Textos para uma Menina Corajosa
Um sonho erguido com a arquitetura da essência
Desde menina, aprendi que o silêncio educa, que os livros ensinam mais do que os aplausos, que a introspecção é um território fértil onde germinam as ideias que um dia mudarão o mundo. Enquanto outros buscavam o ruído das multidões, eu encontrava abrigo entre páginas e pensamentos. Não eram apenas sonhos — eram chamados, vocações que se impuseram antes mesmo que eu soubesse nomeá-los.
Hoje, mulher, mãe atípica, pesquisadora incansável, comunicadora que honra a palavra como um instrumento de transformação social, reconheço: nada foi por acaso. Cada degrau exigiu mais do que esforço — exigiu entrega, renúncia, silêncio estratégico e uma fidelidade inegociável à minha essência.
Na última sexta-feira, estive na Gazeta do Povo. Não como um ponto de chegada, mas como uma confirmação inequívoca de que, quando se honra a própria verdade, o universo responde — com encontros, convites, oportunidades e reconhecimento.
Minha gratidão ao Gui Oliveira, que não apenas me convidou, mas também acolheu minha trajetória e me permitiu falar, com seriedade e profundidade, sobre um tema que transcende a retórica: o desenvolvimento humano, a potência da infância, a urgência de compreendermos que moldar futuros não é teoria — é compromisso, é responsabilidade, é amor em estado de ação.
Este é apenas o começo. Em breve, anos de pesquisa ganharão forma em dois livros — um legado que coloca à disposição de mães, terapeutas e educadores, ferramentas concretas para a grande janela de ouro da neuroplasticidade, entre os 3 e os 6 anos, quando o cérebro da criança está mais aberto ao florescimento de competências fundamentais para a autonomia e a qualidade de vida.
Não se trata de ser vista. Trata-se de ser. Não se trata de discursar. Trata-se de fazer, com ética, com rigor, com amor.
Enquanto eu respirar, seguirei construindo, persistindo, acreditando. Porque há jornadas que não se definem pela linha de chegada, mas pela decisão inabalável de nunca parar de caminhar.
Autoria: Diane Leite
A MENINA E O MUNDO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
A menina oprimida e tratada como santa cresceu. Quando a família perdeu o direito enviesado de separá-la das propaladas "imundícies do mundo", ela quis conferir. Ver se o mundo é tão imundo quanto aprendeu. Se todas as pessoas de fora da sua bolha são de fato perversas, mentirosas e podres.
Viu que o homem que fuma tem o pulmão comprometido, mas o coração, em sua natureza humana, é generoso. Conheceu finalmente a mulher de cabelos vermelhos e tatuagens no corpo, e constatou que a bondade não tem aparência. Que a decência não escolhe a cor dos cabelos nem da pele. Descobriu que a vaidade condenável não estampa ou cobre o corpo. Ela se oculta no coração e se manifesta em atos como preconceito, julgamento e certeza da perdição das almas de quem não comunga o mesmo credo; a mesma visão de mundo e vida; o mesmo caldeirão de filosofias distorcidas e dogmas calcificados. Ao mesmo tempo, descobriu a malícia e a hipocrisia; o rancor e a má fé impregnados em grande parte dos mais contritos, severos e santarrões da elite religiosa que a mantinha no cabresto... ou no redil.
Então a menina já não menina chorou. Estava no mundo e só foi preparada para estar no céu. Teve que travar a grande luta interna para vencer a si mesma e aprender a tratar o próximo como semelhante, apesar das diferenças. Viu, de uma vez por todas, que não estava cercada por demônios. Que as virtudes não são exclusivas da religião, nem os defeitos são inerentes aos não religiosos ou aos que professam outras crenças. Percebeu que o bem e o mal não escolhem grupos e ambientes; estão em toda parte, e seja onde for, somos nós que nos livramos das tentações, por força de caráter, natureza e criação.
