Paixao Perdida
Sossego.
Por aqui no meu sertão
nunca vi bala perdida
não moro numa mansão
mas a casa é protegida
não tem cerca e fiação
nem câmera de televisão
só tenho Deus na minha vida.
Nossa época está perdida, mas, se recusarmos toda cumplicidade com a demissão geral das inteligências e insistirmos em continuar compreendendo com realismo implacável tudo o que acontece, por feio e monstruoso que seja, conservaremos as sementes da sanidade espiritual intactas para poderem ser replantadas numa época vindoura. Essa é a nossa única obrigação.
Sem você
"Sem você...
Sou alma perdida vagando nas tristezas de meus pensamentos,
Sou gaivota que desconhece o mar
sem saber ser livre.
Sou prisioneira de minhas angústias,
Coração cheio de tristezas.
Sem você...
Sou lágrimas que caem sem cessar,
Sou a dor que não quer calar,
Sou apenas frieza,
Desconheçendo o calor.
Sem você...
Sou abismo sem fim,
Sou tempestade que não
conhece a calmaria.
Sou céu sem lua,
Dia sem sol,
Noites sem estrelas.
Sem você...
Não sou nada,
Sou o coração que pulsa
sem conhecer a vida
Sou a mais triste imagem
de alguém sem amor."
Roseane Rodrigues
No passado uma alma perdida...eu sei
Sem rumo, desamparada....há vagar
Em uma esquina...Teu amor encontrei
Fiquei leve....flutuava, em vez de caminhar
Um amor inexplicável...que contagia
Meu sofrimento aniquilou
Teu amparo....sim....sentia
Sabiamente, sussurrando, me alcançou
Novos caminhos....traçou
Senhor, guia-me....aqui estou
Letras Em Versos de Edna
Sangue no chão,gilete na mão,mais uma alma perdida que não aguentava os tormentos de seus pensamentos
sussurram-me as saudades
perdidas na solidão da mente, eu as oiço perdida nos corredores da insónia...
Dizem que escrevo loucuras
Que me visto e me desnudo feito louca
Que pareço perdida...
Que a loucura é meu pecado!
Somos sons 🎶 e as palavras são sementes🌱
Pronunciar *Sinto muito* devolve a unidade perdida. O som é assimilado por seus ouvidos e viaja pela tua pele, que é o órgão mais extenso do teu organismo. A expressão te conecta e te faz sensível frente às vivências dos demais, te desapega dos resultados e te converte em *uma unidade*.
O som das palavras *"Perdão"*, *"Perdoa-me"*, faz eco em teu pâncreas e em teu cólon, desatando laços e liberando histórias
E se pudesses ver o que mobiliza no teu corpo um *eu te agradeço*, *sou grato/grata*, *obrigado / obrigada*; sorririas junto às tuas células, preenchendo suas veias, limpando seu interior e convertendo teu sangue em luz em esse ato desprendido e sincero de quem te devolve gratidão.
*Te amo*, *amo você* , *você é amado/amada*, *você é muito importante para mim* são os sons mais curadores do Universo... essas minúsculas frases cobrem teu corpo e viajam através dos teus pulmões, desobstruindo tua respiração... elas atingem teus rins e transmutam os medos, fazendo com que *milhões de células sorridentes* deem energia às *células tristes do teu sistema imunológico*. E também permitem que algumas outras, que nasceram com a *arte da jardinagem*, semeiem *relva suave, fresca e verde ao redor das zonas mais áridas do teu corpo*. Em síntese: elas renovam a tua *esperança*.
Se pudesses ver o que provocam as palavras, em ti e nos demais, começarias a observar teus pensamentos, teus silêncios, teus sons e teus ruídos, porque neste oceano de energia que somos, cada onda que emitimos cria ondas de diversas cores e intensidades, que influenciam os demais.
✨ *Sinto muito* ✨ *Perdoa-me* ✨ *Agradeço* ✨ *Amo você*✨ *Você me importa*✨
Estas devem ser palavras e expressões cotidianas em nosso vocabulário. Para o nosso próprio bem. E para o de todos. Todos os dias.
Tenha a coragem de viver e praticar o Amor. E não esconda isto: _o *Amor* é *cura-dor*_ (e quem ama é um *vence-dor* ).
Estou perdida em meio da neblina, sou a última fumaça que resfria. Me perdoe por te cegar mas o amor é mais pesado do que se pode carregar.
Sempre haverá uma interrogação sem resposta, da humanidade já quase perdida, à procura de si mesma e do que virá em seguida...
O CASEBRE
Márcio Souza. 26.04.18
Pobre e simples tapera perdida, abandonada,
Um semidestruído casebre perdido no tempo,
E que sobraram apenas paredes barreadas,
Maltratadas e surradas pelo açoite do vento.
Uma casinha modesta, simples talvez,
Construída de taipas, pobrezinha e sem cor,
Que ao passar do tempo, o sábio tempo desfez,
Ninguém sabe talvez, alguma história de amor.
Ela embora sem cor, mas com verde da mata,
Onde a vida caminha no seu passo a passo,
E que o som do silêncio se faz serenata,
Onde apenas se ouvem os cantos dos pássaros.
Uma velha árvore completa a tosca paisagem,
Que só o tempo que o diga a história dela,
Escorando o casebre e pedindo passagem.
Nos retorcidos galhos e as belas bromélias.
O que fora na vida, uma realidade e esperança,
Hoje, corroída pelo tempo, abandonada e só,
Vai enterrando, aos poucos, todo passado e lembranças,
As velhas paredes de taipas transformando-se em pó.
Essa imagem bucólica plantada no agreste,
No verde jardim, do velho e verde sertão,
Ao relento do vento e sob o sol do nordeste,
Dando prazer aos olhos da alma e ao coração.
Márcio Souza.
Foto: Lu Benjoino.
(Direitos autorais reservados)
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“Eu te procurei nas estrelas
E nos olhares dos viajantes...
Mas ficaste perdida
No meio da noite
E as coisas impossíveis
Te fizeram prisioneira
Dos pensamentos
Sem acordo, sem razão.
E havia perfume de rosas no ar...”
Florbela por Florbela
EU
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho,e desta sorte
Sou a crucificada … a dolorida …
Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!…
Sou aquela que passa e ninguém vê…
Sou a que chamam triste sem o ser…
Sou a que chora sem saber porquê…
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!
Florbela Espanca
Um poema que sintetiza muito bem a visão da autora sobre ela mesma e o mundo. Envolve o tema da solidão, da incerteza no destino, e de ser sonhadora e incompreendida pela sociedade em que vive. Parece que a poetisa está sempre em busca de algo que não sabe bem o quê, inclusive dentro de si mesma!
CAMINHO
Caminho pelas ruas do esquecimento
No chão onde me deixaste perdida
No sabor orvalhado de estrelas
Para beijar-te com a poesia na boca
Para contar os sonhos que por ti criei
No tempo em que o tédio fugia de nós
E os teus olhos cobriam-me da noite
Neste caminho de pedras que submissamente
O teu corpo me tapava com flores
Para caminhar pelas pedras onde deixei
A minha alma, pois o coração contigo ficou
Para amar-te se me deixares.
