Logo ali na Proxima Esquina
Quando passar pelas ruas do "Pelô", olhe com atenção,verá que em alguma esquina, em uma cor viva de um quadro, no sorriso escancarado de um baiano ou principalmente no som dos tambores eu estarei lá, quem me conhece sentira a minha presença.
É que deixei a minha alma em Salvador, qualquer dia eu vou buscar.
Numa esquina qualquer
Que eu te olhei,
Você me olhou,
E o tempo não passou
O tempo congelou
Eu te encontrei
Você me encontrou
Numa esquina qualquer
A gente se olhou
Será que volto
Será que vou
Será que será
Que será que vai ser
E o vento passou
A brisa embalou
Na esquina da vida
O tempo passou
Eu me virei
Você virou
E num momento da vida
Uma flor nasceu
Um amor brotou
O tempo passou
O momento ficou
Eu te amei
Você me amou
Mas o tempo passou
A saudade ficou
Eu te beijei
Você beijou
Nas gavetas do tempo
A saudade guardou
Alegria, tristeza,
Amor, Beleza,
O tempo, o tempo
Deu um tempo para nós
Deu para ouvir se quisesse
Deu para ficar se houvesse
Mais tempo do tempo
Do cruzar de vidas
Do cruzar de idas
Do cruzar de voltas
Numa esquina qualquer
Eu cruzei por você.
Reviravolta
Tava virando a esquina do teu coincidente itinerário
Quando decidi desviar
Desanuviar
Desvendar
E eis que me vi em vendaval
Sob esvoaçantes vitrais de um plano cartesiano qualquer
Em um tempo qualquer
Num momento qualquer
De vida
Pulsando gravuras irreconhecíveis de felicidade
Mas tão íntimas e derradeiras
Como o acaso de ter te visto
E ter-te feito meu atalho
De redescoberta.
Ei garota, porque não tentou?
Arrisque, vai que depois daquela esquina você se encontre. Depois daquele chocolate, daquele filme, daquele beijo, enfim, de certo. Tente, ouse, agora é a hora de errar, cair, arriscar é assim o único jeito de você saber. São tantos medos, mas há também tantas alegrias, vá encontrá-las, vivê-las, vá ser feliz. Não espere o amor viva-o agora, nada de amanhã ou depois. Ei, pare de paranoia! Você vai amar, vai ser amada o que precisa é ter calma, respirar fundo e ser feliz consigo mesma. Realize-se, sinta-se linda, deslumbrante, insuperável, confie no teu sorriso, nos teus traços e, principalmente, na pureza do teu coração. Cultive bons pensamentos, um coração nobre, atitudes puras, deixe sua alma falar por você e que essas palavras ecoem. Em algum lugar, em algum momento, algum ouvido ira ouvi-las e virá te encontrar, o amor está ali dobrando na próxima esquina, na próxima estação, está onde menos espera. Você é linda e ele vera isso. Você é deslumbrante e ele vera isso. Você é única e ele também saberá disso. Você pode não ser a primeira na vida dele, mas ele, por mais que ainda não o conheça, quer fazer de ti a última de sua vida. Arrisque, ele só está esperando a oportunidade de te fazer feliz.
Fim de tarde
Terminando o dia
A tempestade se aproxima
Nos fundos de casa
Em cada esquina
Fim de tarde
Eu sou um pouco de cada
Tempestade e poesia
Amigo.
Amigo não se encontra esquina da vida.
Amigo se conquista aos poucos, com a simplicidade, com alegria, com abraço, com uma palavra consoladora.
Em cada esquina que eu passava
todos já sabiam que havia alguém atrás daqueles sorrisos,esse alguém era você.
"Putas de esquina" são bem mais dignas que os filhos delas, os "FLANELINHAS"! Pelo menos com elas é você, homem de p@#% invisível, que pára e decide usufruir do serviço! Ou pelo menos tenta, né???
Não tenho mais medo da sorte, ela pode me pegar em qualquer esquina e deixar me triste ou talvez me fazer a pessoa mais feliz do mundo. MARBREDA
Tenho feito muitos planos para nós dois, e isso tem me deixado com medo de virar uma esquina no futuro e não te encontrar.
Tenho sorrido demais espontaneamente, e isso tem me deixado com receio do ‘é bom demais pra ser verdade’.
Tenho pensado demais em você, e isso só me faz lembrar que eu não sou nada se você não está por perto.
Tenho escutado músicas que me trazem lembranças, e isso tem me deixado com uma vontade insaciável de te mostrar o estrago que elas me fazem quando você não está aqui.
Tenho me sentido tão só, e isso tem me deixado com a certeza que é só carência de você.
Tenho procurado coisas pra ocupar a minha mente, mas isso tem me deixado perceber que é só pra tentar desviar de você.