Mas a maior tristeza da ex-menina foi constatar o rancor, a intolerância, o preconceito e o julgamento dos seus, desde o momento em que resolveu enxergar com os próprios olhos. Caminhar com os próprios pés. Pensar por conta própria. Correr seus riscos e descobrir que o mundo é bom. As pessoas do bem são muito mais numerosas que as do mal, e nenhuma delas tem uma inscrição na testa ou na palma da mão. Muito menos é conhecida em sua real profundidade, pelos discursos que faz ou o grupo a que pertence.
Mesmo assim, a já não menina e já não oprimida tem esperança de reconquistar a família e os antigos irmãos de fé, sem ter que voltar a ser como antes. Sua esperança na família, é a mesma que aprendeu a ter no mundo, após conhecê-lo pessoalmente, sem as influências do sensacionalismo denominacional.
A MENINA E O MUNDO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
A menina oprimida e tratada como santa cresceu. Quando a família perdeu o direito enviesado de separá-la das propaladas "imundícies do mundo", ela quis conferir. Ver se o mundo é tão imundo quanto aprendeu. Se todas as pessoas de fora da sua bolha são de fato perversas, mentirosas e podres.
Viu que o homem que fuma tem o pulmão comprometido, mas o coração, em sua natureza humana, é generoso. Conheceu finalmente a mulher de cabelos vermelhos e tatuagens no corpo, e constatou que a bondade não tem aparência. Que a decência não escolhe a cor dos cabelos nem da pele. Descobriu que a vaidade condenável não estampa ou cobre o corpo. Ela se oculta no coração e se manifesta em atos como preconceito, julgamento e certeza da perdição das almas de quem não comunga o mesmo credo; a mesma visão de mundo e vida; o mesmo caldeirão de filosofias distorcidas e dogmas calcificados. Ao mesmo tempo, descobriu a malícia e a hipocrisia; o rancor e a má fé impregnados em grande parte dos mais contritos, severos e santarrões da elite religiosa que a mantinha no cabresto... ou no redil.
Então a menina já não menina chorou. Estava no mundo e só foi preparada para estar no céu. Teve que travar a grande luta interna para vencer a si mesma e aprender a tratar o próximo como semelhante, apesar das diferenças. Viu, de uma vez por todas, que não estava cercada por demônios. Que as virtudes não são exclusivas da religião, nem os defeitos são inerentes aos não religiosos ou aos que professam outras crenças. Percebeu que o bem e o mal não escolhem grupos e ambientes; estão em toda parte, e seja onde for, somos nós que nos livramos das tentações, por força de caráter, natureza e criação.
Mas a maior tristeza da ex-menina foi constatar o rancor, a intolerância, o preconceito e o julgamento dos seus, desde o momento em que resolveu enxergar com os próprios olhos. Caminhar com os próprios pés. Pensar por conta própria. Correr seus riscos e descobrir que o mundo é bom. As pessoas do bem são muito mais numerosas que as do mal, e nenhuma delas tem uma inscrição na testa ou na palma da mão. Muito menos é conhecida em sua real profundidade, pelos discursos que faz ou o grupo a que pertence.
Mesmo assim, a já não menina e já não oprimida tem esperança de reconquistar a família e os antigos irmãos de fé, sem ter que voltar a ser como antes. Sua esperança na família, é a mesma que aprendeu a ter no mundo, após conhecê-lo pessoalmente, sem as influências do sensacionalismo denominacional.
LUZ DAS ESTRELAS
Certa feita estive numa aldeia.
Lá me deparei com uma menina,
Sua fome me olhava atentamente.
Tinha o nome de luz das estrelas.
Seu pai não se sabia e sua mãe não vinha.
Perguntei-lhe se sonhava. Disse-me que não.
Mas que quando deixasse de ser miúda,
iria ser médica para cuidar das pessoas e dos que vão nascer.
Você sabe o que é poesia?
Não, não a conheço, interpelou-me rapidamente.
