Poema de Sete Faces
FACES DE NÓS
E eu mentia descaradamente. As vezes era para você, mas na maioria das vezes para eu mesma.
Mentia, dizendo ser aquilo que você reprojetou de mim em sua memória, memória essa de curto prazo.
Minto agora, dizendo tantas coisas das quais tento me certificar se é mentira mesmo, ou senão um jogo maquiavélico programado pela alma inescrupulosa que habita em mim.
- Ana?
Pxii, não posso continuar com a nossa conversa, alguém está a me chamar. É hora de se vestir da máscara número....
Anh, ann, nn. Deixa eu me certificar de quem é.
Até mais, nos encontramos qualquer dia desses em outro número, realizado por mim, ou talvez por você.
Já estou indo, Precipício!
(É ele, o número mais importante da minha vida, ou não.)
As duas faces da vida
... E a gente fecha as janelas
as portas
por medo das tempestades
e deixa de viver e sentir
o toque da brisa
os pingos da chuva
o cheiro de terra molhada
o arco-íris no infinito
e a beleza da natureza
que recebe a chuva
como carinho do próprio Deus.
flor da tua alma bela viva
ador bela cor doce desejo,
amar bela flor de varias faces
mores no néctar belo feitiço,
meu belo amor flora viva...
AS LÁGRIMAS?
Não as seque.
Elas precisam correr na minha, na sua, em todas as faces.
Em todos nós
É a renovação da vida
Observem em todos os momentos que ela ocorre
É renovar amigos .... De qualquer maneira é reviver
Sua loucura me fascina
Suas mil fases, mil faces
Seu olhar profundo me
Cativa
Sua boca... Convidativa
Faces
Inicio do tempo
tento, tanto, tempo
o tempo atento
tanto, vento, tento
tempo muito tempo
lento, tento, lento
vida vira vento.
Poema das faces ocultas
(Baseado no poema de Drummond)
Quando nasci, minha vida mudou
Disseram-me para ser qualquer coisa
Ou qualquer pessoa.
Uma vez pedi a Deus
Para não deixar-me
Mas não posso deduzir
Que ele viva minha vida
Me senti sozinha
Abandonada
Vendo muitos olhares
Menos o meu.
Há uma menina
Séria, simples e forte
Que nunca se esquece de uma conversa
Tem pouco, raros amigos
Atrás daquele olhar.
Desejos são momentos excitantes
Meu deus, Por que rimar não resolve?
Mas vasto é meu coração
Rimarei até achar uma solução.
Ah quem dera...
Se tu ativesses em revista por todas as faces...
[...]
Virar-me-ia de todos os lados...
Inclusive do avesso!
[fragmentos de poesias secretas "Poliédrica"]
Envelhecem as estações e as pessoas,
mas as lembranças conservam
as mesmas faces do que se foi.
Uma criança, um adolescente,
uma amizade inconsequente,
uma outra vida que já não é minha,
um outro tempo, com outros dias,
com outros rostos
e que já passou...
solitude branda amarga
tuas faces são flores
no desdenho desta vida
sombra do doce mel
jogados ao vento
sentimento de fel
tão longe da abismo
mesmo profundo
do que viver?
entre esses achados
tudo passa meramente
o vazio que expresso
é um tudo em passado
distante seja qual for
a virtude é parte do amor.
por celso roberto nadilo
Fases e faces do poeta.
O poeta é tal como a lua
Tem fases e faces...
As vezes é " cheia" de inspiração
Iluminada totalmente pelo astro rei,
é beleza e introspecção.
Em outras míngua.
Perde a luminosidade,
o tédio logo o invade...
Silencia o verbo
mas não mata a utopia.
Adormece então, nele
a poesia.
E em sua transitoriedade
faz-se nova sua face...
Mas a luz ainda é arredia.
Apenas se insinua ao poeta, os versos.
Acalenta-os...
Acaricia-os...
Coabita com eles.
À esperar um novo dia.
Agora é crescente.
Emprenhou a palavra!
Eufórico, aguarda o seu rebento,
o poema, pelo qual tanto ansiava.
Ei-lo que vem...
Jovial e trazendo boas novas.
Eis que a vida se renova!
Então, mais uma vez,
eis o poeta em plena cheia
Crisálida e sereia!
Deuses no olimpo...
...Pássaros á revoar
...Mares transbordantes
...Amores e amantes
Eis a sua face mais bela
Lua cheia na janela
E a poesia à bailar!
