Poemas com rimas para guardar, recitar e sentir
Não sou cantor, compositor ou poeta;
Não sei poetizar, não sei rimar;
Mas esse compasso da vida, traz notas e canções.
Talvez falte acordes, melodias;
Talvez sobre arrependimentos, frustrações ou alegrias;
Ah, mas esse embalo da vida é tinhoso, ele não se cansa de causar.
Pode até sobrar ou faltar, mas ele nunca se deixa levar.
E nessa onda de emoções e temperos, como quem não quer nada, ele chega e deixa marcas.
Dizem que o tempo cura feridas, mas a vida... Eh, vida!
Essa sim, sabe deixar saudade e raiva, medo e vontade, sonhos e realidade.
E assim segue ela, cheia de conhecimentos, amadurecimentos e acontecimentos. As vezes com exageros, outras vezes em escassez, mas ela, não se preocupe... Ela nunca deixará suas páginas em branco, sem nada para contar, pois a vida é assim... Cheia de altos e baixos, quente e frio, amor e ódio, raiva e felicidade uma mistura que enche as páginas de um livro que conta detalhes de uma canção que só você sabe.
Tudo é bom em verso.
Em rima ou em prosa
Nesse belo universo
Escondido numa rosa.
Por isso não chore
Em nenhum instante.
Pois, para um poeta
É muito desgastante
Encontrar rima certa
À "lágrima" constante.
O Universo é uma Prosa com Rima, onde tudo se encaixa e tudo se harmoniza.
É certo que às vezes não entendemos essa Poesia de Verso Único!
O melhor do amor, é o cortejar.
O pejo, o desejo. O medo do não.
A vontade escondida.
A rima com o "ão".
Não pensem errado,
É o coração !
o amor é dor de doar
rima com ar de liberdade
com ar de voar
vai da pureza das aves
ao azul do mar
da imensidão celeste
a alba raiar
de se demasiar e exagerar
sem esperar
Pra você que transforma
Brisa em brasa
Fóssil em míssil
Pra você que transforma
Rímel em rima
Fuga em fogo
Pra você que transforma
Linha em lenha
Careta em carinho
Pra você que transforma
Calma em chama
Cama em caminho
Pra você que transforma
Rambo em rimbaud
Pouco em palco
Pra você que transforma
Acordo em acordes
A dor em roda
Pra você que transforma
Heavy em leve
Cansaço em canção
Pra você que transforma
Em mim o que virá em verão
Eu canto, meu amor
Até chegar no mar
Ladraste-me ao ouvido (rugidos em forma
de cálculo) e dizes agora que a rima é cáustica.
Morderam fundo: eu seco bem a pele,
(para ressequir zoonoses, nevoeiro em nódoa)
o barco em que dormimos
vela sobre o fel
A obrigatoriedade do verso
É transversa
Deve-se seguir avesso
A qualquer regra
A rima por si só basta
Não necessita de métrica
Carece sim de liberdade
De agir
Do ir e do vir
Fazer e sentir
Sem estandartizar-se
É pensar que
Se o ponto pode ser pretexto
A letra, vírgula
Uma frase, gesto
A palavra então poder ser um protesto
Não contra a própria poesia
Mas a tudo o que é infesto
Não sou poeta, mas "nua"
Aprendi a citar cada verso teu.
Decorei cada rima,
como um pintor decora a paisagem do céu.
Não sou artista, mas "despida"
Contornei cada linha tua,
Pintei cada traço e forma por outros esquecida.
Como um cantor toquei a tua melodia favorita na rua.
Não sou poeta, nem cantora,
Não sou atriz, nem pintora,
Mas se fosse serias a razão,
Para cada traço, linha e verso,
Serias a minha maior inspiração.
Escrevo chorando
Rimando pensando
Virando a cabeça de ponta cabeça
Para criar algo que ninguém
Jamais esqueça
Porque para mim o esquecimento
É a morte
Sorte de quem não esquecido
É amado escolhido e valorizado
Que não guarda ódio em seu
Coração
Ah se tu soubesse!
Da festa que meu interior faz
Ao viver cada chegada.
Das rimas que estão no peito
Em poesia quando te vejo,
Do afago ao ver teu jeito
No acalento desse teu riso,
Do amanhecer que é teu brilho,
E da brandura que é teu toque,
Se tu soubesse um pouco
Da paz que tua presença traz,
Tu chegarias mil vezes mais,
Como quem chega devagarzinho,
Sem pressa para ir embora,
Esquecerias até, da existência das horas.
Poeta e louco sou
Escrevo rimas disparatadas
Frases cacofônicas ou
Métrica inusitadas
Na dicotomia sintática vou
Com palavras à pele atadas
Poeta e louco sou
Escrevo rimas disparatadas
Sobre a morfologia das palavras voo
Vejo-as em fila enlatadas
Ouço a voz dos seu ditames e enjoo
"Não quero seus limites e nem sua cara enlutada"
Poeta e louco sou
A minha alma chora...
A poesia já não rima...
O céu perdeu a cor...
Minha vida bem mais vazia...
E a nossa música já não tem graça...
Porque vc sorriu um dia pra mim...
Hoje vc sorri pra outro..
E eu nunca mais consegui sorrir pra ninguém...
Invento uma rima
Sobre o teu olhar
Ainda menina (brilha sem parar)
Dora, que reencanta o desencanto
O nada, ela transforma em tudo
Regenera o som, faz ouvir o mudo
Adora amar, faz a vida eterna ficar.
Não sei se é poesia ou lixo,
as confusões nas rimas que
expresso. Se não foi bom tudo
que eu disse mas eu sei que
fui sincero...
POESIA
Esse é meu jeito de fazer poesia
as vezes com, outras sem rima
sem pontuação, às vezes com vírgula
sem perder a razão, uso a emoção
Escrevendo sério, às vezes brinco
sendo sincero, às vezes minto
Falando de amor ou de mazela
minh'alma está contida no âmago dela...
a poesia.
(publicada no livro: Antologia V - CAPOCAM Casa do Poeta Camaquense - 2019)
Noite que te aproximas
Luar que te vem
Palavras que saem rimas
Na escuridão do além.
Aqui me sinto protegido pelas estrelas encobertas,sobre uma guerra de sol e lua,porque a lua nunca espera pelo sol,sempre lhe foge,vento que me crucifica a esta árvore que é a minha âncora,o meu pilar,a sustentabilidade para um amanhã esperando pelo pela luz do amanhã.
Assim vou adormecer
Contando as estrelas no céu
Divagando na solidão temer
Assim me cubro com este véu......
(Adonis silva)09-2019)®
Na falta de palavras , busque lenços para as lágrimas enchugar , porque poeta sem rima e arcor iris sem cor, chuva sem agua ,amor sem resposta.
Joisvan veras .
Naquela Campa -
Há um poema cansado
Nas rimas do meu sofrer
Mais um momento marcado
Pela vontade de morrer.
Há um silêncio que agito
No fundo dos meus sentidos
E o meu poema é um grito
São meus sonhos perdidos.
E o que ficou do que fomos
Está preso ao fado, à poesia
P'ra mim seremos e somos
Aquele amor que eu sentia.
Aquelas horas tão nossas
Só eu as guardo no peito
Talvez também 'inda possas,
Lembra-las tu ao teu jeito.
Naquela campa tão fria
Deixo uma rosa e um beijo
Que a Musa desta poesia
Fica virada p'ro Tejo.
(Poema escrito pelo Poeta junto ao túmulo da sua sua Inspiração, Celeste Rodrigues, no Cemitério dos Prazeres em Lisboa, no talhão dos artistas, virado para o Tejo)