Textos sobre palavras

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⁠O SILENCIO
O silencio se impõe
Quando as palavras pensam que foram sucintas
E os sentimentos que fonemas não traduzem,
O silencio conserva...
Os poemas das dores dormem durante os olhares
Que buscam uma explicação para a emoção
Que as palavras não conseguem explicar,
O silencio conserva essa emoção silenciosamente;
Esse poema de vagalumes, grilos e brisas só a alma percebe;
Os montes se erguem majestosos para colherem ocasos
E o silencio está ali divino e materializado...
É este poema que inspira a todos os poetas: o silêncio.

Inserida por tadeumemoria

BABY
Guarde seu olhar de compaixão,
Cale suas palavras doces,
Já me acostumei com o silencio
E a escuridão...
A solidão me chama de baby...
Baby, baby baby baby...
A lua nos espera na varanda
Onde os fantasmas do passado
Dançam seus boleros,
Onde eu espero o momento que não veio,
Onde eu degolo aquele ser austero
Que da noite só esperava a lua...
Baby... baby..baby...
A solidão me chama de “meu bem,”
As taças tilintam irritantes,
Ao som de ébrias gargalhadas,
Daqueles que profanam a noite...
A lua se insinua na varanda,
Anda pros meus braços,
Pra insanidade inocente dos santos,
Pra ternura piegas e débil dos loucos...
Quem disse que eu não sou Deus?
Se a névoa púrpura e plasmática
Bafeja este deserto de assombrações...
Quem disse que eu não sou Deus?
Se tenho um punhado de estrelas na minha destra
E na minha esquerda
Um coração que pulsa
Ao ritmo de tuas lágrimas e sorrisos...
Quem disse que eu não sou Deus?
Se a emoção que enrubesce sua face
Agita o sangue em suas veias
me faz manter suspensos e brilhantes os astros...
Quem disse que eu não sou Deus???

Inserida por tadeumemoria

PROCISSÃO

Quando eu não tiver nada ainda terei as palavras

Terei o silencio e a virtude de saber não possuir

E as minhas palavras dar-se-ão as mãos

Numa ciranda a cantar poemas a edificar a solidão

E a minha solidão povoa,

Pavão, pavoa, encantos, penas e cantos

Leitos, lagoas, embarcação, canoas

Uma procissão, uma novena,

Meu verso vai de Tóquio a Cartagena

Porque minhalma não é pequena,

Minha estrofe é forte e minha verdade serena

E o meu silencio não dói; não dói quando passa a tarde

Quando passa o rio, quando passa o vento,

O meu silencio só dói quando passa o sentimento

Inserida por tadeumemoria

Não sou feita de tíbias palavras

Sim, sou feita de poesias plenas,

Não sou feita de tristes amarras.



Eu sou poesia que fica,

Sou a perfeita indecência,

Eu sou a própria malícia.



Sou feita do teu doce sorriso

Não, sou a tua fina safra..,

Sou feita do teu verso despido.



Eu sou a mulher feita de poemas,

Eu sou a tal cheia de sol...,

Eu sou toda coberta de estrelas.



Não invado, sou poesia

O meu verso é de ferro,

E o meu corpo é de fogo.



Eu sou a menina fingida,

Eu sou a mesma [mulher],

Eu sou alguém que te quer.





A minha ambição é discreta,

Não desafio, porque sou lira;

Escrevo para uma paixão secreta.



Porque eu amo, sou poesia.



Porque tenho sede, sou poesia



Porque eu te espero, sou poesia.



Não vou além, porque sou poesia...



Porque como toda a poesia: sou poesia.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Palavras não são como folhas ao vento,

Dizem até que o vento as leva,

Mui diferentemente das folhas,

Elas - as palavras - sempre chegam ao

destino, - não duvide disso.



Lá do alto do Monastério,

Com os braços em direção ao céu

De tom opala e repleto de mistério,

Em busca de retirar todo o véu,

Ele que abriga o mel que te aflige,

Assim bem doce tu redige.



Palavras não voam com o vento,

Elas só trafegam,

Mui diferentemente do que pensam,

Elas ocupam o teu coração,

E tomam conta do teu pensamento.



