Poemas a um Poeta Olavo Bilac
Não... o celular não vibrou
Nem o sol nasceu
O herói morreu
O poeta não se inspirou
A menina não sorriu
O ponteiro não andou
Não estamos em abril
Nem acredito no amor
Não? Não!
Eu nego a negação.
Homem do mar, pág. 58
O MAIOR REVÉS DO VIVER
Cá dentro da alma de crer ser poeta
Alma feita de paixão e de imaginação
Sedento de devaneio e de sensação
Quanta coisa, quanta ilusão secreta
Quão querer escrever em linha reta
E, nas rimas aquela rima sem demão
A certeza do canto certo na emoção
A agnição que desejou ser completa
Porque a dor aberta, o que mais dói
E também que a tendência destrói
Não é a saudade do outrora perdido
Pois se foi, se suporta, é inevitável
É bem mais vândalo o irreparável
Do podido viver e não ter vivido!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21/10/2020, 09’27” – Triângulo Mineiro
Solitário Poeta.
Solitário Poeta...
Solitário escritor...
Solitário sonhador....
Perdi o varejo...
Dei de cara com o atacado...
Quis eu...
Chegar rápido...
Quis eu...
Encarar o mundo de uma só vez....
Opostas proprostas...
Óperas em grande sinfonia..
Fui aquele no palco....
Com o violino quebrado...
Reformei...
Troquei as cordas que estavam enferrujadas...
Encantei plateias....
Grandes idéias....
Foi um tempo...
O sol mostrou sua cara....
A garoa caiu...
O orvalho regou...
O sereno cultivou....
O deserto que era seco....
Em mim floresceu....
No vago da noite...
No encanto da lua....
Nas profundezas do mar azul....
Oh Criador!....
Talento de Sol....
Gladiador de raio quente...
Que combate as trevas...
Oh vida!...
Oh serenata!....
Encantam-me com os anjos da paz....
Perdidas estrelas no espaço infinito....
Tanto talento....
Se move sem ventos....
Cambaleia no horizonte...
Se move na hora quando pode....
Nos achados e perdidos....
Sempre há uma lamparina a frente....
Quero a fruta doce do pomar....
Hortaliças verdes e frescas...
O trigo para fazer o pão....
O arroz e o feijão....
O milho para o fubá...
E mais e mais....
Sinto-me comigo....
Sinto-me em outro lugar....
Sonhador escritor....
Sonhar não é pecado...
Sonhar faz bem....
E é bom um bocado....
Águas...
Águas cristalinas....
Que nascem nas montanhas...
Jorram sempre sem parar....
Oh fase!....
Arvoredos nas avenidas...
Arvoredos nos campos....
Do seco ao verde...
Que nunca nos falte...
O encanto....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
O Poeta Voador
Dizem que a dor e o amor fazem o poeta.
Dois lados de uma mesma moeda,
que ora dá cara ora da coroa.
Fica a bipolaridade ora feliz ora triste... consistentemente insatisfeito.
Mas de quem é o problema? Do que ama ou do amado?
No fundo do que sofre, porque sonha voar mais alto com asas frágeis e cansadas.
Enquanto planeia no alto reza que a esperança não esmoreça,
que a nuvem sustente o palácio onde reside o seu espírito lutador...
Como escrever sem deixar que possa perceber que o coração grita por você?
O que o poeta vai fazer se um aperto terrível sufoca seu ser, se só seu nome a caneta quer escrever?
É fácil se perder quando você já não é mais você.
É difícil não enlouquecer quando as lembranças só fazem doer
Não sei mais pra onde correr se todo o meu mundo se tornou você
Não sei o que vai acontecer, mas confesso que quero saber
Por enquanto só essa vontade louca de te ver
Nem queria nada dizer, apenas te abraçar e renovar minha vontade de viver
09/08/20
Bloqueio criativo.
E enfim chegou o dia mais temido,
Como irei escrever novamente?
O poeta amargurado não pode amar.
Poeta e Poesia III
Ao escrever uma poesia o poeta não abre apenas as portas e janelas da imaginação para um mundo imaginário e cheio de encanto. Ele entrega-se de corpo e alma aos seus mais intensos devaneios poéticos, ressuscitando o desejo natural que constitui o império afetivo e emocional do ser humano. O espaço de sensações representadas pelo seu universo lírico interno.
A poesia é uma forma de trazer à tona emoções, sentimentos, sensações, medos, glórias, horrores, vivências do cotidiano do poeta ou simplesmente narrar um fato ou uma situação simbólica.
De qualquer forma, identidades fictícias ou não são modeladas e relatadas com base nas mais variadas nuances metafóricas do poeta.
Existe um simbolismo muito particular, diria até íntimo entre os signos que dão forma à poesia e o poeta. Simbolismo este, oriundo do fantástico entrosamento de ambos.
Os cenários criados pelo poeta quase sempre são registros simbólicos de ideologias arquetípicas emergidas do seu próprio cósmico social com uma pincelada generosa de rebeldia. Poesia é libertária, é a arte dos revoltados, dos outsiders por excelência.
"SOU POETA DA PRAÇA"
Estendo o Varal
E a Poesia vai secando
Feito roupa
E quem passa
pode me ler
E se quiser decifrar
Os mistérios da Poesia.
