Textos Escritos por Arnaldo Jabor
Teste sonoro
Poesia não são
tomos de escritos científicos,
é raciocínio crítico, é se inserir em algo
maior que a vida que se dissolve
em sociedade que se dissolve em tom
Zé ensaia como um japonês ensaia
e se dissolve hein? que se dissolve
ensaio maior que a vida
dissolvida vi vi dadá
Meus ideais transcendem as crenças de alguns homens. Meus conceitos vão além dos escritos rabiscados por pessoas improváveis, registros tidos por grande parte como verdades absolutas. Minha forma de viver não possui muitas regras, ela abrange uma liberdade exorbitante, rompe as barreiras e, em alguns momentos, se contrapõem à filosofia de vida de outros. Todavia ela está sempre a respeitar, e a tentar evitar, lágrimas de sofrimento, feridas em corpos, mágoas em almas e/ou quaisquer outros que ajam de modo maléfico para com o próximo.
Distancio-me de teorias e pensamentos supérfluos, praticados e defendidos por grande massa humana refém da alienação. Faço uso do bem maior deixado pelo Criador. O amor é a matriz primordial que rege os meus feitos, minha alma vivifica-se e se alimenta das vertentes benévolas que ele origina.
O amor não é apenas o sentimento pelo qual os meus rastros seguem, ele compõe as leis da minha vida, é a minha única religião, aquele que sustenta todas as formas que eu possuo de crer.
O POEMA
Não há beleza alguma em meus escritos
São versos taciturnos, cheios de " nadas"
Apenas uma forma de sangrar distinto
Nestas noites de Morte, nada translada.
Nem sei se almejo a leitura do amigo
Sobre meus rascunhos feios e malditos
O corvo cá vigia, come e dorme comigo
E da fé, não sobejou nem mesmo o rito.
Estranhos sonham meu riso de outrora...
Eu sigo mendigando palavras pro poema
Fragmento de um riso caído na memória.
Quanto à poesia, a ressuscito do terror
Da existência forçada, onde pena a pena
Não sou poeta. Sou o resto da minha dor!
Anna Corvo
( Pseudônimo de Elisa Salles)
POETAS ESCRITOS...
Poderia me contentar com todos os escritos de Shakespeare,
poderia só recitar Pessoa,
Drummond,
Quintana,
Neruda,
Coralina,
Lispecto,
Castelo Branco...
Mas se ainda encontro,
tanto papel em branco...
E ainda existem ignorantes...
Então por mim haverão poemas...
Missão que tenho.
Se Caetano,
Renato Russo,
Almir Sater e
Mano Brown não pensassem assim,
Não teríamos ouvido o amor sussurrar mais próximo do ouvido e não do coração.
Quanto poema tem a razão...
Nem ouviriamos
as pessoas valorizando as relações, conpreendendo que na vida essa é a missão...
Muito mais poema tem a emoção...
E ouviriamos?...
Que a vida é quase que na verdade um vagar poraí que não precisa de pressa é só ir...
Não.
E menos ainda que:
" Malandragem de verdade é viver..."
Essa vai pro coração...
E olha que triste iria ser,
se quem só se influência por uma verdade cantada não pudesse disso tudo saber,
e quem não quer saber de nada além de ler?...
Como seria se aqueles corajosos não se pusessem a escrever?...
Loucura essa também do meu viver....
Repalavriando tudo oque alguém na vida ainda vai te dizer,
bobagem pro poeta é uma rima controvérsia,
o que encanta aos outros,
pro sábio é a chepa da festa,
mais fulgar e desnecessário que a blasfêmia do profeta.
Mas sábio não é poeta,
tanto saber tira a permissão do rever,
que é necessário pra versos relevantes nascer...
Poeta não é sábio,
na verdade é louco alucinado, sorrindo pro sol dourado,
sem notar seu próprio corpo escaldado.
Tem ainda aquele que escreve por birra,
pra disser que tem a mestria,
há como queria!....
Mas sem o saber e sem a técnica,
eu poeta;
só escrevo as letras sentidas...
Ão ainda de ser corrigidas...
Essas linhas...
Que já foram um dia escritas,
mas que ainda não são vividas, homens não querem viver poemas, coisa de louco é isso,
morte de poeta é alegria,
menos um poema de fantasia, assinado por um alguém que muito sofria e de ilusões vivia...
Na verdade ser poeta exige alguma maestria...
Um verso sem sentimento causa muita euforia, quase tanta quanto a cafeína na cabeça de quem escreve de noite e de dia...
Poetas escritos,
sem vocês eu não vivo,
Hó poeta bonito,
seus poemas não fazem sentido,
mas leio pois sei são todos sentidos.
Seu menino, esse negócio
De plagiar os escritos
É coisa feia danada
Digo com sinceridade
Que toda parede tem olho
E todo mato tem ouvido!
A Cola nem na escola
É coisa de preguiçoso
E de mal intencionado
Até a professora sabia
Que algo ali estava errado.
Copiar muito pior
Pois você não é carbono
O bom leitor vai dizer
Que nesse angu tem caroço
Você pode até dizer
Que isso aqui é porcaria
Mas nasceu dos meus miolos visse?