Poesia é feita pra gente?
Passei a visitá-la.
Numa manhã que chovia, nova indagação.
Do que você gosta? Prontamente me disse:
Gosto de comida, de escola e de brincar de casinha quando faz frio.
E vou lhe confessar algo.
- Também brinco de agarrar nuvens com as mãos
Carlos Daniel Dojja
Para Luz das Estrelas, em Angola.
A menina que dançava
Falaram-me de uma menina,
Que enquanto descobria seu ritmo,
Pensava-se menos leve,
Que o ar que a circundava.
Seu corpo feitio de brisa,
Se deslizando compenetrado,
Já mostrava que havia canto,
Mesmo quando não escutavam.
Parece-me que seu cabelo,
Poderia ser azul esverdeado,
Como se fosse coreografia de raios,
Se estendendo em sua face.
Como a desconheço, dar-lhe-ei o nome Eduarda,
Aquela que guardou nos pés,
A dança como abrigo,
E se foi envolvendo de ritmos,
Pungidos de existência.
Assim lhe surgiram os duetos,
Com seus deleites sonoros,
E também o estrondar de tambores,
Sucedendo sinfonias.
A esperança lhe chegou,
Como um bale compassado,
Mantendo firmes os braços,
Olhando para o alto, a seguir na direção.
As vezes até parece,
Que nem sequer percebia,
Que viver também se aprende de dança,
Que o tempo faz emergir.
Dança-se no silêncio da alegria.
Na tristeza acalentada.
Descobrem-se em distintos momentos,
Cenários convertidos de linguagens.
Na há movimento sem emoção,
Pulsar alheio, sem sonoridade.
Se dança com pó no rosto,
Com o brilho de enfeites costurados.
Mal sabe essa menina, que um dia lhe contarão,
Que estava a dançar com dor e graça,
Feita melodia de passos,
A poesia dançante da vida.
Carlos Daniel Dojja
In Poema para Crianças Crescidas
Victoria, Vitória da Vida
Victoria, menina-mulher decidida,
Caminha sozinha, enfrenta a vida.
Mãe solo, guerreira, pura bravura,
Carrega no peito uma alma madura.
Com passos firmes, enfrenta a dor,
Mas guarda no riso todo o amor.
Mesmo cansada, não perde a fé,
Levanta o rosto, se ergue de pé.
Ela chora, sim, quando a solidão
Aperta o peito e fere o coração.
Mas nunca se rende, nunca recua,
Tem luz nos olhos, tem força nua.
Quer mais que lutar, quer sentir a flor
Da vida nascendo no seu interior.
Quer dançar na chuva, sorrir ao sol,
Soltar os cabelos, sair do lençol.
Victoria só quer viver a vitória,
Escrever com coragem sua história.
Ser livre, ser plena, ser luz, ser mulher,
conquistar o que é seu, como bem quiser.
Ela é tempestade, é calmaria,
É noite escura e também o dia.
E mesmo que o mundo às vezes demore,
a vitória de Victoria logo floresce e floresce forte.
Eu era muito menina
e o Poeta da Revolução
era bem moço,...
Até hoje não esqueci
quando ele foi
ele sequestrado,
Como ele não vivi
e nunca antes
eu havia revelado:
Que o meu coração
estava vibrando ali
como um tambor,...
Nunca me esqueci
do ano de 2002,
do dia 13 de abril quando
o Comandante Eterno foi resgatado;
Sem ele a vida não
foi mais a mesma,
tudo continua infinitamente parado
e o mundo com este clima pesado,...
Desde o dia 13 de março
do ano de 2018,
Afinal, vocês sabem
bem que o General
continua injustamente aprisionado.
