Texto sobre Avô
Não houve amanhã -
- Avó.
Sim ...
- O Amor acaba quando as pessoas morrem?!
Claro que não!
- Mas o coração deixa de bater e deixa de sentir ...
Meu querido quando um relógio pára o tempo deixa de passar?
- Não.
Com o coração é a mesma coisa. Pode parar e deixar de bater mas o amor que trazia nunca vai passar porque o deixou ficar por onde passou.
- Que bom avó ... assim a avó ficará para sempre comigo e eu consigo!
Para sempre meu amado neto ... para sempre.
-Até amanhã avó.
Até amanhã meu neto.
... mas não houve amanhã e o texto cumpriu-se.
Muitos dizem: meus avô e meus bisavós eram indígenas, meu tataravô e etc.. mas isso ficou no passado, eu não faço questão pela minha origem,
Vivo em outra época e a luta dos índios não é minha luta.
Caro parente, eu Cacique Nailton, penso que você pode ter direito a seguir o seu caminho, mas não se esqueça;
Um povo que não busca conhecer seu passado, que não compreende suas referências e suas origens, perde a chance de reparar seus erros históricos.
Valorize a origem de seus antepassados, a sua origem...
As lágrimas aqui , lembrando minha avó paterna Negra , doméstica , mãe do filho ilegítimo do patrão ..
Essa pele mais clara que carrego e me oferece privilégios , não me dá o direito de esquecer minhas irmãs , me dá o dever de ser voz e luta contra toda forma de opressão e racismo , esteja eu onde eu estiver !!
Vou ser avó de menina...
A vida é uma caixinha de surpresas. Frase bem clichê, mas também muito verdadeira.
Hoje saí para trabalhar preocupada com minha nora. Ela está grávida e ontem, durante a consulta, não conseguiram ouvir o coração do bebê. Tensão.
Após a espera pelo resultado veio a notícia. O bebê está bem. E mais, através de um áudio gravado por meu neto, descobri que serei avó de uma MENINA.
Impossível conter a emoção. As lembranças. A expectativa vivida durante minhas duas gravidezes – sempre esperei o bebê nascer para saber o sexo. Recusava-me a saber antes, talvez uma forma de alimentar a esperança que viesse uma menina.
Sempre quis ser mãe de menina e, apesar de agradecer os filhos que Deus me enviou, as sobrinhas que pude ajudar a educar, havia aquele desapontamento, aquela espera que nunca se concretizava em encontro.
Hoje veio a notícia. Minha menina está a caminho. Já é amada desde a primeira espera. Avós são mães que não precisam engravidar e amamentar, bastam amar. Amar muito. Contar histórias, fazer tranças (sabiam que "trançar os cabelos prende as dores e as impedem de se espalharem pelo corpo")? Não sou eu a autora dessa informação, mas acredito nela.
Comprar roupinhas rosas e coloridas, usar laços, dar muitos abraços.
Minha amada e esperada menina, eu você e Michelll vamos brincar muito. Vamos descobrir muitas coisas juntas. Formaremos um belo trio. Vovó já está contando os dias...
Os meus netos
Ouvi a tua voz: olá avô!
Que linda voz a tua, eu aqui estou,
O teu sorriso transforma a tristeza em alegria,
Até parece que há muito tempo não te ouvia,
Ainda ontem aqui estiveste, que saudades,
O avô ficou contente assim que chegaste.
Ouvir chamar-me avô é tão lindo, nem pensas,
Como avô fica menino às tuas expensas,
Tinha os olhos fechados e acordei de repente,
Quando me tocaste, fiquei tão contente,
A minha alma até parece que fica menina,
Mas a tua ainda é maior do que a minha.
Começámos a brincar, somos dois meninos,
O tamanho é diferente mas somos pequeninos,
Nas nossas brincadeiras e no nosso fulgor,
Mas somos grandes no nosso amor,
Eu gosto tanto de te ver correr e de ouvir gritar,
Pareces um passarinho sempre a cantar.
A nossa gritaria, certamente ouvia-se na rua,
Era a minha voz mais grossa e mais a tua,
Muita gente parava para olhar com apreensão,
Os dois que brincávamos sem dar atenção,
Aos olhos que para nós nos olhavam,
Lá para cima da nossa rua onde passavam.
