Pipa
Sejamos como a pipa que usa o vento contrário para elevar às alturas, saibamos usar as dificuldades para crescermos, elevarmos e chegarmos mais perto de Deus
Pipa amarela
Era uma vez um menino
Que era muito sonhador
Trocaria a sua pipa
Seu brinquedo favorito
Por um cargo de doutor
O menino então cresceu
Teve o sonho realizado
Tornou-se executivo
Profissional respeitado
Mas um dia aquele homem
Sentiu no peito uma dor
Ao abrir sua janela
Viu pairando no horizonte
Seu brinquedo favorito
Era uma pipa amarela
Era uma vez um homem
Que era muito sonhador
Trocaria seu destino
Pelos tempos de menino
Relacionamento ou é pipa ou é âncora. Não tem meio termo! Ou te ajuda a voar ou te ajuda a afundar. Pense nisso na hora de optar com quem (ou se vai) dividir o seu tempo com alguém.
A caixinha de música
Pipa pinga
Pinto pia
Chuva clara como
O dia
- De Cristal.
Passarinhos
Colherinha
De metal.
Tramborila
Tamborila
Uma goteira
Na lata
Está é isto
Que é só isto,
Não preciso
Demais nada.
Sou semelhante a pipa avoada
E não gosto de conversa fiada
Gosto de amores práticos
Sem o lenga-lenga de joguinhos.
Demoro a me apaixonar,
Mas quando acontece
Sou intensa com uma mistura de Renato Russo com malandragem de Cássia Eller.
E a maioria das vezes sou durona feito uma amazona. Coloco qualquer marmanjo para correr. Porque não aceito menos do que eu mereço.
Agora se estás se perguntando se eu tenho alguém...
Éhhh daí já dizia o poema de Carlos Drummond, E agora José?
Bico de pato
Taco, taco, taco
Dou um salto
Solto a pipa
Levo um pato
Papo bom
Sou um sapo
Salto alto
Meu sapato
Sumimos um do outro feito uma pipa que voa repentinamente das mãos de uma criança...
In, a graça de ir
Não me deixa solta; eu tenho alma de pipa.
Aprendi a passarinhar quando a vida me tirou as gaiolas, mas gosto de entender qual ninho me espera de volta; qual colo tem para descansar. Minhas asas são grandes e meus sonhos maiores: espero que isso encante ao invés de assustar.
Vivo no lá e no cá; percorrendo histórias que me cabem ser.
Entendi minhas migrações como necessárias para viver. Sei de onde vim e onde quero chegar; sei os caminhos que não quero voltar e quais ainda vibram intensos.
Precisei ser forte e encarei tempestades que me forçaram crescer.
Amadureci na marra; na garra; na urgência. Vi meus medos agigantarem diante dos meus olhos...
Nunca fui tão menina.
Rolimã e soltar pipa
Pular corda e peão
Brincadeira bem antiga
Curtia meu avozão
Hoje só tem celular
E um note pra teclar
Dá pra ser criança não
Todo humano tem uma pipa enganchada em uma antena. Alguns têm coragem de se arriscar, balançar a antena com uma vara até ela soltar. Alguns olham e deixam-na lá, presa. Alguns esperam que um dia o vento nosso de cada dia, sabido como só ele é, solte e leve a pipa pra distante. Outros alguns deixam a ceda rasgar e perder toda cor e continuar presa na antena para sempre
Quando era menino soltava pipa,
Tentei conquistar seu coração.
Agora que cresci te comprei uma tulipa,
Mas saiba já, não sou mais um pra coleção.
Não sei por que, apenas amanheci com uma saudade danada dos tempos em que empinava pipa, poxa, quanto fascínio exerce esse objeto sobre adultos e crianças, que o diga, Santos Dumont. Lembro-me da dificuldade de encontrar a taquara, de juntar moedinhas para comprar o papel seda, cola, linha, carretel, fazer a armação, eram tantos modelos e medidas diferentes! Putz, era uma viagem, uma arte, uma terapia, o mundo simplesmente parava, concentração total para a confecção da também denominada pandorga. Era quase uma hora de trabalho, mas valia cada minuto, entretanto, nada superava o momento mais aguardado, a realização do sonho de Ícaro, o show, a magia, o instante em que o nosso espírito se conectava a linha até chegar aquele objeto colorido feito de papel e bambu e começava a cortar o céu em busca das nuvens. Ah! todas as vezes sonhava estar em seu lugar e estava, como é bom sonhar, como é bom recordar, como é bom ainda ter essa sensação, mesmo estando tão distante esse tempo, quando eu e minha pipa éramos um só e vagávamos livres ao sabor do vento pelo céu azul, cor da minha infância.”
Azis.
"" Marcas de giz
Borrados no muro
Ergue o futuro
Qual pipa a voar
Bolas de gude
Num jogo rude
De pensar
Até onde vai...""
Estado de exceção
Ontem escrevi sobre pipa e bolinha de gude,
Hoje, sobre uma democracia ameaçada
E amanhã? Será que terei mãos para escrever?
Eu corria pelo campo verdejante e conversava com os cogumelos. Apreciava a gurizada que soltava pipa ao céu azul anil. Meus olhos brilhavam nesse contentamento pueril. Sentava sempre naquele tronco de árvore seca e demarcava com meus pés descalços aquele percurso que emoldura até hoje um retrato imaginário na parede, e assim vou seguindo um caminho por atalhos...
"Lá onde o Sol nascia
Onde a pipa estancava
Portão de madeira na segunda casa
Lazer sem piscina
House improvisada
Crescia o moleque no Sol da quebrada
Que acreditou no que era medo
Matou a inveja e seus segredos
Percebeu o gênio do espelho que realiza os seus desejos"
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