Menina dos Encantos
Menina bem malandra
ela pensa que me engana
mas nesse ramo eu to craque
na malandragem meu sotaque
to ligado no que ela faz
e pra mim pouco nao satisfaz
Ela tenta de várias formas
chamar a minha atenção
pra todas elas a mesma reação
Desconfiança do bom
que se não é sofrido
deve ser enganação
Menina bem malandra
ela pensa que me engana
mas nesse ramo eu to craque
na malandragem meu sotaque
to ligado no que ela faz
e pra mim pouco nao satisfaz
Meu jeito é forte e
acredito na minha sorte
assino minha condenação.
na sua voz rouca e calma
prometendo tudo que é bom.
Venha e desfrute
conseguiu seu carma
como bebida rara
aprecie com moderação.
Venha e desfrute
conseguiu seu carma
como bebida rara
aprecie com moderação.
Menina bem malandra
ela pensa que me engana
mas nesse ramo eu to craque
na malandragem meu sotaque
to ligado no que ela faz
e pra mim pouco nao satisfaz
Meu jeito é forte e
acredito na minha sorte
assino minha condenação.
na sua voz rouca e calma
prometendo tudo que é bom.
Venha e desfrute
conseguiu seu carma
como bebida rara
aprecie com moderação.
Venha e desfrute
conseguiu seu carma
como bebida rara
aprecie com moderação.
Menina bem malandra
ela pensa que me engana
mas nesse ramo eu to craque
na malandragem meu sotaque
to ligado no que ela faz
e pra mim pouco nao satisfaz
Eu vi você.
Vi a menina que sorria tímido, mas também a que se escondia por dentro.
Vi os olhos cansados de noites ruins, de palavras duras, de brigas que não eram suas, mas te atravessavam.
E mesmo assim…
Vi beleza.
Não de fora, mas de dentro.
Vi coragem por acordar todo dia e continuar.
Vi o esforço de parecer leve quando tudo pesava.
E mesmo sem saber como te curar, eu fiquei.
Fiquei quando ninguém via.
Fiquei mesmo nervoso, atrapalhado, mas inteiro.
Eu sei que você teve que partir.
E talvez nunca vá me contar tudo que sentia.
Mas tá tudo bem.
Porque hoje, olhando pra trás, eu não vejo um fim vazio.
Eu vejo um capítulo lindo.
E se você estiver lendo isso em algum plano invisível, eu só quero que saiba:
Eu tenho orgulho de ter te amado.
E tenho mais ainda por estar seguindo.
Com tudo que aprendi com você.
Pode ir em paz.
Eu vou ficar bem.
E vou continuar sendo esse homem que ama de verdade —
até que alguém saiba ficar.
Quem me dera ser
repentista nordestina,
- só para cantar
os repentes de menina,
Quem me dar ser
o doce Rio Jacumã,
- só para me encontrar
com o seu mar,
Quem me dera ser
a carinhosa duna,
- só para apreciar
esse calmo desaguar,
Quem me dera ser
o amoroso Sol,
- só para brindar
esse espetáculo de amar,
Descrevendo o amor
e a nossa mística,
- até em dias sem
romance e sem luar,
Escolhi a Paraíba
para descrever e eternizar.
Quem me dera ser
o tempo e ser o vento,
- só para semear corretamente
o sentimento,
Quem me dera ter
nos lábios o sabor de romã,
- só para entretê-lo além da hora
Quem me dera ser
o canteiro de estrelas,
- só para brilhar à beira mar
Quem me dera ser
a água do Rio Jacumã,
- só para com amor
o nosso sentimento regar,
Quem me dera ocupar
a tua vida,
- só para ser o rio
ocupando o teu mar,
E fazer você encontrar
um sentido mais doce,
todas às vezes que me encontrares
para me amar.
A menina anjo peregrina
Um lindo dia uma
Menina com poder de voar
Resolveu sair do lugar
Onde morava
E buscou explorar
Outros lugares
Ela saiu voando
Até que encontrou
Um lugar
Com um jardim
E decidiu parar
Para descansar
E aí deitou em baixo
De uma árvore
E o tempo passou
E ela acabou dormindo
Quando estava já no finalzinho
Da tarde abriu suas asas
E começou a
A voar de novo pelo céu
Voou, voou
Até que chegou em uma cidade
E aí parou num parque
E sentou em um banco
Onde se deparou com
Uma menina brincando
Logo a sua frente
E as duas começaram a se falar
E a menina perguntou
Porque você tem asas?
