Esdras Goulart Bueno

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⁠Transfiguração

Como não saber
Qual o gosto dos sentidos
Aquele da acidez do real
Misturado com o doce da fantasia.

Como saber
Se o próprio gosto é são
Será que está bêbado de experiência?
Talvez seja esta, o próprio desgosto do gosto
De uma interminável transfiguração.

Inserida por goulart_esdras

⁠Experiência, elixir da afirmação

Se vai tecendo os fios das sensações
Naquele tear que tão íntimo é de nós
E da inexprimível arte da peça que vai nascendo
Faz de sóbria, a realidade de estarmos sós

De instantes vive um pensar
Em segundos morre um falar
Histórias não contadas de intensas sinapses
O frenesi de sempre ser, mas para este nunca estar

Evoluir na verdade torna apenas
Uma natural compulsão
Perpétua pena em prisão de liquidificador
Justo salvar-se na borda, talvez entregar-se ao olho desta rotação

Implodir o que nunca fora construído
Mas parece que fumaça se solidifica, não é?
A crença na raiz que brota inocente
Pirotecnia no embalo da fé

Quântico são os estados das coisas
Prender, fixar e resolver
A certeza que encontrou o cerne de algo
Porém segurar, é o sinônimo vigarista de perder

A única experiência que nos traz autenticidade
Do ódio a melancolia, da insensatez ao amor, é o sentir
Elixir da nossa afirmação perante ao cosmos
Que faz do sonho, dissonância viciosa, da realidade de existir

Inserida por goulart_esdras

⁠Bolha de sabão

Aquela grande e delicada bolha de sabão
Sempre foi o brinquedo do vento
Para lá, e para cá ...
De dentro me parecia estável
Morada da fundação do eu.
E foi então que como uma criança
De olhos brilhantes e curiosos
Tais estes, certa vez, denunciaram
em um reflexo, a silhueta frágil do domo.
Perco a fé na minha não resistência
Realidade de repente me pesa
Caí ...
Gritos ...
Gravidade carinhosa, mostrou:
- Este é o verdadeiro chão!
A queda .... ah que infernal presente foi para mim!
Sentado, ergo a cabeça para cima
Há muitas bolhas flutuando no ar
Fecho os meus olhos, aflito:
- Vai cair!
- Não!
Pensei,
Talvez, só cai quem estranhe o nada, a transparência de não significar.

Inserida por goulart_esdras

⁠O sorriso falsário

Tememos a nós: o mal
Pregamos a todos: união
Ao próximo? Espraguejamos!
Palavras de trevas e escuridão.

Das crianças: são requeridas o respeito
Educação, compostura,
Mas se é o próximo: um adulto?
O tratamento é fel e sem doçura.

Aos velhos: é idealizado
Experiência e sabedoria,
Mas a juventude: não os tolera!
Jogam nestes, baldes de água fria.

Pela nação somos fiéis
Com a bandeira nas mãos: o hino cantamos!
Mas se algo de grave acontece?
Sem piedade e patriotismo, à condenamos.

Sobre tudo temos razão
E a culpa? Nunca para nós sorriu!
Altivo é o nosso orgulho,
Resta saber...
Qual dos dois fingiu?!

Inserida por goulart_esdras

⁠A teleobjetiva

Aí você se vê em um mundo ...
Tamanha é a quantidade de informações,
Onde por qual caminho ir a fundo?
E será este a melhor das opções?

Test Drive não existe aqui
E no tempo que passa voando,
Estorno jamais será direito
Ao lamentar:
- Não estou se adequando!

O segredo talvez seja
Buscar no "macro" uma teleobjetiva,
Trilhando o caminho somente
Quando for de seu agrado, a perspectiva.

Inserida por goulart_esdras

⁠Ciclo exaurido

Corra enquanto há tempo
Aprecie a vista,
Aproveite o momento!

Empenhe as forças da juventude
Sinta o vigor dos pulmões,
E tome sempre atitude!

Pois o que sobra é a sede
De seguir o fluxo da existência,
Que consuma a vida em uma rede.

