Poema na minha Rua Mario Quintana
Eu vejo e penso,
fico vendo todas essas pessoas,
no ônibus, rua,
me pergunto como deve ser
a história de cada um.
Me pergunto como que deve ser
o encanto de cada um.
Acho que o ser humano
é uma criatura tão bonita,
apesar de tudo que a gente vê.
“Cada um tem seu encanto.”
disse ela.
Sintomas de uma reflexão
Vejo
A alegria reprimida
De uma criança sozinha
Caminhando pela rua vazia.
Vejo
A alegria mascarada
De jovens que furtam e corre
Comemorando o feito em disparada.
Vejo
A infância já doente
Que usa de um esforço muito grande
Para uma criança inspirar.
Vejo
O Carpe Diem exaltado
Pela geração jovem que insiste
Fazer deste um conceito errado.
Vejo
A perspectiva da nação
Mergulhada em ira, e desespero
Regida pela ganância e a corrupção.
Vejo
Corações humanos sofrendo
Que buscam conforto na fé
Para então continuar vivendo.
Vejo
A fé sinônimo de esperança
Sendo usada para arrancar
Das pessoas a sua confiança.
Vejo
Deus cada vez mais presente
Na boca de muitos especializados
Cuja humildade já está ausente.
Vejo
O jogo que o homem a vida impôs
Mas não quero acreditar!
Pois neste o vencedor
É aquele cujo a humanidade,
Está disposto a matar!
Onde mora o amor? No País das Maravilhas? Porque não? No estado Abstrato, divisa com o Concreto. Rua dos Apaixonados, número 52, Jardim das Paixões. Naquela casinha vermelha de formato diferente. Esquina à rua da saudade e cruza a avenida da eternidade.
Onde o sol insiste em brilhar e as nuvens aparecem de vez em quando. Lá, às vezes cai uma intensa tempestade, mas o sol sempre é mais forte. E se tudo ficar escuro por alguns instantes, vem a lua e as estrelas para iluminar. Nada faz seu brilho apagar.
Como toda casa, tem rachaduras, goteiras e contas à pagar, mas nada que uns rebocos, baldes e uns trocados não possam sanar. O amor estudou na Escola da Vida e fez curso de idiomas. Hoje já fala espanhol, inglês, francês, alemão e italiano. É Te amo, I love you, Je t'aime, Ich liebe dich e Ti amo. Na verdade fala todas as línguas. Está presente em todas as civilizações e espécies.
Não há idade, momento, condição ou tempo. É simples e complicado, quente e gelado. Ele mora nos campos e nas cidades. É na ficção e na realidade. O amor mora em todos e em ninguém. É bandido e é refém. Adulto e neném. Mora com os pais, irmãos, avós, tios, primos, sobrinhos, netos, namorados, amantes, amigos... Ele é grande o suficiente para caber todo mundo.
Entretanto, é pequeno o suficiente para caber dentro de cada um. Já sabe onde ele mora? Dentro do coração de cada pessoa. Basta ela abrir a porta dourada com chave da mesma cor e deixá-lo habitar o seu corpo, tomar as rédeas da sua vida e lhe trazer felicidade eterna.
CARNAVAL, só que não ...
A turba dentro de casa, privado carnaval
Em tempo da peste, calma é a rua a fora
Marchinhas e dos blocos nenhum sinal
É o mascarado de uma troça que chora...
Silêncio na rua até que venha a aurora
O surdo do samba, num gemido final
Apavora a inação, tomou conta agora
De toda folia e, não vai ter Carnaval!
Quieta a colombina, toda alva de cal
Pierrô chora, e teus olhos tão baços
Sem os passos é, não tem carnaval!
Os quatro dias ausentes de cortejo
Passistas fora dos seus compassos
Fica pro ano que vem, o folião beijo!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
14/02/2021, 06’46” – Triângulo Mineiro
MOTORISTA DA LUA
É na rua que eu lhe vejo
sem-sentido mulher de avessos,
olhando a história do céu
você lembraria
do tempo que rebeldia
passava perto nossos caminhos.