E a menina anjo peregrina
Respondeu:
Porque eu sou de um outro lugar!
E a menina falou: que lugar é esse?
E a anjo respondeu:
De um lugar depois dos céus
E então a menina ficou surpresa
E disse: e porque você está aqui
Em baixo?
E a peregrina respondeu
Porque eu vim explorar esse lugar
E descobrir como é a vida de vocês aqui
Passou mais um tempo elas conversando
E a menina anjo peregrina falou:
Agora eu preciso ir
Foi um prazer te conhecer
Tchau
E a menina respondeu
Tchau até mais
E as duas se abraçaram e
A anjo abriu suas asas e começou a voar no céu
A Menina que Encontrou a Borboleta Verde
Era uma vez uma menina chamada Clara, que vivia em uma pequena aldeia cercada por montanhas verdes e campos floridos. Clara era conhecida por sua curiosidade sem fim e por sempre explorar os cantos mais afastados da natureza. Ela acreditava que a magia estava em todos os detalhes da vida, desde o brilho do orvalho nas folhas até o cantar dos pássaros.
Um dia, enquanto caminhava pela floresta, Clara viu algo que jamais imaginou encontrar: uma borboleta verde, com as asas brilhando como esmeraldas ao sol. Ela ficou maravilhada com sua beleza, mas, ao tentar se aproximar, a borboleta voou para longe, como se a estivesse chamando para seguir.
Clara, com os olhos fixos na borboleta, começou a correr por entre as árvores e arbustos, mas sempre a borboleta estava um passo à frente. No entanto, ela não se sentiu cansada, pois havia algo de especial naquela busca. A cada passo, o mundo ao seu redor parecia mais vibrante, as flores mais coloridas, o vento mais suave, e a luz do sol mais acolhedora.
Finalmente, depois de muito perseguir, Clara chegou a uma clareira no coração da floresta, onde a borboleta pousou suavemente sobre uma flor branca. Clara, sem hesitar, estendeu a mão, e a borboleta, com uma leveza quase mágica, se acomodou em seu dedo.
Nesse momento, Clara sentiu um calor suave em seu peito, como se a borboleta estivesse compartilhando um segredo com ela. A borboleta verde era um símbolo de sorte, de novos começos, e ela havia aparecido para Clara como um presente de esperança e confiança.
Quando Clara retornou à aldeia, sua vida começou a mudar. As coisas que antes pareciam difíceis agora pareciam mais fáceis, e novos caminhos se abriam à sua frente. Ela sabia, no fundo do coração, que a borboleta verde havia lhe dado um presente precioso: a confiança de que, com coragem e perseverança, ela seria capaz de alcançar tudo o que desejasse. E assim, a história de sorte de Clara começou, não apenas porque encontrou a borboleta, mas porque ela acreditou no que ela representava: a magia das possibilidades.
Menina, porque choras?
"Por que choras menina?
Por que te entristeces?
Mostre teu sorriso tão belo
Por que menina, tu desfaleces
Por que foge de ti o anelo?
Se soubesses o teu valor
Tu não chorarias
Por este amor
Amor não correspondido
Que tem te ferido
Menina, levante-se
E sorria, pois a vida
Ah! A vida continua
Brilho de uma menina
Para uma menina forte e cheia de luz
Nasceu com um brilho que dava pra ver,
Nos olhos, nos gestos, no jeito de ser.
Na roça da Bahia viveu os primeiros dias,
Entre animais, sol e muitas alegrias.
Com o vento no rosto e o pé no chão,
Aprendeu a sonhar com o coração.
Brincava com tudo, ria com vontade,
Crescia cercada de simplicidade.