E o que falta é a compreensão
De ponderar no final,
Do tempo foi muito pouca a porção!
Mas a alma brada: sou imortal!

Inserida por goulart_esdras

⁠O barquinho

Vem a maré ...
Dia após dia,

E o barquinho se deixando levar.

Ele não escolhe o caminho
Deixa a gosto do vento,

Que a este passa a guiar.

Certo dia um outro barquinho
Onde alguém remando forte,

Por aquele passou sem parar.

Foi então que este animou
Logo os remos em sua mão firmou,

E atrás do outro se pôs a remar!

Inserida por goulart_esdras

Modernidade uma novidade⁠

Mano tá ligado
Nesta tal de inovação?
O trem não é brinquedo
É uma revolução!

Eu ia no mercado
Era dinheiro ou cartão,
Agora me disseram
Posso pagar por aproximação!

Quem diria que o dinheiro
Fosse virtualizado,
Hoje só com uma pulseira
Comprei pão aqui no mercado!

Não achava mais locadora
Pra um filme assistir,
Quando me falaram: - Netflix
- Usa que você vai curtir!

Cara, há uma semana usando
Estou impressionado,
Assisto muitos filmes
E também seriado.

Eu gosto de comédia ...
Não sei como explicar,
Parece que esta locadora
Passou a me adivinhar!

Outro dia, eu lendo um livro
Para uma palavra indaguei,
Antes precisava de um dicionário
Agora já saquei!

No meu smartphone
É só perguntar,
Que uma assistente sabida
Começa a falar!

Eu posso ouvir piadas
Pedir uma música para ouvir,
Usar a calculadora
Dá pra se divertir!

Uma vez entrei na loja
E uma camisa fui comprar,
Ao sair, vibrou o smartphone
Perguntando: O que achou deste lugar?

Estou fazendo exercício
Descobri que era necessário,
Segundo meu smartphone
Tô muito sedentário!

Além de contar meus passos
Ele é muito camarada,
Me informa quantos minutos
Precisa ser minha caminhada!

Se inglês antes eu não entendia
Agora eu tenho opção,
Com a câmera do celular sobre uma palavra
Da tela salta como mágica, a tradução!

Amigo estou maravilhado
Com tanta modernidade,
Que tô me perguntando:
- Qual é a próxima novidade?

Inserida por goulart_esdras

⁠Em uma rima

E compondo um palpite
A rima eu vou achá
No coração já ouvi um SI
Agora escuto um Lá.

Não sei se a melodia
Pode me acompanhá
A lição que tiro na vida
De resto?
A natureza me completa!

Pois vida que é vida
A essência é mistério
E se há um segredo
É viver sem ter critério.

A alma é livre sempre
Para interagir
Com muitos, muito irmãos
Que estão sempre a surgir.

E devolvendo a rima
Um recado fica então,
As palavras que ouvi
Surtiu em mim reflexão

O destino é trem-bala
Com trilho desgovernado
Não falta adrenalina
Pra se dizer: Tô entediado!

Inserida por goulart_esdras

⁠Completude do afeto

É que...

Só o beijo?
-Rotina!

Apenas o abraço?
-Presença!

Um distante e demorado olhar...
-Mesquinho!

Mas,
Se há uma pitada de cada um:
Então,
Carinho!

Inserida por goulart_esdras

⁠Ordem do caos

Dispersão de todas as coisas
É um tormento mental,
Onde só o remédio da ordem
Pode trazer um alívio real.

E quem argumenta convencido
Que não liga para organização,
Na verdade já a fez no inconsciente
Ao expor sua opinião.

Saudemos então o caos
Nossa fonte de inspiração,
É ele que permite criar
Estruturas de ordem na razão.

Inúmeras estradas de informações
Ligadas ao um emaranhado de cruzamentos,
Usando de estratégia para seguir o percurso
Encontra-se ao final: conhecimentos!

Inserida por goulart_esdras

⁠O acordo

A corda sofria,
Em um cabo de guerra.

Acorda equipe!
O outro lado não pode ganhar.

