Texto Sobre Silêncio
À BEIRA DO CAIS
De João Batista do Lago
O velhinho sentado à beira do cais
é silêncio puro
num final de tarde febril
no ocaso de um dia de abril
onde o sol não sorriu para os cabelos brancos
feito asas de gaivotas soltos na imobilidade do vento
Sento-me ao seu lado
vazio...
e calado...
e mudo na prenhez do tempo e do espaço…
Os meus cabelos ainda estão viçosos
alinhados e sem quaisquer querelas com o vento
estão nervosos
e bem mais sofridos que aqueles cabelos brancos sustentados de experiências
capazes de tudo falarem sem uma palavra sussurrar
E eu tão jovem querendo auscultar
o lamento que somente as ondas do mar ouvem
caladas e correm como loucas para...
para guardar na profundidade do seu mar profundo e eterno
as minhas queixas...
as minhas querelas...
e todas as minhas
mágoas guardadas na plenitude daqueles cabelos brancos feito asas de gaivotas famintas do peixe
De repente
o velhinho sentado à beira do cais
levanta-se
e sem me dizer uma palavra
sem um adeus
sumiu na plenitude do tempo e do espaço
Fiquei só sentado à beira do cais...
Quando a Boca Cala
No silêncio a alma confessa
Quando a boca cala
O olhar não tem pressa
Quando a boca cala
Os gestos falam sem promessa
Quando a boca cala
Tudo no direito de ir e vir, quando se quer ficar
Onde o que importa é acolher, é abrigar
Sem a ditadura de querer mandar
A emoção encontrada clama
Quando a boca cala
A paixão partilhada chama
Quando a boca cala
O desejo lado a lado é poesia
Quando o corpo é harmonia
Ai mesmo quando a boca cala
O amor fala!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
15/04/2013, 05’30”
Cerrado goiano
O silêncio
A vários tipos de silêncios,
Mais o pior deles e o silêncio da mente.
Onde você se auto julga se auto sabota, se auto deprime se auto martiriza.
Por que além certeza que você tem que fez algo errado, vem junto a incerteza de ter tentado, a vontade de voltar a trás e nunca ter começado.
Meu silêncio
Meu silêncio é um protesto
No silêncio me pergunto...
Porque fala tanto de amor?
Se não me mostra esse amor
Minha boca te chama
Meu corpo reclama
A falta que você me faz.
Respiro você, sinto você.
Sinto o bater do coração
Sinto tua respiração.
Tão forte que te procuro.
Em meu corpo.
Meu doce amor
Meu amor escorre pelo meu olhar.
Meu corpo exala o doce perfume de te querer.
Meire Perola Santos
28/04/2015
Hora 01:53
Embriaguez...
No breu das madrugadas,
no silêncio das coisas,
teimo te encontrar e divago...
...e do passado te trago
e em saudades naufrago...
...e em versos de amor me alago
e neles, ainda te venero e afago...
...e no silêncio das coisas,
de vãs e tolas esperanças
então, me embriago...
(ania)
[ O Lápis De Deus ]
Lembro , Daquela Noite !
O Silêncio , Apresentou-se a Mim , Eu Chorava , Porque Tudo Que , Queria Era poder Entender , Porque Nasci e Para Que Nasci.
Não Tinha Vontade De Viver , Porque o Mundo Em Que Eu vivia , Era Quem Eu Nunca Queria Ter Conhecido , Estava Perdido a Procura Da Minha Identidade.
Não Sabia Para Onde Ir , E nem como Esperar , A Escuridão Apenas , Refletia Quem Eu , Era , e o Que Me Tornei.
A Esperança Não Existia Para Mim , Porque Nunca a Conheci , Meu Melhor Amigo Era o Silêncio Não Podia Ver E Nem Escuta-lo Mas Sabia Que , Sempre Esteve Comigo , Enquando Eu Caminhava Na Solidão , Eu Gritava Alguém me Ouve , Alguém Me Vê .
Mas Não Houve Resposta , Então pode Compreender Que o Silêncio e o Lápis De Deus , Escreve oque Não Sé Pode Copiar , E Forma O Que Ninguém Sonhou.
Tú és poesia ditas no silêncio da saudade,
onde pulsa o amor e dele toda a intensidade.
