Texto Sobre Silêncio
Absorção da envolvência
Não sei porque me fecho sobre o peito, porque guardo no silêncio este lamento que grita baixinho. É como se chorasse por dentro, como se houvesse um mar que me afogasse em mágoas que não compreendo. É nesses momentos que não consigo entender porque estou aqui, o que faço neste lugar, é nesse instante que me afogo num drama que não me pertence, que equaciono partir para lado nenhum. Neste sítio de onde me vejo, chamo pela salvação, como quem quer ser perdoado, espero a redenção, com a certeza que um dia virá alguém para resgatar esta alma atormentada deste poço infinito de tristeza, saudade e dor. Quisera entender esta lamúria e perceber onde a vida me tolhe, para saber como vergar-me à sorte e assumir que não sou mais que um caminhante para a morte.
Eu sei, que se um dia desejar partir, devo aguardar na estação, com as malas feitas, pela eterna viagem que há-de levar-me à consagração duma alma que de tão pesada, não se sustenta num frágil corpo de menino. Nesse dia serei apenas brisa, vento e chuva, tempestade que lavará a calçada e fará do vazio um lago cheio de tantas lembranças.
Devo conter a minha sensibilidade, para que as dores do mundo não passem a ser as minhas verdades, de outra forma anteciparei o fim do meu tempo e serei igual lamento e não esperança, serei igual tormento e não a aliança entre a felicidade e a esperança.
Antonio Almas
Pai,
que a paz floresça em mim
através do meu silêncio.
Mesmo quando o descrença me domine,
que eu tenha forças para continuar.
Dá-me ânimo, Pai,
pois estou cansada de lutar...
Que eu continue com minha fé,
apesar de ver
o mundo repleto de desamor.
Senhor,
nosso mundo está tão cheio de tristezas,
abandonos, dores e solidão
e tudo o que eu quero
é continuar acreditando
na força do Amor e do Perdão.
23/08/2015
Romances que não escrevo
Amei em silêncio
E em silêncio aos poucos
Deixarei de amar...
A solidão rasteja
Pelas frestas da minha casa
E sem combate
Sinto sua vitória sobre mim...
O medo consumiu meu tempo
A angústia renovou seu espaço
Agora sigo os romances afáveis
De outros autores...
Vejo a cada página
O aprimoramento dos personagens.
Encontros. Desencontros. Reencontros.
E não consigo ver nas letras
Um espelho dos meus anseios...
Talvez por esse motivo
Tenha abandonado essa escrita,
Pois a minha pena nunca escreveu bons romances...
02.06.2013.
Poema publicado no Livro - Ossatura Poética. O corpo em poesias e a vida em poemas. Juruá, 2014.
Observando o barulho do mundo entendi que o silêncio precisa ser escutado.
Que é preciso saber ler as entrelinhas e sentir a vibração das palavras.
Que é preciso compreender os olhares frustrados a encontrar um meio de aliviá-los das tensões.
Entendi que não devemos ignorar os desejos mais escondidos, pois, o amor é algo que nos faz únicos no mundo.
Enfim, compreendi que o que você precisa e tudo o que você sente é apenas a questão do dia.
Uma chance de viver sua vida e descobrir a gravidade do amor.
O silêncio que me fala
Dá medo,
Medo das palavras que me faltam
Medo dos sorrisos perdidos,
Roubados,
Medo dos sonhos levados
Medo do escuro, do tempo...
Medo das rosas sem cheiro
Das flores sem cor,
Da tempestade,
Da noite sem sono, abandono
Madrugada,
Medo das horas que passam
Medo do banho de lágrimas,
Medo de mim.
De diem in diem (dies secundus).
O silêncio me afronta e me atormenta a alma
Então sinto você aqui e minha dor se acaba
O silêncio me intriga, minha boca cala
O coração fica em aperto
E suas lembranças invadem minha mente
Nada blindada.
E a solidão de tão cruel
O meu coração escangalha.
O que me conforta é a certeza
Mas que certeza?
Apego-me a você mais que tudo
Porque não tenho nada a não ser você
E na mesma certeza que você foi
Te amo com toda a certeza de que você um dia voltará.
E seremos felizes
Porque nessas distâncias
Que tanto nos atingem
O nosso amor criou diretrizes.
E assim eu te amo, meu amor
Meu tudo, minha alma gêmea
Minha princesa, minha vida.
