Ando
De fases
Sou como você me vê
Não como imagina
Ando nua como a lua
Transparência é minha sina
Já minguei para caber em mim mesma
Cresci até quando doeu muito
Me descabelei cheia de tudo
Mas, na loucura do meu universo
Sempre espero uma nova fase
Sou como você me vê
Às vezes triste, às vezes inquieta
Às vezes rindo à toa, às vezes brava
Mas sempre recomeçando,
cada vez que me vi em fragmentos
Independente do chuvisco
A vida é de fases e momentos
Ando meio sem tempo pra passar aqui, mas não preciso, tenho você em pensamento e isso me faz abrir o sorriso. Demorou mas o destino me encontrou com você, vou cuidar com muito carinho desse afeto mesmo de longe.
Pelos caminhos estreitos da vida.
Ando,ando,e não vejo o final.
Ando, ando,e só vejo uma curva distante!
Onde queres chegar?Me pergunta o vento..
No final do caminho!
Onde dizem:que lá se encontra a felicidade!
Mas está distante ,caminhando sem rumo!
Será que estas no caminho certo? perguntam as folhas.
Não sei! mas vou seguindo,até encontrar essa tal felicidade
Não posso desistir, é a minha chance de poder encontrar.
Não quero levar dessa vida ,tantas mágoas e decepções
Preciso encontrar a tal felicidade..
Ando pelos lugares
Deixando partes
Do meu amor
Receptivo pelo odor
Do olhar esculpido
Pelo sabor da diva
Que está vibrar
No balanço do encanto
Que estou a respirar
Sinto um aroma afrodisíaco
No dilema
Está disfarce do ferodema
Que também dá prazer
Levando ao pecado
Do contraste do ser
Emanuel Bruno Andrade
Eu ando de mais
No início parecia fácil, era como respirar mas o caminho foi ficando mais longo, mais difícil com mais pedras. Porém parar não é uma opção
Renasce, esperança
Enterrei a angústia pela tua partida no lugar mais profundo do meu âmago.
Ando por aí desesperada, tentando embrutecer meu coração.
Olho pro mar... na sua imensidão.
Tenho medo do que poderá fazer em mim toda essa solidão.
Está lá bem no fundo a angústia.
Estou magoada.
E a saudade vem... vagarosamente seguindo meus passos.
Eu sigo.
Tenho medo de que ela me pegue nos braços.
... e não me largue mais.
Minha vida se prostra.
Lágrimas escorrem pelo meu rosto.
Um gosto de puro desgosto.
O que eu queria?
Queria que a minha vida caminhasse sozinha.
Que tropeçasse pelas pedras... caísse... se machucasse... se levanta-se e se curasse.
Queria que a esperança renascesse.
Queria que a paz, a alegria, os dias bons a vida me devolvesse.
Quero demais?
Desde que me apeguei a ti, ando parando por motivo ainda desconhecido de usar frases no imperativo, baixei meu tom de voz no cotidiano, noto também a forma de como olho a vida, mudou, mudei muito, porém aquele sentimento egoísta persiste e se aflora ao imaginar-te perto, estar tão longe assim de quem quero colado me mostrou que algumas coisas não tem fim, o tempo, o universo, a saudade...
"Aprendi a ver o mundo de outra forma, depois que comecei a usar minhas lentes. Agora ando por aí, feito um bobo apaixonado, talvez seja amor à primeira vista."
Essa terra em que ando...
Não a considero meu ninho...
Dorme quem muito me amou...
Enquanto cá sofro em desatino...
Ah como o tempo foge...
E escorre a doce vida...
E a morte que a tudo espreita...
Percorrer celeste estrada nos convida...
Vês o meu amor que lhe dei ?
Que ao mundo é só o que me prende...
Tão loucamente não quiseste...
Em pouco caso o abandonaste...
Pouco ama aquele que tanto pode dizer o quanto ama...
Por tal ardor minha alma inflama...
O meu coração silencioso esconde...
No silêncio que nada me responde...
Perante o céu então me perco...
Nas vontades em mim despertas...
Será juízo ou será pecado?
Por querer tanto e tanto...
Estar ao seu lado...
Sandro Paschoal Nogueira
Caminhos de um poeta
Já faz algum tempo que não escrevo nada. Ando tão sem inspiração, preguiçoso, insolente, com tudo. Mil e uma histórias para contar, a vida disparada em assuntos e eu aqui nesse rabujo literário, em cacos com minha alma. Ando muito desanimado. De saco cheio de tudo. Né depressão não. Nem problema psicológico. Talvez seja fase. É isso. Tô de saco cheio de tudo. Até para escrever... eu tava aqui pensando. O motivo deste texto nem era sobre a falta de escrever. Era sobre a minha ingratidão, a minha covardia com as pessoas, com a vida, com Deus, comigo. Tenho adquirido também alguns vícios de caráter. Tenho sido mesquinho comigo mesmo. Do tipo que não dá valor nas coisas que tem e pensando em coisas que não posso, nem devo ter. Isso tem me angustiado muito. Nem são coisas essenciais. Que eu preciso. Acho que nem quero querer, mas quero sem querer mesmo assim. Se eu conseguisse tudo que quero acho que nem ia querer mais. Ia ficar com que tenho hoje, pois eu sei que sou feliz com o que tenho. Só preciso mesmo é assumir isso.
