Paisagem
Eu te amo, sim eu sei.
Meu amor, sempre foi você.
Se meu coração é uma paisagem, então você é a vista.
Você transforma minha escuridão em luz, meu cinza claro em azul.
Quando os prismas trazem arco-íris, você é de todas as cores.
Você é o canto dos pássaros, você é a balada das abelhas.
Você é a dança do Girassol, você é o vento nas árvores.
Você está em cada canto da minha alma, em cada montanha e pico.
Você é minha fonte de força nos momentos em que estou fraco.
Você é genuinamente boa em um mundo onde o bem permanece em poucos.
Você traz vida à minha paisagem, você faz o coração envelhecido parecer novo.
Mas você é mais que um cenário, você é mais que uma vista.
Você é mais do que uma rima poderia conjurar, mais do que uma linha poderia interpretar.
Você é mais do que as letras podem descrever, mais do que os números jamais poderiam acumular.
Mas de uma coisa eu tenho certeza, e isso sempre soará verdadeiro, minha amada Rosa, se eu sempre te amar.
Ficar no passado, com a incerteza de ser só uma miragem, é paisagem para quem não tenta, mesmo podendo.
A vida é uma estrada com curvas inesperadas; o segredo está em apreciar a paisagem, mesmo quando não vemos o destino.
O verdadeiro prêmio não está na chegada e sim na jornada, saiba apreciar a paisagem ao seu redor com calma e sem pressa.
Ah, meu maior amigo, nunca mais
Na paisagem sepulta desta vida
Encontrarei uma alma tão querida
Às coisas que em meu ser são as reais. [...]
Não mais, não mais, e desde que saíste
Desta prisão fechada que é o mundo,
Meu coração é inerte e infecundo
E o que sou é um sonho que está triste.
Porque há em nós, por mais que consigamos
Ser nós mesmos a sós sem nostalgia,
Um desejo de termos companhia –
O amigo como esse que a falar amamos
Sentados lado a lado no banco a rodar,
olhávamos o mundo pela janela a passar.
"Que paisagem linda," eu disse sem pensar,
ela virou o rosto, e começou a brilhar.
Olhou pela janela, com um toque de encanto,
"É verdade," respondeu, como um suave canto.
Mas eu, com o coração acelerado, não pude esconder:
"Não falo da paisagem, é de você que falei."
toquei seu queixo devagar,
os olhos dela se fecharam, um sorriso a flutuar.
Naquele instante mágico, tudo parecia parar,
pois a mais bela paisagem era ela a me olhar.
Apressar a vida é como correr pela estrada sem olhar a paisagem. É como chegar ao fim sem ter vivido o caminho.
Não permita que o excesso de tarefas sobre a sua mesa de trabalho atrapalhe a visão da paisagem da janela.
Não importa o meio de transporte, o destino ou a paisagem: se eu estivesse na janela e você no corredor, eu trocaria de lugar. Enquanto apreciasse a vista eu me satisfaria em te admirar.
Perdi tempo perdendo tempo
em olhar o relógio com pressa de chegar
e nem me dei conta da paisagem
em que havia canteiros de jasmins
que não levarei comigo na memória
O tempo que confere voz e ritmo à natureza, silenciou a paisagem urbana.
“Ouvir o ruído das pinceladas nas paredes envelhecidas” - talvez nossos sentidos só consigam perceber o passar do tempo através das camadas de tinta – a jornada do olhar, a arte percorrendo passado/criação, presente/percepção e futuro/imaginação.
Olhar, fotografar, editar, criar, expor. O processo percorre o tempo.
O olhar que atravessa a lente, frágil sentido humano, deseja enxergar através das paredes, mas não o faz, adota um critério oposto ao usual: em vez de conceber a arte com elementos da realidade em termos de imaginação, revive a realidade como se fosse arte. O processo percorre o tempo.
O tempo como contexto da constância, os blocos de concreto, a imobilidade ao ver o tempo passar, a intransponibilidade das portas e janelas que detém o controle entre o transparente e as várias camadas de imaginação. Um novo olhar e o processo percorre o tempo.
Atravessar o pensamento, sem mecanismos, sem previsões, a imaginação do artista ao retratar o momento, e mesmo o planejamento que determina a precisão do clique. O processo percorre o tempo.
Por um momento, pensei num filme no cinema, que é composto de uma sequência de imagens paradas. Mas porque são projetadas sucessivamente em alta velocidade, temos a impressão de movimento contínuo.
O tempo passa ou o processo percorre o tempo.
Sempre tive a estranha sensação de que o tempo não passa, nós é que passamos, nos movimentamos.
A sensação de que o tempo foi mais uma dessas grandezas filosóficas criadas para preencher o espaço, outro gigante inexplicável e infinito.
Platão disse que o tempo passava, o infinito não.
Afinal, não fomos nós que criamos o tempo, para medir algo imensurável? Criamos divisões, espaços direções, como criamos uma bússola, Norte, sul, leste e oeste não são infinitos se desconsiderarmos limites?
Seria o tempo a bússola do infinito?
Por um momento então imaginei meu próprio corpo, que depois de ganhar camadas de tinta, num processo chamado passado, passa a perdê-las, entre o presente que já se foi ao piscar dos olhos, e um futuro que nunca chega, porque quando chega é o fim, para então ser o recomeço.
Perdendo camadas de tinta, talvez exponho minha história, como os edifícios contam pelo que passaram ao se deteriorarem. Camadas e camadas de tinta, e percebo que de concreto só que o que foi vivido, e de incerto as questões que esse pincelar, pictorizar, desencadeiam na imaginação. A imaginação, é afinal, o futuro. O processo percorre o tempo.
A fotografia, como arte, é a nova chance da paisagem, o recomeço. Norte e sul podem ser infinitos, se servirem apenas para apontar a direção e não para definir onde chegar. O tempo, bússola do infinito aponta a velocidade, não o fim. O processo percorre o tempo.
MINHA ÁRVORE SECA
Desenho da solidão.
Hoje sem vida, na paisagem perdida,traz sua história ainda cravada no chão
Tô na Terra de passagem. Me encontro na viagem, paisagem e miragem; refletindo sobre o destino. Sou eu, ou Deus quem abre os caminhos? Deveres no raciocínio, afazeres que antecedem o declínio; plano de fuga; galho de arruda. O mundo é um Deus nos acuda; dedo que aponta, acusa. Mente pensante, da alienação não tá exclusa. Na mesa pega e debruça, com a refeição se empapuça. Quem se ofende veste a carapuça - de lança cutuco a consciência da onça na seção de kama Sutra.
eu crio minha própria realidade, é tudo tinta no papel, eu pincelo cada paisagem, cada retrato um momento guardado, lembrado por retratos, lágrimas de saudade dos momentos felizes, o tempo é traiçoeiro, interage o tempo inteiro sem pausa pra descanso, cada um que deu seu tempo que retorne pra si mesmo, quero formular frases a serem compostas, composições de um poeta viciado, visionário a produzir por lucro, inteligência escaça, forçando o cérebro a trabalhar,
Peguei minha mania de perfeccionismo e mireino mundo, cada quadro a paisagem do que nos rodeia, toda natureza pura e inventada, estradas criadas pra ligar vidas, mercadorias que nos alimentam e garantem a morte.
- Relacionados
- Paisagem poema