Machado de Assis

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Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria.

Machado de Assis
Memórias póstumas de Brás Cubas (1881).

A vida sem luta é um mar morto no centro do organismo universal.

Machado de Assis
Memórias póstumas de Brás Cubas (1881).

Botas...as botas apertadas são uma das maiores venturas da terra, porque, fazendo doer os pés, dão azo ao prazer de as descalçar.

Machado de Assis

Nota: Adaptação de trecho do livro "Memórias Póstumas de Brás Cubas".

Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar.

Machado de Assis
Ressurreição (1872).

Creia em si, mas não duvide sempre dos outros.

Machado de Assis
Memórias póstumas de Brás Cubas (1881).

Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O Diabo, invejoso, fez o homem confundir fé com religião e amor com casamento.

Machado de Assis

Nota: Autoria não confirmada.

Lágrimas não são argumentos.

Machado de Assis
Jornal das Famílias (1875).

Nota: Trecho do conto Um esqueleto.

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Não é amigo aquele que alardeia a amizade: é traficante; a amizade sente-se, não se diz...

Machado de Assis
O último dia de um poeta (1867).

Não levante a espada sobre a cabeça de quem te pediu perdão.

Machado de Assis

Nota: Autoria não confirmada.

Não se ama duas vezes a mesma mulher.

Machado de Assis
Memórias póstumas de Brás Cubas (1881).

O acaso... é um Deus e um diabo ao mesmo tempo.

Machado de Assis
Volume de contos. Rio de Janeiro: Garnier, 1884

Nota: Trecho do conto Singular ocorrência.

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O dinheiro não traz felicidade — para quem não sabe o que fazer com ele.

Machado de Assis

Nota: Autoria não confirmada.

Suporta-se com paciência a cólica do próximo.

Machado de Assis
Memórias póstumas de Brás Cubas (1881).

Está morto: podemos elogiá-lo à vontade.

Machado de Assis
Assis, M. Obra Completa de Machado de Assis. vol. II. Rio de Janeiro: Nova Aguilar 1994.

Nota: Conto "O Empréstimo."

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Pensamentos valem e vivem pela observação exata ou nova, pela reflexão aguda ou profunda; não menos querem a originalidade, a simplicidade e a graça do dizer.

Machado de Assis

Nota: Trecho de carta escrita em 19 de agosto de 1906, para Joaquim Nabuco.

A melhor definição de amor não vale um beijo de moça namorada.

Machado de Assis
Assis, M. Obra Completa de Machado de Assis. vol. II. Rio de Janeiro: Nova Aguilar 1994.

Nota: Conto "O Espelho".

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A vida é cheia de obrigações que a gente cumpre, por mais vontade que tenha de as infringir deslavadamente.

Machado de Assis
Dom Casmurro (1899).

A mentira é muita vezes tão involuntária como a respiração.

Machado de Assis

Nota: Adaptação de trecho do livro "Dom Casmurro", de Machado de Assis.

A moral é uma, os pecados são diferentes.

Machado de Assis
ASSIS, M. Quincas Borba . Rio de Janeiro: Garnier. 1891

Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa de apagar o caso escrito.

Machado de Assis
Assis, M. Obra Completa de Machado de Assis. vol. II. Rio de Janeiro: Nova Aguilar 1994.

Nota: Conto "Verba Testamentária" da obra "Papéis Avulsos" de Machado de Assis.

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Eu sinto a nostalgia da imoralidade.

Machado de Assis
Ressurreição (1872).

Eu não sou homem que recuse elogios. Amo-os; eles fazem bem à alma e até ao corpo. As melhores digestões da minha vida são as dos jantares em que sou brindado.

Machado de Assis
Obra Completa de Machado de Assis. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, Vol. III, 1994.

Nota: Originalmente publicado no jornal "Gazeta de Notícias", em 25 de setembro de 1892.

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Não te irrites se te pagarem mal um benefício: antes cair das nuvens que de um terceiro andar.

Machado de Assis
Memórias póstumas de Brás Cubas (1881).

Há coisas que melhor se dizem calando.

Machado de Assis
Memórias póstumas de Brás Cubas (1881).

Para as rosas, escreveu alguém, o jardineiro é eterno.

Machado de Assis
Quincas Borba (1891).