Vem até mim dá um grande abraço a este ancião,
Que é teu avô orgulhoso de alma e coração,
Vais-te embora, é apenas um até logo comprido,
Que parece há tanto tempo que não estou contigo,
É um amor tão grande que nos une e tão forte,
Quem nem todos os avós têm esta sorte.
Agora espero que venha outro amanhã para te ver,
Nem calculas como as tuas brincadeiras me fazem viver,
São pedaços de vida estes momentos em que brincamos,
Que me fazem ter mais amor, a ele brindamos,
Com mais brincadeiras e tantos ensinamentos,
Que damos um ao outro, de enormes parecem pequenos.
Colo de avó
Tem avó que é diferente,
nada de cachorro, gato,
cavalo ou duende.
Galinha de estimação
é o que a avó carrega
feito mapa do tesouro,
para lá e para cá
(parecem duas dançarinas).
e para quem conta
os seus segredos, fala do tempo,
do que vai colher, do que vai plantar.
A galinha concorda: có,
discorda: cócó,
Às vezes dorme, às vezes acorda
e muitas vezes esquece
que a avó não é galinha.
Apesar de tão quentinha,
a avó é gente.
ABRAÇOS DE CRIANÇAS
Ser avô e avó um milagre do amor
Sentimento mais lindo e profundo
E para felicidade na luz do mundo
Os netos seus dias de esperanças
E de nós distante na vida caminha
Quanto sonho e amor vai florescer
No gesto bonito um afago oferecer
Os carinhos e abraços de crianças.
Apenas uma frase muda uma história. Maria do Carmo Boaventura, minha avó, era filha de Pedro Camilo de Castro e Albina Gonçalves Boaventura, fruto de uma relação frustrante. José de Castro, tio de minha avó, deixou meu bisavô fazer uma bela casa nas terras dele. Com o voto de confiança que Pedro Camilo tinha pelo irmão, não desconfiava da inveja que o mesmo poderia ter. Ao conversar com o irmão José de Castro, houve informação falsa e enganosa e, logo após a conversa, brotou muita desconfiança de traição da parte de minha bisavó. Depois de uma fofoca sem provas concretas, o casal teve um destino difícil, traumatizante, principalmente para minha avó, que era um bebê e precisava dos pais juntos para ter uma história mais próxima da felicidade.
Maria do Carmo Boaventura nasceu em Capelinha do Chumbo. A parteira era vizinha da família. O método do parto era bem rude; não havia hospitais próximos, e tudo se resolvia com as parteiras amigas. Albina ficou morando lá na nova casa 1 ano e 6 meses; a partir daí, suas vidas tiveram um rumo muito triste.
Pedro Camilo de Castro separou-se de Albina Gonçalves Boaventura. Minha querida bisavó implorou para que isso não acontecesse. Houve gritos e desespero, mas não foi possível controlar a situação. A fofoca diabólica do irmão foi o início da mudança da história de um anjinho. O marido disse que se separariam, mas havia uma condição: sua filha iria junto. Afirmou, também, que a traição é inadmissível. Ela exclamava bem alto que ele tinha de acreditar nela, que o amava e só tinha olhos para ele, que era incapaz de traí-lo e só ficava em casa lavando roupas e cuidando da filha. Por fim, disse que até poderia morrer. Minha avó beijava sua mãe, chorava muito. A pouca vizinhança ouvia a discussão com pena da situação. Vovó grudava na minha bisavó, mas, mesmo assim, meu bisavô, um homem rude, seguiu em frente. Tomou minha avó pelos braços, entrou na casa, depois foi embora, tomando rumo ignorado. Entregou a chave da casa para o irmão, pegou minha avó e desapareceram daquele lugar. Sem saber o que fazer, os dois perambulavam no sol escaldante. Passaram perto de um casarão, entraram num portão. Havia um corredor de árvores, uma passagem muito fresca, com ventinho agradável. Avistou Palminda sentada no alpendre. Aproximaram-se, minha avó enrolada num pano branco. Ele pediu água e deu a minha avó um pouquinho do líquido. Palminda encantou-se com o bebê, e meu bisavô perguntou se poderiam ficar, tentando resolver a situação em que se encontravam. Palminda aceitou. Quando meu bisavô Pedro Camilo voltou para buscar a filha, esta já estava chamando Palminda de mãe. Admirado com os bons tratos, resolveu doar a filha para o casal de