Contos Infanto Juvenis
Eu não tenho ou melhor dizendo: nunca tive vocação para princesa de contos de fadas. Daquelas que perde o sapatinho de cristal ou morde uma maçã e cai em sono profundo a espera de seu príncipe encantado montado num cabalo branco, para ser seu salvador. Depois que ele sozinho lutou para o tal viverem felizes para sempre. Stop!!! Que egoísmo.
Ninguém nunca teve a curiosidade de saber como realmente seria os contos de fadas depois do"felizes para sempre?
Fala sério, na realidade os sapatos não são de cristais e nós mulheres, sabemos como um lindo par de sapatos podem fazer os pés doerem dançando a noite toda.
Sem falar do príncipe encantado, que de tão encantado, tem momentos que gostaríamos que eles sim comecem a maçã envenenada e caíssem em sono profundo, só para termos um tempinho para nós. Haja paciência!
E o que fazer com os herdeiros principizinhos? Que não nos deixam dormir de madrugada, nem ir ao banheiro sozinha!!! Chamamos os sete anões?
Nunca me encaixei dentro dessas histórias.
Gosto e me encaixo no conto da princesa "Valente"... cabelos emaranhados ao vento, a sensação de liberdade, nada de espartilhos e adora os pés no chão.
Ela é controversa, tem seus próprios critérios e opiniões próprias. Vai em busca do que deseja, mesmo que isso lhe cause alguns arranhões, mas pelo menos tentou! E na vida é assim ou você senta e espera as coisas acontecerem ou vai a luta atrás do que deseja.
Eu também poderia viver o conto que foge as regras do convencionalismo: "Sherek e Fionna", totalmente sem estereótipo e mostra a rotina do casal após o casamento, a chegada dos filhos, a falta de privacidade, o amigo que chega nas horas impróprias! Mas pensando bem ter um amigo como o burro, de horas boas, horas ruins e ainda vibra com nosso sucesso é coisa rara hoje em dia. Esse "burro amigo" dá pra relevar!
Mas, voltamdo ao conto, prefiro apostar num sapo que me prove ao longo do tempo ser um príncipe, do que ter um príncipe que num passe de mágica "pluft" vire um sapo.
Quero um conto de fadas moderno.
Não desejo colocar minha felicidade como responsabilidade de outra pessoa, assim sendo não aceito o mesmo. Não desejo sapatos de cristais, nem príncipes montado em belos cavalos brancos. Desejo sim alguém que me respeite como pessoa, que esteja ao meu lado em todos os momentos sejam eles bons ou ruins, pois a vida tem seus altos e baixos. Desejo alguém real que não reclame da minha tmp, que saiba conviver com meus defeitos, não me cobre peso ideal ou que eu seja igual a mulher nova que o amigo arrumou. Quero que juntos possamos superar todas as dificuldades que surgirem pelo caminho. Pra que enfim possamos dizer não felizes para sempre, mas, "apesar de tudo permanecemos juntos e se amando cada vez mais".
Enfim, conto de fadas é saber conviver com a diferença, os defeitos, desejar que cada sonho do outro sejam realizados, além dos sonhos em comum.
E que seja infinito enquanto dure, já dizia o poeta Vinicius de Moraes no seu Soneto de Fidelidade.
Do meu livro, ¨Contos que o tempo contou¨
Olhando com reverência a mata em frente de casa, erguia uma prece a Ossaim, o alquimista, o senhor das poções mágicas e curativas, o bruxo, o médico dos orixás. para que ele me indicasse a folha que sarasse a dor da saudade, e me fizesse te sentir mais próxima a mim! E foi então que os ventos de Inhansã trouxeram até meus pés uma flexa de Oxóssi com uma folha de papel branco nela enrolado, como a dizer que males de amor não se curam com chás, e a sugerir para que eu continuasse a escrever meus versos, pois a magia dos sentimentos aprisionados entre o papel e a escrita, te farão incorporar as doces lembranças que tenho de ti!
