Na Sombra de uma Árvore
"Dar com Tzedaká é como plantar uma árvore em solo fértil; o fruto alimenta muitos e a sombra acolhe a todos."
UM CANTO AO VENTO
Na fresca sombra de uma árvore,
as horas passam a velocidade do vento,
as folhas poetizam a voz do vento,
a pele se arrepia ao toque do vento.
Na imensidão de um céu azul,
as nuvens flutuam a força do vento,
os pássaros pairam a razão do vento,
a mente viaja ao sopro do vento.
Na vontade que nos move,
a vida segue ao sabor do vento,
os versos surgem ao canto do vento,
e o vento venta, e o vento leva!
Pois na verdade;
Tudo é vida;
Tudo é verso;
Tudo é vento.
Claudio Broliani
A minha vida é
um destino... de plantas,
de rosas, que crescem como
árvores, à sombra da humanidade.
Uma árvore plantada não oferece sua sombra apenas a quem a plantou, mas sim a todos, como um presente de Deus.
Na frente daquela casa eu via,
As arvores que faziam sombra,
A velha cadeira de balanço que assobia.
Ali naquela velha choupana todos riam
Parece que toda a paz formava sua energia.
Dali irrompia alegria,
Formavam uma só harmonia.
Ali era um lar,
Ali era uma nostalgia.
Dali emergiria humanos,
Na sua acolhida embalava a vida.
Olho no olho,
Respeito e afeto,
Simples Acolhida.
Sombra quente de uma antiga arvore
onde um dia eu me sobre saia para segui-la em olhar
e admiravelmente cantava e via
tudo passar, mais sem pensar
lindo rosto onde vejo o ventre e o meio enriquecer
e vejo a pele se enrugar e amadurecer
vejo uma felicidade rebelde se tornar mais rancorosa e tristonha
como se a idade mudasse a forma espirita invés da humana
e uma rosa que tem uma vida curta
mais bela
como uma atriz de novela
que invés de ama-la ela os emocionam
que até o beija flor se apaixona
e como não que nada ela se vai
num tempo curto de beleza mais bela sem ser má
Árvore
Uma árvore plantada
Onde seus galhos hoje, secos, um dia fez sombra
Suas raízes cansadas, hoje briga com a terra para se manter em pé
Uma árvore plantada
Sem folhas, sem frutos
Em vultos, vê passando seus dias em luto
Uma árvore plantada
Da terra ao céu, ao Léu
O que foram folhas, hoje passeiam a esmo, até o dia nascer
Do verde ao cinza
Ao azul do céu
Uma árvore plantada
Suas raízes te limitam a escuridão da terra
Teus galhos te fazem enxergar o céu
Seu tronco divide você em dois
Calada, sem folhas e flores, sem frutos
Apenas um ponto seguro para pássaros
Uma árvore plantada!
E sei que em cada virada de campo, e debaixo de sombra de cada árvore, está dia e noite um diabo, que não dá movimento, tomando conta.
Na floresta das sombras escuras,
Onde o vento sussurra a lua,
Há uma árvore de sonhos a brilhar,
Com frutos de esperança ao luar.
Os passarinhos cantam sua música,
E as folhas dançam ao sabor da brisa,
É um lugar de paz, de amor e luz,
Onde a vida renasce com cada cruz.
Mas há algo mais nessa floresta mágica,
Algo que poucos conseguem ver,
É a fada dos sonhos, tão delicada,
Com seus poderes milagrosos a esperar.
Ela sussurra seus segredos ao vento,
E com sua varinha de ouro brilha,
Transformando os sonhos em realidade,
E dando vida a toda criatura que se aproxima.
Na floresta das sombras escuras,
Onde o vento sussurra a lua,
Há uma árvore de sonhos a brilhar,
Com frutos de esperança ao luar.
Se você reparar, as pessoas querem sempre ter uma vaga aonde tem sombra, mas plantar a árvore e esperar crescer ninguém quer.
Fazia tanto calor que as sombras se ocultavam debaixo da barriga dos cavalos e da copa das árvores.
Talvez você não esteja em um campo, debaixo de uma árvore com sombra e vento fresco, talvez você não esteja em uma praia debaixo da linda luz da lua cheia e com o vento da maresia, porém, o banheiro nesse momento pode ser o melhor lugar para esvaziar-se de si e se derramar em lágrimas, reconhecendo, que sim, você necessita do Espírito Santo de Deus.
O VELHO ARVOREDO
Cadê aquela sombra bela
Do velho arvoredo
Onde a gente se amava
Cadê aquele cheiro bom
de pasto mastigado
Onde ruminavam os bois
Cadê o riso de Luzia
Que me disse um dia
A lua é de nós dois
E a gente no velho arvoredo
A lua vinha cedo
Clarear o nosso amor
Pode me chamar de cafona
Eu gosto é de forró
Minha sandália é currupele
Ainda chamo cachete
Califon e caritó
Eu gosto de uma aguardente
Uma mulher decente
Pra ser meu xodó
E um cavalo bom de cela
Pra eu montar com ela
E derrubar a dor
Numa boa vaquejada
Namorar com minha amada
Na sombra de uma flor.
Gosta de sombra? Plante uma árvore!
Gosta de verdades? Se atreva a dizer alguma!
Gosta de mim? Me mostre e espere eu compreender!
Sem compreensão não há prática; se não entendermos como faremos?
Não tenha medo do amanhã ele não te pertence, só mesmo o presente nos pertence, nem mesmo o passado onde estivermos há tanto tempo atrás pertence a nós, se quer lembramos dele... Lembramos de partes, marcas, memórias, poucas boas e más lembranças, pequenos pedaços do que um dia foi inteiro, e completo... Isso mesmo.
Somos produto de nossas escolhas... Complemento de nossas experiências, das experiências de outros, de tudo que influencia, e é influenciado... Somos apenas nós, pessoas em um cenário hoje, em outro amanhã... Mas não fale sobre o que não é teu como se conhecesse... Só iremos conhecer o que de fato permitirem a nós nos pertencer de algum modo... Um modo ousado que nos traga uma sombra com uma verdade acompanhada de um belo gesto que nos faz compreender que alguém apostou em nós tudo aquilo que mais gostava de ter.