idosos Joaquim Sebastião Borges e Palminda da Fonseca. Joaquim é avô de José Leandro Borges. Maria do Carmo familiarizou-se muito rápido com a nova família, pois lá estavam a Dona Ana, sua irmã de criação, e meu avô morando no mesmo teto. Vovô e vovó, encantados, começaram a namorar e casaram-se bem jovens, ela com 14 anos, ele com 18 anos. Meus trisavós apoiaram o romance. Namoraram por 3 anos e ficaram noivos. O trisavô prometeu uma festa de arromba. Cumprindo o prometido, matou 1 boi, 1 porco, 8 galinhas, fez galinhada, tutu, pelotas, sucos de limão e laranja, pinga alambicada, contratou um sanfoneiro animado que tocava sanfona e cantava música raiz. Houve muito arrasta-pé. Foram convidadas muitas pessoas amigas da família e parentes. Na hora da festa, os padrinhos de casamento venderam a gravata e arrecadaram uma grana boa. Para ficar mais completa a colaboração, o trisavô deu uma fazenda para os jovens casados começarem a vida, na localidade de Peroba, município de Lagoa Formosa. Logo depois de um ano de casados, tiveram a primeira filha, que recebeu o nome de Maria Borges. Alguns anos depois, nasceram Eva Borges, Pedro Leandro de Castro e, por fim, Madalena Borges. Com o passar do tempo, morreram prematuramente seis filhos.
O ofício de costureira de minha avó ajudou seu esposo, José Leandro Borges, a criar a família. Nas décadas de 60, 70 e 80, ela decidiu trabalhar na área de costura. Havia muito trabalho em Patos de Minas, pois eram poucas as costureiras. Os clientes eram muito fiéis. Uns vinham de Lagoa Formosa para a feitura de ternos, vestidos, calças de brim, boinas, etc. Depois de 30 anos de trabalho, uma catarata afetou minha avó, e tiveram de reduzir os serviços. Madalena teve uma infância harmoniosa com os irmãos mais velhos. A diferença de idade da irmã mais velha, Maria Borges, é de 20 anos. Toda vez que os irmãos iam à casa de meus avós, encontravam as mulheres costurando e gostavam muito disso. Sebastião saía e comprava pães, balinhas e picolés para os sobrinhos; era uma festança. Pegava-se água da cisterna para fazer café. O bom de prosa Juca Sertório chamava todos os filhos para se sentarem à mesa que ficava na varanda no fundo da casa, em frente ao pomar de frutas, o galinheiro e o viveiro de mudas. Ali saíam assuntos maravilhosos do tempo da vida em Lagoa Formosa, do empreendimento do viveiro de mudas, da venda de muitos caminhões de café e eucalipto. Naquele dia, depois de vovó preparar o café, colocava na mesa pães de queijo, biscoitos, roscas caseiras. No momento da prosa, sugeriu-se que José Carrilho e o primo Itamar de Castro tomassem conta de uma mercearia que meu avô montaria para os dois netos. Antes do fim da proposta, os dois netos pulavam de alegria. José Carrilho, que tinha a doutrina cristã e pensava em ser frade, gritou: “O nome da mercearia será ‘São Pedro’, do qual vovó é devota”. Todos apoiaram a sugestão. Minha avó olhou para as netas Eni e Maria Luzia, que tinham desejo de morar com os avós. Elas receberam esse convite e o aceitaram. Para mostrar gratidão, todos os dias as netas lavavam a casa, arrumavam as camas dos avós, tratavam das galinhas. E não ficou só nisso. Outros dois netos, Netinho e Ernane, foram convidados a garimpar nos rios Abaeté e Paranaíba. Arnaldo contraiu reumatismo juvenil e ficou com sequelas nas articulações, por isso não podia participar dos convites junto com os irmãos; estava internado fazendo tratamento e todos orando por ele.
Minha mãe, Madalena, gosta de frisar com orgulho que nasceu em Lagoa Formosa, sua terra querida, cheia de natureza e pessoas simpáticas, hospitaleira, onde morou por onze anos e teve vários amigos, que faziam parte de seu cotidiano. A casa era feita de adobe grande e cheia de gente da família. Madalena, as amigas vizinhas e os primos iam para o quintal comer frutas, brincar de casinha, pique, esconder, amarelinha, elástico e criar bonecas de espiga de milho para brincar, aproveitando para aprender a fazer trancinhas nas espigas de milho.