odai flores
O amor dos livros
Naqueles versos, contos
E também nas histórias
Tudo parece pleno
Amores nascem na amizade
São observados no instante
Há também os improváveis
Nos quais, a primeira impressão
Não aflorou, mas o tempo
O impossível se tornou
Um sublime amor
Há ainda, o amor platônico
Alguém que se apaixona
Por outrem, sem correspondência
Sua projeção é ilusória
Fazendo a pessoa cortejada
Ser um ser divinal
Amor também tem uma ligação
Na linha tênue do ódio
Neste caso, o ciúme e a posse
Se tornam arma letal
O amor se inflama, morre,
se quebra, se reanima, acorda
O amor talvez não seja eterno,
mas a nós ele torna eternos
Amor, quando ele é puro
Ele quebra preconceitos
Derruba muros intranspuníveis
É um amor libertador
O amor é isso tudo
É tudo e mais um pouco
Amor é cumplicidade e paixão
Da realidade aos livros
Dos livros pela eternidade
E a paz até a sublimação
(DiCello, 28/05/2019)
Vida Real? Ou contos?
Por que será que não e tudo como um conto de fadas?
Seria mas fácil encontrar um príncipe encantado? mesmo se antes,
tivesse que adormecer, perder seu sapatinho de cristal,
ser enfeitiçada por uma bruxa,
fala com animais, ter poderes,
ficar presa em uma masmorra com dragões,
e muitas outras coisas.
Mas vamos viver a vida que e nossa por direito quem sabe um dia a nossa vida vire um conto de fadas.
Nunca devemos esquecer que depois da chuva e tempestades
sempre tem um sol com um lindo arco-íris no final.
01
Cisma de Poeta
Certo dia, quando escrevia poemas, contos e poesias, cismei de fazer contas cá com meus botões. Pensando sobre crônicas e, ao me dar conta, narrava uma novela romanesca revestida de canções. A lauda ficou farta, e o texto ficou crônico. Ao desenrolar desse novelo, sem conseguir ser transparente vou seguindo sempre em frente a cosê-los com linha nobre e agulha de cristal numa panela de argila pobre qual a natureza enriqueceu. Já nem sei de que padeço se de minha alva cabeça, de dor de cotovelo, quiçá, água no joelho, ou de coração que esmaeceu... Continuarei com minhas estórias singelas como fiz antigamente servindo-me de espelho, sem plumas, diademas, ou métricas. Serei bem virtual. Falarei de gente fresca, empafiosa, morna, quente e mortal, e até da repelente. Crendo sempre no virtuosismo sideral, posto que a minha ideia fosse o filtro desse etéreo canal. Não há maior segredo quando noto em minha mente, e com a boca sorridente vendo dela escorrer o assunto previdente a jorrar pelos meus dedos. Às vezes fico pasmo dando a mão à palmatória, pois, poesia, conto, Crônica e outras fantasias cantam na mesma sintonia verdadeiras histórias de carnaval. Poetizar não está na simetria lógica da maioria, e sim no sentimento da minoria como dizem os cordéis pelas bocas santas de grandes menestréis. Crônica, romance, conto, novela e outras taramelas, fazem a distinção, porém, o que manda mesmo é o sentimento que vem do coração, portanto, deixemos de chorumela.
Assim falou o poeta.
Isto merece o meu aval.
Jbcampos
Lá estão elas rompendo a estrada.
Deixam distantes seus dias risonhos.
Já desistiram dos contos de fadas.
Hoje cultivam os seus próprios sonhos.
Lá estão elas cerrando fileiras.
Trazem enxadas e foices nos ombros.
Fadas Madrinhas se tornam guerreiras.
Marcham por sobre seus próprios escombros.
Se já não têm o destino nas mãos,
Se, sob os pés, lhes retiram o chão,
Ainda assim vão em busca da vida.