Vejo no firmamento

do teu corpo,

Tatuadas as setes artes

liberais,

Inscritas deliciosamente,

Capazes de me endoidecer,

E de me invadirem ardentemente,

Rendendo-me severamente.

A tua retórica hipnotiza

a minha dialética,

A tua música a minha gramática

não traduz,

O teu beijo é expressão

- e o teu corpo seduz.

A tua aritmética domina

a minha geometria,

Somos uma constelação

- e uma só astrologia...

Inserida por anna_flavia_schmitt

Estou aqui na ilha das palavras,

- gozando da condição de prisioneira

O firmamento me fitando,

chego até a escutar a voz de Deus:

"- E agora, minha filha? ".


Só me resta recordar o teu arfar,

e com o teu amor sonhar...

Porque até o mar brinca comigo como

um jogo de espelhos que quando penso

que estou me vendo: na verdade é você

que estou vendo e rememorando...



O azul do mar, a areia branca, as rochas

e o meu cantar - estão a te procurar...

Do que adianta ter veia poética, e o teu

coração não ter conseguido tocar?

Resolvi de vez me ilhar aqui (na ilha das

palavras), fazer rendas com as meninas e

ainda crer que o seu amor poderá voltar.


Porque até a brisa e a maresia à partir de

hoje não tem mais o mesmo perfume,

Não sei mais se devo te escrever, te falar

ou apenas cantar. Só Deus é quem sabe.



Uma coisa é certa: os meus dias não serão

como antes: irei dedicar cada rosário

para a Nossa Senhora dos Navegantes.

Para que ela te lembre das noites amantes,

nas quais as estrelas e o luar se fizeram

ainda mais brilhantes - extasiantes!...

Estou como uma felina estendida no

tapete (esperando) o afago do dono;

com os meus olhos caídos,

e versando sobre o abandono na esperança

de receber um carinho e o nosso reencontro.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Nestes últimos anos
ando me afogando
com as palavras
que ando calando,
e a rotina poemizando
para as dificuldades
da vida tentar suavizar.

O frio por todo anda
enorme e do desalento
do mundo ando aqui
pela rua buscando
não deixar me abalar
observando as flores
o cenário embelezar.

Creio que tudo isso
um dia irá passar,
e por aqui eu bem
estarei a espera
das redes coloridas
por mãos nordestinas
sendo vendidas,
para o meu cansaço
vir a se aconchegar
e de tudo me refazer.

Inserida por anna_flavia_schmitt

A nossa aliança é sublime

Mais do que palavras

- elas cultivam a atitude:

Nunca subestimamos o acaso.

O amor sempre esteve conosco

- lado a lado

Determinação do Bom Jesus dos Navegantes,

que fez a gente ter se encontrado.



A tarde chega misturando amorosamente

No céu as cores rosa e lilás...

Sinto gotejar o aroma de lavanda

- estou aqui na varanda...

Contando os versos

Que vem atrás dessa saudade,

Que você me faz;

Está retido na minha boca o teu beijo

que me embalsama,

e no meu corpo está a tua mocidade vivaz.



O mundo pode cair à deriva...

Temos em nós uma paz infinita,

Uma vivacidade que não se apaga

E um encanto além da chama...

Sim, nesta tarde que saúda

As minhas três palmeiras,

Estou aguardando notícias suas

[alvissareiras] - cá estou sereníssima...



Quando se ama é assim: não se teme dançar

no [precipício,

O coração busca o outro até no

[abismo,

Vive-se a profunda certeza de estar

Vivenciando a amorosa serenidade

[mais extrema]...

É na certeza de ter a proteção

Do teu colo dando o meu em troca,

é que a gente se amplifica e se serena;

certeza longe de ser pequena.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Podem até me faltar as palavras

Sempre saberei por onde começar,

Talvez você não me compreenda

Sou uma equação sem solução,

Ainda posso aprender a amar.



Com a cabeça no mundo da Lua

Os meus olhos só conhecem o Sol,

O meu coração é uma galáxia

Sou da noite, e também da manhã;

Sou um tanto doida, corro do divã.



