Coleção pessoal de LiAzevedo
Eu tenho duas reações quando passada pra trás: ou eu viro bicho porque a pessoa não tem qualquer importância pra mim, ou se era um amigo, me silencio, e a partir desse momento, ele/ela se iguala à pessoa de cima.
Não há nada mais firme que os olhos abertos de uma mulher quando enfim consegue enxergar que o que tinha era dependência emocional por um traste.
O que eu ganho em ser leal nas relações?
Sono tranquilo e a certeza absoluta de que se alguém “pisa na bola” comigo, quem perde o jogo não sou eu!
Alguém que se orgulha em ser manipulador tem dois tipos de pessoa atrás: quem está lá para bajular até conseguir o que quer, e quem só permanece na amizade até perceber essa falta de caráter do(a) outro(a). Geralmente os dois tipos são mais inteligentes que o manipulador.
A necessidade de ser venerado(a), idolatrado(a), bajulado(a), só atrai ratos para o próprio barco. Alimentados ou não, são ratos, e pularão do barco porque uma marolinha qualquer é infinitamente maior que um bajulador e alguém que precisa ser bajulado.
A pessoa mais facilmente manipulável é aquela cujo foco na vida é manipular os outros.
É só deixá-la pensar que o faz.
Se você perde pessoas com frequência, não seria mais fácil mudar o seu jeito a viver sempre a fazer novos amigos, e perdê-los?
A linha entre fazer tudo por uma pessoa para mantê-la sob seu controle e para realmente ajudá-la é tão tênue, que se ultrapassado o limite o remendo ficará sempre a olhos nus.
Há lugares que você precisa olhar a ponto de decorar cada traço, porque sabe que vai precisar voltar e não vai poder fazê-lo exatamente na hora que quiser.
Há pessoas assim também.
E você pode não ter mais de uma oportunidade para fazê-lo.
Se você realmente magoar um(a) taurino(a) e depois pedir desculpas, ele(a) vai te mostrar todas as fragilidades que tem, te perdoar e te excluir definitivamente de sua vida.
Alguém que eu admire, que não me faça travar uma luta homérica para confiar, e que não exija aplausos por ser confiável. Sê-lo não é um plus, é o mínimo.
A gente faz homens medíocres acreditarem-se tops quando não criticamos pra não ofender, quando nos derretemos pelo mínimo do mínimo, e depois nos perguntamos de onde é que ele tirou essa ideia absurda! (autocrítica)
Existe no Brasil, sobretudo atualmente, uma intolerância combinada com ignorância e mau caratismo que levou racistas, homofóbicos e demais seres rastejantes em empatia a um lugar no qual se sentem confortáveis em ali estarem. Perderam, orgulhosamente, a humanidade.
As feridas que sangram por debaixo da farda de um policial não deveriam ser politizadas. Deveriam ser tratadas.
Acho que descobri por que gosto tanto de ir embora.
Quem parte abandona, de certa forma, a dor.
Quem fica, fica com ela.