Coleção pessoal de goulart_esdras

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⁠Quero viver a vontade

Ao chorar se confirma a vida
Já que ela nasceu desde alguns meses
Quando parte da arquitetura biológica
Forjou o coração, que bate rápido várias vezes.

Som de choro assustado
Batizando o ato de viver
Contagem regressiva do tempo
Começa então a acontecer.

Exploração dos sentidos
O corpo é uma novidade
No processo de compreensão
O nascimento da personalidade.

Infância mãe de toda a inocência
Transforma em brinquedos, fantasia e percepção
Ensinando a profundidade do real
Pela narrativa da imersão.

Identificado um eu
Então, Eu passo a me ver
Percebo que o que tenho é só a mim
Em mim é só eu que posso me conter.

Narcisista não é a intenção do ser
Porém, a própria ideia da consciência
É por mim que narro a história
O egoísmo do eu firma sua existência.

Quero tudo que posso
E posso tudo o que quero
Não há um querer único
A vontade nunca está abaixo de zero.

Como um deserto sem fim
O calor nunca para de sorrir
Logo a sede se torna infinita
Beber é algo que não dá para resistir.

A busca da água sagrada
Aquela que tem o poder
Matar essa sede que só aumenta
Salgada é o gosto de não ter.

Como um metrônomo
Em batida de inquietação
Não se para a vida que pulsa
Enquanto quem marca é o coração.

Constante galopar sempre à frente
Saudosismo do começo e medo do fim
Antagonistas que se querem foram vistos
Cercas de um único pasto, bem assim.

Respirar parece fazer lembrar
Do que se tenta esquecer
Eu quero sempre na verdade
Pois enquanto assim, estou ainda à viver!

Seria...

⁠"Seria a escolha a própria ideia da liberdade? E seria a liberdade a ilusão de se ter uma escolha?"

Foi no meio da dança, que a música parou.

E havia uma dança acontecendo
No compasso de música agitada
Cada um em sua própria coreografia
Arriscando nos passos uma empreitada.

O salão perdia-se de vista
A maioria dançando em companhia
Seus pares eram eles mesmos
Envoltos na liberdade e alegria.

Em comum acordo de ritmo
A batida foi a de individuação
Embora a provocação ao olhar do outro
Fosse rotineira diversão.

Despertar esta atenção
Tornava a festa especial
Motivação coletiva garantida
Para a música nunca ter seu final.

Aqueles que tinham facilidade
Para criar passos interessantes
Ganharam respeito de admiradores
Que passaram a imitá-los em todos os instantes.

Os menos talentosos
Buscavam na dança dos outros inspiração
Faziam a releitura da coreografia
Com a singularidade da emoção.

Haviam também os oportunistas
E os invejosos,
Também os tímidos e os ricos
Os pobres e os ambiciosos.

Tinha de tudo um pouco
Um público bem diversificado
Comum mesmo era somente
Não olhar o outro, mas querer ser notado.

Foi assim nesse som envolvente
Que algo então aconteceu
A música abruptamente parou
O salão se emudeceu.

Salão, foi metáfora por mim usada
A música e a dança também
Nossa vida é coreografia arriscada
Dela quem está livre? Ninguém.

Como em filme de terror
Somos personagens deste roteiro real
Vítimas de um maldito vírus
Que nos levou a questionar:
Qual o novo normal?

Do silêncio que se estendeu
Por entre o rompimento da movimentação
O mundo agitado e caótico
Foi obrigado a parar, sem tempo para desaceleração.

E quando se freia bruscamente
A sorte está lançada
O impacto arremessa e puxa
Com uma força inesperada.

Quando o repente nos surpreende
Difícil é acreditar
Precisamos de tempo para compreensão
Nossa realidade só existe ao assimilar.

Esta doença abalou o super ego humano
Todos parecem agora perceber
Que não importa posição de privilégio
A morte não classifica o grau de poder

Como em um jogo mortal
Aleatória é a infecção
O sorteio da mesma é imprevisível
Resta os esforços de prevenção.

Trata-se agora do prêmio da vida
Quem tem mais chances de não perdê-la
Um por todos e todos por um
É o lema recente para contê-la.

Tic-tac do relógio
Não há mais tempo de diversão
A pandemia uniu o coletivo
Individualidade perdeu sua razão.

Enriquecer porquê?
Se não tem mais mercado
Roubar também para quê?
Se o dinheiro não poderá ser gastado.

Brigar com quêm?
Se raro são os quem vão responder
Roubar milhões... pobre estelionatário
Talvez antes disto, tua vida começou a escorrer.

Não é a economia,
Não é a educação
Muito menos o dinheiro
Tão pouco a civilização.

Nâo tem guerra quando o inimigo
É o próprio ar em movimento
Não tem política e não tem estado
Que posso revogar tal acontecimento.

Temos um recado
Em gritos e prantos a manifestar
A vida é rara mais que o ouro
Mais instável que um reator a funcionar.

A humildade é a mais singela forma
Do humano, perante a sua condição admitir
Deus, misericórdia! Interceda por nós!
No agora e no porvir!⁠

Penso logo existo.
- Eu?
- Não! Acabou de se petrificar...
- Virou pedra no instante em que sua consciência se espelhou no pensamento...
- Ele então?
- Não! Nem ele nem eu, só Medusa, definição de infinita instância do pensar.

⁠- Pensamentos são vagalumes dançantes!
Pego um vidro e os coloco dentro. A luz se apaga, sem resquícios deles...
De novo eu tento.
- Lamento! Não são vagalumes... São pensaventos!