E no quintal de 3 mil metros quadrados, no centro da cidade, com pomar de frutas, horta e muitos pássaros, minha avó fazia biscoitos em um forno feito de barro, pães de queijo, biscoitos de espremer, cultura esta que, com o tempo, foi ficando mais escassa e sendo substituída por moradias verticais, concretos e por tecnologia.
Em 1959, período em que o País vivia sob pressão da ditadura militar, Madalena estudou nas Escolas Normal e Professor Sílvio de Marcos; esta pertencia à Penha e hoje é o Colégio Tiradentes. Nas escolas havia regras; as alunas eram obrigadas a ir à escola de uniformes padronizados; tinham que usar boinas, meias brancas, sapatinhos e saia pretos, camisas brancas, gola marinheiro muito bem passada. A sala muito cheirosa, as meninas iam bem perfumadas. Durante a juventude, curtiu muito com os amigos. Gostava de frequentar a Recreativa e o Social, ir aos cinemas Garza e Riviera. Os jovens trajavam terno e gravatas, e as meninas, vestidos sociais, enfeitados de pérolas, os quais eram confeccionados por Madalena e pela mãe dela. Naquela época não se viam mulheres andando de calça feminina, comprida: era chamada de eslaque. Com 22 anos, Madalena conheceu o Lázaro, na Recreativa. Os bailes eram bem clássicos, com o som de umas bandas de Brasília, os Asteroides, banda patense que tocava Beatles, Elvis, Mutantes, Geraldo Vandré e outras músicas contemporâneas. Época do vaivém, em que os homens faziam um corredor no passeio, e as mulheres passavam de braços dados umas com as outras. O vaivém ia da General Osório à Olegário Maciel. Os postes de iluminação localizavam-se no meio das ruas. Os veículos tinham de desviar-se dos postes, pedestres e ciclistas. As motos mais sofisticadas eram as lambretas.
Lázaro andava de garupa com o amigo Dão, ambos de terno e gravata, curtindo a noite na pacata Patos de Minas.
O flagelo da perda de uma mãe é um pesadelo eterno, e o desprazer de nunca ter sentido o calor de uma mãe é estar em um Ártico Polar
Fábio Alves Borges
Uma vez minha avó disse:
Você não pode desistir de encontrar um amor porque uma pessoa idiota te fez acreditar que o amor machuca..
Mas ai eu te pergunto..
Até quando ?
Até quando vale a pena sofrer para tentar achar um amor ?
Sempre haverá uma pessoa boa que toca no fundo da sua alma mas também vai ter aquela pessoa ruim que vai tocar no fundo da sua alma..
Como você vai descobrir se essa pessoa vale a pena ou não ?
Você só percebe depois que o estrago ta feito..
O pior é que as pessoas te deixam quando você mais precisa delas..
Elas estão ali vendo seu mundo cair e não fazem nada..
Eu sinto falta daqueles abraços quentes que uma pessoa me dava..
Mas Deus tira as pessoas de outras pessoas..
Minha avó também disse que a gente tem que se acostumar com a partida das pessoa,mas eu nunca me acostumo e acho que nunca
vou me acostumar..
Um dia meu avô me contou uma coisa que na época eu não entendi muito bem mas guardei cada palavra que ele disse..
dizia ele:
-Uma despedida é sempre dolorosa, pois nunca sabemos quando diremos adeus a alguém pela última vez.
Naquele tempo eu não consegui compreender ele mas concordei com cada palavra que ele disse..
Minha mãe e meu pai trabalhavam muito,eles viajavam toda semana e eu tinha uma vida muita difícil,toda vez tendo que mudar de
casa e de escola,era uma loucura..
Meu avô decidiu falar com meus pais para que eu pudesse morar com ele para que eu tenha uma vida de uma criança normal,que eu
possa fazer amigos na escola e na rua da minha casa..
Meus pais não contestaram,até disseram que era um adianto..
Quando descobrir que iria morar com meu avô eu fiquei muito feliz,minha relação com o meu avô sempre foi uma das melhores,sempre
gostei muito de ficar com ele..
Lembro de quando ele comprou o primeiro smartphone,eu tive que ajudar ele a usar e ensinar como mexer nas coisas..
