Explicação
CICLO...
... nada teria sido possível sem que
alguma explicação não o demonstrasse...
E não poderia ser diferente,
pois, se assim o fosse, tudo ainda
seria um acaso, sem vida...
As ciências não existiriam,
nem as grandes teorias, nem as teses,
nem as discussões ou filosofias...
Não haveria a hipótese, não haveria
a dúvida, nem a afirmação.
Não haveria a hora, a distinção,
nem o discernimento e tudo seria nada...
Os homens, por si só, não pensariam
e tornar-se-iam completamente
omissos, impotentes, fracos...
O mistério imensurável cresceria
e cresceria o místico, o mito
– superando tudo...
Até que a mais pequenina das coisas
e o mais insignificante dos atos,
envolvessem todos os homens
e os confundissem.
Confusos, então despertariam...
E os seus sentidos veriam
o íntimo, o próximo...
Sentiriam as sensações, a dor...
Provariam as particularidades
e, instintivamente, dariam um passo
à frente e distinguiriam as coisas...
Aí, uma vez distintas, misteriosamente
e sem explicação, retomariam sua origem
e recomeçaria tudo de novo:
o CICLO NATURAL DA VIDA...
David Ferreira
O que seria a explicação da discórdia e a falta de amor no mundo? seria a necessidade de desejar que o outro não tenha uma vida melhor que a sua, seria o anseio de ver o que é precioso aos outros desmoronar ou só seria um jeito vazio e mesquinho de rastejar pela terra esperando sua hora mais escura e se dar conta que todo aquele ódio e rancor só corroeu a alma de quem o destilou.
O amor é algo sem explicação, pois é possível sentir, mas não existem palavras no mundo que possam expressar algo maior que nossos pensamentos.
Quem tem uma explicação espiritual para qualquer coisa que aconteça, certamente muita coisa não aconteceu na sua vida.
A explicação para o impulso é explodir em uma avalanche de sensações, motivadas pela ânsia de ser diferente.
Alguém já disse:
"que o AMOR não se explica".
Ele acontece sem explicação ou alarido.
Um belo dia, pega-nos distraídos ...
Um olhar diferente, um tom de voz, um toque,
uma frase, uma presença...NOS SURPREENDEM...
E pronto! Fomos capturados!
Entregues sem defesa aos seus encantos.
Cika Parolin
O sonho possui significado que não tem uma explicação
seja ela por qualquer religião
criando expectativa para a sua realização
não conseguindo explicar qualquer imaginação
se tornando apenas detalhe de uma afirmação
que se pode tornar verdadeira
porque sonhei com você a noite inteira?
- Emerson Mota
Uma explicação: o trabalho de jornalismo pode ser exclusivamente técnico, sem inspiração, apenas uma prestação de serviço de informação, ou pode ser diferente. Cabe ao jornalista decidir. Do contrário, é como o trabalho de um arquiteto ao planejar sua própria casa, casa dos seus sonhos. Pode juntar a técnica com a inspiração. O jornalista coloca a alma na matéria. Embora entenda pouco de muitos assuntos que precisa informar diariamente, uma coisa é fazer matéria e se pautar para uso próprio. E outra pra duas, três, quatro, 10, 20, 100, 430, 600, 1.000, 4.0000 pessoas. Do mesmo modo, penso eu, com relação ao pintor retratista ao executar um trabalho encomendado no qual emprega toda técnica de que dispõe, mas, raramente, põe alma na execução do trabalho. É, sem dúvida, informação, mas de pouca inspiração. Assim acontece com o paisagista que passa para tela o que vê. Arte de muita técnica. Mas é, quando ele muda as cores, que entra a inspiração. Independente da profissão, do cargo, só quando alguém inventa, idealiza, sonha, enfim, quando cria, entendo, então, que técnica e inspiração e grandes experiências se nivelam. O mesmo acontece com o compositor, seja de música popular ou erudita, quando só produz o melhor se inspirado. Quando é preso de uma espécia de transe. Porém, quando muito recebe encomendas para produzir a trilha sonora de um filme ou uma novela, no seu trabalho, por estar adstrito ao roteiro, a inspiração, se houve, bitola. Obra de pura técnica. Nessa ordem de ideias, os jornalistas só produzem quando inspirados. Fora disso solidificam versos de laboratório e um museu de grandes novidades. Jornalismo a granel, como mercadoria. Se tornam excelentes letristas de música popular de todos os povos. Os jornalistas que admiro fazem dele meio de vida. Produzem obras primas motivados por uma paixão, um desgosto, ou, até mesmo, por uma alfinetada do destino. Todos esses caminhos levam ao bom jornalismo. Se pesquisarmos e puxarmos a média de matérias antológicas que entraram nos livros acadêmicos, é de notar que um dos três fatores foi motivo na vida do jornalista para eternizar sua obra. E é, justamente, em função que faço desta ideia, que não me acho nem um pouco jornalista perto daqueles que admiro. Pra não contradizer a ideia que faço do jornalismo e segundo o conceito que faço de mim mesmo, decorrente de uma inspiração, ou, no mínimo, do desejo de externar uma sensação realmente existe, por benevolência, visto a roupagem de jornalista, bem folgada no meu corpo, aliás. Os que admiro foram inspirados no que sentiram, por ocasião da morte, assim como por ocasião da vida. Refletiram e refletem sobre o assunto em cada linha, a cada dia. Os jornalistas que admiro de verdade jamais trocaram pautas compostas a seu gosto pelos passos de ganso da métrica. A perpetualidade do bom jornalismo é tarefa árdua e cada vez mais desafiadora. É tarefa de vida. Pra quem critica e alega tanta "utopia" para a própria profissão que escolheu - se quiserem queimar vela com defunto barato - já antecipo que estarão repetindo o que digo de mim mesmo, como já disse numa linha mais acima, umas 15 linhas colocando o dedo na tela, talvez.
"Eu sei o quanto dói, ver ele ir é algo sem explicação, dói ver ele partir, mas dói ainda mais saber que foi ele quem escolheu ir..."
O Amor que senti e ainda sinto
Não tem explicação...
Amei sem limites, sem preconceitos, amei sem medo...
Amei com a força e a pureza da palavra...
Sem pensar no amanhã...
O Universo surgir de uma “grande explosão” (Big Bang) ou ser “criado do nada” parece uma explicação de quem não teve muito tempo de pensar.
O grande mal de ter um nome diferente é quando não se sabe a origem. Um nome sem explicação e sem homenagem é a mesma coisa que um livro em branco. Não se tem história, não se tem motivo. Ainda bem que meu nome é o mesmo do meu pai. Ele é meu herói.