provoca,
A esmagadora prova de que
O que pode ser provado,
É ciência que não nos interessa.
Quando somos nós emparelhados,
Denominadores elevados na infração,
Tua força atenua o fardo,
Favorece a fibra que nos fortalece,
Alicerçando esta fluência temperada,
Forjada no furor que enrubesce.
Da infinitude feições prováveis,
Na infinidade rejeições possíveis,
Selecionadas delicadamente,
Nobres critérios irrepreensíveis.
Quando se perde tudo,
Ganha-se motivos para afrontar.
A Esperança determina
A quantidade de perdas,
Na tentativa de encontrar.
Descomplexificando a Vida,
Não há nada nesse entorno
Que seja simples.
Brunná e a Esperança que não Cessa,
Se intensifica e não cessará.
Não dou murro em ponta de faca
porque sei que irei me machucar
as vezes é preciso dar uma de fraca
para a vida não se complicar
Musa nunca fui nos frios ocasos
nem nos amanheceres em dias de sol
vou passando pela vida apenas por acaso
em direção ao meu incerto arrebol
Existe vários tipos de poetas, os que escrevem por hobby, os que querem dinheiro, alguns atenção, e tem eu. Escrevo para expulsar a solidão que não possui gratidão. Escrevo oque sinto pois não sei demostrar como todos, já as palavras saem de mim como um perfeito refrão.
Nunca aceite a opinião de quem está no topo.
Lembre-se, quanto menor a concorrência melhor para quem está no topo.
Pragóra
Templo Edificante do Conhecimento - Bradou o Andarilho. Há de ser assim, sapiência vindo de onde se espera. Mas não exagere no uso do verbo esperar, a sabedoria é pra agora.
Rima sobre Rima
(ou a Monografia Senil
de um Inovador Ultrapassado)
Do barulho infernal,
Ao brilho cegante,
Energia estridente,
Dissipada em instantes.
Nós somos as massas
E as minorias,
Saboreamos o bônus
E as consequências.
Fomos barbárie em harmonia,
Trouxemos uniformidade e conflitância.
Regamos os buquês floridos da melancolia,
Eufóricos desenfreados, anatomistas.
Portamos as causas e as epifanias.
Éforos da argumentação,
Baboseiras intimistas,
Infinitas.
Estratagemas, pilherias,
Ardis e trapaças,
Emboscadas, astucias,
Arapucas, ciladas.
Não fazemos ideia
Dos porquês,
Ocupamo-nos
Apenas, do aroma dos buquês.
Que restem penas,
Cheiros, perfumes, odores,
Penachos, farroupilhas.
Que restem arenas,
Termas, gladiadores,
Pomares, pantomimas.
Que seja esta nossa sina.
Que reste apenas,
Rima sobre Rima.
Crepúsculo eucarístico
(Victor Bhering Drummond)
Sim; eu poderia cometer os pecados da carne,
A fúria da gula
Ali mesmo no pátio da igreja
Na sombra, no sol,
No sino sem tom,
Nos versos de Drummond
Ou sobre os livros apócrifos
Olvidados por santos e hereges.
Mas que pecado cometi
A não ser amar e devorar você
Como o doce vampiro de Rita Lee?
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•••
(Poema inspirado na igreja e restaurante Santa Catalina em Buenos Aires, onde saciei a minha fila e alimentei o meu amor. Ouvindo e lendo Rita Lee)
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