Coleção pessoal de elenimariana

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Comodismo = Abismo

Há que se elevar a alma
E revisitar os seus recônditos
Pra se descobrir um novo Ser
Lançar um novo olhar sobre o mundo
As pessoas e os rumos mudar
Se tiver que.
Abrir-se às mudanças
E se readaptar às idéias novas
Do mundo hodierno.
Não se pode ficar na inércia
Porque o gigantismo da dinâmica
Do Universo
Não nos espera.
Se parar, perde-se o bonde da vida
E se autoexclui da ciranda
Do viver.
Não se deve acomodar
Não se pode enclausurar
Na redoma do indiferentismo.
Abismo
Certeiro do medo

Jeito Simples

É preciso salgar a terra
Com o suor do amor
que escorre pelo corpo temperado
das lidas diárias.
Há que pisar o chão e o acariciar
com os dedos dos pés sagrados
Sangrando o barro que amassado
Mistura-se na pele dourando o caboclo
Tora de aroeira
Pé de pau-brasil.
E ninguém viu
Sua choupana atrás do morro
Ser levada pela enxurrada
E ele nem chorou.
Por que caboclo não tem lágrimas
Tem é brio
Tem é garras de águia
e dentes de tigre
Pra estrangular a caça mal cozida
Feita na panela de ferro e no fogão de lenha
Que o gás esse não exite lá
Na casinha, agora feita de sapé
Amarrada com embiras.
Fazer o quê?
Esse é o jeito simples e belo
De se viver.

A Vencedora

Ganhei batalhas
Venci a guerra
Na vida
Desfrutei instantes
Belos
Usufruí
Um mundo
Da cor da rosa.
A mais mimosa
Perdoei
Meus erros
Pecados
Mandei recados
Pras multidões
Ganhei
A paz
A esperança
E a criança
Que eu fui um dia
Se alojou na minha alma
E me acalma
Se a noite é fria
Mas o melhor
É que se um dia eu perdi
Já esqueci
Pois o perdido
Voltou pra mim
O que já estava
No esquecimento
Vem-me à lembrança
Doce lembrança
Da minha infância
Alcança-me
Recupera-me
Fortalece-me
E, milagrosamente
Recria-me

Criaturas Do Rei

Esperança no peito
Na voz, alegria
No olhar o feitiço
Na boca, o sabor
De ser este Ser
Repleta de amor
Sou filha de um Rei
De um Ser Magnífico
Que cria e recria
Criaturas ditosas
Que vivem momentos
De encanto e alentos
Sublimes de vidas
Que namora momentos
E entoam louvores
A doçura
Da busca dos Eus
De nobres ou plebeus
Se repetem
Através da perpetuação
Magnífica
Da vida


Eleni Mariana de Menezes

Meu Credo de Fé

Creio no amor amado
Nascido de olhares
Demorados
Derramados
De luz
Paixão que traduz
Infinidades
De sentimentos
Necessário ser eterno
Tão grande é
Inflamante desejo
Que invade a alma
O coração.
E a razão...
Pra quê razão?
Importante é a vazão
Do querer e fazer saber
o Ser Amado.
De que é Ele
O objeto tão desejado.

Mundo De Alice

Subi ao monte, ao cimo
Volvi-me e revolvi-me e dentro
Da minha alma
Criei um mundo
Profundo
Cheio de bondades
As flores do meu peito
Fecundas, íntegras
Foram distribuídas pela estrada
Subi ao monte e avistei meu mundo
Vi homens se fortalecendo e vivendo
Amando, só amando
Felizes e completos
Risos com dentes
Todos os dentes, bem tratados
Asseados
Todos com tetos, segurança, fartura
Muita fartura
Estrutura de gente forte e realizada
Vi anciãos bem-assistidos
Por filhos
E quando sem familiares
Asilos-hospitais-clubes
Que leveza!
Vi mulheres todas belas e amadas
Caminhando de mãos dadas com seus pares
Recebendo só carinhos
Vi crianças lindas
Bem encaminhadas
Brincando e aprendendo
Exercendo o direito de sonhar
E vi Governos
Robustos e incorruptíveis.
Grandes Estadistas
Cumprindo os seus deveres que
Para tais foram escolhidos.
E vi um mundo
Maravilhoso!
Quem dera fosse de verdade
Na realidade,
Eu construí esse mundo nos meu sonhos...
Meu nome?
Alice!

