Escrever porque Escrevo
Eu escrevo porque quero mais do que uma vida.
Vos escrevo com letras grandes,
para exorta-vos, o que importa:
é ser uma nova criação
paz e misericórdia no andar
a exposição da mensagem da cruz!
.
"peregrino", in paráfrase de gálatas 6.
Por que eu escrevo?
Escrevo porque gostaria de gerar nas pessoas a mesma sensação que sinto quando pego um livro para ler,
A sensação de infinito, de ordem, de dedicação, um orgasmo intelectual, a paz das palavras, o infinito de possibilidade do conhecimento condensado em palavras
A sensação de prazer, de aprender com um desconhecido, que não tinha nenhuma ideia que eu existia quando escreveu, mas agora me ensina a existir, nesse breve momento de paz e ordem
Penso, logo existo
Já escrevo isso pra sair da situação de desespero, "e, quem sabe um dia desses irei apaziguar os ânimos, para não deixar erros.".
Meus textos não se limitam aos estados do tempo, nem a consciência que irá recebê-los. Não escrevo para causar dor, dúvida, tristeza, falsa declaração, ou, até mesmo entendimento, apenas escrevo por escrever e isso basta-me. Talvez esse seja o segredo, escrever pelo sentir, e entender que nem todos os textos precisam de dedicatória.
Eu escrevo porque eu gosto. Porque eu não posso deixar de fazer. É como se apaixonar, sabe?
O que escrevo não pede favor a ninguém e não implora socorro: aguenta-se na sua chamada dor com uma dignidade de barão.
Escrevo mais para me livrar de mim do que para me expressar.
Um tanto de amor
Tanto escrevo
Tanto penso
Tanto quero entender
Sobre o amor
Tanta bobagem
Só um tanto de sentir é o suficiente
Assim como na fotografia
Um flash ilumina tudo
O amor ilumina tudo
Novos ângulos aparecem
E não se tem mais dúvida
Não há um tempo certo pra sentir
Novamente como a fotografia
O agora é o que está valendo
Às fotos mais belas são as espontâneas
Assim como o amor simplesmente acontece
Ambos, fotografia e o amor podem durar uma eternidade
São registros de emoção
Mesmo com um segundo de duração
Já faz algum tempo que não escrevo nada. Ando tão sem inspiração, preguiçoso, insolente, com tudo. Mil e uma histórias para contar, a vida disparada em assuntos e eu aqui nesse rabujo literário, em cacos com minha alma. Ando muito desanimado. De saco cheio de tudo. Né depressão não. Nem problema psicológico. Talvez seja fase. É isso. Tô de saco cheio de tudo. Até para escrever... eu tava aqui pensando. O motivo deste texto nem era sobre a falta de escrever. Era sobre a minha ingratidão, a minha covardia com as pessoas, com a vida, com Deus, comigo. Tenho adquirido também alguns vícios de caráter. Tenho sido mesquinho comigo mesmo. Do tipo que não dá valor nas coisas que tem e pensando em coisas que não posso, nem devo ter. Isso tem me angustiado muito. Nem são coisas essenciais. Que eu preciso. Acho que nem quero querer, mas quero sem querer mesmo assim. Se eu conseguisse tudo que quero acho que nem ia querer mais. Ia ficar com que tenho hoje, pois eu sei que sou feliz com o que tenho. Só preciso mesmo é assumir isso.
FLORES, Leandro, 2020;
Sério.
Eu nada represento.
Não escrevo por elogios.
Há uma necessidade das palavras.
Há metáforas e suposições.
Não há compreensão perfeita.
Eu não me exponho, enfim.
Deixo palavras soltas.
E as idéias se vão.
Se montam e desmontam
De formas diferentes
Ou vão-se com o vento
Das individualidades.
É como um escape
De intensões e tensões.
É a liberdade de brincar
E não ferir.
E as segundas e terceiras intenções
São privilégios de quem também quer brincar
Sem amadurecer o bastante
Para interromper o ciclo.
Pisca e vê, e nada sente.
Vê e sente, porque pisca.
SE VAI TER LEITOR...
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NESTE EXATO MOMENTO
escrevo sem rumo. Faço isto de caso pensado. Talvez queira me pôr à prova. Até onde sou capaz de escrever de improviso?
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LEMBRO AGORA
do mestre Machado de Assis quando diz: palavra puxa palavra. Sem querer querendo vamos espichando as palavras e quando dar-se fé... o texto está pronto.
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UMA COISA EU SEI:
a escrita de improviso fica muito mais próxima da fala.
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MEU PROFESSOR DE TEATRO DIZIA:
o corpo puxa a fala.
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E DIGO EU:
se o corpo puxa a fala, a fala puxa a escrita.
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NESTE EXATO MOMENTO
percebo que o meu escrito tem rumo. O texto tá bem arrumadin.
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SE VAI TER LEITOR...
... aí são outros quinhentos!
....
02.05.2024
Quando sozinha eu escrevo
o que reflito sobre o que leio ...
Entre as pessoas eu leio
o que elas refletem ...
E quando imersa na natureza
eu me reflito, me leio,
me escrevo e me deleito.
Escravo e escrevo
Você corta uma rima minha
e eu escrevo outra poesia.
Faz escuro,
mas eu recito!
Trazendo uma ideia para um novo dia.
Escravo na senzala,
mas não deixo de ser poeta.
Escrevo, escrevo...
O arame quebrado
e eu continuo a jogar capoeira.
Até na gaiola o canto do pássaro não muda.
Só um detalhe: não escrevo sobre o que sinto, não pensa que meus pensamentos são sobre mim, você nunca saberá o que realmente sinto. Escritores morreriam se sentissem tudo que escrevem