Mas aos cinco anos o destino chamou:
Foi com sua mãe pra São Paulo e mudou.
Só as duas no mundo, uma história de amor,
Com força, coragem e calor protetor.
Na cidade de Promissão, um novo começo,
E na escola Coronel, um lindo recomeço.
Conheceu pessoas que o tempo não apaga,
E laços verdadeiros que a alma embala.
Entre tantas vozes, uma brilhou mais:
A professora Leandra, com gestos de paz.
Um carinho tão forte, tão doce, tão bem,
Que virou “mãezinha” também.
Nos momentos difíceis, sem saber o que fazer,
Ela esteve ali, só pra te acolher.
Com palavras suaves, com abraço apertado,
Com amor de verdade, do lado, ao lado.
A menina cresceu com histórias guardadas,
Algumas bonitas, outras caladas.
Mas mesmo nos dias de dor e incerteza,
Seguiu com coragem, com delicadeza.
Hoje ela tem treze anos e diz:
“Sou feita de luta, sou feita de raiz.
Tenho brilho nos olhos, esperança no peito,
E um mundo inteiro que me espera, perfeito.”
Porque ela é riso, é abraço, é flor,
É menina guerreira, é puro amor.
E ninguém pode tirar dela essa verdade:
Ela nasceu pra vencer, com toda liberdade.
Menina do Rio
Autor: Tadeu G. Memória
Você tem as paisagens das colinas,
O Cristo, Copa, a Quinta...
Maracá, flamengo e a Rua Venus,
Trombas d’água e neblinas,
Garotos que sussurram galanteios,
De corpos perfeitos, meninas...
Você tem o Rio e o Rio corre em Você,
Eu tenho uma folha de caderno e uma Caneta,
Eu faço o poema e o poema me Envolve
Com metamorfoses, vicissitudes e cataclismas
Mágoas e marcas indeléveis de trezentos anos.
Os meus cabelos já ficaram brancos...
Antes eu não era nada, agora eu não sou ninguém,
E você tem o Rio e o Rio te tem...
Eu já conheci essa paixão avassaladoura
de fim-de-semana...
Sexta a gente se apaixona...
Casa-se sábado...
Domingo é lua de mel
E segunda? E segunda?
Aonde eu vou me esconder?
Eu não tenho colinas...
ADOLESCENDO
A menina de vestido estampado
Saltava na calçada como se pulasse estrelas,
Apontava o firmamento como se pudesse tê-las
E a saia se erguia, mostrando a intimidade
Dos seus quinze anos...
Danos em mim,
Amarelinhas nunca mexeu comigo assim...
Porque as alças também lhe caiam
Mostrando a adolescência adolescendo nos seus seios...
A menina de vestido estampado
Saltava na calçada como se pulasse estrelas
Apontava o firmamento como se pudesse tê-las...
E ela podia...
Título: Não Peter…
Fui apaixonado por anos,
por uma mesma menina,
por uma mesma mulher…
dediquei sonhos e pensamentos,
noites em claro, declamava meus lamentos…
e sentimentos…
Pensava por que te guardo a tanto tempo?
Porque decidi deixar meu coração à relento?
Uma decisão sem lógica, até bem ilógica…
um menino que sonhava com contos de fadas,
um homem na terra do nunca preso em facas,
Despedidas e mulheres sem graça,
Amores como mentiras e desgraças…
Oh, menininha fui tolo, fui pan, não peter, não sã!
Ei menina
Acorda para realidade
As pessoas complicam tanto
Em amar de verdade
Pensa em si
O que significa
Se amar em primeiro lugar
E se permitir voar
Não em um céu que te faz ser tempestade
Voa no céu onde tem um arco-iris bonito
Estrelas, passarinhos.
