Coleção pessoal de Moapoesias

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Janelas sacodem
Vento, nuvens densas,
Raios e trovões.

O medo da tempestade
Preenchendo-me sem dó.
Primeiros pingos
E a infância brinca na memória.

Em meu olfato
Beiras de rios
Gramado descalço
Frutas selvagens
Molhadas no mato.

Anos descritos em
Minhas rugas e
Em meu olhar flash de lembranças.
Deito-me
A vida não costuma demorar.

Não foi por acaso
É que eu queria cantar
Me inspirar
Ancorado em tua sombra
Sem te citar.

Embalar o amor
Em letras de ternura
Gravando com doçura
Teu jeito de amar.

Para ser feliz é preciso fechar os olhos
E fascinar-se com o que se vê.
Encantar-se com os lábios
E desejar o beijo.
Saber que a beleza aproxima
E o amor perpetua.
Sorrir ao ouvir você dizer meu nome
E sentir o mesmo ao pensar no seu.
Entender o que é saudade
E saber que nunca a sentirá.

Descansa leve
A porta está fechada
Não haverá
Monstros na madrugada.
Repousa sem medo
A morte não virá e,
Se ela vier, não temas
Morrer é da vida,
A alma em subida
Cantará melodias de ninar.
Nada é mais certo,
Se for a hora,
Em poucos segundos
Dorme-se para não mais acordar.

A vida é o único livro em que o autor não decide o final.

Antes deste momento fica a história. A vida é o que segue.

O poeta lírico
Busca nos sonhos,
As verdades,
Ou mentiras críveis.
Na ânsia de libertar-se
Põe os suspiros na boca da alma
Os olhos perdem-se no tempo
E o coração bate compassando
Rimando versos melódicos.

Na mente surge suave
A imagem da poesia
Estampada na escrita
Que vai surgir.
Mistura homogênea
Entremeio de rimas
Em metáforas buscadas
Na suposta inspiração.

A frente
Um muro
Um abismo...
O Futuro.

Hoje sou feito de versos
E amanhã?

Água descontrolada
Inodoras
Gelo derretendo
Lama escorrendo
Ficção?

É sabido
Nada sei,
Mas ainda sonho.

Ternura incontida
Querendo abraçar
Sem nenhum alvo
Sem nenhuma razão.

Deleitável é a vida
Tamanha é a gratidão
Transborda a alma
Ritmo melódico
Paz, harmonia e paixão.

Há o azul
De cima

Mistérios quase perfeitos.

Não suporto o mar
Me domina a inveja.
Balanço de liberdade
Aperto no peito
E a voz ondulada
Encanta e seduz.

Te quero longe
E me aproximo.
Não querendo
Amo tuas ondas.
Me deixa livre,
E me prende.

Odeio teu cheiro
E me vicio.
Há consternações em teu leito
Tua música
Fúnebre
Festiva
Morre tão viva.

Mar que não amo;
Mar que amo;
Mar não és
Poesia de
Versos, rimas
E marés.

É trágico andar
Sem mão segura
Desprotegido e atônito.

Inquestionável
Que somos sós
Em nossa rota de vida.

Nas quietudes
Para quem vai os silêncios?

Não duvido,
Nem tão pouco espero.

Ás vezes choro...

Acaba ano, inicia ano e vamos nos guiando pelos resultados das escolhas que fazemos.
Acertos e erros, separadamente, não servem para nada. Vale o conjunto, vale o todo.
Quando jovem cremos que a velhice não chegará.
Tenho uma surpresa para você!
Você vai envelhecer.
Quando rebeldes cremos que o mundo está errado, virado, ultrapassado.
Outra surpresa!
Você só mudará a si próprio. Lamento te dizer, mas o mundo não vai dar lhe muita atenção.
Quando maduros sonhamos em desfrutar o melhor da vida. Poucos conseguem.

Por fim, quando saudáveis cremos que nunca adoeceremos. Cuidem-se, pois nem sempre isso se confirma e quando enfermos a gente só deseja poder viver o próximo.

Aliás, talvez este deveria ser o objetivo de todos: viver plenamente o próximo ano.
Feliz e pleno ano novo.

Ele veio
Nos guiar
Trouxe brilho em sua luz
Ao tilintar do sino
Com fé, amor e paz
Saudamos o Menino Jesus.
É Natal.

As estrelas não te avistam e a escuridão não te esconde, na noite que criei, num cenário exclusivo, antevejo o sorriso

Bar
Na esquina tem tudo,
Danças cambaleantes
E verdades do mundo.

Tanto riso solto
Pódio para quem mostrar
Dinheiro pelos bolsos

Na esquina a festa é contínua,
O que mais tem é algazarra e
Música que nunca para.

A ilusão te põe no altar
Desculpa te decepcionar
Na esquina tem apenas um bar.

Poeta ou poesia
Em dia de sonhos sou poeta
E busco com toda energia
Quando realizo nada me afeta
Sou a própria poesia.

Olhar
Há um gosto de silêncio
No olhar que vejo em ti,
Um desejo dionisíaco
Que faz meu pensamento sorrir.

Quem percebe já entendeu que dentro de mim habito eu.

Vãos
Pelos vãos dos seus dedos
Com maestria incontida
Passaram tantos segredos
Escapou tanto da vida.

Por eles vazaram poesias
Num galope ultra frenético
Incrédulo e imóvel você permitia
Contemplava com olhar poético.