Não é pra sua serventia
Peça licença primeiro
Não copie minhas poesia
E nem texto e nem nada
Largue dessa mania feia
Lhe aviso,
Quando eu morrer,
Venho morder o seu dedo
E azucrinar seu ouvido
Deixo seu cabelo em pé
Um poeta doido varrido
Aponto você com meu dedo
Aviso aos porteiros do céu
Lá vai ele o plagiador
Sem futuro e mascarado
Não tem consideração
É um la lau pegue ele!
Vive morto dentro das calças
Ou de saia, ou de vestido
Copia as coisas dos outros
E tibungo: coloca o nome
Sujeitinho sem miolo
Esse tal de plagiador
Não sabe criar uma virgula
Inda dá uma de doutor
Tome tento plagiador!
Revejo
Sentado em minha poltrona, posta bem
perto do lume, revejo os escritos teus
que ainda guardam teu perfume.
Coisas lindas me dizias, e eu com muito
amor as guardava.
Eram o alento que eu tinha quando o teu
amor me faltava.
Um dia, sem palavras partistes.
Com a esperança da volta, fiquei.
Os dias longos de espera, as noites tristes,
vivi.
Ainda hoje olho o que ficou, seguro
contra o peito estas folhas, que sustentam
o pouco de ti, que me restou.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
ABRINDO GAVETAS
Revirando a gaveta do passado
hoje, eu me deparei com seus escritos...
Bilhetes, cartas e aquele gosto, fraseado.
Em todos eles, você estava lá!
Você estava lá, sob escrito, em todas
palavras que você me escreveu.
Estava lá, na beleza ortográfica!
Na sensibilidade do sotaque...
Era você, era você n'aquelas paginas.
Bastou eu olhar para recordar,
bastou eu vê e sentir você, eu até ouvi
o seu sorriso me cadeando...
Bastou eu vê e ver você com seu carinho,
na fala, no cheiro...
Na visão que a minha recordação exala.
Bastou eu vê, e ver você com seu jeitinho
... Na micagem, na saudade
n'aquele gargalhar gostoso...
Aquele amar de verdade!
Você estava ali n'aqueles escritos
rascunhando as paginas da minha saudade.
Antonio Montes
“Por uma felicidade que não cabe nos versos escritos no papel, eu arrisco colocar mais uma porção de amor, mais um gesto de ternura, mais um sorriso sincero, mais um olhar de bravura. Para o lado amargo da vida basta mais uma porção de doçura, e para a sua dor meu bem, o amor continua sendo a cura.”
__Goreth Maia -
Por mais que muitos fatos estejam escritos temos o livre arbítrio para mudarmos alguns, e poderemos começar agora.Quando tudo estiver bem, enfeite de ternura e gratidão esse momento. Se não estiver bem, agradeça e reflita a origem do que está acontecendo. Não mudamos o passado, mas aprenderemos com nossos erros e acertos a construir um futuro mais bonito.
Luiz Machado
Ainda bem que você jogou fora os versos de amor escritos por mim. Ainda bem que jogou as minhas verdades do coração ao vento. Ainda bem que não aceitou minha saudade. Ainda bem que não respondeu as minhas mensagens. Ainda bem que não atendeu e muito menos retornou as minhas ligações. Ainda bem que Deus não ouviu minhas orações, quando eu pedia que meu amor tocasse seu coração. Ainda bem que não vivo nesse seu mundo sem amor, é pequeno demais pra mim. Ainda bem...
Me deixe no sossego. Não venha até a mim com palavras conquistadoras, pois conheço muito bem esse seu tipo. Coração entrou na casa da paz e não está interessado em conhecer mentirinhas para ficar momentaneamente feliz, porque de gente sem amor o mundo está cheio. Não venha querer desfrutar de minhas emoções se não tem coragem de mantê-las. Não venha me perturbar se você é egoísta e só tem sede por seus desejos. Me deixe nessa tranquilidade, pois prefiro a leveza do meu coração.
Quando nascemos ganhamos um título, e então cada página é um dia... Alguns ja foram escritos e cada novo dia é uma página em branco pronta pra ser escrita e desenhada... com a tinta vivaz, a vida!
Cada sonho, cada conquista, os obstáculos a serem transpostos, as formas que encontramos para triunfar sobre o medo... são parágrafos que se desenrolam no decorrer das páginas... As páginas da vida!
Somos todos escritores e estamos constantemente escrevendo, a melhor, mais instigante e mais fabulosa história de todos os tempos.
Seja sempre sincero com a sua essência, sintonize e sincronize o que há de melhor em você com o universo, e então você será um escritor de sucesso. Sua história irá inspirar outros escritores, e alguns irão até te plagiar.