⁠Eternamente jovens

Eternamente jovens seremos se transcendermos o limite de acreditar, que a juventude está presente na forma física de ser, e quando na verdade esta é apenas matéria que se definha com o tempo! Antes a alma rejuvenescida, em um corpo velho, ao invés, de um corpo rejuvenescido, em uma alma velha. Este último é como morrer duas vezes!

⁠Não importa qual é a luta!
A dor ou o sofrimento
É apenas consequência,
Mas que junto a Deus
Possamos sempre encontrar
A nossa resiliência!

⁠Senti o peso da vida que em meus ombros estava a maltratar, peguei-a e segurei pelos braços, salve a persistência! Continuei a caminhar.

⁠Então, saiba que a beleza não é somente as coisas que já nascem prontas para ganharem tal título, mas a capacidade de reinventar aquilo que é bruto, e muitas vezes até mesmo menosprezado pelos olhos, em uma nova perspectiva. Pois se há na perspectiva uma beleza, porquê não encontrar na beleza uma perspectiva?

⁠E ainda que reste somente sonhos, não julgue estes como algo em vão. Pois para traçar os objetivos, encontramos em nosso sonhar a motivação!

⁠Sentido faz, se entendido for, racionalmente e com a mente sã. Pois se é pobre o entendimento, frustrado e ilusivo será o seu amanhã.

⁠Desejo para este mundo,
Uma pitada de humanidade
E que o tempero da saudosa infância
Ainda que passada,
Despertem a tão adormecida sociedade.

⁠A megalópole

Eis uma grande megalópole...
A complexidade!
Habitada por inúmeros moradores: os detalhes!
Mas que um dia foi fundada,
Pelo seu humilde mentor
A simplicidade!

⁠A necessidade da expressão

Nunca foi tão forte, a ânsia de gritar, mostrando ao mundo o íntimo, do pensar, sentir e estar. E pregando a liberdade, sendo este um símbolo exaltado, que faz diluir o vácuo, de um silêncio opressor tão relutado. Talvez seja a cura de nós, despirmos nas palavras opiniões, aguardando quem nelas as espelham, ou ao menos entenda do criador, as interpretações. Porque o maior medo do homem é ter de encarar a solidão, assim esforços este faz sempre, fazendo da sua presença uma ostentação. Então pode-se formar aqui uma reflexão bem interessante: sozinhos não somos ninguém, pois para um "ninguém" nos tornamos sempre distantes!

⁠Deságuas da vida

E as águas da vida deságuam incessantemente, outrora furiosa, e por vezes amena! Mas sempre fazendo ser lembrada que é a senhora do movimento da maré de nossos destinos!

⁠Eu só ...

Eu só queria ter o privilégio de poder contemplar de perto os teus olhos. E não importa a cor deles, castanhos, verdes, azuis ... pode ser até mesmo todos os espectros de cores existentes em toda a ciência óptica. Afinal, a cor que busco não tem tonalidade, mas sim a intensidade, e desejo que no alinhamento dos meus olhos com os seus, transborde a essência transparente do olhar, e que a partir daí as janelas da alma possam se abrir, para deixar passar os raios dos sentimentos, e eis que estes então produzirão um reflexo, que há de propagar e refletir no coração de nós dois, aí ... sim ... quem sabe aí não nos transcendemos em espelhos? E que sempre ao te olhar, pudesse de alguma forma me enxergar, e que sempre quando você me olhar também pudesse te enxergar ... e não seria a transparência deste caminho ponto a ponto, a luz do amor? Quem sabe!

Amores vem e vão ... mas sempre tem outros de olho, na pista de pouso do meu coração!

⁠Investimento a longo prazo

O que vale a vida? Bem, vale o que for agregado a ela. É como um investimento a longo prazo! Sim! E você é o empreendedor responsável, por levar adiante este desafiador negócio. Assim, vamos lá! Não perca tempo! Cuide de sua empresa, a alma, contratando primeiro os funcionários. Empregue a razão, ela será um bom gerente, sábia em todas as decisões e situações em que requerem escolhas ponderadas. Não esqueça a consciência, a esta o cargo será o de vendedor, anunciando e oferecendo soluções e respostas, aos clientes interessados. E quem são os clientes? Problemas e obstáculos de todo o tamanho e idade, uns mais novos, outros mais velhos, porém, cada um com as suas particularidades. Pode ser que no começo seja difícil, esta empresa guiar, mas para isso há uma excelente ferramenta que poderá te ajudar, a meta, o seu plano de negócios. Então, adicione a este documento os objetivos a serem traçados, para que assim sempre possa ter uma direção para seguir. Com o tempo, se trabalhar firme, irá poder retirar as conquistas, realizações, bem estar, alegria, e muitos outros tipos de lucros! E se por acaso uma vez ou outra a empresa ficar no vermelho, não desanima! Chame a experiência para ser o seu consultor, e aprenda com ela a aceitar os resultados, mesmo que ruins. Mas e se for preciso um empréstimo? Vá até a esperança, um banco muito eficiente, que fornecerá a fé, a força, e a determinação, como crédito para ser utilizado. E por último, tente sempre manter as portas abertas de sua empresa, nunca deixe que esta vá a falência, vítima do desânimo e da maldade. Pois passando por tudo isso, saberás finalmente que retorno teve o seu investimento.

⁠Você percebe que Deus existe, quando sente a brisa do vento te envolvendo, com tamanha naturalidade e mansidão, e que ainda assim, não vê os braços, símbolo deste abraço de mistério e obra do Divino!

⁠Há quem diga que a felicidade é um estado de espírito, talvez seja por isso que a alma se alegra em encontrar a paz e o conforto, na misericórdia de Deus!