Cartas de Amor com Humor
Querido Josh, esta é a primeira de muitas cartas que lhe escreverei e elas servem para dizer o que eu não posso (ou tenho vergonha) de lhe falar. Eu queria lhe dizer que quando olho para as estrelas penso em você. Quando o vento sopra e entra pela janela do meu quarto bagunçando meus cabelos eu penso em você. Na verdade, ultimamente, qualquer coisa me faz pensar em você e eu acho que isso é um sinal de que estou apaixonada, pois eu simplesmente não consigo tirar você da cabeça. Hoje voltando da aula eu ouvia a música “marry me” do Train e pensava em você, e, de fato escuto a música agora e me sinto flutuar lembrando das nossas mãos entrelaçadas. Acho que relacionar música a você é um sinal de que estou incondicionalmente apaixonada e eu realmente espero do fundo do meu coração que esse sentimento seja recíproco. A paixão é um sentimento extraordinário, Josh. A paixão nos eleva, nos faz flutuar, sonhar...as pessoas deveriam estar sempre apaixonadas e ver o mundo assim, cor- de- rosa. Eu sinto sua falta quando você está longe- mesmo que a gente se veja todo dia na aula- e isso é meio sem sentido, mas, meu bem, acho que no fundo a paixão não foi feita para fazer sentido, certo? Se você quer que algo faça sentido, vá estudar matemática, química ou exatas. A paixão é substantivo abstrato, querido, e ela por si só não faz sentido. Enfim, eu espero, rezo, para que você goste mesmo de mim, pois, se eu gosto de você agora, o sentimento tende a aumentar. O fato é que eu agora lhe escrevi e lhe escrever é fatal. Escrever é derramar meus sentimentos no papel sem dó, sem filtro. Escrever é abrir meu coração e ter acesso ilimitado a uma série se sentimentos que eu não demonstro no dia a dia, pois as cartas, as palavras, vêm do fundo de minha alma, de modo que uma vez aperta a porta dos meus sentimentos é muito difícil fechá-la. Já é tarde e eu não vou dizer um “marry me” , mas um “i promisse to sing to you when all the music dies”. Boa noite, Josh.
Recebemos cartas de todo o país. Por ano, no mínimo, milhares de cartas de homens e mulheres encarcerados. Muitas dessas pessoas estão presas há duas, três décadas. Elas estão sem tempo, então nos procuram. Essas cartas representam seres humanos que estão presos e alegam terem sido condenados injustamente. Em muitos aspectos, somos a última instância.
Minhas cartas são dirigidas aos leitores de corações. Porque eu também escrevo com o coração, não com a mão. Não é pelo desejo de ser lido que coloco palavras no papel, mas sim pelo amor de escrever. E quem escolher caminhar por essas linhas também será acolhido com o mesmo carinho com que criei cada palavra.
É surpreendente que na era das redes sociais e tal, eu escreva cartas. Gosto de escrever e, ainda mais, de recebe-las - embora ocorra muito mais a primeira do que a segunda situação. Imaginar que aquelas palavras foram carinhosamente escolhidas e enfim, ver envelhecer: o papel, nós... Guarda - las, para mim, é melhor do que memórias. É uma lembrança que pode ser tocada.
Eu leio suas cartas e sinto uma vontade de lhe abraçar, lhe agradecer por me amar tanto, mas, você se foi, você não esta mais aqui, seu sorriso, seu timbre, as gargalhadas que dava comigo, tudo sumiu, e foi de uma hora para outra. Quando sua mãe me ligou em prantos eu jamais podia imaginar que nosso filme de amor tinha acabado, que aquele beijo dado no banco da praça, fosse nossa despedida. Te procuro em todos os rostos na rua. Quando vejo alguém com uma roupa igual as que usava, corro ao encontro, na doce lembrança de ser você. Durmo acreditando que no dia seguinte, sua voz será meu despertador. Escrevo todo dia uma nova carta de amor, para lhe entregar, quando abro a gaveta, estão todas ali.