No meu silêncio
muitas coisas acontecem:
Sinto mudanças à vista
e também recomeços.
Mesmo entre antigos problemas,
a vida vai se ajeitando
e eu: florescendo...
Novos rumos, outros caminhos.
Vou abrindo novas portas
e fechando velhas janelas...
Tristeza? sim ainda me entristeço...
mas, com ela é que aprendo
a trancar à chave os sonhos velhos
e a sonhar os novos.
Nascem novos dias, brilham novas cores,
surgem novas amizades...
E eu descubro que para eternizar
o essencial em mim,
eu só precisava de Coragem e Fé...
Enfim, livre dos pesos,
renovada e grata,
sigo com esperança
a minha nova estrada...
3/9/15
Gosto muito de estar só as vezes . de poder ter o silêncio por companhia.
As vezes fico perdida em meio as lembranças , pensamentos , e é nesse momento que tenho um encontro comigo mesma , isso é bom e me faz bem !
Quando isso acontece é onde encontro paz e muitas vezes respostas de que preciso .
Não sou adepta a barulhos , pessoas que falam alto , gosto de quem é sereno , tranquilo que me traz paz e não a rouba !
Não gosto de multidão , prefiro o sossego do meu lar do que uma grande festa !
Gosto de estar assim quieta, de ler, de escrever principalmente, muito mais fácil do que falar, registrar em linhas meus pensamentos, meus sentimentos e é como se de uma maneira ou de outra eu fizesse as pazes comigo mesma.
Como se eu pudesse resgatar em mim algo que o tempo levou.
SOLIDÕES
Nunca pensei
Que esse silêncio
Que gritava de ti
Poderia me encontrar
E me fazer companhia
Ali calada
Pensando em nada
Estava alguém
Desacompanhada
Lia livros
Ouvia músicas
Ria com amigas
Mas lá voltava
Novamente
Para aquele lugar
De nenhuma gente
De repente
Nasce a ousadia
Fui lá
Para conversar
E as solidões
Antes presentes
Deram lugar
Aos dois contentes
De se afastar
Das solidões
NO VÃO DO SILÊNCIO...
(Nicola Vital)
Às vezes, me sinto tão perdido!
Como se perdido fosse o existir.
No reluzir do sol,
Fecho os olhos e não me encontro
Meu infinito sou eu...
A noite e seus fantasmas
Me convém!
No vão do silêncio noturno
Escuto o ladrar dos cães
A guardar as mansões
Perdidas de medos...
Quão seus guardas sem bravura
Bradam de pavor do existir
Que lhes restam.
Madrugada.
O silêncio chega a pesar.
Sinto falta dos ruídos.
Posso ouvir o nada lá longe.
Sinto a escuridão
Segando meus olhos ávidos por luz.
Converso comigo para me distrair
Mais o tempo não passa.
A caneta companheira me acalma
Desenhando as palavras
Obediente, só escreve o que eu quero.
Acariciando meu ego
Fazendo o tempo passar
Sem que eu perceba.
SP 04/10/2016, 03:35 hrs.
entrei no trem
estava um silêncio atípico
três minutos depois...
o homem entrou vendendo seu peixe
o neném despertou querendo leite
a chuva começou a bater na janela
e como sempre o barulho em mim ficou tão alto
que minha atenção envolveu-se nas cenas
o caderno acabou ganhando sons de uma caneta rasbiscando
e o coral de desconhecidos foram intrusos que acabaram presos nesse silencioso poema.
FLOR
É preciso mais que uma flor
Para expressar a solidão que o
Teu silêncio causou em mim
Por instantes alguma coisa floresceu
No chão agreste de minha vida
Um inverno de lágrimas inunda meus olhos
O que restou do meu jardim eu recolhi
Num vaso
Uma rosa
Sem espinhos
Sem sépalas
Uma rosa vermelha de pétalas frias
Como a chuva que você fez chover em mim
Nem essa flor consegue expressar
A solidão que teu silêncio deixou em mim.
VAGA INQUIETAÇÃO
A noite era o silêncio dos teus passos
Tu não vinhas e era já de madrugada
A inquietude era o silêncio sem abraços
E afinal à minha porta não há nada.
Era o sonho de sonhar e de querer ver-te
Esperança vaga numa vaga inquietação
Quanto dói ao lembrar e ao saber-te
Lá longe tão distante em solidão.