Se lhes acuam, empurram pra morte,
Criam desvios, mas mantêm o norte.
Seguem marchando feito Margarida.
(do livro: Fadas Guerreiras, à venda em www.caca.art.br)
Campo de Trigo Com Corvos, Contos, o Livro do Silas Corrêa Leite
A ciência é grosseira, a vida é sutil
É para corrigir essa distância
Que a literatura nos importa
(Roland Barthes)
“CAMPO DE TRIGO COM CORVOS”, Contos, o que realmente é? Primeiro: é um livro de contos, ficções, histórias, causos, narrativas e as chamadas acontecências, todas no belíssimo palco histórico e boêmio de Itararé. Segundo: a maioria dos contos premiados em concursos literários de renome, ou mesmo no próprio Mapa Cultural Paulista, representando Itararé. Terceiro: a prosa poética do autor, sua linguagem típica do “Itarareês” com o peculiar e todo próprio surrealismo e mesmo o realismo fantástico, para não dizer de, aqui e ali, um chamado transrealismo. E, o melhor de tudo: papo de bar. Na calada da memória, as bebemorações (ou rememorações) e um piá...o guri Silas contando, como se trazendo a sua infância consigo na linguagem, nos parágrafos. Para não dizer dos finais hilários ou, ponhamos: encantados. Bela capa, com autorização do Museu Van Gogh da Holanda. Orelhas bem trabalhadas. O autor tem o que se dizer dele. Prefácio arrebatador. De um poeta, ficcionista e ensaísta premiado de Portugal, o Prof. Dr. Antero Barbosa, acadêmico e professor universitário. Descasca literalmente o estilo do Silas, técnicas, vôos, criações, enlevos, símbolos de perplexidade. E valoradamente dá nomes elogiosos aos criames diferenciados do autor. Última capa, as citações de lugares midiáticos em que o Silas saiu, foi reportagem, ou entrevistado, da Folha à Jovem Pan, por exemplo. Depois e finalmente, o conto Anistia. Premiado. O macro espaço-Brasil trazido à Itararé e um menino contando. Da ditadura ao fim dela com a Era Collor e suas carroças coloridas. O muro como símbolo, metáfora. Lembra J.J.Veiga mas vai em veio próprio. Guardação. Um baita causo de Itararé. Bem construído, costurado, com um final pra lá de feliz e risador, ridente, sei lá. Boêmio...um continho joiado...lindo. Mimo. Caso de notívago. Câncer... então é um papo rueiro, de bar risca-faca, de roda de contadores de palha. O Anão é tão bonito que pinta virar filme, pelo que soube. Gente de arte (teatro, rádio, música) em Itararé de olho. Mágico. Justiça, então, tem um final altamente criativo, quase um achado fora de série. Escrever é um ato de sobrevivência, disse Eduardo Subirates (filósofo espanhol). O Apanhador de Cerejas, quando revela o que está realmente havendo (narrador direto), você sofre e chora e volta a reler para compreender a dor do narrador. A pior coisa é não sentir absolutamente nada, diz o rock do U2. Campo de Trigo Com Corvos é o melhor conto do livro. E o final se revela na última palavra. Você vai lendo, seguindo na contação do menino, quando se vê? Corvos, trigais, campos e, loucura-lucidez. Azul e amarelo, como a capa. O Inventor é cênico, fílmico, e um final que arrebata, literalmente. Endoenças é conversa de filha pra pai. Tudo em Itararé, chão e estrelas. E lágrimas. Congonha (ko goy – do tupi: o quê mantém o ser?), o conto mais premiado do autor. Como é que pode um final desses? Depois vem o Causo do Gibão e você tem ali uma graceza impressionante, andando com o autor pela narrativa e sua tessitura. O Enterro, então, é o melhor “causo” do livro. Por si só daria já um romance e tanto. Um