De longe gritava uma torcida ...

A cor da sola dos seus pés,
Eram de terra vermelha.

Era a única coisa em comum,
Que eles, entre si acordaram!

Inserida por goulart_esdras

⁠A oportunidade do manifesto

Vem a juventude
- O corpo é forte!
A mente procura se manifestar.

Passa os anos ...

Chega a velhice
- O corpo é cadeia!
A mente procura se libertar.

Digamos que fosse perguntado:
- De que jeito, com esta realidade lidar?
A lembrança de muitos feitos,
Ou sonhos, que um dia a vontade quis realizar.

Ambos vão causar dor ...

Mas há um discernimento:
Lembranças podem trazer,
O sentimento de realização
O sonho, o de arrependimento.

Inserida por goulart_esdras

⁠Que te incomoda

Que te incomoda por dentro?
Ó Ser de inquietude total,
Não sabes quando o limite lhe convém
Mas teme em cruzar um dia, com o tal.

Dormindo, sonhou que voava
Fragmentos remonta a uma realidade,
Por uns instantes
Até sentiu o frio na barriga!
Acorda rindo ... Não era verdade.

Acordado, idealiza o mundo
Mesmo sem saber,
A dimensão deste separar.
E percebe que de um, vira dois!
Na incongruência do seu
Ambos começam a se chocar.

Buscando sempre um sentido ...
Talvez não é pra ter explicação.
E sim saber conduzir
A extraordinária energia,
Que flui neste Ser, em uma constante pulsão.

Inserida por goulart_esdras

⁠O voo dos sonhos

Na vida que levamos, desde então
Inspirar é nosso motor de partida,
Quem disse que é de ladeira?
Começa é na subida.

Andando por muitas léguas
A sede começa a cantar,
E o tempo embalou o descanso
Que disse: hora de parar!

Parar não pode, é proibido!
O que será da evolução?
Cansaço aqui é natural,
Na ambição de percorrer o caminho
Há a exaustão!

Será que compensa o esforço?
Muitas vezes pago com dor?
Às vezes é no pesar do sofrimento,
Que se constrói algum valor.

Assim, olhei pro passado
E ele logo fez, a experiência ser percebida,
Me contou, que é no TUDO que passamos
Que encontramos a ressignificação da vida!

Então os sonhos inquietos
Não é só uma abstração,
É a fé interior
Crendo no poder de nossa ação.

Eu sei que não posso voar
Pois asas, quem tem
É minha imaginação.

Mas é nesta vontade de planar
Que mora a minha motivação.

Inserida por goulart_esdras

⁠A ânsia

Se tu reparar um momento
Neste mundo que está mudando
Não vai ver o que vou dizer agora
Pois seus olhos estão te enganando
Mas aposto que já sentiu
O que o coração pressentiu
Desse assunto que seguirei contando.

Começo pelas pessoas
Que tomaram certa distância
Do tamanho de um abismo
A grandeza foi a intolerância

Cada um fechou em si
O motivo? Talvez a competição
Pela corrida da ascensão individual
Que deixou de ser só uma opção
E a estratégia é ser racional
Criar o melhor marketing pessoal
Pra se vender na próxima promoção.

Produto desta circunstância
Logo tornamos
E como em um hipermercado
Aguardamos quem nos compre, mas também compramos

Quem está no topo
É elegido para ser o espelho
Dos que estão bem atrás
Estes, acatam o conselho
Muitos não entendem o nexo
Porque é diferente o reflexo?
Depois de ralar tanto o joelho.

Mas é uma fábrica de desejos
Não há tempo de compreender
Mas sim de ajuntar riqueza
Pois é ela que garante o poder.

Assim com bastante correria
Esquecemos de nós no caminho
A mente tão cheia do saber
O coração frio e mesquinho

Na alma a vontade de encontrar
Um sentimento capaz de curar
O medo de estar sozinho

Começa daí um movimento
Reconstruindo uma ponte de união
Onde, de um lado, um grita pela causa
Que defende do outro, o seu irmão

A injustiça teve o seu papel
A sociedade acordou
E em um senso de empatia
Com as vítimas se solidarizou
Da tecnologia brotou um empurrão
Que ergueu a voz do chão
E ao mundo se espalhou.