Início, Meio e Fim

Cola tua boca na minha
E siga o cheiro do amor
Pinta de esperança
Meu mundo espelhado
Espalhado no prado
Do sonho, o esplendor
Minha dança
Começa na festa
Quando teu olhar orquestra
Meus sentidos e o sabor
Do teu riso deságua
No meu oceano de cor
Decoro teu rosto de tanto
Redesenhá-lo na minha memória afetiva
E a vida cobiça essa história
Pra repeti-la por vários milhares
De vezes
E eu, submissa, respondo
Por uma eternidade sem fim
Fui tua no início, no meio e no fim

Miligrama De Verso XXIV


Desisto de pessoas que para parecerem difíceis, fingem não querer apostar no amor. Não possuem nenhuma inteligência emocional por desconhecerem totalmente a brevidade da vida.

Online


A rua onde moro e que namoro
É minha estrada meu refúgio.
Onde se dá a
Minha estada no mundo
Meu mar onde flutua
Minha existência em quase inércia
É só nela que eu transito
Por isto insisto
Ela é minha cidadela
onde eu me sinto bem e
o vai e vem
de carros e pedestres
Fazem-me bem
Sinto-me inclusa
Em centenas de milhares de cidades que eu jamais porei os pés
Nas suas ruas todas
Então,
deixo minha alma visitá-las
Quando fica online navegando por elas
O meu coração.

Bem-te-vi


Bem-te-vi não vi meu bem
Pelos caminhos que trilhei
Ele deve estar aqui, porém...
Não andou por onde andei

Bem-te-vi vê se me ajuda
É enorme a minha dor
Tudo passa tudo muda
E não vejo o meu amor

Às vezes vivo às vezes morro
É dilacerante a minha dor
Na estrada que eu percorro
Não encontro o meu amor.

Meu desgosto é profundo
Meu pesar causa torpor
Vi, não vi, vi todo o mundo
Só não vi o meu amor.

Minha pena não é pequena
Meu viver é um constante dissabor
Vi tanta gente, vi o rico o indigente.
Mas, não vi o meu amor.

Meu Manacá


A Lua está no teu sorriso cheio

De promessas de amor com que me acenas

Deixando-me prisioneira e feliz nas tuas redes

Os teus braços são laços de ferro fundido

Quando abarcas meu corpo e fugir nem poderia

Mesmo que quisesse, mas não quero.

A tua boca é o mar mediterrâneo

Que se abre sobre mim e me engole inteira

Sou tragada pelas infinitas ondas

De carinhos da tua essência

Teu cheiro é manacá na madrugada

Exalando um perfume embriagador

Teu nome tem a sonoridade da palavra amor

Explosões


O riacho soluçou sombrio

Havia sonhado ser um rio

O rio queria ser um mar aberto

O mar sonhava ser deserto.

O deserto pedia ser abismo

O abismo sem nenhum altruísmo

Queria ser o nada devorador de tudo

E o nada emitia um agudo

Bocejar de esperança de virar ao menos

Um riacho inda que pequeno.

Insípido, vagaroso e sereno.

É a vontade da essência que se dilata atrevida.

É a vida que explode dentro de outra vida.

