Coleção pessoal de poesiaecia

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Cada dia é uma despedida
e cada queda uma ferida,
mas quem vive da busca não morre
- em tempo Deus socorre -
vai garimpar estrelas.

Eu creio na meiga canção que sopra da aurora
E que ecoa na última lágrima de despedida

Eu creio com a mesma fé das árvores
Que se alimentam da solidão das horas

Meu país é o majestoso momento
de nossas almas em intensa colisão.

Bateu-me um besouro na testa
e me contou o segredo da festa:
_ Não esperes da menina o sorriso,
vá dançando a valsa da loucura,
que dela iras roubar o desejo obtuso
de tratar um apaixonado sem cura.

Seria possível qualquer dia morrer
e ainda estar por aí a andar,
em doces palavras e no querer
d'um amigo que não deixou de te amar.

Sou como um velho barco quebrando ondas em um mar revolto:
LIVRE!

Para você eu escrevo sem palavras
e te dedico um silêncio profundo,
porque só o silêncio pode falar
quando as palavras não podem descrever.

Eu pedia devotamente ao Redentor
- na minha silenciosa súplica -
para que a eternidade
fosse o quintal dos nossos sonhos
ou um simples reflexo
das horas em que vivemos um do outro.

Tudo o que se tem é o agora
e cada momento será como uma ressurreição.
Darei à luz um campo de girassóis
e semearei palmeiras na lua,
para que não falte beleza e esperança.
Minha casa será um noite de estrelas,
onde as crianças crescerão descalças
e cavalgarão unicórnios.
Com um grito lançado ao vento
rebatizarei o homem de errante,
pois suas perguntas só terão respostas
na ausência do medo de tentar
e na consciência de que só se pode ser sincero.

Onde mais poderia estar o paraíso
senão guardado nos teus sorrisos e nos teus gemidos,
que ecoam como o bater das asas de uma borboleta
nas minhas noites de luas repentinas?

nem a mais forte tempestade
nem um brisa de saudade
nem um vendaval
destruindo árvores no meu quintal

nem furacões, nem terremotos
nem o mar ou maremotos
nem o abismo mais profundo
nem toda raiva do mundo

nem raios ou trovões
nem beijos e canções
nem um contratempo ou passatempo
e nenhum unguento

nem mesmo o carnaval
natal ou arraial
nem mesmo o tempo
e seu suave acalanto

nem mesmo o amor
nada, nem mesmo o amor
é capaz de sepultar a solidão silenciosa
que no coração do homem faz casa