Amor de Alma
Crenças da alma perdida...
Doces delírios...
Clamor que se define...
Paradigmas que morrem...
Em atos que terminam...
Voz que defere o silêncio...
INQUIETO SONHO
Quando n’alma do cerrado andei perdido
Desencontros, os encontros e mudanças
A voz do querer sussurrava-me ao ouvido
- O afeto só é bem se existem confianças
Esperanças, e no muito esperar, cansas
E, assim, só o alcanças, sem ser temido
Onde a paixão lhe traz boas lembranças
E o haver o vínculo não lhe é proibido
Todavia, quando o olhar se faz perto
Tornando o incerto em um algo certo
Nessa vaga de encontro me desponho
E, se me proponho a este doce carinho
É porque no peito a afeição eu alinho
E no ter, o amor, é um inquieto sonho
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
23/10/2020, 09’50” – Triângulo Mineiro
Deserto
Atravesso desertos fora de mim.
Não encontro oásis no recôndito de minha alma.
Deserto incerto...
Nada é proporcional.
Miragens de mim.
Desejo intencional.
Deste-me um beijo.
Disseste-me adeus.
Gosto amargo e seco.
Tempestade de areia.
Uma serpente serpenteia.
Grito em silêncio.
Ecos num vazio amargurado...
Tudo desajustado.
Oásis embaciado.
Coração de Leão.
Sorria meu bem,
Sei que é difícil,
Mas, podemos ir além,
A alma de artista,
Excêntrica, como nós,
Grita, arde, berra,
Ecoa dentro do peito como alma cativa,
Não se limita em si,
Embora de fora é incompreendida,
Não se sinta aflita,
Minha linda,
Minha querida,
Te vejo além do castanho dos seus olhos,
Vejo seu coração,
Que ressoa como linda canção,
Saindo do teu âmago,
Diafragma,
Coração,
Entre suas cordas vocais,
Lindo instrumento se faz,
Alma de artista meu bem,
Sei que podemos ir além,
A arte é uma fuga,
E também é prisão,
De uma mente sem limites,
Sem freio,
Que não se cala, fala,
mais do que a própria voz,
Mais do que o próprio peito pode suportar,
Nas fotos,
Nos poemas,
Nos sons,
Num mundo que não é nosso,
Ele não nos contém,
Não nós compreende,
Ouviremos juntas o concerto desse nosso novo tom,
Ainda que no silêncio de nossos corpos,
Misturado com nossas mentes barulhentas,
Sem pressa, medo ou julgamento,
Segurando nas mãos,
No colo, entre os dedos,
No entrelaçar dos corpos nus,
Nessa dança, onde nenhuma de nós se cansa,
Nesse diálogo sem falas,
Que abram alas,
Que nosso amor ressoe na avenida da vida,
Nesse carnaval sem máscaras, sem rua, sem pudor,
Secando todas as lágrimas contidas nos cantos que fomos deixadas nessa vida,
Chegou a nossa vez, nossa vez de ser feliz.
Com os olhos que brilha no infinito
Carregando na alma a esperança
Se dedica ao sonho tão bonito
Carregando um sorriso de criança
Com ternura persista no caminho
Que teus sonhos se abram como flor
Que Deus te guarde com carinho
E proteja teus sonhos de amor
Chegou nossa hora de sermos felizes de verdade. Estou fisicamente exausto, mas tenho a alma fortalecida por te ter comigo. Mas também, estou com as pernas fortes para correr mais de quilômetros ao teu lado, se preciso!