RASTROS DE POEMAS
Revisitando meus escritos Antigos e inglórios Tais quais pergaminhos Encontrei tanta coisa Estranha Até teias de aranha E amarelidão no papel Letras de datilografia Palavras do primórdio Tudo revelando o tempo Passante, passado, passeante De fato tudo passou Eu não sou mais o mesmo Hoje gosto de pão com queijo E veja até de cerveja... Do amanhã não sei nada ainda O que sei apenas é que a poesia mora e sempre vai morar em mim Ela pulsa latente, de forma irreverente, não me deixa ficar ausente E assim eu sigo rente eu e a poesia, de mãos entrelaçadas, deixando um rastro de poemas.
Saiba que existem desejos escritos pra gente... Esperando o momento de se derramarem sobre nós, mesmo que o nosso entendimento esteja fora de sincronização;
Ainda sim se pedirmos com o coração é possível que haja o momento mágico de merecermos...
Por isso mantermos a atenção na noite que festejemos o nascimento de “Cristo” é o principio de qual quer caminho para se iniciar a luta por mais um ano;
O silêncio da boca é inevitável ao agradecer por mais um ano que vencermos ou não! Mas que ainda estamos de pé para então tentar novamente;
Para todos os amigos que admiram o meu talento de escrever... Desejo muita paz e amor nesse natal...
Que a esperança invada o coração de quem precisa dela, mas, contudo, a fé deve tomar conta da alma para que as lutas não sejam em vão...
Feliz natal repleto de graça e fé para com todos os verdadeiros... Sem demagogia e sem hipocrisia é o voto do seu amigo: Julio Aukay
O vento corre como um cavalo
por todos os lados o mar rodeia-me
Deixando recados escritos na praia
filha da espuma do beijo do mar
intolerante, inquieto, inconstante
Chove lá fora e o meu coração
chora de amor e saudade que vem
de dentro, caiem lágrimas de alegria
afinal esperar por ti não foi em vão
O vento corre e galopa como um cavalo
rodeado de mar, onde as ondas escrevem
na areia poesias de amor.!
desejos
não
escritos
pintados na
noite
entre lençóis e
solidão...
segredos
vagando sedentos
tingidos em devaneios
nas linhas
nas
letras
apenas ilusão
explodindo
nada serenos
desejos
mão
que percorrem
suor
que escorre
mão pedidas nas curvas do
pensamento
solta
invadiam o dentro das
coisas....
mas faltava
você....
vem ficar
comigo....
Se eu fosse poetisa...
Morreria de saudade....
De saudade de todos os poemas escritos
Voava por terras de Portugal
Serras
Montes
Rios
Nas asas do vento
Percorria o mar sem mágoas
Pisaria a areia branca fina
Cobriria de cetim o firmamento
Deixava que a nostalgia
Me desse os aromas
Perfumados das giestas
Rosmarinho
Jasmim
Alecrim
Rosas
Orquídeas
Se eu fosse poetisa o meu coração
Continuaria a ser teu
Como sempre foi
Tu serias o vento
O calor
A brisa
Se eu fosse poetisa
Continuava a ser uma simples camponesa!
Um suspiro em pensamento
dois risos em movimento
três destinos escritos
em qualquer guardanapo de bar
Quase tudo no seu tempo
um desconhecido no horizonte
implica que tudo venha á tona
como uma sina qualquer
Um brinquedo, um segredo,
um medo, um terço,
não vai livrar ninguém de amar
Simples difundir
tanto quanto é possível desviar
nada tão impossível
como deixar pra lá.
Bardo Lúdico.
A limitação foi feita
A partir de preceitos
Escritos na cabeça
A ideia inconsiderada
Por uma mente foi acatada
A forma de ver e sentir
Foi moldada
A criança em um quarto foi trancada
Foi dito poucas palavras
E as lacunas deviam ser completadas
As escolhas foram únicas
E não houve testemunha
Ele cresceu e se viu
E concluiu que não gostou
De quem se tornou
Um limitado por si
Sem poder abrir a porta
Sem poder sair
Sentenciado a permanecer ali
Dentro de mim
VERSOS ESCRITOS DAS MARGENS DO CERRADO (soneto)
Bem pode ser que o cerrado desmedido
Golfou uivos na minha poesia dolorosa
Craquento tal a um deserto ressequido
Escrevinhando saudades tão trabalhosa
E neste livro do destino assim esculpido
Em passos no sertão de tristura tortuosa
O choro e o riso do entardecer tão dorido
Na minha alma era de lembrança furiosa
Pode ser que, neste cenário fementido
De uma melancolia árida e tenebrosa
A lira da solidão tenha grifado gemido
E assim, num mistério em verso e prosa
O meu poetar se fez na quimera fundido
Entre espinhos, e flor singela e mimosa
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, outubro
Cerrado goiano
Lado B...
Na frente de meu coração
Não há importantes escritos
Tatuados no passar do tempo
Mas há brisa, abraçada ao vento
Que leva e afasta a tristeza
E silente, em valentia rara
Versa pelo brilho dos olhos
Que saudade é um invento
Hora outra, um sentimento
Que se achega e nos atormenta
Se apossa covardemente
E não percebe que mata a gente
No avesso de meu coração
Tem um mapa de rima e canção
Vereda, odores sutis e folhas pelo chão
Ansiando-te chegar e cruzar minha paixão