Existe um tempo que é só meu

Só o amor pode me transformar,

Vou dançar um blues em cima da mesa

Não acho que esse coração seja meu,

Quero conhecer o lado azul da tua sutileza

Toda mocinha tem síndrome de princesa,

Querendo um princípe que a obedeça.



Com a cabeça querendo ser tua

Os meus olhos só conhecem os seus,

Os teus olhos são um par de planetas

Que serão para sempre meus,

Sou da noite, e também da manhã;

Sou um tanto doida, corro do divã.



Um pedaço de carinho

E outro só braveza,

Que para te silenciar te beija

A boca com certeza,

Inteiramente não resisto

Ao teu corpo quente,

Na verdade sou um bicho selvagem

Você é acha que sou meio ausente,

É a maneira de estar com você

Sempre presente,

Um gato para colar comigo

Tem que ter coragem,

E tem que ser antenado e muito valente.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Tens a licença poética,
e até mesmo profética
de criar novas palavras:
por por realismo
e de sobrevivência
existencial neolog(ética).

Se não houver mensagem,
ao menos um sentido
doa a quem doer,
não é neologismo, meu amor.

Nem se licença houver
ou 'permitida' for,
doa a quem doer,
é erro ortográfico, meu amor.

Tens a liberdade da crítica,
e até mesmo ética
para iluminar
sem causar dor,
mesmo que seja
expressão de certo rigor.

Sob a luz do amoroso luar
nos campos da hileia,
entenda e não se feche
como se vivesse numa ilha.

Ao som da sinfonia lunar,
serei a alegria pelo ar
sendo somente tua
nas tuas mãos e de alma nua.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Busco na leveza das palavras
a fortaleza para continuar,
porque quero ter fé na vida
e na existência do amor
sempre acreditar mesmo
na incerteza se vou encontrar:

Moram em mim guerras,
tempestades e tumultos,
todos indomáveis,
mas vivo em constante
enfrentamento,
estou sempre a buscar
as galáxias, o luar
e as lições de resistência
para sobreviver a mim mesma;

Aconteça o quê aconteça,
para que do Mal
das gentes eu esqueça,
e a mim mesma eu vença,

Ando em busca de paz
profunda interior
e reconciliação com
a crença que ainda
neste mundo existe amor,

Se não te encontrar,
irei te esperar demore
o tempo que for,
assim decidi ser tua, amor.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Para manter-me com
o mel das palavras
até você vir a mim,
do repousar ao despertar
sempre tenho-me valido
de tão fino erotismo
no mundo que colocou
o amor em olvido,
e se esqueceu de como
tão bom é o romantismo.

Por isso vivo mantendo
o meu coração ardente
tal qual fogueira que
não se apaga em noite
de luar e de estrelas
até quando o destino
colocar nossos passos
reunidos e alinhados
no astronômico caminho.

Não tenho mais olhos
para ninguém na vida,
apenas para os teus
que valem pelo poente
deitado sobre a duna
do deserto inaugurando
o fascinante Universo,
e me fazem te esperar
em prosa e verso
o tempo que for preciso.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠O vício de mãos dadas
com o fel das palavras
têm feito trincheiras,
Venho me dedicando
em traçar estratégias
por tudo aquilo nos
fez ser quem somos,
e sempre seremos.

Na minha imaginação
tudo entre nós existe,
não parei de dançar
em sua companhia
a música Lua Azul,
Você é meu Norte
e sou o inevitável Sul.

O meu coração tem
batido a cada dia
mais forte diante
da cena do encontro
que para nós construí,
O teu lugar é aqui
abrigado no silêncio
e enroscado comigo.

Em meio a revoada
das aves noturnas
neste tempo gelado
e de céu nublado,
Os sinais naturais
inspiram a esperar
para a gente se amar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Não importa o quê
de mim estão falando,
as flâmulas perpétuas
tecidas de palavras
poéticas na História
em defesa do Esequibo
pertencem só a mim.

O quê é de direito
de lugar e de se hastear
pertence somente
às oitos estrelas na proa
do Monte Roraima
com todas as virtudes,
homenagens e decência.