Tenho sonhado muito com você ultimamente, e isso tem gerado o oposto: o pesadelo, ao acordar, ver que você não está aqui...
BRASIL: em cada esquina um técnico de futebol e um brasileiro pessimista. O time tem jeito, o Brasil,não.
O Portão
Havia um portão no horizonte
Era apenas a esquina da colina
portão de um velho campo em ruínas
horizonte finito de olhos de menina
No grande portão velho havia flores
folhas ressecas e entrelaçadas
ninguém pelo portão passava
exceto a linha dos olhos que o fitavam
Eu costumava me perguntar:
Que vagantes haviam-no feito de passagem?
Que historias e amantes ele havia trancado?
Como um sentinela no espaço e no tempo, parado.
Hoje não há mais portão no horizonte
há folhas verdes e vivas por trás de casas
há tanta graça liberta, ilimitada
sem as correntes e o portão que as zelava.
Reencontro
Algumas quadras à frente,
Numa esquina qualquer,
Ou no trevo de acesso
De um café casual
A gente, por certo,
Voltará ao luar.
O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.
Heavy Love
Parado no bar da esquina
Eu vi uma menina me dizia venha com tudo
que eu quero te ter só comigo hoje e sempre,
Nem Sempre é um instante de ver você, se eu paro o mundo a lua e o inferno
vou até o mar mediterrâneo e materno por ti,
Se eu não ti vi eu me reduzi a luz maluca e o inferno me dizia até
hoje você contagia até o mar e a poesia você não me dizia
que me amava e nem cantava o blues da piedade
Não quero vingança e nem bobagem,
sou um cão selvagem, até que eu perdi o
sentido e a viagem.
Nem tenho maldade, só amo você,
se eu te perco, eu quero me esconder, se
eu sonho e com você minha flor, meu bebê
Heavy love
parado no bar da esquina
eu vi você e sua menina
como dizia que tu eras bela e feia e
me seduzia como eu a havia
era um pequena menina e garotinha do bar
só não bebia por que esculpia o teu prazer em forma de teatro.
Conversa de esquina...
Gosto muito do inesperado e muitas vezes, acontece de parar em uma esquina qualquer
ao lado de algum desconhecido, aguardando o sinal fechar, ou até mesmo, em uma fila que parece não ter fim.
Sempre aparece mais um que vai logo desejando um bom dia com a boca, os olhos, com o corpo inteiro e sem pretensões maiores, não se preocupa se alguém vai responder.
Me encanta esta atitude, hoje, tão restrita, quase incomum, afinal, a maioria não responde ou não corresponde ao gesto despretencioso e tão saudável.
O sinal fecha, ou a fila terminha, mas continuamos ali e como velhos amigos, falamos de nós e acabamos sempre, dando boas risadas, esquecendo o tempo que parecia tão restrito.
Depois, cada um segue seu caminho com um leve sorriso iluminando o rosto, agora, descontraído, feliz.
Nome? Quem se preocupa em saber o nome, se é na alma que ficarão gravados, todos estes encontros, sorrisos, abraços, desta gente bonita, desconhecida, mas amada e que nos faz tão bem.
by/erotildes vittoria
O CORAÇÃO BOM E O CORAÇÃO MOLE
Em uma esquina qualquer se esbarram dois Corações. Um tem a face meiga, suave, olhos doces e em uma das mãos carrega flores e na outra um cesto cheio de coisas sem valores. Ama a todos e por amar crê que deve aceitar tudo o que lhe dão de qualquer maneira e assim, faz do seu cesto uma lixeira. Vem sorridente pela esquina, mas ao dobrar, algo me chama a atenção: dele escorrem algumas gotas pelo chão. O outro também tem a face meiga, suave, olhos doces, porém em uma mão tem flores, na outra uma peneira e pendurado ao pescoço um molho de chaves. Mas por que chaves?! Então entendi que são as chaves da sua porta e as dá para quem com ele se importa. E a peneira? É porque ele ama a todos e por amar não aceita tudo de qualquer maneira e por isso passa pelo crivo da peneira. E as flores, reserva à gentileza.
Um diz ao outro:
— “Olá, eu sou o Coração Bom, pois só tenho flores e recebo tudo sem olhar valores!”.
O outro retribui o cumprimento, mas diz:
—“Olá. Não, você não é o Coração Bom, embora pareça, você não é, você é o Coração Mole!”
—“Mole?!”
—“Sim! Derrete-se pelo chão e em pouco tempo estará mergulhado em entulhos por não conseguir dizer “não”. Eu sou o Coração Bom, pois não tenho só flores, tenho também chaves e peneira que me preservam em dignidade e de me tornar uma lixeira.
