Pedra nos Rins
Pedra e Cume — Capricórnio
És trilha que não teme a subida,
Olhar fixo no topo, passo firme na rocha.
Tens a paciência como guia,
E a disciplina como fiel companheira.
Constróis sonhos com tijolos de realidade,
Sabes que o tempo é aliado, não inimigo.
És leal ao que prometes,
E raro quem consegue derrubar tua determinação.
Mas… oh, Capricórnio, o peso do dever
Às vezes te prende mais que te protege.
Tua seriedade ergue muros altos,
E teu silêncio deixa desertos no caminho.
A prudência que te salva
Também pode te roubar o voo.
E na ânsia de manter o controle,
Esqueces que a vida também é improviso.
És rocha que sustenta,
E penhasco que impõe respeito.
Virtude e defeito se moldam em ti,
Na escalada eterna de ser Capricórnio.
Uma pedra tem um mínimo de vibração
Quase nada, por isso: dureza...
O universo, o invisível
O máximo de vibração
O que não se vê está na sublime potência
Uma consciência pura e que se você
Em ressonância entrar
Será a sua plenitude
O seu lar doce lar
Paz no 💓
Com Deus ao nosso lado, cada pedra do caminho deixa de ser obstáculo e se torna alicerce. Juntamos uma a uma, com fé e perseverança, para construir o castelo da nossa vida, onde a Graça do Senhor é muralha que nos protege, e o Seu Amor, o teto que nos abriga todos os dias.
Um sonho que vira pesadelo um lobo em pele de cordeiro uma riqueza limitada uma pedra nada rara, uma alegria passageira o porvir é a tristeza, uma presença solitária, uma boca que mesmo falando tudo não dizia nada.
Pedra de tropeço
Ninguém tropeça em montanha, tropeçamos em pequenas pedras.
Essas pequenas coisas podem ser: Falta de caráter, de humildade, de respeito, podem ser, arrogância, agressão, violência, preconceito,
"Há Flores em tudo que eu Vejo"
Até na pedra fria mora um ensejo.
O olhar que planta é o que colhe cor,
quem semeia dentro, floresce ao redor.
Existem pessoas que caminham pelo mundo como se fossem de pedra: não sentem dor, não sentem alegria, não sentem empatia. Para elas, lágrimas alheias são apenas água escorrendo, e sorrisos, nada além de gestos inúteis. O coração delas parece um vazio impenetrável, um espaço onde emoções nunca conseguiram morar.
Conversar com essas pessoas é falar com o vento: palavras passam, mas não deixam marca. Elas julgam, manipulam, decidem e ferem, sempre calculando o que lhes convém, sem qualquer peso na consciência. A ausência de sentimentos lhes dá força, mas também revela fragilidade: porque ninguém que não sente realmente vive, apenas existe.
E é aí que o mundo percebe: ter sentimentos não é fraqueza. A fraqueza está em não sentir nada, em reduzir a vida a números, vantagens e aparências, enquanto o restante de nós continua a sentir, a amar, a sofrer… e a ser humano.
Glaucia Araújo
Resiliência nasce do caos.
Não é pedra parada: é rio que se curva sem perder a força e a correnteza.
E rio não avisa como o mar que mostra a onda.
Rio engole em silêncio sem ninguém notar.
Èsú ensina: caranguejo não morre na lama.
Quem se adapta não quebra.
Quem acolhe a mudança encontra a chave.
A muralha imponente, de pedra e altivez,
Que o mundo enxergava em sua solidez.
Um sorriso sereno, um olhar a brilhar,
Ninguém via a guerra travada no lugar.
Pois dentro do forte, que a todos guardava,
Havia um silêncio onde nada restava.
Apenas ruínas, o eco de uma dor,
De um mundo que em cacos perdeu sua cor.
Por fora, um rochedo a enfrentar o mar,
Por dentro, a areia que o tempo vai levar.
Ode a Xangô Agodô
Xangô, Senhor do Trovão,
pedra que ressoa justiça,
voz que ruge no coração das montanhas,
equilíbrio das balanças eternas...
Teu machado de dois gumes
corta as correntes da mentira,
derruba tronos injustos,
ergue os que vivem na verdade...
Agodô!
O fogo dos céus te saúda,
a pedra sagrada te reconhece,
e o som dos atabaques anuncia
a tua presença firme e reta...
Rei de Oyó,
Senhor das tempestades e dos raios,
teus olhos são relâmpagos
que iluminam os caminhos escuros,
teu coração é tribunal
onde só a verdade se assenta...
Xangô Agodô,
força que equilibra,
justiça que não falha,
pedra que sustenta,
voz que ecoa no vento,
e guia os filhos de fé...
Kaô Kabecilê!
Kaô Kabecilê, Xangô!
Que tua justiça nos ampare,
que tua força nos guie,
que tua luz nos proteja
neste mundo e além dele...