Em outras épocas eu te escreveria cartas feitas à mão, deixaria bilhetes nos seus cadernos e bolsas, levaria os chocolates que você gosta quando fosse te ver, mas como não tenho acesso a isso no momento, espero que lembre de mim em cada flor que vir na rua, em cada pôr do sol e nascer da lua e caso sorria ao lembrar, as estrelas me dirão e o vento trará o seu cheiro.
São Paulo diz em suas cartas, que o Misticismo judaico são práticas, apenas para satisfação da carne. Exemplos disso temos assim: "Não proves, não toques, não manuseis". São realidades que em nada contribuem para a salvação da alma do homem. As mesmas podem ter alguma ação na disciplina do corpo. O Misticismo judaico era precisamente a lei, sendo mal usada pelo homem. Exemplos disso temos: Os sábados, os dias de festa, as luas novas e o culto aos anjos.
A evolução de cartas práticas, elas sugerem que, enquanto continuarmos presos a essas atitudes primitivas, o "inferno" continuará a ser uma realidade criada por nós mesmos, em nossas interações diárias e na maneira como tratamos aqueles que são diferentes de nós. O inferno é aqui e o diabo são os outros com seus demônios interiores, estando fazendo a demonização ou endemonizações dos contrários.
O motivo de quase todos nós lermos as cartas de Paulo como se fossem tratados doutrinários é o fato de termos sido apresentados a elas dessa maneira ao longo de toda a vida. Nos capítulos a seguir, analisaremos os teólogos cristãos que, ao longo dos séculos, se apossaram do cristianismo. Sendo teólogos cultos, começaram a infiltrar o próprio conceito do cristianismo nas Escrituras. Como imaginavam que a teologia é a essência do cristianismo, transformaram Paulo em um teólogo como eles próprios. Na verdade, fizeram dele o teólogo cristão supremo.
Na cartas aos gálatas, Paulo diz que quem acha que para ser salvo é preciso se esforçar muito para merecer a salvação está "enfeitiçado" por um falso evangelho, e Paulo ainda diz que quem prega esse falso evangelho de merecimento está AMALDIÇOADO! Pois o verdadeiro Evangelho diz que somos salvos GRATUITAMENTE crendo em Jesus Cristo, independente de obras!
Eu jogo com as cartas certas nos momentos certos. E serei julgado, condenado pelas minhas ações. Mas ninguém compreenderá minhas verdadeiras intenções, eu sou a voz no silêncio, a luz que brilha na escuridão, o caminho a ser percorrido na mente dos fracos de espírito, sinta o calor! Não compreende sua existência, não compreende a grandeza do mundo. sejam mais do que pensamos, e nem o mundo saberá que desejas, é um único ser que não se pode esquecer, que o amor pela vida, transborda em todo o seu coração, e na sua existência, como ser humano.
Alô Zé, tô amarga, tô com uma saudade dele que não cabe mais em mim, tô descontando tudo em cartas, já vou logo avisando pra não vir aqui, você não consegue andar pela casa sem pisar em poesia, lembra da época do alecrim Zé? Que eu te disse que quando ele sorria tudo me cheirava a alecrim? Então, fiz um jardim no fundo de casa, inteiro de alecrim e eu só paro de cuidar do jardim, se ele voltar. Pede Zé, pede pra ele voltar? Nunca fui boa com jardinagem, você sabe, sou meio sem jeito pra isso, pra tudo, sei lá.
As cartas foram rasgadas, as fotografias foram queimadas e o teu número foi apagado da minha agenda. Mas as memórias... Ah! As malditas memórias ainda estão aqui, sempre invadindo a minha mente. Eu só quero que essas lembranças sobre você desapareçam. Mas, às vezes, eu me pego desejando a sua volta e esperando que os fatos sejam reais novamente ao invés de simples pensamentos.