Tú és os arrepios em meu corpo que arde em chamas e clama a cada encontro com teu.
Tú me faz viajar loucamente no toque de suas mãos, no abraço apertado e no doce sabor dos seus lábios ao tocares o meu.
Tú és minha loucura, minha paixão, minha louca sedução, o desejo mais profundo que tenho em meu coração.
Então, já não tenho como lutar contra esse sentimento, pois já te tenho em meu pensamento... E o que falta é você querer ser a morada do meu coração.
Eu estou aí .
Eu estou aí,
como o silêncio está na noite ,
como o som está na canção ,
suave ...
coisas tão óbvias !
Eu estou aí,
como as cores existentes nas paletas de um arco-íris ,
como as notas musicais de um instrumento ,
como um rubor de uma menina que ama ..
Eu estou aí,
como o sopro do vento em noites tempestuosas,
como as nuvens decorando o céu chuvoso,
como o sol dourando a pele em uma tarde de calor...
coisas naturais e tão óbvias...
Eu estou aí,
nas dobras de um lençol,
em um retrato disposto na cabeceira da cama,
no livro rabiscado de sentimentos , nas paredes , nas entranhas ...
Estou no cheiro ,
no toque , no papel,
Estou na velha caixa de lembranças ..
Eu estou aí,
eu estive ai,
vc esteve aqui .....
agora não mais .. coisas que eram tão óbvias !..
Bicho cerratense
é um ente telúrico,
peripatético.
Aprecia o silêncio,
na vastidão do céu :
as mutações da lua,
o caminho de estrelas
as cores do crepúsculo.
Desconfia do progresso,
foge de cidade muito grande
conturbada e ruidosa.
Lida com a tecnologia, mas
pra não cair no consumismo –
apenas o necessário.
Partidário da simplicidade
entra em shopping só pra
lembrar de quanta coisa
que a gente Não precisa.
Cultiva alguns canteiros
de flores e de amizade.
Ama os rios, córregos
florestas e nascentes.
Água cristalina
perfume de mato
árvores nativas
chapadas e arcaísmos.
para o amigo Paulo Bertran :
agora eterno, agora sonho.
Fiquei serena...
Não me exaltei...
Tentei ser mais silêncio do que eu desejara...
Fria? Não me considerei!
Sentada...
Respirei...
E com os pés debaixo da mesa...
Freei os meus monstros...
Que como humano os tenho...
Não me igualei...
Usei o timbre de voz mais suave...
Como a de um enfermo...
Que estar no leito de um hospital..
A espera da morte...
Retruquei...
Bem mais suave do que o oponente...
Que viera me cutucar...
Sorri...
Balancei a cabeça...
E suave...
Me levantei da mesa...
E com um semblante estarrecido...
Deixei a expressão no ar...
Que posso ser eu mesma...
Sem me assemelhar!
Um tolo insolente vomita palavras em arrogância
Um sábio às escuta e fica em silêncio.
A ignorância não te levas a nada
Saiba falar e saiba ouvir
Mesmo que a situação seja de forma desagradável.
Não julguem por pequenos princípios de intuição
Ninguém tem tal poder pra determinar a personalidade de uma pessoa apenas por tomar como fonte algumas conclusões
Quer realmente julgar-lhes conheça profundamente a pessoa para aí então tomar seu conceito sobre a mesma.
Rumos perdidos
Deixar as palavras seguir o seu rumo
Deixar-nos levar pelo silêncio
Talvez assim a gente proceda com aprumo
Talvez assim se evite o inútil dispêndio...
Seguindo por uma tal conduta
Orientadora dos nossos sentidos
Talvez a gente fuja de qualquer disputa
Que por força gera sempre inimigos.
As palavras rumadas são verdadeiras
Não são apenas metáforas e seus jogos
Não têm por missão ser feiticeiras
Nem o seu objetivo será atear fogos
Se cairmos no meio de uma combustão
Ainda que por instantes muito breves
As queimaduras podem ser leves
Mas deixam marcas quer a gente queira ou não.
Andarmos apressados sem nexo
É como caminhar-se à deriva
Tudo se torna tão complexo...