Ele também me ensinou a fazer várias coisas como ler,escrever,andar de bicicleta entre outras milhares de coisas..
Um dia meu professor meu perguntou o porque do meu avô ir em reuniões escolares e em festivais e não meus pais, na hora eu não
soube responder e disse que não sabia o motivo..
Assim que cheguei em casa perguntei ao meu avô o porque dos meus pais não irem em reuniões e etc.
Ele disse aquilo que eu já sabia,que meus pais trabalhavam muito e blá blá blá, depois disso nunca mais falei sobre o assunto com meu
avô..
Um dia meu avô falou que precisava ir num hospital conversar com um doutor e pegar uns exames,ele disse que não precisava ir com
ele mas eu fiz questão de acompanha-lo
Chegando lá não demorou muito e fomos atendidos por um médico..
Meu avô pegou os exames e riu,eu não entendi o porque dele está rindo e também não entendi a cara do médico que parecia confuso..
Quando o médico abriu boca meu mundo acabou..
O médico disse as seguintes palavras:
- desculpa senhor, mas você sabe que você está com uma doença rara e que pode morrer a qualquer momento??
Meus olhos encheram de lágrimas mas consegui conter pra tentar entender mais sobre o assunto..
Meu avô riu novamente e disse:
- Essa doença não me impede de rir e ser feliz como eu era antes de descobrir essa doença..
Meu avô pegou os exames e saiu da sala do tal doutor..
Quando a gente saiu daquele hospital eu entrei no carro e comecei a encher meu avô de perguntas sobre o que tinha acabo
de acontecer
A única coisa que ele me disse foi:
-Quando eu tinha 5 anos, minha mãe sempre me disse que a felicidade era a chave para a vida. Quando eu fui para a escola, me
perguntaram o que eu queria ser quando crescesse. Eu escrevi “feliz”. Eles me disseram que eu não entendi a pergunta, e eu disse a
eles que eles não entendiam a vida.
Quando a gente chegou a gente sentou para conversar sobre essa tal doença que pode matar meu avô a qualquer momento
Ele dizia que essa doença se chamava HEMOFILIA e era uma doença que era um distúrbio na coagulação do sangue, ele também disse
que não era pra me preocupar com esses tipos de coisas e que era pra eu viver a vida como um adolescente qualquer..
Eu disse que era impossível não me preocupar com isso,fui pro meu quarto e deitei pra tentar esquecer o que realmente pode acontecer no futuro..
Comecei a pensar no que eu ia fazer da minha vida sem o meu avô, me perguntei de todas as formas o que eu poderia fazer pra ajudar meu avô..
Lembrei de uma coisa que ele me disse a muito tempo atrás,meu avô disse
"Uma despedida é sempre dolorosa, pois nunca sabemos quando diremos adeus a alguém pela última vez."
Eu cheguei a conclusão de que eu devia aproveitar meu avô o máximo de tempo, pois eu sei que agora mais do que nunca eu posso
perder ele a qualquer momento..
Ele me ensinou a levar a vida na alegria pra não sofrer mais que o necessário,por isso eu não posso me apegar em um momento triste,
vou fazer meu avô ser a pessoa mais feliz nesse curto ou longo período..
Os dias foram passando e a cada dia eu ficava mais feliz em poder ver que eu arrancava sorrisos do rosto do meu avô mesmo sabendo que ele estava destruído por dentro..
fomos em festivais de danças,em oficinas de artes,em teatros,shows e tudo que meu avô gostava de fazer..
Em um fim de tarde eu lembro do meu avô e eu sentado em um banco de praça com um picolé na mão, entre conversas e risos ele me
disse uma coisa que eu nunca vou esquecer, ele olhou pra uma banca de algodão doce e disse:
- você me promete que sempre vai ser um homem dedicado,educado,companheiro.
você me promete que vai ser tudo que eu não fui pra sua avó..
Mas porque disso agora vô,ele começou a chorar e disse que ele fez a maior burrice da vida dele,
-meu orgulho,meu ego,minhas
necessidades e meu egoísmo tiraram da minha vida uma mulher bondosa e forte
disse ele controlando as lágrimas
Ele me olhou e disse que poderia não durar nem mais um mês e me pediu para que quando ele morresse eu chegar e pedir desculpas
pra minha mãe, eu sem entender nada só disse que iria fazer isso..