Se não te fizer sorrir com os olhos e o corpo inteiro
Segue em frente, libera tuas asas
Sua felicidade tem que depender somente de você
Não deposite em alguém a sua felicidade
A vida é um sopro menina
Não tem porque ser triste sozinha
Faz tua alegria
Respira
E vive cada segundo
Como se fosse o último
Com ou sem alguém
Você é inteira sozinha
E não tem coisa mais bonita
Joyce Amanajás
Você é forte, Menina! Só não pára de acreditar!
Já pensou no tanto de coisa que sua cabeça imagina (e sonha) enquanto você está trabalhando, estudando ou sei lá, fazendo qualquer coisa da vida? – menos correndo atrás do que se quer. Vez ou outra a gente esquece que felicidade não é ter, é ser, e que para ser você precisa ir atrás. Que nada vai cair do céu em cima do seu colo, sabe? Que a vida por si só é difícil demais para perder tempo sonhando acordada enquanto ela passa adoidada e a gente deixa as oportunidades de lado por medo. É aquilo: o não você já tem, agora, é correr atrás do sim.
A realidade é dura muitas vezes (eu sei, e dói, né?), mas tem coisa que a gente precisa viver e sentir pra crer que não era pra acontecer – e existem sonhos que precisam fazer parte da nossa realidade (sendo realizados ou não) pra deixar de ser apenas um fruto da sua imaginação fértil e, de fato, tornarem-se uma luta (algumas lutas acabam não sendo vencidas, mas só de lutar, já é uma conquista).
Menina, ninguém pode arrancar esse sonho de você. Acredita que é capaz e vai. Sonhar acordada não custa nada, mas viver um sonho é uma realidade que você precisa conhecer. Não espere aí parada!
Movimenta esses braços, pernas e se solta no vento. Bagunça o cabelo, mesmo. Abre o sorriso que os problemas ficam pequenos quando você se enche de felicidade. Se engrandece de si e vai. Sem vaidade, sem egoísmo. Apenas com a dedicação necessária para fazer acontecer, do jeito que tem que ser.
No caminho, você vai chorar algumas vezes. Vai escutar de algumas pessoas que você não será capaz de continuar. Gente que te abraça batendo. Que sorrir pra você te desejando o mal em pensamento. Que olhar as suas conquistas depositando sobre você frustrações. Fica atenta, menina. Mantenha a vigilância, mas continua caminhando.
Tudo isso é para lhe tirar o foco, o desejo e a força. Não desiste, nem se entregue. Se tiver de se entregar, se entrega ao acaso dos caminhos imprevisíveis. Muda os planos no meio da história e busca outros sonhos.
Só não para de caminhar. De acreditar que sonhar é o que te move nessa roda gigante de altos e baixos chamada vida. Que mesmo com tantos baques e tantas perdas, você é uma sobrevivente. E todo sobrevivente é marcado pelas dores, mas também pela força.
E você é forte, menina. Acredite nisso e vá à luta. O caminho é longo, mas você é, sim, capaz de ganhar (e alcançar) o mundo se acreditar.
A vida é um sopro,menina.
Saia dos escombros,encontre-se,seja seu próprio lugar,se abrace ao sentimento de amor próprio,no seu corpo,as vezes inseguro.
É um mundo muito louco e você tem que aguentar firme e se sentir acolhido por aqui as vezes é dolorido.
É tudo tão incerto,que o tempo as vezes fica confuso.
Se perca um pouco,você é seu próprio lar,faça da arte um lugar que alcança,que abraça,que atravessa.
É sobre estar viva agora,sobre se apegar as coisas simples, as coisas simples são tão valiosas e estão ai para você.
Você projeta seus caminhos,levanta paredes,se acolhe em seu teto,pela necessidade de construir seja o que for,que seja honesto,que sacuda e traga algum sentido,que simplesmente seja,sem precisar de explicações,que agora seja leve.
É se acolher na zona de conforto de suas emoções,é real,é o soluço,o lar,o coração a disparar,é a paz de uma pequena casa que acolhe,todas as coisas grandes que carrega no seu pulsar.
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