Estou guardando as cartas, guardando as lembranças de um passado. Guardando em minha memória tempos em que eu sorria ao ver o seu sorriso. Um tempo onde eu acreditava que a vida poderia ser vivida quem nem nos contos, quis viver um mundo onde tudo é luz, tudo é amor, quanta ilusão. Agora me perco nas memórias desse passado, onde uma lágrima corre sobre o meu rosto e escorre por minha alma. Quão bobo eu era por acreditar que as pessoas podiam seguir as verdades do coração?
E eu precisava de algum sinal. Podia ser um SMS ou um telefonema. E quem sabe por cartas? Telegramas ou cartão postal. Isso ainda existe? Apenas uma mensagem em minhas redes sociais, ou talvez um spam ridículo que fica piscando o tempo todo, que dá até nojo de ler. Já sei! Que tal um bilhete por garrafas? Bem aquela bobagem de filmes de pirataria. Ou então fumaça. Isso, um sinal por fumaça! Mas dê um sinal, por favor. Só um sinal de que ainda sente a minha falta.
A. impossibilidade de participar de todas as combinações em desenvolvimento a qualquer instante numa grande cidade tem sido uma das dores de minha vida. Sofro como se sentisse em mim, como se houvesse em mim uma capacidade desmesurada de agir. Entretanto, na parte de ação que a vida me reserva, muitas vezes me abstenho e outras me confundo. […] A ideia de que diariamente, a cada hora, a cada minuto e em cada lugar se realizam milhares de ações que me teriam profundamente interessado, de que eu certamente deveria tomar conhecimento e que entretanto jamais me serão comunicadas — basta para tirar o sabor a todas as perspectivas de ação que encontro à minha frente. O pouco que eu pudesse obter não compensaria jamais esse infinito perdido. Nem me consola o pensamento de que, entrando na confrontação simultânea de tantos acontecimentos, eu não pudesse sequer registrá-los, quanto mais dirigi-los à minha maneira ou mesmo tomar de cada um o aspecto singular, o tom e o desenho próprios, uma porção, mínima que fosse, de sua peculiar substância.
É curioso, a alegria não é um sentimento nem uma atmosfera de vida nada criadora. Eu só sei criar na dor e na tristeza, mesmo que as coisas que resultem sejam alegres. Não me considero uma pessoa negativa, quer dizer, eu não deprimo o ser humano. É por isso que acho que estou vivendo num movimento de equilibrio infecundo do qual estou tentando me libertar. O paradigma máximo para mim seria: a calma no seio da paixão. Mas realmente não sei se é um ideal humanamente atingível.
E é então que esqueço de tudo e vou olhar nos olhos de minha bem-amada como se nunca tivesse visto antes. É ela, Deus do céu, é ela! Como a encontrei, não sei. Como chegou até aqui, não vi. Mas é ela, eu sei que é ela porque há um rastro de luz quando ela passa; e quando ela me abre os braços eu me crucifico neles banhado em lágrimas de ternura; e sei que mataria friamente quem quer que lhe causasse dano; e gostaria que morrêssemos juntos e fôssemos enterrados de mãos dadas, e nossos olhos indecomponíveis ficassem para sempre abertos mirando muito além das estrelas.
Data daí a opinião particular que tenho do canapé. Ele faz aliar a intimidade e o decoro, e mostra a casa toda sem sair da sala. Dois homens sentados nele podem debater o destino de um império, e duas mulheres a graça de um vestido; mas, um homem e uma mulher só por aberração das leis naturais dirão outra coisa que não seja de si mesmos.
A influência exercida sobre a nossa alma, pelos diferentes lugares, é uma coisa digna de observação. Se a melancolia nos conquista infalivelmente quando estamos à beira das águas, uma outra lei da nossa natureza impressionante faz com que, nas montanhas, os nossos sentimentos se purifiquem: ali a paixão ganha em profundidade o que parece perder em vivacidade.