Quando andávamos na lama
saber o percurso do sol fazia
a gente acreditar os ninhos
dos deuses estavam a ponto de cair
as leis do mundo seriam pregadas
por nossas mãos livres de correntes
e nem de longe suspeitávamos um do outro,
éramos viajantes e a estrada nosso espelho sem imagem
Tão fortes as certezas que o vento era nosso aliado,
tão fortes as certezas que a chuva regava nossas sementes,
tão longos os caminhos - nossos carros sempre a sair,
mas logo o mundo ficou real os caminhos eram sem rumo.
Quando você me vir de novo
saiba que eu sou outro,
enraizado ao caminho errado
ando pelas ruas rasgado de frio
e não reconheço ninguém,
quando paro na estrada
é para ver que o tempo
me fez esquecer de mim,
guiar sob os mistérios da lua
é o destino dos perdidos
vou embora, sou dos viajantes
o que se despede dos sonhos
lavando o rosto no rio ao luar
a verdade crua
quando é dia sou apenas pó
de noite motorista da lua
#MADRUGADA
Louco...
O vento passeia...
Enquanto a noite envolve a terra...
E na rua deserta...
Uma alma vive...
Alma cheia de dor...
E de dor a alma está cheia...
Ao sabor dos enganos...
Vagou...
Não sentiu o decorrer dos anos...
Olhos fitos no vácuo...
Murmúrios desconexos...
Conserva o mesmo orgulho...
De um morto austero...
Celebra as ilusões com os fantasmas...
Enquanto gela o sorriso nos lábios...
Está só...
Não querida...
Apenas usada...
Caminha...
Passo a passo...
Se arrasta...
O tempo já lhe pesa...
Enquanto sopra o vento...
Nas altas horas em calma...
Cansada...
Tamanha fadiga...
Espreguiça...
Boceja...
Enfim, se dá por vencida...
Com os olhos cheios de mágoa...
Segue o vento pela estrada...
Aurora anuncia...
Nessa noite não foi usada...
Nem foi querida...
Sandro Paschoal Nogueira
Caminhos de um poeta
.
Te vi caminhando pela rua,
veio ao meu encontro,
primeiro o teu sorriso,
engrandecido pela brandura.
Carrego comigo a lembrança
daquele dia,
e faço daquele momento,
a eternidade em sentimento.
Ainda que sejas efêmero,
lembro dele com o carinho
de quem não vê passar o tempo.
LIBERDADE POÉTICA
Saí à rua,
Em busca de inspiração
Encontrei você, chorando,
Na esquina da desilusão.
Perguntei, por que chora?
Em resposta ouvi um longo sussurro
Depois um canto vibrante,
Melodia desconhecida
Porem afinada, sublime, celestial.
Reconheci você, nesse breve instante,
Era a liberdade, que antes chorava na esquina
E que hoje gritava em excelso pedestal.
Percebi que não preciso de inspiração
nem de musa de camões
A liberdade poética é clímax da poesia
Com ela crio meu universo
Canções e versos, sonhos, redenção.
TEMPOS DE RUA
Nesta semana, meu filho Gabriel, 18, me telefonou informando que estava organizando os amigos da universidade para uma manifestação em Macapá. Empolgado, ele me contava da expectativa de a passeata "bombar" e do ânimo da sua geração na rua. Não resisti e, segurando as lágrimas, respondi: "Menino, aguardei 20 anos para que a sua geração chegasse, ainda bem que esperei". Reportava-me aos episódios do ano de 1992. Ainda estava engatinhando a mobilização para retirar Fernando Collor de Mello da Presidência da República, e eu estudava na Universidade Federal do Amapá. Eu, com outros estudantes, lutava para retirar do cargo a reitora da universidade, devido a posturas profundamente autoritárias. Após a primeira manifestação contra a reitora, o vice declarou: "Estes meninos estão malucos, querem tirar a reitora. Daqui a pouco vão achar que podem tirar o presidente". Paralelamente às mobilizações contra a reitoria, caminhava a luta pelo impeachment aprovada no 42º Congresso da UNE, ocorrido em Niterói no julho anterior. Em 29 de setembro de 1992, a Câmara dos Deputados aprovou o impeachment de Collor.
Passas por mim na rua e não me vês.....
Sonho acordada no teu sonho ..
E vou a sorrir para ti....
Acordo e nada mudou.... ..
Nesse sonho eu acordei...
Quero abraçar-te ...