Verdade tão bonita que faz jus ao próprio nome

Até Deus quis ser outro, e nasceu homem

Quando nasci


O amor escolheu entre 7,2 bilhões de pessoas
Você e eu pra entrarmos num caleidoscópio
De olhares refulgentes. Tintos do vermelho
Das paixões ardentes.
O amor ordenou que eu atravessasse milhões de
Invernos rigorosos para estar aqui
Neste verão ardente diante do seu olhar
Exigiu que eu permanecesse muda e quieta
Diante das vitrines dos homens deste mundo
Eu não os via. Não os ouvia.
Era uma vivente assexuada e fria
Agora, você me olhou. E então
Aconteceu uma explosão
De querer vivenciar, saborear o amor
E, somente Neste mágico instante...
Que de fato, nasci.

Miligrama de verso XXIII


No dia em que milagrosamente, o meu caminho com o teu se cruzar...

Podes se quiseres, até me abraçar.

Migrantes


Migro minguando a minha vida

Já esfacelada pelas intempéries

De uma Nação em desconstrução

Abatido. Faminto e desesperançado

Magras migalhas me jogam por onde passo

Penetro

Estreitas passagens debaixo de arames farpados que

Roçam minha pele abrindo feridas pelo meu corpo

Ou pulo cercas

Suado. Cansado pelo caminhar desnorteado.

Minguantes. Crescentes. Novas

A Lua não muda a minha sorte

De migrante destruído pelas armas

E corações empedernidos

Com discursos de ódio

Locupletam as esferas de poder

E por querer

Um mundo indiferente

Patético, assiste a minha triste sina...

De ter nascido numa Pátria fria

Calculista.

Onde o ouro negro jorra

Materialista

Contrastando com o vermelho

Dos que tombam sem nenhuma chance de vida.

Ainda que como a minha

Vida MINGUANTE.

Mundo de Alegria


Não vou economizar candura

Nas minhas palavras recheadas de amor

Nem na brandura

Dos meus gestos e carinhos

Quando chegares

E bem devagarinho

Ei de sorver o teu cheiro

E provar do teu sabor

Terei mais vida no meu mundo

E um mundo de alegria em minha vida

Meu coração é quem me diz

Talvez eu fique tão emocionada

Que eu posso até morrer de tão feliz

Apaixonada

As minhas madrugadas fervilham de sonhos

Eu os apanho nas notas musicais soltas das vozes

Que brotam das gargantas apaixonadas

Embriagadas de luares tintos de luz

E dos amantes bêbados de amores

Dos chilreado quente e agudo que o prazer

Provoca quando o roçar dos lábios

Desemboca

Num quente e ardoroso beijo.

E sou fico assim enamorada

Apaixonada

Pelo amor.

Meu eterno amor


Não posso ir, pois não há vida lá fora

Dos braços teus, meu oceano

De amor onde navegam

Minhas alegrias e meus sonhos

Onde parei, não por engano

Na sombra do teu porte

Viril e belo.

Bebo da tua boca minha fonte

Inesgotável de vida, meu elixir

De juventude.

Delicioso vinho que me fortalece

E embriaga a minha alma.

Alimenta-me e me deixa escrava

Muito feliz em servir o meu Senhor.

Meu rei, meu dono,

Meu eterno amor.

Desvario


Ele não quis ou não querer fingiu
E, tão bem o fez que acreditei negada
E renegada pelo amor de tal vivente
E dor assim tamanha só a sente
A criatura mal amada.
E o Sol se pôs e renasceu indefinidamente
Eu insistindo loquazmente
Ele frio refutando minha oferta
De amá-lo eternamente.
Talvez, pensava ele, um dia
Quem sabe eu a tomo por minha
Há de chegar a vez dessa mulher.
E a vida breve passou
Sem sequer nos pertencermos
Ao menos um momento breve e frio
Ficamos um sem o outro
Ele acomodado,
Eu, segui transida em desvario.

Miligrama de verso XXII

O teu olhar ficou preso em minha mente
E prendeu a mim, também, na redoma
Da paixão.
Que não consigo enxergar nenhum outro semblante
Que não o teu
O que eu faço agora é te seguir
Por essa estrada que já não se me apresenta
Interessante sem ti.