A liberdade que foi
arrancada com violência
da tropa estimada
e do General preso
injustamente deve ser
por humanidade restituída:
a História de injustiça
nunca mais deve ser repetida.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Com palavras
que não
são minhas,
Escrevendo
poemas
com páginas
de jornais
e com o clamor
de um povo
que vem
sentindo
o peso da mão
e da covardia
todo o santo dia.

Carniceiro
de Artemísia,
Não dá para
crer que
seja realidade,
Charco
de sangre,
Não consigo
crer em tanta
maldade:
um vale
de lágrimas.

Dizem que
los febreristas
estão divididos,
Enquanto
deveriam
estar unidos
para encontrar
o General,
e outros tantos
desaparecidos
que como
ele estão
até hoje
injustamente
detenidos.

(Os meus clamores não estão sendo ouvidos.)

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Palavras
me faltam
porque
quem teve
o dever
de ter
conversado
para a gente
defender
eximiu-se
de fazer,
optou pelo
caminho
transtornado,
e o dia
nem encerrou,
e o resultado
está aí para
o mundo ver.

Estou sem
entender
como é que
permitem
um General
e uma tropa
na prisão
sem nada
terem feito
nada na vida
por merecer.

Ruas lotadas
de ambos
os lados,
o futuro
não há
como prever;
Divididos entre
enganados,
seduzidos
e autoexilados.

Não tenho
escrito tanto não
para desafiar,
E sim para
a dor de quem
não pode falar
tentar aliviar,
Pedindo como
quem reza
por uma
direção certa
para nunca
mais sofrer.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Quando eu havia
lido essas palavras
do Presidente
interpretei de
maneira
precipitada que
a luz havia voltado:
"hemos recuperado
el cuerpo eléctrico
del país y no
podemos
dejar que se
caiga de nuevo".
A luz
voltou,
mas não em
todos os lugares
e a água ainda
está a caminho,
da mesma forma
espero que
a reconciliação
encontre o seu
destino porque
opositores
e defensores
estão reunidos
para vencer
este ataque
produzido
por culpa do
Império do Inferno,
faço votos que se
encontre e puna
os autores desse
crime bárbaro.

Por que me preocupo
com essa falta
de luz e água?

Porque eu quero
saber como está
o General preso
injustamente
há um ano,
pois ele está
muito mal
fisicamente.
Quero saber
como está
o Luís Carlos
que foi preso
abruptamente,
quero saber
de tanta gente
e de quando
virá a liberdade
daqui para frente.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠O jogo de palavras
só pertence
aos menesteréis
das letras
porque cabe à eles
distrair os corações
para encantar;
Aqueles que têm
por missão
as notícias espalhar
não devem
com a liberdade
de quem precisa
em hipótese
alguma brincar.

O peso das palavras
só cabe aos poetas
carregar o fardo,
Porque sabemos
a fórmula para fazer
a quem nos interessa
se sentir incomodado.

Se não nasceste
com tal habilidade,
Só caminhe nesse
território com um
bom argumento
para ser empregado,
É dever de cada um
nós libertar todo
o leal soldado.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠O pensamento acena
Para o nosso caminho,
As palavras se tornam
O concreto destino.

A escolha nossa deve ser
Pela poesia do encontro
Em nome da reconciliação,
Ao prisioneiro mais antigo
A esperada libertação.

O sonho de liberdade
Não pode ser pela metade,
Da mesma forma que não
Se divide o bem amado,
No verso mirandino gritado
Pelo herói é a esperança
De um futuro resgatado.

Porque escrevo não para brigar,
mas para abrir os olhos...

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Ofereço com ternura
uma Cattleya bicolor etérea
como quem leva dias lapidando
as palavras para escrever
um poema de amor para ser
levado no bolso para onde for,
reler atento a todo o instante
e reviver com intensidade
o impulso a cada nova flor

(Porque eu sou o seu amor,
e você é o meu amor);

No seu peito a tatuagem invisível,
na mente presença inabalável, indivisível nos teus sentidos,
convergente nos caminhos
e tudo aquilo que você imaginou.


Inserida por anna_flavia_schmitt