Voa
Coruja imponente, cuja natureza é sábia, bela e astuta, ave que voa em silêncio, geralmente, uma declarada amante da noite, que cativa muita admiração e respeito,
E guiada por um forte instinto de sobrevivência, não costuma colocar a sua segurança em risco, escolhendo muitas vezes a sua própria companhia, um grande zelo consigo
Como se tivesse a alguma consciência, escolhendo o momento certo para agir, afastando a negligência, aquilo que pode prejudicar o seu dia, uma demonstração inconsciente e inspiradora de muita prudência
Reflexão poética, quiçá, filosófica a respeito de um lindo ser bem representado numa arte complexa, rica em simplicidade, feita com paciência e um amor inegável, mais do que beleza na sua essência, a profundidade de um simples quadro.
Poesia: O corpo corre, a alma voa
Na via dos coqueiros, a vida corria,
Entre risos, encontros, a alma se erguia.
Um cavalo liberto, surpresa no ar,
Mostrava que o mundo convida a sonhar.
Cada passo cansado é lição que acalma, Fortalece o corpo e expande a alma.
Na estrada ou na vida, o eterno ensinar:
Quem segue em frente aprende a voar.
Não somos livres do tempo, mas somos livres do que fazemos com ele
Até o pássaro que voa precisa do céu como limite.
POeMA DE SEGUNDA
A semana começa.
O dia termina.
O tempo voa.
Sexta chegou —
e o tempo foi pouco.
Sábado passou,
domingo é sala de espera pra segunda.
Tudo recomeça.
A roda gira:
tempo, trabalho, tropeço e o vôo.
E a vida?
Bilhete de ida
pra um tempo qualquer
Pra uns, curto.
Pra outros, um pouco mais.
No fim,
somos só isso:
passageiros do tempo,
com hora marcada.
A liberdade, quando é plena, desconhece cercas e mapas —
ela nasce no peito e voa onde o espírito ousa sonhar.
EU
Pássaro que voa
Semente que brota
Brisa que passa
Sorrindo atoa...
Eu
Jardim entristecido
Esperando a chuva
Para poder brotar
No deserto esquecido.
Irá Rodrigues
Santo Estevão - BA – Brasil
Safira
Lua, como ela voa,
Sempre delicada, a noite
É toda sua, toda tua.
Ela, com cores de seu cabelo.
Na rua, a lua nua,
Como colírio para os seus olhos lindos.
Tanta beleza, a natureza
Refletindo nos seus olhos, rindo.
Tanta beleza, indiscreta,
Inquieta de tanto beijar,
Se desmontou de tanto imaginar o nosso amor.
Hoje a lua, ela canoa,
Inesperada de tanto desejo.
E no seu beijo, safira, eu te digo:
De tanto que eu penso em ti,
Plena, Taíssa, como é a vida
De tantos cantos roucos
E de beijos loucos,
Se tanta falta me faz.
Safira
Safira
Safira...
Voa Beija-flor-de-bico-curvo
diga à ele que não o esqueço
nem por um segundo,
E todos os instantes
o meu peito tem cultivado
este amor profundo.
Uma Arara-vermelha
voa como um poema
ao vento sobre nós,
Coloco o paraíso
secreto nas suas mãos,
Desde que você
me permita fazer
tudo o quê eu quiser
em daquilo que nos
pônha em flutuação.