És mais frio que a frieza que há na rua
Sou mais triste que a tristeza que me dás
Teu olhar vem do silêncio que há na Lua
Ou talvez da solidão que o vento traz.
Não encontro outro caminho além de ti
Não me sinto no calor dos teus abraços
Adeus que já não te quero como quis
Quando a noite era o silêncio dos teus passos.
O QUE SOBRA?!
Vou dormir no teu silêncio
Vou morrer na minha cama
Adeus amor, estou cansado
Muito padece quem ama.
E desce a noite lentamente
Em mim desce um estranho medo
Desce a Lua sobre o mar
Quero contar-te um segredo.
Meu coração está parado
Nem de mim te despediste
E os meus olhos magoados
Desde a hora em que partiste.
E a saudade é um vendaval
É um barco em alto mar
Que se afunda em Solidão
Na solidão do teu olhar.
Muito doem os meus lábios
Na ausência dos teus beijos
E mordo flores, mordo rosas
No calor dos teus desejos.
Vou pra lá deste sofrer
Destas noites sem dormir
Meu amor o quanto dói
Saber que finges não sentir.
Já gastámos nossos sonhos
Até a voz de quem nos chama
E o que sobra meu amor?!
Só morrer na minha cama ...
Anoitece...
E o silêncio aproxima-se
O coração respira
A alma vibra
E a noite chega
Para enfeitar-me de sonhos
Numa realização
Que chegará no brilho do sol
Que me espera para viver...
No despertar da vida
Que acordará meu mundo
Na página
Do meu livro que voltarei à escrever...
No silêncio
Da minh'alma a voz de DEUS
Reluz...
Trazendo-me
Certezas num lindo foco de luz
Onde EU clareava à minha mente
Que outrora encontrava-se perdida num escuro
De muitas incertezas...
Nas quais
EU trancafiava os meus pensamentos
Para um abismo
Que não me pertencia, porém aproximava-se
Lentamente do meu frágil momento
De tristezas
Que já partirá
Sem nada dizer... apenas se foi...
E EU voltei... à vida que me era dada com alegria
Por um amor que me vestia...
Naquela tarde tão bela, onde as palavras soaram...
No brilho do sol
No qual os meus olhos contemplavam...
Agradecendo o conselho silencioso no qual me fez respirar
Aliviada outra vez!
Neste momento debruço-me no sonho e converso com o silêncio coisas que somente eu e ele sabemos...E ele atento, compreende meus anseios, minha incansável determinação...Tudo bem, que às vezes levo bronca dele, pois crio expectativas, sim crio, alimento-as! O silêncio diz: -Crie galinhas! pois elas nos dão ovos.. E ovo é tão bom...ainda mais quando vem temperado de suor, perseverança... Aprendi então a não criar tantas expectativas e a ouvir mais os meus silêncios.
E ele fala e às vezes quando estou distraída, ele grita e me faz ouvir minha voz interior. O silêncio causa delírios nos verbos e assim eu escuto a cor, vejo os sons, sinto o sabor das músicas...tão bom sentir delírios...tão bom ouvir o silêncio...
E verbo que é verbo precisa do silêncio e eu aprendo com ele a deixar a vida seguir sem a ansiedade, aflição e o descompasso das expectativas. O silêncio alivia minha'lma.
A Máscara Que Uso
O silêncio corrompe minha paz
Indiferença dói mais que desprezo
No teu calor, me fiz indefeso
Sinto que este amor aqui jaz...
Sou tão hábil em negar, disfarçar
Como cão ao lado de uma baderna
Sinto que esta falha ficará eterna
Me perdoe se não cheguei lá...
Me perdoe se não sei esconder...
É muita angústia que sinto em meu interior
Eu queria ser, unicamente, de você
A máscara que uso é uma só
E esta, não consegue esconder minha dor
E não... por favor não... não tenha dó...
Nos tempos atuais , em vez de baixarias e intrigas optei pelo silêncio ou um diálogo mais inteligente, ser muito sincero traz conseqüências e destrói qualquer relacionamento, a paz apesar de estranho neste caso tende ser o melhor caminho ,porém deixa vontade de xingar, de jogar tudo no ventilador , logo passa ...
Vai na fé !
Viva ; a vida (é) curta!!!
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