pandareco, como volta e meia diz o autor, entre maleixo, cainho, guaiú, morfético, caipora lazarento (beirando um regionalismo sulino até), etc. Quando você pensa que já está bom, a mimese do O Osso. De novo você fica pensando: como pode escrever isso? Onde acha isso tudo? Técnica, estilo, domínio, condução, talento. Coió é triste, duro, o conto mais pungente do livro maravilhoso. O causo O Velho Martinho é bem contado em Itararé, o autor recupera pessoas, falas, expressões, dando registro à voz do povo, vox dei. E bota gente real: Tepa, Jorge Chuéri, lugares, bares (principalmente). Quando a Tragédia Bate à Sua Porta, foi elogiado e considerado belo e fílmico quando em debate online, pelo João Silvério Trevisaan. E O Silas Já foi premiado no Concurso Ignácio Loyola Brandão, Paulo Leminsky, Ligia Fagundes Telles, Salão de Causos de Pescadores da USP, etc. e tal. Então o conto de amor que faz você chorar. Ele Ainda Está Esperando. Um final que relembra kafka mas sem deixar de enlevar a leitura em prosa poética e ficar pensando no estupendo processo de criação com suas lógicas e ilogicidades maviosas, plangentes. Quando você pensa que acabou, um continho quase que meio infanto-juvenil, e o menino de novo que, na maioria das obras narra, conta, detalha, especifica, volta inteiro e completo com o conto sobre a bicicleta de um tio. Marquesinha, Periquitada. Você não leu? Não sabe o que está perdendo. Cada um arrasta um corpo atrás de si, debaixo do sossego das estrelas, disse Fernando Pessoa. Isso tudo e muito mais é CAMPO DE TRIGO COM CORVOS. Jóia rara.
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L.C.A – Professora, Área de Designer Gráfico -E-mail: artistasdeitarare@bol.com.br
Blogue: www.artistasdeitarare.zip.net
Autor: Silas Correa Leite - E-mail: poesilas@terra.com.br
Site: www.itarare.com.br/silas.htm
Goiânia
São os pés de Pequi
São os contos de esquina
São Os ipês as florir
Nossa bela menina!
E a cultura do Cine
E a riqueza do Ouro
E o parque dos jovens
De uma tarde tão brava
São os versos do Vento
O bosque em assembléia
O buriti verde em flor
É o amor em expansão
Céu Azul de cor rosa
Conversa afiada, um papo, uma prosa
De uma tarde calada
De um morro o alem da madrugada
São os versos de Hortêncio
São os cantos de orlando
Tanta coisa bonita
Coração do Brasil
Nossa bela menina
Que guarda tanta historia
Vai do choro a Viola
De uma vida em raiz.
Goiânia.
O que só as fadas sabem?
[...]
- Sabem algo essencial: que só podem viver nos contos.
- E isso só as fadas sabem?
- Sim, porque nós, os outros, consumimos a vida esperando seres maravilhosos que nunca aparecerão.
- E o que você me diz do jardim secreto? - acrescentei. - Ainda estou procurando por ele.
Marta riu suavemente antes de dizer:
- Com os jardins secretos acontecem a mesma coisa que com as fadas: você nunca os encontra quando precisa deles.
Depois de dizer isso, fez-se um silêncio que não era incômodo. Então ela perguntou:
- Quando você vai voltar?
- Ainda não sei. Qual é a cor do céu?
- Se esperar um pouco poderei lhe dizer.
Ouvi seus passos descalços se afastando. Uma persiana rangeu ao subir antes que Marta voltasse para dizer.
- Azul.
- Que tipo de azul?
- Aquele que você só pode ver nos dias em que está muito contente.
- Quando sabe que vai se viver para sempre jamais?
- Algo assim.
- Gostaria muito de vê-lo.
- E a mim que o visse - suspirou - Queria que você estivesse aqui.
("Queria que você estivesse aqui")
Quero para mim...