E a vida ainda mais opressiva
Seguindo rumos perdidos
( IV Coletânea VIAGEM PELA ESCRITA/ 2018)
GRILHÃO
Por que hei, desta solidão, o memorial
Por que hei, do silêncio, o chamamento
Se o caminho tem o seu início e o final
E o fado nunca é só descontentamento
Fosse possível ser apenas um ato fatal
Depois de tanto e tanto aborrecimento
A vida seria apenas passagem acidental
E no acaso não teríamos o sentimento...
Vária lembrança no tempo, nunca lento
De vias que nos parecia uma eternidade
E que nos foi reservado no esquecimento
Por que? Me encadeias sem piedade
No grilhão do vil ignoto e do tormento
No cárcere dum martírio da saudade?
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
25 de setembro, 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
O que eu mais quero
O que eu mais quero é estar com você.
Reclinar-me em teu colo,
Em silêncio, olhar para você...
Olhar nos teus olhos sem nada dizer,
Apenas, me encontrar em você.
O que eu mais quero
É ser amado por você,
Como quem se entrega por inteiro
Sem nunca perder o teu encanto...
O que eu mais quero
É sentir que eu moro em você,
Saber que um só coração
É lugar para nós dois...
O que eu mais quero
É ser parte de tudo que te faz feliz.
O que eu mais quero
É deixar que o amor nos encontrasse feliz assim.
Edney Valentim Araújo
"Quero ficar neste momento nesse silêncio que transmite meu coração
apenas sentir cada movimento e mil batidas
quando ele pensa pensa em você
cada dia ,hora e minutos ele ama você em
todos sentidos
busca sorrir pois seus lábios demonstram felicidade
procura te encontrar em todos os lugares
mais você sempre está dentro desse amor
e quando tua ausência não permitir esse sentimento ele busca a ti no fundo da alma
assim como o beija flor necessita da flor
eu necessito do seu amor
como a lua necessita da noite
eu preciso de ti em meus braços
esse coração simplesmente te ama"
ENCONTRO COM MINHA PESSOA
(27.09.2918)
Perfeito silêncio que traz a noite,
Um sussurro vibrante aos ouvidos
Dos quais escutam o vento
Em toda a sua inocência.
Então, o encontro com minha pessoa,
Revela o equilíbrio de se estar ligado
A mente, ao corpo e a alma, pois
O misterioso encanto está em tudo...
Pavor
Num quarto escuro
No silencio quase mortal
Um barulho
Que susto!
Se todos são vampiros
E há um zumbi entre eles
Pode ter certeza
Que esse assusta
Mas o terror mesmo
Ocorre quando a violência
E a impunidade existem
Em plena democracia
O medo de expressar a própria opinião
É o mais frequente.
As vezes é muito melhor escolher o silêncio para não ofender quem você gosta. Com certeza evitaria muitos conflitos desnecessário.
Faça um café ou um suco,reveja o quê realmente ocasionou aquele desentendimento, se foi você, peça desculpas, se explica.
Mas se for a outra pessoa, ajude-a, não grite se te gritar, não xingue se te xingar, apenas escolha o silêncio e quando essa pessoa também escolher o silêncio, então é sua vez de ser firme com as palavras e mostrar de forma educada o erro!
Voz!
O dia se foi a noite chegou...
O amor não veio , sua voz se calou num profundo silêncio...
A saudade bateu com força... A inspiração se foi e essa voz não cansa de gritar dentro de mim...
A voz do amor ,a voz do clamor,essa voz latente em eu no profundo vazio daqui... Que voz e essa que não cala dentro de mim?
Ela grita ,ela chora e reclama... Fica apenas a esperança dessa voz que um dia partiu...
O silencio naquele lugar se predomina a cada instante, mas não é um silencio normal como o de uma sala de cinema. É uma coisa mais reprimida, um silencio agoniante que te incomoda em estar presente.
Ruim ao ponto de você chegar perto e perceber que tem algo errado com aquele lugar.
As pessoas que estão presente agem de uma forma triste, no olhar delas reflete uma dor inexplicável, mas por incrível que pareça algumas pessoas não intendem, não conseguem ver ou saber o porque daquilo.
O silencio e a dor que são refletidos pela morte.
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