Monólogos impactantes para treinar expressão e sentimento
Monólogo com a lua...
(Nilo Ribeiro)
Selena de azul intenso,
confesso todo meu tormento,
é sobre minha querida
que partiu, deixou o sofrimento
e nada cura esta ferida
lua prateada e consoladora,
psicóloga e minha consultora,
este relato tem muita verdade
é uma dor arrasadora
e carregada de saudade
lua de brilho fascinante,
peço sua ajuda neste instante,
pois, não tenho forças para reagir,
estou inseguro e vacilante
sentindo minha estrutura ruir
linda lua e seu esplendor,
não quero de volta meu amor,
faço apenas um pedido,
tire mim esta dor
que me faz perder o juízo
bela e serena lua,
sei que você não pactua
com um romance desfeito,
resolvemos cada um na sua,
mas, a dor ficou em meu peito
lua que sabe guardar segredo,
te revelei tudo sem medo,
conto com sua discrição,
cuide de mim com zelo,
e de minha amada com proteção
hoje a noite não tem luar,
minha dor por certo vai continuar,
meu amor, continuo a te amar
lua que brilha nos olhos teus
fique em paz e com Deus...
Pensar e escrever, em monólogos momentâneos do ser, conversa íntima, lancinante letras que afloram em grafias ocasionais.
Orar não é um monólogo , e sim um diálogo.
Logo , orar sem cessar, é conversar com Deus o tempo Todo.
A ansiedade não cria diálogos ,ela implora por monólogos,por ouvintes ,por quem escute sua dor sem questiona-lá,ela não vai te explicar o que nem ela consegue entender.
As vezes, assim penso, vivo
Um monólogo diário
Atravessando as vielas
Sem atalhos
Em frente ao mar
Dedico-lhes meus devaneios
Discorro sobre tudo
Sem, ao menos, um pingo de receio
O mar atento
Se comunica através de suas ondas
Mergulhante, deslizante e ascendente
Cabe a interpretação daqueles que mantém os olhos bem abertos
MIRAGEM
Não importa por onde andarás, te sigo,
Falo contigo em monólogos.
Febris, densos, intensos, insanos, suplicantes,
Sei que não pensas em mim,
Te pressinto a cada minuto,
Sinto tua presença em mim,
Na calada da noite vejo tua imagem,
É miragem, eu sei, mas dormes sereno,
Penetro calmamente no teu quarto,
Meus dedos no acarinhar os tua boca, queimam,
Sinto a brasa do teu corpo inerte incendiar minhas mãos,
Sussurro no teu ouvido todo o meu amor,
Tu não acordas,
Quero te amar,
Teu sono pesado não me sente,
Sou mulher perdida de amor por ti,
Te queria homem,
Que desnudasse meu ser,
Entre laços, abraços, calor,
Sem rumo, sem plumo, sigo,
Quando acordar quero que sinta meu perfume ainda exalando no quarto,
Quero que saiba que vim te ver enquanto dormias,
Sou criança, menina, mulher, verso, rima, estribilho, poesia...
Sou a brisa, tempestade que quer te alucinar,
Sou a Lua com estrelas penduradas,
O amor descampado, desnudo,
Sou bruxa, fada, princesa, rainha, sereia,magia...
Desejo você sem fim...
MONÓLOGO – vem do Grego MONOS, “um” e LEGEIN, “falar”. Indica que uma única pessoa é responsável por nos impor uma série de argumentos, sem ouvir outras partes. As aulas não podem ser um monólogo por parte d@s professor@s! O diálogo é fundamental!
Poesia é quando escrevemos o monólogo de nossa alma, que se torna um diálogo com o leitor.
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
"Nas instâncias cabíveis, o diálogo se transforma no consenso a ser processado; o monólogo mutaciona-se na imposição que - exceto se manifestamente ilegal - será obedecida."
MONÓLOGO
Para onde vão os meus lamentos
se já não mais me escutam?
Que terra vã e sem sentimentos
de ilusão. Pra onde iriam?
Aí, tudo está tão cego, esquecido!
Me perdi nas teias do mundo
quando no mundo tentei o infinito
e o infinito era só um segundo...
Para onde vão as minhas palavras
se versadas pra vida e não pra morte.
Quem ou alguém me escutavas?
Acho que nada, nem a sorte!
Então, o que pode, quem me acode?
Se nem de porre há resposta
ou tão pouco o fado é custode...
Pois, a alma na dor está exposta!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
Fruta da estação atual.
*Monologo da tristeza.
Tristeza, traga de longe sua luz,
escura luz de pensamentos.
Pétalas que nadam na solidão dos penares.
Navegam sobre o doce e sereno mundo único.
Longe.
Bem longe das referências de toda essa gente.
Tristeza.
Fruta da estação atual.
Doce, saborosa, textura simples como favo de mel.
Estrelas fazem doer, lágrimas de orvalho, uma chuva de saudades que vem sacar o sono e doar pequenas gotas de sereno no canto dos olhos.
Ah! tristeza!
Sina de beleza ímpar, lenço branco e cândido que cobre a vergonha alheia.
Fruta boa!
Tenho um bom pé no fundo de casa.
Enquanto existir alegria, estarei contente.
Consequentemente, irmã do riso,
contido fim que sempre enrosca.
A brisa, abraçando levemente as mãos,
carrega-as para os olhos e interrompe a luz.
Selam chances, desviam para outros mares.
Tudo.
Tudo é tristeza.
Tristeza boa é tristeza completa.
Ando literalmente perdido em meus próprios monólogos mentais, e acima de tudo, apático. Assim me sinto.
MONÓLOGO DA FOME
Eu estou com fome, meu senhor.
Perdi meu emprego, fiquei doente
E hoje moro na rua.
A covid matou metade da minha família.
De onde eu sou?
Não sou da Disneylândia, já morei na Ceilândia, na Estrutural,
No lago Azul, em vários lugares, nesses lugares em que as pessoas não desejam morar.
É hoje eu moro aruá, lugar em que muitos desejariam morar, para ter a liberdade que eu tenho, mas para morar na rua a pessoa precisa passar por onde eu passei, viver o que eu vivi.
Meu senhor, por piedade, diga-me, o senhor vai ou não me dar um prato de comida?
Estou aqui as 07:47 da manhã pensando de várias formas de escrever esse monologo como eu faço dramático? Fictício? Não sei o que escolher será que meu contexto ficara bom não sei, mas sinto medo pois não sei como realizar um monologo onde começa? Onde termina? eu penso em várias ideias para que eu possa escrever esse monologo, mas com tantos pensamentos me levo ao equívoco de como começar tal alegoria, mas eu me pergunto isso é um monologo? ou apenas mais um texto comum e irrelevante com a questão, monologo algo tão simples mas por que eu não consigo realizar e como se tivesse uma barreira na minha cabeça, barreira não eu diria um bloqueio mas eu me pergunto isso é um monologo ou só mas um texto ?.