A dose de um românce de contos de fada
Uma pitada de amor para recordar todos
os dias de nossas vida
Quero ligar só para ouvir a voz
Quero sentir frenesi a vez primeira que fitar em você
Quero a certeza que estou sendo amada
Hoje vivo tudo isso...
E sinto que de fato a vida é muito mais fascinante
Quando estamos apaixonados.
Eu sempre acreditei em contos de fadas ..
até hoje eu me pergunto: por que isso acontece apenas em filmes , teatros , e não em vida real ?
sou aquela menina boba e apaixonada que acredita que um dia poderia ser abduzidas por ET's e levada á um planeta totalmente diferente desse ,
em um lugar onde não existiria sofrimento , em que as guerras não atormentariam mais os sonhos de crianças , no qual não existiriam guerras ;
e que nada , nada mesmo causaria conflitos ;
em que o amor , não machucaria ninguém :/
as vezes eu pergunto pra mim mesma , como eu posso te amar tanto ?
como é possível amar o que nunca sentimos ? sentir o que nunca tocamos ? como é possível sentir a magia de um beijo que nunca deu ?
eu só queria entender, como eu posso amar uma pessoa que eu nunca vi ?
eu só busco essas explicações pois por tantas vezes , imaginei, sonhei..
Mais nem sempre sonhos se tornam realidade *--*
eu tenho medo de não ser aquela menina que você sonha , aquela Linda menina com sonhos de crianças que te encanta :/
meu maior medo é te decepcionar !
não sou perfeita, você não é perfeito, ninguém é perfeito !
nos seus sonhos eu posso ser uma pessoa , mais na realidade sou outra ;
nos meus sonhos , nem sempre são flores , mais comparando com nossa realidade é ali onde buscamos felicidades :D
E se me perguntarem se eu deixarei de sonhar
eu irei responder ..
JAMAIS !
mesmo que muitos de meus sonhos sejam impossíveis e meus amores irreais
eu sempre estarei sonhando cada vez mais ..
Amando cada dia mais,
e encontrando em uma Ilusão a minha Felicidade.
e assim eu vo seguir até o fim dos meus dias...
...e o livro de contos com finais felizes que você me deu não fazia mais tanto sentido. Eu me lembrei de como você provocava o meu riso e quase que instantaneamente, meu choro. De quando você me mandava mensagens no celular, quando eu imagina que você seria incapaz de se comunicar comigo. De suas mudanças de humor repentinas, do seu sorriso fora de hora, da sua expressão de confuso e chateado. Eu me lembrei dos meus sonhos contigo, que agora não deveriam fazer no minimo sentido. Eu me lembrei do sia feliz que eu idealizei te vendo. Eu me lembrei dos meus choros de raiva de você; lembrei da sua frieza, do meu desconforto por isso e do seu jeito calculista. Eu me lembrei de como faz tempo que eu te conheci, e de como você parece não se importar com isso. Eu me lembrei que eu deveria jogar todas essas lembranças num canto qualquer ou simplesmente guardar esse papel num lugar fora da minha visão.
Mas, eu me habituei a lembrar de tudo isso a cada dia. De tentar compreender o rumo que a minha vida anda tomando, me habituei a tentar me cicatrizar. Me habituei, a não me habituar a você mais uma vez.
...e já parece que faz tanto tempo que você não fala.
A Vida pode até ser baseados em contos de fadas,mas contos de fada sempre tem um final feliz.
Ninguém sabe como é que isso termina mas na vida real ela se acaba na morte,nada é pra sempre.
Nessa vida aprendi que,a sociedade menos preza aquela que não tem dinheiro.
A vida é uma caixinha de surpresas,e uma coisa eu te digo
é uma viagem da qual jamais sairemos vivos,ou levando algum bem material eu peço a você para jamais se apegar a bens materiais ele nunca te trará salvação e muito menos paz.Então pense bem,você pode até achar que é louca que eu estou dizendo,mas não é eu vivo a realidade do sofrimento do rancor,do odio eu sou apenas mais uma adolescente cheia de problemas,mas concerteza eu sou cheia de ideias que mudaria muito a opinião der vários.