No dia seguinte meu avô morreu enquanto dormia...
E hoje eu estou aqui escrevendo nessa carta os 16 anos mais felizes da minha vida..
Hoje eu me despeço desse mundo com 18 anos
E eu peço desculpas para meu avô aonde ele estiver
Peço desculpa por não conseguir ser forte e verdadeiro como ele sempre quis que eu fosse
Eu cresci ouvindo meu avô dizer que nós deveríamos ser os primeiros a nos valorizar. Que era incapaz que alguém me valorizasse, sem que antes eu me desse valor.
Só hoje consegui entender o que meu avô realmente quis me dizer com essa pequena frase. Entendi que se eu não me amar o suficiente aceitarei migalhas, aceitarei um amor superficial, ou até mesmo a ausência dele em alguns relacionamentos.
O que eu só aprendi hoje, já tinha sido ensinado a muito tempo.
Devemos sim nos amar e nos valorizar, pois a ausência de amor próprio é a morada da carência.
Não devemos nos submeter ao pouco, mas devemos nos entregar a alguém que nos proporcione a medida certa.
Só posso amar alguém de verdade, quando eu compreender, que é preciso eu me aceitar
E me conhecer, pra saber o que eu mereço e procuro em um outro alguém!
A vida presenteia você de várias formas:
A vida de Familia, pai, mãe, avô, irmãos...
Relação amável.
A vida de estudante, alunos, professores...
Relaçao de aprendizado.
A vida de namoro, Companheiro, amante...
Relação imprevisível.
A vida de aventura, grupos, diversão, equipes...
Relação social.
A vida de trabalho, colaboradores, chefes...
Relação amigavél.
A vida de casamento, amigo, esposo, filhos, enteados...
Relação de amor.
A vida de saúde,. paciente, medico...
Relação de cuidado.
A vida solitária, autoconhecimento...
Relação de autosuficiencia.
A vida religiosa, templos, Igrejas, padres...
Relação de fé.
A vida dos paradigmas, consumo, vicíos, regras...
Relação doente.
O homem despreza de certa forma a vida, desde o dia de sua existência. È teme viver a chegada da morte...
Dá pouca importância a este ato maravilhoso, que é nascer para vida. A sua recepção diante da vida é um ato de motivações instantâneas e passageiras.
A sua insegurança e a falta de confiança em si mesmo e nós outros.
A capacidade de amar e amar o outro.
A necessidade de se deixar amar.
A vida é cheia de surpresa, presenteia o homem com as várias formas de vida e se movimenta a todo instante para perdurar o que há de bom.
Então o homem no fio de sua existência se dá conta go valor a vida...
Colcha de Retalhos
"Quando eu era pequenina adorava passar as férias na casa de minha avó materna. Uma das coisas que mais me encantavam em sua casa, além do fogão a lenha branquinho, eram suas colchas de retalhos. Ah! Meu sonho era ganhar uma colcha daquelas. Exatamente igual. Costurada retalho por retalho.
Um dia chegamos em sua casa e ela estava a costurar. Organizada como só, tinha montinhos de retalhos divididos por cores, estampas e tamanhos. Enquanto meus dois irmãos sairam pra ver os animais do pequeno sítio, eu sentei-me no chão do ladinho dela e ali fiquei admirando-a.
A medida que vovó ia costurando percebi que na frente dela tinha um saquinho no chão com alguns retalhos separados e que ela jogava la dentro outros retalhos também. Com os olhinhos brilhando de curiosidade fitei-a sem piscar, ela, percebendo olhou-me carinhosamente, passou a mão em minha cabeça e ordenou-me:
-Pegue ali minha pretinha, aquele saquinho e o traga aqui pra mim.
Depressa atendi o seu mandar e, ela continuou:
- Agora veja esses retalhinhos aqui ó! Não podem ser usados. Eles parecem bons, mas, observe:
Vovó com um leve toque conseguiu rasgá-los todinhos.
Lembro-me que fiquei muito assustada, pois eles pareciam Perfeitos.
Ela prosseguiu:
- Se eu costurá-los junto com os outros em poucos dias a colcha estará toda rasgada e todo o meu trabalho terá sido em vão.
Vovó olhou-me ternamente , sorriu e continuou costurando sua Colcha de Retalhos. Atraída pelo barulho que vinha do quintal, levantei-me e fui brincar com meus irmãos...
