Gemidos
Gemidos da alma!!!
Ela se viu inerte lançada ao chão, calou o gemido que lhe vinha da alma para não fazer alarido da sua dor ...
Dos teus olhos brotou o pranto, pelo desencanto que o desamor lhe causou.
E as lágrimas de sangue molharam lhe o rosto,
Desceu pelo corpo e banhou lhe a alma...
E suas lágrimas regou a terra, e do seu pantonasceu uma roseira, e nela havia os espinhos cheios de veneno que da sua dor brotou...
Mas quem pensar pudera, que do pranto sofrido e do calado gemido brotaria uma flor aquela flor exalava o perfume da sua dor , em meio ao veneno daqueles espinhos que do pranto da sua alma brotou!!!
(Autoria) Daniela Kenia direitos autorais reservados 21/08/2017
A arte não é o tempo todo fonte de inspiração é muitas vezes a própria revelação, nossos gemidos, uivos e gritos são in natura comunicações, sopramos para fora, para fora o tempo todo e pouco percebemos que a vida é este continuo vital movimento, dela nos soprar para dentro e em resposta nós soprarmos para fora.Enfim somos uma pequena parte ínfima do Sopro de Deus e tudo que não presta nesta vida é Arroto.
Diga me, como tu ousa invadir meus sentimentos com teus gemidos e anseios? Segura te teu corpo contra o linho branco desse lençol enquanto toco tua alma com meus lábios.
A guerra tem fome de carne, sede de sangue e gemidos de dor e sofrimento são apenas música para seus ouvidos.Toda guerra deveria ser abortada antes de nascer.
Trago em minh'alma
um passado frio e dolorido
de muitos espinhos
gemidos e saudades
Arrepios eram meus silêncios
ansiando felicidade.
Cacos quebrados
Tecidos descosturados
Pés machucados
Olhos tristes
Viço enfraquecido
Dias solitários ...
Mas nem por isso
me permiti ao infame
descompasso
Me aprumei
Me libertei
Me reassumi
Me vesti de fortaleza...
Por mais que o passado
me ponha num mar de desalinho
Meu coração não é menino
E não anseia mais
vagar por entre correnteza,
Mesmo o tempo
por vezes sendo tão arredio ....
Aqui eu mando!
E se quer saber?
Hoje subo
danço
e encanto com alma de borboleta .
O pior tipo de choro não era o que todo mundo podia ver – os gemidos, as roupas rasgadas. Não, o pior tipo acontecia quando sua alma chorava e, não importava o que você fizesse, não havia consolo. Algo murchava e se tornava uma cicatriz na parte da alma que sobrevivia. Para pessoas como a Echo e eu, a alma tinha mais cicatrizes do que vida.
Deito-me para amar
Contudo me disponho
Para te acariciar
Mas vejo e escuto
Gemidos e sussurros
Teu corpo e o meu
Querem agraciar
Olhares que se ausentam
Mas os corpos que se esquentam
Tentam-se... Para juntos se
Realizar;
Vamos enlouquecer permitir
E vamos nos querer para
Enfim nos ter;
Dentro da noite nossos gemidos
encheu os espaços tomando
conta de tudo e em
teus lábios colei sonhos...
Depois você saiu e eu
ainda vestida de amor
fiquei a olhar a porta
te acompanhando por inteiro.
Pela manhã, na janela do meu quarto,
espreguicei pro dia
braços abertos querendo Você
tomei café e zanzei até
chegar neste poema
que agora me manda de volta
pro seu lado na cama dos sonhos.
Ah, esses gemidos,
como são tristes!
A gente os ouve sim,
sutilmente, mas ouve...
Simplesmente ouve...
mas não pode fazer nada
a não ser, ouvir, sentir...
e não poder fazer nada...
mel - ((*_*))
Tapei meus ouvidos para os gritos
Deixei de perceber mesmo os gemidos
Cansei do barulho que é viver
Quero o silêncio dos sepulcros
Onde os lábios frios são sempre mudos
E falar nem tem pra quê
Mas o som dos meus pensamentos
É mais alto que o trovão
Não há quietude onde há vida
Só a ruidosa comiseração
Ah, esses gemidos,
como são tristes!
são lamentos...lamento
eu os ouço sim,
sutilmente ouço...
simplesmente ouço...
mas não faço nada
a não ser ouvir, sentir...
sem poder fazer nada...
mel - ((*_*))
Vou te pegar, arrancar toda sua pele, jogar óleo quente, vou dançar ouvindo seus gritos e gemidos, vou dilacerar seu podre coração, vou te levar para o meu inferno... Até que você sinta um pouco do preço que á formiga paga por ser pisada por você. Te amo...