Tô me sentindo sobrecarregada.
De sonhos não realizados
De contos inacabados
Histórias mal contadas
Lembranças que ferem demais
E de ideias que não saem da cabeça
Nem do papel
De problemas acumulados
De tantos nós ainda atados
De dores que mudam de lugar !
De ver o tempo se escorrendo pelo ralo
E não poder segurar
De ver guerras que não possuem tréguas
Mortes prematuras
Saudades
E a esperança que sempre insiste em me Levantar
Tal como canta todo dia o passarinho na gaiola
Tô cansada dessa fé inabalável que não descansa
Cansada dos cosméticos que não devolvem o tempo
Dos remédios que não curam
De vistorias no DETRAN
De reclames aqui e ali
Do desejo de Trocar as coisas por coisas novas
Mudar de casa
De rua
De bairro
De carro
De TV
Recomeçar . Quem sabe traz sorte nova? !Notícias novas?! Ares novos?!
Sem deixar pra trás quem eu amo e os livros .
Ah! Os livros. Esses abandonei no caminho. Pra pesar menos a bagagem de quem ainda não encontrou o seu lugar
E já não cabe mais onde já coube
Cansada de gente implicante. Provocante.
Cansada de não sair do lugar!
Da vitória secret que não acontece
E das verdades secretas...
Carta ao falecido
Nesse corredor jaz uma história; sobre ela contos tristes, mais morta do que viva. Mais a dor, que a alegria, tal que foi assassinada antes mesmo de nascer, que por ti foi abortada antes mesmo de parir.
Tal que foi menosprezada em fraqueza misquinha e calculada, tal que despiu teu egoísmo, em face cuspida de avareza.
História que me fez afundar no mar enquanto eu queria nadar, história que apagou meu Sol, assassinou meu sono. História que me desconstruiu e me destruiu.
Diante dessa tempestade que invade…
Espero que o amargo acabe
Que o sono volte a ser prioridade
Espero que a escuridão cesse e que eu enxergue novamente o brilho do Sol.
Espero que as lágrimas sequem no soprar do vento e que meu baleado sentimento seja transcrito e usado da forma mais bonita.
Que os anos passem, que o amanhã seja mais meu.
Espero que essa dor que defunta fez-se eu, defunta faça tu, cemitério ambulante de vida! Espero o mar debruçar no ritmo da correnteza, espero voltar a observar o silêncio, conversar com o vento enquanto em minha pele soprar.
Espero encontrar-me novamente em corredores sinceros, espero gente que saiba do princípio ao fim regar o elo.
Espero gente de verdade, que saiba o valor da palavra e também do silêncio, quando invade.
Espero o brilho no olho e mais ainda o olhar sincero.
Espero gente que ame e se entregue sem prender sentimentos alheios, gente que segue sendo sincero.
Espero corredores verdadeiros, não mais os disfarçados.
Espero reciprocidade e gente que não faça como o Ainda é cedo do Renato.
Espero vida que valha a existência, vida que vive sem o medo de se entregar, vida que respira vida, não apenas este ar.
Na madrugada passada estive pensando que sempre imaginamos encontrar o amor como nos contos de fadas, com uma princesa e o seu príncipe ou até mesmo acreditamos no amor à primeira vista. Mas a verdade é que nunca estamos preparados pra chegada do amor.
Ele nem sempre vem e nos aborda com flores, muito menos chega em um cavalo branco, ele pode até ser um príncipe, mas não como nos contos. Ele pode ser até aquele que há anos passou por você, e o tempo o trouxe pra mais perto, enfim.., não sei. Só sei que nunca estamos inteiramente preparados pra chegada do amor.
Ele chega como um tapa de luva e te faz perder as estribeiras, mexe com teu coração e te faz indagar que reviravolta foi essa que aconteceu? No momento você esquece até quem és, quem dirás o que está sentindo. A mente fica confusa e o estômago com borboletas dançantes.