Enquanto é isso
A Banda passa
E o som invisível
Caramujo-floresce
Anunciando o entardecer!
META FINAL
Respeitado como homem
Admirado como poeta
Ídolatrado como pai
Honrado como esposo
Amado como ser humano.
Silêncio rima com pensamento
para a cabeça de poeta;
É introspecção para o filósofo;
Transcendência para o místico;
Tédio para o baladeiro;
Música para sonhador;
Paz para os animais;
Difere da pausa, para o músico.
Mas, respinga na dor da solidão.
A poesia perde a autoria
Se o poeta se queda disperso
E uma alma acolhe seu verso
como uma fêmea a sua cria.
#ESCREVO #PARA #TI
Na vida me fiz poeta...
Nos sonhos, poesia...
Falo de tristezas...
Falo de alegrias...
Poesia tem vida...
Vida tem amor...
Tem sucesso...
Tem fracasso...
Também tem dor...
Uma transformação sem fim...
Ir do alfa ao ômega...
Ver na tristeza...
Beleza...
Ver na alegria...
Maresia...
Sangrar a dor em flores e formosura...
Celebrar a aliança entre o real e os sonhos...
Transformar as lágrimas em suspiros...
Vitrine dos sentimentos...
Felicidade já tem nome...
Só não posso revelar...
Talvez a sua não seja a minha...
Quem poderia revelar?
Mas não posso ser tudo quero...
Não posso fazer tudo que penso...
Quando fico triste me sinto poeta...
Então vivo intensamente esse momento...
Se eu só falar de alegrias...
Aonde a angústia irei pôr?
A vida precisa e tem sede de loucura e poesia...
Os dias não só são feitos...
De pássaros voando...
Sob nossos passos...
Tem algo rastejando...
Poesia é feita para sentir, e não para ler...
Mas isso...
Poucos conseguem compreender...
Sandro Paschoal Nogueira
Humilde aprendiz
A poesia me salvará, Adélia diz.
Salvará aquele desconhecido poeta
e a mim, humilde aprendiz.
Só Jesus salva, constrange-se ela.
Mas de muitas formas ele fala!
É Palavra poética.
Harmonia, alegria, remanso, descanso, salvação.
Pronto, já me acalmei!
Regulados estão coração e respiração.
A quem pergunte:
Onde poesia nessas linhas há?
Respondo: Na inspiração.
Inspiração do ar,
Que antes da garganta não passava;
Inspiração do pensamento,
Que refúgio soube buscar.
Sim, a poesia me salvará!
Coração de Maria
Desprezando os conselhos do poeta
Sem emitir palavra, João dizia:
Não se aproxime. Não se aproxime muito.
Não inocule em mim a inconveniência da
Profundez de uma amizade verdadeira.
Caminhemos em vias paralelas.
Lado a lado em diferentes caminhos.
Cultivemos o descompromisso dos
Relacionamentos efêmeros.
Busquemos a qualidade do que é fugaz.
A mensagem não dita foi devidamente compreendida.
Maria não tentaria transpor os limites.
Todavia, ser intensa era-lhe intrínseco,
E a esperança não se deixa abater.
Buscaria outro alguém que, como ela,
Ousasse experimentar a dádiva...
“O presente é tão grande!” – ensina o poeta.
Ansiava pelo essencial.
Queria mãos dadas!
João não será esquecido.
Já está aconchegado naquele coração.
Coração de amiga. Coração de irmã.
Coração que ama. Coração de Maria.
Sou forte
Sou guerreiro
Sou filho da mata
E das flores
Da lua
E das estrelas
Sou poeta
A minha alma é a terra
Que insiste em renovar
Minha pele
Meus cabelos
Minha mente
O fogo me queima, me consome
Me destrói
A água vem em forma de banho
De chuva e me reconstrói
Conto a história através
Da poesia
Que emparelha e cruza
Os fatos através do versos
Com ou sem rimas
Sou poeta
A Camões, honra e valor!
Porque foi poeta do amor.
E falou de Portugal…
Do seu grande historial!..
Oh! Velho do Restelo, cala-te!
Porque, Portugal ainda será…
Cala-te! Cala-te!... Cala-te!...
Porque Nuno, Álvares Pereira, ressuscitará.
E Dom Dinis, foi rei trovador.
E Dona Isabel, foi rainha…
E Inês de Castro, morreu por amor.
Cala-te! Porque o Brasil e Angola, são reais!
E Portugal, é sempre, terra linda!...
E nela eternamente, não haverá, mais ais!...
Poeta sincero
Já li que poeta não escreve para agradar
Eu também não o faço, hei de confessar
Escrevo sobre aquilo que sinto
Prefiro dizer minhas verdades, não minto
Mas para dizer o que penso não preciso de ofensas
Dou a opinião e os motivos, quem quiser se convença
Respeito o direito alheio de pensar diferente
Mas que fale com respeito
Que trate gente como gente
E aprendi não me importar se alguém quiser me ofender
A ofensa fica com ele, não vou receber.
todo verso na poesia
há uma lágrima caída
pois o sentimento que matava o poeta
ele assassinou com as palavras.