Tropecei feio. Esfolei o coração, rasguei a alma e fiquei sem um risquinho de força. Pensei em desistir, achei que a felicidade não estava no meu destino e que a minha sina era morrer sozinha, sem nenhum sonho realizado, sem nenhuma história bonita para contar. Tentei me esconder do mundo, joguei no lixo a esperança que sobrou e os planos que guardava na gaveta. Foram duas semanas e três dias mergulhada em mágoas, deitada em um lençol encharcado de lágrimas calejadas, com um coração gritando de dor. Já não suportava tanta angústia, eu morreria de tristeza se naquela manhã o sol não me beijasse a face, se o azul do céu não me revelasse o quanto eu estava perdendo, se a menina do prédio ao lado não desenhasse com os dedos um coração singelo e se o carteiro não deixasse debaixo da porta aquela frase que me fez renascer, querer viver e colocar a felicidade no porvir: Menina, a cana só dá açúcar depois de passar por grandes apertos.
"Doce melodia ao bater de assas da noite
perdida entre utopias e devaneios
Alma dançante, flauteado ritmado
Em pleno silenciamento de bocas
resplandece de repente teu sorriso
Já não se pode respirar, frente a ti
já não se pode respirar sem ti
Cabeça funciona pouco
coração trabalha dobrado
Quero estar ao teu lado
sob embalos compassados e lençóis amassados
Minta-me a verdade, preciso entrar neste passo
Mesmo quando não acontece, acontesse
mesmo quando não se tem, se tem demais
Sentimento florescente, sem a chuva morre
E logo ouve-se o chorar dos violinos, e então silêncio
Quando se acaba a música, se acaba o amor"
Confia-me tua mais pura alma
acalma-te o coração
e deixa que com o meu comando
irei guiando-lhe
Levarei você para o meu mundo
e lá, o amor será nossa filosofia
mais do que isso, será nossa vida
Amar-te hei de ser a melhor coisa de se imaginar fazer
Viver hoje é uma obrigação
não por ser obrigado, mas para imagina-me ao teu lado
O vento não sobra mais como antes
O sol não brilha assim apenas por bilhar
A terra não gira mais sem um motivo
E tudo isso é por sua culpa !
u.u , blébi
Quando a Alma Insiste
Amores que não cabem no calendário,
ferem a boca da hora, dilatam o dia.
Despedidas, mas não o esquecimento,
porque o vivido se agarra à pele como lume.
E eu sigo, mesmo dividido, mesmo nu,
com o coração latejando no vão da garganta.
Coragem? Talvez. Ou apenas o delírio
de caminhar enquanto a alma insiste em ficar.
Faça com o seu sentimento, seu coração e sua alma, com VOCÊ faz com seu cabelo ou suas vestes todos os dias. ARRUME-SE!
Constância é o compasso da alma que insiste,
É força serena que nunca desiste.
Ela levanta quando tudo fraqueja,
É chama acesa que o tempo não apaga ou despreza.
É ritmo firme, sem pressa ou demora,
É presença diária que nunca vai embora.
Constância é o elo entre o sonho e a ação,
É quem constrói castelos com o tijolo da repetição.
Não grita, não salta, apenas permanece,
E no silêncio, tudo ela tece.
É no gesto que se repete com fé e razão,
Que se ergue a ponte para a superação.
PROPÓSITO
O propósito é a melodia singular que ressoa em nossa alma, o fio condutor que dá sentido a cada passo e ilumina o caminho. Não é um destino fixo, mas a constante busca por alinhar nossas ações e paixões àquilo que realmente importa, nutrindo a essência de quem somos e a contribuição que desejamos oferecer ao mundo.
Tantos olhares por aí...
janelas da alma, sem fim.
Alguns curiosos, a espreitar,
outros cansados, a sonhar.
Há o brilho breve do que passa,
e o pesar mudo que se disfarça.
Olhares que julgam sem conhecer,
e os que acolhem, sem querer.
Em cada um, um mundo se encerra,
histórias contadas sem guerra.
Tantas vidas em um piscar,
tantas verdades a nos guiar.
E no meio de tanto ver,
o meu olhar, tentando entender.
Amar a si mesmo é o solo fértil onde as flores da alma desabrocham, nutrindo a essência da nossa existência.
Mas como encontrar nossa essência?
Eu estudo a alma humana e existem motivos para que uma pessoa aja de uma derminada maneira, mas quando se trata de amor, parece não ter lógica nenhuma.