O lado de dentro vira um caos e eis que surgem as dúvidas. Se doar ou não? Se apegar ou desapegar? A felicidade se confunde com uma melancolia. O vôo é alto. Aliás, tudo no amor é extremo, principalmente o medo da entrega.
O medo vem e com ele o receio de não saber o que te espera, voar sem ter idéia de qual lugar está destinado o pouso. Mas ainda assim a gente embarca. É tudo tão novo, tão bom. Novos horizontes surgem às vistas. A alegria de uma mensagem recebida.
Ainda assim o medo de entrar no jogo e sair perdendo não some, mesmo que não seja a primeira vez que a gente se apaixone. Por isso a verdade deve ser dita: Nunca estamos preparados pra chegada do amor.
Uma outra história...
No meu imaginário infantil povoado de contos de fadas criei a imagem de uma linda princesa de vestido de seda azul com uma coroa de pedras preciosas na cabeça. Ela trazia numa mão uma varinha de condão e na outra um bico de pena com a qual assinou uma lei. A partir de então, seres humanos que viviam explorados e açoitados ficaram livres. O ano era l888, o mês era maio (mês de Maria). Na escola, esta data era comemorada com festas e a princesa consagrada , redentora era a heroína. Não me lembro de ouvir nessas comemorações o som contagiante do samba ou o ritmo cadenciado do berimbau marcando os passos de Capoeira.
Naquela época eu acreditava que realmente a assinatura de uma lei houvesse transformado homens e mulheres africanos (as) ou descentes de africanos (as) em seres livres da dominação e exploração. Fui crescendo...
Minha adolescência inquieta fez com que eu começasse a questionar os contos de fadas. Muitas perguntas, poucas respostas...Por quê a madrasta é sempre má? Por quê o príncipe herói é sempre loiro? Por quê o corcunda, o caolho e o “coxo” são os que traziam prenúncios do mal? Por quê a princesa tem a pele branca como a neve e os cabelos como anéis de ouro? Por quê o Saci Pererê é negro e ainda tem uma perna só? Por quê?????????
Procurei respostas .Algumas encontrei em livros que nunca foram lidos nas escolas. Outras fui sentindo, percebendo...O olhar e o peso do preconceito e da discriminação que perpassaram a minha vida foram me ensinando também a obter algumas respostas...
Sofrendo cheguei à maturidade, consciente da ideologia de dominação que manipula a cultura brasileira. Ideologia que construiu valores hipócritas numa gama da sociedade. Ideologia que (des) construiu pessoas que negam sua origem e exaltam “os cabelos de ouro e os olhos claros como o céu”. Ideologia (re)produzida nas práticas (des)educativas. Ideologia que criou a vergonha de ser diferente.
Vivo hoje um outro tempo. Saboreio gostosamente a palavra liberdade. Em cada minuto “Cronos” de minha vida descubro a sensação prazerosa do minuto “Kairós” infinito.
Descubro outras histórias, de príncipes e princesas de pele negra como o ébano, belos homens e mulheres livres no solo africano, aprisionados em terras brasileiras, trabalhando de sol a sol nas lavouras de cana de açúcar e de café. Homens e mulheres produtores da riqueza do nosso país.
Sob a orientação de um Governo Federal, construído com o sonho de dignidade para todos os seres humanos, negando todo tipo de discriminação, o resgate da identidade do povo brasileiro vem rompendo com muitos modelos cristalizados e camuflados de racismo.
Aquela princesa, ao assinar a Lei Áurea e não assegurar qualquer tipo de oportunidade para o negro e a negra se integrarem à sociedade, legalizou a exclusão e a discriminação racial.
Muitas vezes pensei em esquecer o 13 de Maio, mas é impossível porque ele é carregado da dor de meus ancestrais. Comungo então esta data com milhares de outras brasileiras e brasileiros que neste dia aproveitam para denunciar os crimes cometidos contra os negros e negras que viveram e vivem neste solo brasileiro.