Quero que gostes de mim...
Que eu te ame como tu me amas....
quero ser para sempre Tua ...
Faz de mim amor,o que faria por ti ..
Quero ser os teus olhos perdidos....
E tão sofridos,de quem se perdeu na vida...
Simplesmente amo a vida !
Você vê que todos são melhores que você pelo jeito de te olhar.
Você vai pra rua querendo estar invisível pra qualquer pessoa.
Você sente um alivio quando está sozinho, você gosta do escuro, alias você compara a escuridão com sua vida.
Uma sombra vazia e intensa, cuja visão noturna não tem limites, não tem nada além de nada.
Você não vê você não senti, não tem ninguém ali apesar de sentir que há alguma coisa.
Lindo dia ao povo guerreiro, que vai a rua todo dia e o dia inteiro.
Que não se cala, nem diante de tanta bala...
Que luta por mudança e não se cansa...
Pra você todo o meu respeito e orgulho...
Vamos em frente, fazendo sempre, muito barulho!
NO FACEBOOK : 5.000 AMIGOS !
NAS FESTAS : 300 AMIGOS !
NA ESCOLA : 100 !
NA RUA : 50 !
NO DIA A DIA : 10 !
NAS HORAS DIFÍCEIS: 2 [ PAI & MÃE ]
NA DERROTA : APENAS 1 [ DEUS]
João e sua Maria.
Tão depressa sua escova de dente encontrou um canto em meu apê na rua Jurema.
Assim sem hora, sem data. E quando acordei me encontrei em seu sorriso naquela manhã de domingo.
E por alguns segundos eu já sabia que era você a minha Maria.
Sair á rua dei de cara com o vento sentir o sol, vi flores...corri para encontrar amores...amores perdidos, passados, pra sempre lembrados.
Amores amigos, amores irmãos...olhei de lado encontrei um sorriso, cair na festa, entrei na música, dancei na chuva, andei descalça, busquei o mar, fui nas ondas, vestir saudades, calcei passado, troquei olhares...puxei a cadeira, sentei na mesa, pedir uma dose de carinho, de atenção.
Atravessei a rua, encontrei um rosto, sentir cheiro, ouvir vozes...descobri em mim uma criança: pedi um sorvete, lambuzei a cara, tropecei na escada, levantei. Segui em frente, encontrei pássaros, galopei pelo rio, cavalguei no mato, seguir trilhas, encontrei barreiras, subi ladeira, desci barracos e assim levo a vida e a vida vai me levando.
Seja enquanto houver o eterno,
ou até durar a noite,
cama ou praça, madrugada,
na rua, carro ou na calçada.
No toque brotou o beijo,
o beijo se fez sentido,
corpos molhados pelo calor,
em abraços fortes se fez amor.
CAMINHANDO
O caminhar estende-se
Pela rua e pelas ruas;
Até que chega à praia.
O céu estrelado é o cobertor
Daqueles que jamais esquecem
Que viver é preciso.
E vir ver é sempre bom.
Ver o sol nascer,
Ver o sol se pôr
Ver a chuva cair.
E não ver jamais sair,
Daqui ou daí
A alegria de sempre estar
A sorrir.
e estou aqui, sem ver o dia passar
e as crianças brincar na rua,
nem sei se está sol ou se chove, mas
o barulho da agua caindo dos canos
e batendo no chão me responde, logo menos
um barulho de trovão acorda os sentimentos
e percebo que ainda estou angustiado,
e chateado, nada está bom nesses dias dificeis
e para ajudar, você inerte olhando lijeiramente
a luz pela janela, e não pode fazer nada
tem a liberdade, porém está preso em você.
Quando você mesmo se torna a sua solidão
e sua salvação do coração, as coisas ficam dificeis,
e por ai é desperdiçado tempo!
e fico achando que todos me esqueceram
quando meu celular toca e tem uma mensagem
de uma velha amiga que lhe diz que nunca te esqueceu.
As vezes parece que não somos importantes para ninguem
E quando menos esperamos aparece alguem que se importa
e nunca lhe esquece!
No princípio foi apenas fantasia de uma noite de verão
Essas noites em que a gente sai a rua procurando distração
Nestes dias em que a gente sente falta de um carinho pra sonhar.