Ouvi dos sinceros seus sins, som de detalhes. De talhes simplórios, felicidades, gemidos e corpos notórios.
Suor, desejos que escapam nos gemidos;
Lábios, boca, a língua lá;
sensibilidade que se liberta a cada toque
macia, quente, molhada, doce lábio?
no puxa e coloca;
aquece a pele das almas;
tinha um incrível néctar divino,
o sabor era de mistério.
Onde mais poderia estar o paraíso
senão guardado nos teus sorrisos e nos teus gemidos,
que ecoam como o bater das asas de uma borboleta
nas minhas noites de luas repentinas?
TRAUMAS
Tinha pesadelos nas noites; ouvia arrastados de correntes, gemidos, o estalar de chicotes... levantava-se aturdido, corria até o rio e mergulhava. O guandú também era assustador, conduzia ‘presuntos,’ era uma espécie de faxineiro, de uma sociedade suja e implacavel; mas no firmamento tinha o brilho da “rainha”, batizara assim aquela estrela mais brilhante; e rezava com as mãos estendidas em sua direção: “salve rainha, mãe de misericórdia, vida doçura, esperança nossa...” Tinha a pele da cor da noite, e aquilo às vezes, ou quase sempre, era um obstáculo até para as coisas mais simples, como conseguir um emprego; mas, herdara aquele terreno da vó Nancy e cultivava uma pequena horta; vivia relativamente bem, claro que com bastante esforço e trabalho. Vó Nancy mencionara várias vezes o sofrimento de seus antepassados, sabia que de alguma forma, seus pesadelos tinham algo a ver com aquilo; sabia que sua bisavó benedita tinha sido escrava, abusada pelo seu amo, tinha dado a luz a um menino louro dos olhos azuis, Atílio, de quem herdara o nome, que no seu primeiro ano de vida foi tirado da mãe. Devia esquecer seus traumas, devia deixar tudo isso no passado, mas nos seus pesadelos, encontrava-se sempre fugindo pelos matos, caçado impiedosamente por cães farejadores que latiam ferozes. Como fugir disso? Eram frequentes os pesadelos, Maria isabel vinha ao seu encontro com o lampião na mão, preocupada com suas saidas repentinas no meio da madrugada, na volta do rio que ficava a menos de cem metros, então iam lá no fundo do quintal, onde tinha uma capelinha e faziam uma oraçao pra santa Anastácia, a partir de então, a noite transcorria tranquila. Na manhã seguinte, até chegava a achar graça das piadas que os vizinhos faziam; mencionavam um lobisomem na beira do rio a banhar-se, ou um escravo em fuga pra algum quilombo; seu rufino afirmava que no casarão malassombrado funcionava na época da escravidão, um quilombo, grupo de escravos fugitivos e rebeldes. Atílio já tinha estado ali e sentira um certa energia, algo de extranatural, queria voltar novamente mas não tinha coragem de ir sozinho; na noite do último pesadelo fizera uma promessa a santa Anastácia se não mais tivesse aqueles pesadelos... Na tarde do dia seguinte reuniu alguns moradores e fizeram orações no casarão, acenderam uma vela de sete dias, as noites transcorreram tranquilas, a partir de então, mas na quarta noite acordou sobressaltado com gritos, levantou-se e percebeu que o casarão pegava fogo, alguns moradores já tentavam em vão debelar as chamas, se juntou a eles mas, por si só as chamas já estavam apagando; algumas paredes já tinham caido. Hoje funciona ali uma pequena capela de santa Anastácia onde realizam-se novenas. Nunca mais pesadelos, Atílio ainda percebe, assim quase como uma visão do que se passou há muito tempo, negros na noite, uns correm, outros jogam capoeira, uns banham-se no rio, tem uma cantoria...suas culturas, suas religiões. Atílio cuida da horta e agora também do milharal, nunca mais pesadelos e quase nenhum tempo para traumas.