Alguns sentem medo;
Eu? apenas seu cheiro;
Em faces? o constrangimento.
Calmo e astuto, porém imperfeito.
À palmos de um surto, conheço a mim mesmo.
Conheça te, mesmo que não faça sentido
Cresça e constate, o mundo não lhe dará ouvidos;
Aguce os sentidos, eu? venho das sombras.
Onde os inimigos, São além de pessoas.
Demônios corrompem, me fizeram abstrato
Mas isso foi ontem, Pertence ao passado.
E tudo aqui passa, mesmo olhares sem graça,
O que por si só nos mata, Aquecido em brasa
Espinho cortantes, rosa com sangue, fé no amanhã.
Branca de neve? veneno. não morda a maçã.
Sem conto de fadas, mas luta de espadas
Sem escudos e máscaras, o faiscar das adagas.
"A fé na humanidade subtrai,
vejo nas faces que se traem,
olhares que já não se olham
mais, não entendemos os
sinais...🎶"
DEDICATÓRIA
Trago-te minhas mãos com flores.
São unguentos seus olores.
Pouso-te nas faces, seus perfumes!
As colhi de um jardim de primavera
Na casa branca das montanhas verdejantes.
Encontrei no muro coberto de heras
Lembrei-me dos teus olhos. Quanto lume!
Brilhou-me tantas vezes a estrada
Que nunca, nunca me fiz tão viajante.
Reguei com meu beijo, minha boca...
Ofereço-as em minhas mãos
De todo coração, com meu amor:
A tua louca!
As suas faces
Naquela manhã de manchas caídas
eu subi em uma arvore de solene
e estava rebuscado o horizonte
havia um monte de duvidas polidas
Eu te confesso que ainda sou guri
E não sei findar meus sentimentos
Tenho um atraso em deixa-los sair daqui
Faço deles meu açude e mato a sede.
Fui subindo e me coloquei em órbita
De la pude ver o azul que aqui habita
E esse azul que bebemos é a esfera
Que gera todo essa vida de sentimentos.
Chaga a ser insensato os tantos eus,
O eu que quer fazer, o outro descansar
O eu que quer solidão, o outro namorar
O eu que quer realizar, o outro sonhar
O eu que quer viver, o outro morrer
O eu que quer ser alguém e o outro existir
Depois de escrever tudo isso correndo
E ler em pausa, lento, separando as silabas
Pude ver que sou tudo isso e mais um pouco
E olha, eu não sou louco! Sou é vivo!
E enquanto vivo sou corrente de águas
tenho magoas, tenho alegrias, tenho tudo
Tenho vida e meu sentimento não é mudo
Ele fala pelos cotovelos e é bom ouvi-los
Velos passantes como estrelas cadentes
Levá-los como passageiros ao seu destino
Tocar o sino e deixar o sentimento partir
Sentar na praça e ver os dias de sóis poentes
E assim como não quero a eternidade do dia
O ensurdecimento do badalar eterno do sino
Ou viajar sem em dia nenhum poder chegar
Quero apenas aceitar minhas as fazes da Lua.
LÁGRIMAS!
Com as lágrimas da fonte de tuas faces regarei o amor que flui na sensível beleza da tua alma.
SÓ DEUS TEM O ORIGINAL
E a vida vai criando caminhos nas faces,
e estradas nas plantas dos pés,
e que sejam lindos os caminhos
e imensas as estradas.
FERNANDO PESSOA
Com as suas mil faces,
são tantas em uma.
Com a pura emoção
sem uma alma pequena
sonhou os sonhos do mundo.
Sempre inquietação,
mordidas aos bocados
foi feliz e infeliz
Pensando por pensar,
sua alma sofreu o tédio.
incoscientemente
coerência da incoerência
Ele foi mutação,
Alberto, Ricardo ou Álvares.
E completamente alma,
foi natural igual,
ao levantar do vento
mfp
Desejo em faces
O desejo é primitivo
Ele ilude a escassez
É uma água na miragem
O inimigo da sensatez
Do seu objeto desejado
Sua fonte de alimento faz
Enquanto seu hospedeiro
Apraz, diverte-se e se satisfaz
Quando se faz soberano
Consome, devora e corrói
Até seu objeto obsoleto se tornar
O desejo é ambivalente
Sua real função é dúbia
E sua morte inerente