FLORES, Leandro, 2020;
Às vezes fico triste, ao ver que o amor existe e muitos não sabem vivê-lo...
Ando nas ruas e olho para o lado, um maluco na esquina drogado, embriagado...
Vejo que muito se sente culpados e trabalho dobrado, enquanto outros parado conseguem viver.
Je suis....boba
Vivo... tocando o mundo com a ponta do dedo,
sigo sem medo.
Ando na ponta do pé,
surpreendo sempre,
... nunca sou surpreendida.
Não me perco na vida,
estou de bem com a vida.
(me fazendo de) boba...
assim vivo e ganho a vida.
Esperteza?! sem medida... desmedida, não na minha vida.
Aprendi a brincar com a vida (me fazendo de) boba...
assim vivo bem.
Ouço o barulho da noite, mas durmo bem
porque não desconfio de ninguém.
O mundo é dos espertos? Então, não me queira por perto!
Je suis boba ou je pense que je suis?
Je pense, donc je suis...
Desperdício
Desperdiço parte da minha vida, quando me recuso a distribuir amor por onde ando... o medo contribui para esse enclausurar de emoções... aí, fico cheio, inchado e nada mais...!
Desperdiço parte da minha vida, quando não uso das forças interiores existentes em mim, prontas para me solidarizar com o próximo... aí, sinto que vou explodir de tanta energia acumulada...!
Desperdiço parte da minha vida, quando uso de uma prudência desmedida, por não querer arriscar e me dar mal em algumas situações, que só faria bem a quem precisa... aí, torno-me um inoperante...!
Desperdiço parte da minha vida, quando me esquivo do sofrimento alheio, só para não me envolver... aí, percebo o quão pequeno e covarde sou...!
Desperdiço parte da minha vida, quando ajo com imprudência nos assuntos mais delicados que se apresentam diante de mim... ai, vejo o quanto sou inconsequente...!
Desperdiço parte da minha vida, quando endureço o meu coração para as coisas mais simples como a natureza ou uma criança querendo colo... aí, convivo com uma rigidez desnecessária...!
Desperdiço parte da minha vida, quando ignoro a presença divina perto de mim, chamando-me para um relacionamento mais estreito... aí, não resta mais nada dessa minha vida inútil...!
No egoísmo a minha vida vai morrendo aos poucos, em cada ação de amor não realizada... aí, entendo que mesmo vivo não tem mais nada para morrer em mim...!
É nesta hora que a misericórdia divina me alcança... nos momentos mais sombrios entendo que não estou sozinho, e que todos são especiais para o Pai Celestial...!
É um aprendizado constante viver bem com o próximo... viver em união e solidariedade faz bem... nisto eu vejo tudo em minha vida mudar...!
Vejo que é necessário viver intensamente, tantos nos bons momentos como nos ruins... aí, sinto o meu crescimento e um ânimo renovado...!
Vejo também a necessidade de distribuir um amor fraternal... daí, uso as forças interiores existentes em mim, para me solidarizar com o próximo...!
Vejo a necessidade de arriscar mais para fazer o bem a quem precisa, sem me esquivar do sofrimento alheio para não fugir da obra que Deus colocou em minhas mãos...!
Agora sei, que onde existia o orgulho sobra humildade... onde existia a soberba sobra amor... onde existia desinteresse sobra vontade... nisto, descarrego todas as minhas energias e sempre sou recompensado...!
Agora não desperdiço mais a minha vida.... agora amo sem interesse algum... agora recuperei as minhas partes perdidas... agora quem morria aos poucos, sobra vida... vida em abundância.
'Comprei um marcapasso e o trem não me funciona, todos os dias ando 1 kilômetro e não vejo ele marcando os passos que eu dou.'
—By Coelhinha
Não ando mais,
nem menos,
não corro para o futuro.
No passado que planejei
vejo as luzes do noturno.
Com pressa de ir!
Para onde?
Melhor ficar aqui neste presente de natal.
Ah, sem essa de expectativas de novos velhos sentimentos. Eu ando tão na minha, tão quieto, tão observador e tão apaixonado por mim. Vou ver até onde chego com isso. Porque agora quero sossego, de todos os lados. E só vou deixar perturbar meu silêncio que estiver preparado para cuidar do meu barulho. É bem por aí. Sem mais.
