Coleção pessoal de Moapoesias

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As estrelas da minha infância eram doces pregados no céu.

A vida nada mais é do que uma mera sucessão de escolhas.

A tarde fez-se pássaro alado, o manto escuro veio gelado e pôs os sonhos para dormir.

Sou abstrato
Que se sente.
- Que ironia!
Me absorva
Sou poesia.

Dentro
Quem percebe já entendeu
Que dentro de mim
Habito eu.

Tenho um sonho utópico, louco, desastrado de construir uma "poesiaria" e hospedar cada poema confortavelmente.

Conte uma doce história quero dormir ouvindo, talvez fique na memória ou eu eu possa acordar sorrindo.

Me deito em véus de insônias estrelares,penso em ti, brilhas no céu, mas te queria aqui.

Era bom, a gente brincava de ser feliz e distraídos não percebia que feliz já era.

E quando anoitecer use o prazer que a noite dá para fazer uma lágrima sossegar.

Benditas saudades que guardam vidas que o tempo levou.

A vida
Evito ao natural manusear
Vou lendo de lá pra cá,
Prefiro não saber se acabei
Ou se estou apenas a começar.

Meu primeiro verso crê em romantismo no final, o segundo acredita que o amor pode ser real.

“In dubio p(r)oesia". Sem presunção. A poesia sempre será inocente.

Na arte nada limita
Sou poema que desconhece distância
Já que o virtual aproxima,
Sou verso longínquo de relevância
Comungando a mesma rima.

Na arte nada limita,
Sem fronteira demarcada,
A cultura se unifica
Para ser admirada.

Poeta virtual eu sou
Não me ausento da escrita
Este gênero me conquistou
Poesia é a minha favorita.

Que vida!
A algazarra cessou.
Apenas uma lâmpada, ao fundo,
De resto e de alma tudo sombreou.

Um menino sonhando corria sozinho
Perdido, desconecto do caminho.

De dia viu voarem passarinhos,
Mas pernoitou sem sequer ter um ninho.

Sem travesseiro,
Querendo a noite passar ligeiro
Como se fosse dela apenas um passageiro.

Sonhos reais
Horrores,
Temores...
Tremores.

Um timbre de galo .... Distante,
O dia entrante
Angústia alarmante.

Desejou plantar a poesia
Na ilusão de colher o café da manhã,
No orfanato da agonia.

Desacreditou no amor
Angustiado calou.

Sem mundo
Humano imundo.
Matou as aventuras,
Matou as canções,
Sepultou ilusões.

- Que vida meu Deus...
Que vida!

Hostil
Para seguir em frente
É preciso detonar minas internas,
Cavar túneis na alma,
Fazer pontes nos sentimentos,
Abrir picadas nas muralhas da vida.

Neste ambiente hostil
Dos meus olhos nasce um rio
Dou a ele brilho sutil
Águas mornas de frio.

Hoje não acordei,
Hoje passei no bosque.
Em trilhas que antes já fiz
Revi vestígios da amarelinha
Em apagados riscos de giz.

Com a chegada da noite
Me fiz anoitecer também.

Cenário
É preciso encontrar ao menos um poema
Ou mesmo um simples verso sem rima,
Uma frase rabiscada na folha dobrada
Para fazer voltar na memória
O que agora é apenas história.

Na necessidade de se ir adiante
Vê-se o cenário da antiga cena
E hoje ensaia-se só.

Nesta hora tem-se a certeza
O que era um caminho
Transformou-se em estrada
De se caminhar sozinho.

Foi-se a vida
A velhice chegou.

Faliu a sociedade
E a mãe perdeu o filho
E se fechou.
E outra família perdeu o pai
E se fechou.
E outros perderam outros
Humanos, honestos, bravos...

Faliu a sociedade
O crime reduziu a idade
Os valores reduziram nas cabeças
Intoxicadas.

E a mãe generosa
De coração sem limite
De bondade divina
De amor e luta
Perdeu outro filho,

E a sociedade não viu
O policial não viu
O juiz não puniu,
Mas o filho sumiu.

Coração de mãe cabe mais um,
Mas por Deus,
Há uns que não merecem ter mãe,
Há uns que não tem Deus,

Mãe nunca vai entender
Por qual motivo outro filho
Assassina um filho seu.