O nó na garganta foi superado
Dando lugar ao direito de opinião
Que vindo do calor da emoção
É muitas vezes usado errado
Com ódio e maldade escancarado

Fragmentos de uma ferida compartilhada
Do silêncio que por muitas foi habitada
Resta delegar ao tempo intermediar
Encontrar no diálogo o remédio de curar
Na pessoa, a ânsia de se sentir encontrada.

Inserida por goulart_esdras

⁠Eu tenho a impressão

Eu tive a impressão
Sempre tenho quando olho alguém
Vem sempre antes da opinião
Não importa quando, onde e quem.

E o resultado que logo aparece
Depende da porosidade da razão
E do contato da tinta minuciosa
Conhecida na cor e no tom, como sensação

Tentei ser preciso nas palavras
Na compressão estava o ato de abstrair
Para o leitor deixo este poema como um papel
Pois a mente é a única impressora
Em que não há limites para imprimir.

Inserida por goulart_esdras

⁠É só um

Quando pensar que é só um
Veja as formigas se ajuntarem
Elas carregam pedaços,
De um cadáver de outro inseto
Para só então no formigueiro,
Distribuírem e se alimentarem.

Quando pensar que for só um
Repare uma casa sendo edificada
São necessárias muitas pessoas
Para ela ser então finalizada.

Quando pensar que é só um
Respire e reflita um momento,
O conjunto de órgãos trabalhando
Dentro de ti a todo instante
Onde juntos permitem a você
Desfrutar deste pensamento.

Quando pensar que for só um
Perceba que exatamente esta unicidade
É um imenso conjunto agrupado
Para amenizar o desafio,
De entender o todo desta realidade.

Inserida por goulart_esdras

⁠A falsa crença

Tenho numa lembrança
Um tempo já quase esquecido,
Em que a confiança era conquistada
Não um item vendido.

Confiar era simplesmente
Fechar os olhos da razão,
E em um contrato de alma
Assinar com o coração.

Porém, surgiu uma dúvida
Com um sentimento de desesperança:
Generalizar em um só intento
O incômodo da desconfiança.

Desde então tudo ficou tão rígido
Validações, comprovações ...
Requerendo assim mais tempo
Para assegurar as tantas afirmações.

Infelizmente parece que tudo isso
De nada adiantou,
O modelo de confiança imposta
De tão artificial, nossa integridade questionou.

Ironicamente pregamos, mas não vemos
Que o homem evolutivo é,
Talvez, a própria desconfiança seja
Um sinal da falta de fé!

Inserida por goulart_esdras

⁠Suposta culpa

Coração!
Falta lhe discernimento para escolher
Para qual sentimento abrirá a porta
Sem que este seja o vilão
Que ao final te fará sofrer.
Coração!
Não se engane mais
Embebedar-se nas paixões
Só aumentará elas: as emoções
Entorpecentes intensos e fatais.
Coração!
Pobre coração!
Conspiraram contra ti há muito tempo
Pela força do seu grande talento
Em ser senhor da pulsação.
Talvez intuíram: se pode o sangue bombear,
Fazendo a vida se revigorar
Por quê não ser os batimentos
Uma maneira também de afirmar?
Coração!
Quem será ter sido o vilão?
A pista? Ele se tornou notório
Pois cheio da razão
Olhou para baixo e pensou:
Meu perfeito bode expiatório!

Inserida por goulart_esdras

⁠A matemática do Ser

O mundo não é uma função matemática,
E nem as pessoas, equações!

Produto final sequer cabe aqui!

Apesar da influência do conjunto universo,
Que nos fazem tendenciarmos,
Decompondo uns aos outros
Para que em múltiplos subconjuntos possamos,
Ver quem contém ou está contido
E assim, um critério lógico utilizarmos.

O diálogo nos desafia a compreender
Que sob a luz do coração,
O resultado é apenas o ter.