Apaixonada pela minha origem negra, referencio o meu avô Adão Passos negro de luta, que trazia um “mucuta” debaixo do braço, carregada de todo o misticismo do afoxé africano. Talvez fosse ele um descendente das princesas e príncipes, dos reis e rainhas arrancados da Mátria Mãe África para servir a um emergente sistema capitalista e que transformou seres humanos em “coisas”produtivas.
Ao meu avô e a todos os negros e negras resistentes, que construíram e constroem a riqueza social, econômica e cultural do Brasil dedico este poema de minha autoria:
REIS E RAINHAS DA AFRICA
Sol escaldante a
Escorrer sobre a terra
Feita de barro e de bronze
Fragmento de um povo
Sob o tórrido ouro
Do continente-Mãe
Lutas
Sangue
Prisões
Reis e rainhas entregues
A brancos mercenários
Cenários de choro e dor
Partida
Navio negreiro deixa o porto
Navega, navega...
Monstros marinhos
Povoam a mente nativa
Marcados por rituais
De magia...
Outra terra
Outro porto
Sons, tons, cores
Passarinhos cantam
Ondas a bater nas pedras
Cantam novas melodias
Gemidos
Coroas arrancadas
Dialetos misturados
Laços de sangue desfeitos
Dor
Dor
Dor
Músicas pipocam
Nas noites das senzalas
São gritos de guerra
Capoeira
Resistência
Lembranças
DA CORTE AFRICANA.
Pelos contos que eu não conto
Dá um desconto ao meu silencio
Não conto dos versos tristes
Não conto da estrela cadente,
Dos girassóis reluzentes
Que reluzem nos meus contos,
Não conto do meu silencio
Pois assim não o seria,
Não conto da minha alegria,
Que não valem nem um conto,
Pelos contos que eu não conto,
Conto pelos e apelos
Só não conto meus segredos
Pelos contos que eu não conto
Se fosse com você... Se você tivesse um amor e não pudesse ficar com ele, como nos contos de fadas. Uma madrasta e duas irmãs que sentem inveja de você e te trancam para você nunca falar com seu príncipe? Uma rainha má, com medo de perder a coroa te envenena com uma maçã? Uma maldição de roca de fiar?
Não tem fada madrinha que possa lhe dar um vestido de uma hora para outra... Não tem maçã e beijo de amor verdadeiro para acordar de uma maldição. Eu bem que queria que isso acontecesse.
A maldição deles é bem pior: Eles tem que colocar um simples sorriso no próprio rosto para agradar a todos. Simples sorriso para nós. Um ato doloroso para eles.
Despedida
Autoria: Dayane Ribeiro - trecho da coletânea de contos Apenas Ensina-me
-Quando foi a última vez que dançamos?
-Puxa... Faz tempo. Acho que em nosso casamento.
-Ah, sim! Eu me lembro... Você estava lindo, com o rosto sorridente.
-Eu estava feliz, acabara de ganhar na loteria.
-Alguém precisa lhe ensinar o que é loteria! Você tem uma ideia estranha sobre isso.
-Sete mil e novecentos dias que conheci e amei você, isso foi o que vivi ao seu lado, na alegria, na tristeza, quatro meninos lindos... Não são estas coisas que me fazem um homem de sorte?
-Creio que aos olhos de Deus, te faz abençoado.
-Então não discuta loteria comigo, eu sei o que digo.
-Que música dançamos em nosso casamento? - ela retomou o primeiro assunto.
-Moonlight Serenade.
-Então, me abrace e finja que ela está tocando, feche os olhos e imagine-se de volta, reviva esta alegria.
Assim ele o fez, e, enquanto estavam abraçados, de olhos fechados, com suas mentes no primeiro dia deles como marido e mulher, Sílvia partiu.
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