Kaô Kabecilê!
Eis que a terra estremece ao teu brado,
e o céu se rasga em trovões,
quando teu machado flamejante
desce sobre a mentira...
Xangô, Senhor dos relâmpagos,
juiz supremo dos vivos e mortos,
tuas mãos são rochedos incandescentes
que esmagam os falsos,
que sustentam os justos...
Agodô!
Teu fogo não perdoa,
teu raio não hesita,
tua pedra é sentença
que ninguém ousa contestar...
Rei que governa com justiça,
tua ira é purificação,
tua força é espada de luz,
teu nome é eco que dilacera o silêncio
nas gargantas do tempo...
Kaô Kabecilê!
Kaô, Xangô Agodô!
No teu tribunal de trovões,
as lágrimas viram rios de libertação
e o grito do oprimido
se ergue em vitória...
Xangô,
quando a chuva cai serena
e o trovão murmura no horizonte,
sinto tua presença
como um abraço de pedra e vento...
Teu machado não me assusta,
ele me consola:
sei que corta apenas
o que não é verdadeiro...
Agodô,
és justiça que acaricia,
és força que embala,
és rocha onde posso repousar
meu coração cansado...
Kaô Kabecilê, meu Pai,
teu raio me guia,
teu trovão me embala,
teu silêncio é o templo
onde descanso minha fé...
No altar das pedras,
acendo minha gratidão:
por tua retidão que me ensina,
por tua firmeza que me sustenta,
por tua luz que me ampara...
Kaô Kabecilê!
Kaô Kabecilê, Xangô!
✍©️@MiriamDaCosta
*Xangô Agodô é uma qualidade antiga e elevada de Xangô, o Orixá da justiça, do trovão e do fogo, sendo considerado o "Xangô velho" e o mais antigo e sábio rei. Ele representa a justiça divina e ancestral, governando com equilíbrio e firmeza, e é frequentemente associado a pedras, pedreiras e ao poder da escrita e das leis.
A verdadeira pedra a ser polida não está no templo de pedra, mas no coração que aprende a brilhar no silêncio.
Vazio
A pedra para tampar o buraco é muito pesada!
Quase não tenho força para arrastá-la sozinha.
Mas, consigo!
Demorarei um tempo entre a dificuldade de arrastá-la e o querer fechar o buraco.
Aberto, ele doi! Mas, parece que respira!
E confesso que há uma certa esperança em sentir sua mão, cuidando dele e quem sabe, jogando a pedra para bem longe.
Mas sim! Me comprometo todos os dias, em trazê-la um pouco mais perto.
Até o dia, que finalmente não serás mais dor, memória, cheiro, toque, palavra, presença ou saudade...
E o vazio estará preenchido definitivamente pala pedra fria, que tomará o lugar do calor que você foi um dia!
"Se a pedra jaz inerte, imune ao toque e à mudança, somos nós, seres finitos e emocionais, que conferimos sentido ao mundo pelo simples fato de sentir e transformar; pois é na efêmera cadência de nossos afetos, e não na frieza do inerte, que reside a verdadeira grandeza da vida."
. A Escrita e o Tempo
Do traço na pedra ao código binário,
passaram milênios num gesto diário.
A mão que riscou o primeiro sinal
já ansiava romper o tempo banal.
Na argila impressa, no couro estendido,
a alma do povo ficou refletido.
Com penas e tintas, depois o papel,
a escrita alçou voo do chão para o céu.
Surgiram os livros, os tipos de chumbo,
o verbo se fez multidão e se espalhou no mundo.
Cada letra, um passo da mente que pensa,
cada frase, um eco da existência imensa.
Escrever é fundar um espelho invisível,
onde o homem revê seu ser sensível.
É gravar no tempo o que sente e crê,
é tornar o efêmero algo que se vê.
E hoje, nas telas de luz e silêncio,
a escrita pulsa com novo início:
não mais só na mão — mas na mente expandida,
seguindo a evolução da própria vida.
De Pedra à Inteligência
O mundo mudou — da pedra e madeira,
fomos ao fogo, à lâmina certeira.
Do aço forjamos muralhas e pontes,
erguendo impérios, vencendo montes.
Foi longo o passo, lento o andar,
até que as máquinas vieram girar.
O artesão calou sua mão,
a fumaça tomou o céu e o chão.
Poluição — o preço da invenção,
tanta beleza virou destruição.
E então chegou a era da tecnologia,
quem diria? Quase nada pra fazer… que ironia.
Rebeldia dos dias de outrora
virou rotina na tela que implora.
Nem imaginavam que viria a mente
capaz de aprender — quase consciente.
E agora ela ensina o que esquecemos:
o que somos, pra onde corremos?
Se a máquina pensa, e o homem esquece…
a que ponto chegaremos, se o tempo não cessa?