Mas o humano é ser!
E Ser Humano
Se dá somente pela demonstração.

Inserida por goulart_esdras

⁠Quem construiu o muro

De um lado gritam
Do outro também,
Entre eles um muro...
Nada mais além!

Uns esbravejam dali
Alguns acusam de lá,
E os dedos esticados a frente
Entre ambos os lados estavam a apontar.

Porém era só o muro que via
Somente este que ouvia,
E até de vez em quando sentia
Punhos cerrados, a lhe lançar!

Ânimos ficaram exaltados
Por tanto tempo, e então,
Certo dia o que no meio havia
Ruiu e se despedaçou no chão.

Os dois lados finalmente se encontram
Se entreolham, e iniciam um enfrentamento,
Começam a correr em um ar de guerra
Mas algo acontece neste momento...

Tropeços e mais tropeços nos tijolos
Alguém olha para o chão,
Assustado, vê espalhado que:
O muro não era qualquer construção!

Todos cessam a briga e percebem
Os tijolos eram parte deles também!
Alguém que resolveu não participar da escolha
E excluído virou um ninguém!

- Por isso que o muro era tão alto?
A maioria não queria confusão
Afinal escolher um lado,
Implica do outro, explícita exclusão!

E a medida que a intolerância avançou
Os opostos trataram de se separarem,
A extrema direita se formou,
A esquerda, longe trataram de se
posicionarem.

Porém, ficaram ao meio
Aqueles que não tinham objeção,
E estranharam o sentido de: como um todo
Possa se repartir e ainda assim ser São?

E estando estes unidos
Decidiram dos outros cuidarem:
Unindo se em uma estrutura sólida
Impedindo os dois lados de se machucarem.

Foram sábios guerreiros
E o silêncio decidiram usar
Arma contra a ausência de compreensão:
Qual o motivo de se guerrear?

Mas quando os divididos perceberam
Já era tarde demais,
O muro imóvel que de certa forma lutava
Agora se espalhou junto aos tais!

Se soa como ironia
Pode acreditar que não é só impressão,
Eles se perguntaram e não souberam responder:
- Este muro, quem fez a construção!?

Inserida por goulart_esdras

⁠A viagem do novo mundo

Quer conhecer o mundo?
Mas não tem dinheiro pra passagem?
Vou te explicar uma maneira
De sem custo algum, realizar a tua viagem.

Experimente se dirigir a alguém
E dê aquele sorriso,
Verá na face deste
Um imenso paraíso.

Inúmeras cidades de músculos
Cheias de ruas de expressões,
Que a conversa será o seu carro
Para visitar possíveis emoções.

Talvez no meio do caminho
Você sinta o vento do abraço,
Aumentando a vontade de esticar o tempo
Colocando neste, cada vez mais espaço.

Estando no fim do trajeto
Já bem de tarde,
Poderá sobre a ponte da empatia
Desfrutar do pôr do sol da amizade.

Se gostar do passeio
Ressalto que não há mapas
Caso outros trajetos desejar fazer,
Pois encontrar a localização
Faz a parte do pacote de aventuras
Para você espairecer.

Inserida por goulart_esdras

⁠A atração do silêncio

Escutei o silêncio durante algum tempo,
Me vi envolvido em um absoluto nada.

Mas de nada virou tudo!
Já que esse tudo era tão escuro!

E da inércia da minha observação,
Senti ... Há aqui uma forte atração!

Revolvido, estou sendo, pela força de um horizonte de eventos,
Não encontro mais gravitação própria!

Buraco negro da existência
Sabia desta forte pulsão:
De buscar no Ser o tudo
E do tudo não ser mais não!

Inserida por goulart_esdras

⁠A mente

Gosto da mente ...

Onde toda a razão,
Se ergue de repente.

Onde o intelecto,
Exibido é, com a gente.

Conclusões?
Brotam rapidamente.

Pensamentos?
Vão do passado ao mais recente.

Tenta até sufocar,
O que a emoção sente.

Da tentativa de explicar,
Faz deste belo mistério um presente!

Inserida por goulart_esdras