Hoje crescida e adulta, sei que comercialmente, uma colcha daquelas teria apenas um valor simbólico ( talvez nem isso), mas, a Lição que aprendi naquele dia, na humilde sala da casa de minha avó, tem Preço Impagável.
Nossa vida é como uma Colcha de Retalhos. A cada um de nós é dado linha, agulha e diversos retalhos para tecê-la. Retalhos bons e retalhos ruins, cabendo a nós o discernimento e as escolhas sobre quais retalhos usaremos para costurarmos a nossa Colcha.
Eu nunca tive uma colcha de retalhos igual as feitas por minha vó Doce, mas, naquele dia ela me ensinou como tecer retalho por retalho a Colcha de Retalhos da Minha Vida...
E tem aqueles que são "retalhinhos de Amor" na minha vida...Ô se tem...
Mulher avó, mãe, filha, irmã,
Mulher, sempre mulher,
Mulher operária, doméstica, aposentada, autônoma, civil, militar ou jurídica,
Mulher forte, autoritária, empreendedora, consumidora,
Submissa,
Mulher, sempre mulher,
Mulher de fé, benzedeira, rezadeira, curandeira e mágica,
Mulher, sempre mulher,
Mulher moda, fitness leve ou cheinha, gostosa, romântica,
Mulher, sempre mulher,
Mulher profissional, enfermeira motorista, médica, cozinheira, ...
Mulher, sempre mulher,
Mulher amadora, mãe, lava, passa, arruma, cozinha e aconselha, com razão e emoção
Mulher, sempre mulher,
Mulher falante, muda, surda, cega, de todas as especialidades,
Mulher sempre mulher,
Mulher casada, descasada, viúva, solteira ou amasiada,
Mulher, sempre mulher,
Mulher amada, mulher que ama, mulher apaixonada, mulher, sempre mulher, mulher dia e noite, noite e dia, 365 dias mulher. Sou Luz, Paz, Harmonia, Sabedoria e Conhecimento sou mulher, sempre mulher.
Parabéns a todas nós mulheres poderosas na divina providência de Deus.
🦋Natalirdes Botelho🦋
O Relógio
O Nômade deu ao Tigre seu relógio antigo, aquele herdado do avô, como símbolo de lealdade. “Pra você lembrar que sempre pode contar comigo.” Mas, semanas depois, descobriu que o Tigre o vendera por qualquer trocado e ainda contava mentiras sobre ele. Na vitrine da loja de penhores, o relógio parecia rir. Amizade é tempo — mas às vezes é só perda de tempo.
Centenas de histórias se entrelaçam.
De duzentos e cinquenta e seis
até os avós do avô.
Quinhentos e doze, mil e vinte e quatro,
em cada ramificação, a origem de nossa vida,
em cada detalhe, em cada ação.
Nessa complexa teia,
ressoa o valor da vida, tão singular.
Cada ancestral, um elo,
um tesouro a se guardar.
Livro: O respiro da inspiração
"Lembro de uma frase que minha avó repetia quando eu queria ir brincar na rua.
ela me dizia:
"quem não tem irmão, brinca sozinho."
Ela estava me ensinando uma verdade importante da vida adulta.
Claro, que não devemos ser egocêntricos.
Mas é preciso aprender a ser feliz sozinho.
Sua felicidade, sua responsabilidade!"
O Encontro no Ônibus
Estava eu, mais uma vez, indo para a casa de minha avó. Para tanto, preciso pegar dois ônibus ou ir a pé até o ponto do segundo. Com muita cautela, vou. Passo atenciosamente de rua em rua, esquivando-me das esquinas como quem evita lembranças indesejadas.
Decido ir a pé. Chego ao segundo ponto um pouco cansado, o corpo denunciando a caminhada, e logo vejo meu ônibus se aproximar. Entro, pago e me assento. Como em qualquer outro dia, encaro a janela como uma tela em branco, onde os cenários passam rápido demais para serem compreendidos. Imagino tudo, porém nada de importância.
Um bairro se passou quando sinto um toque no braço, leve como o roçar de um galho ao vento. Vinha de alguém que se assentava do meu lado direito. Penso que foi apenas um esbarro casual e volto ao meu devaneio, mas novamente sinto. Dessa vez, decido me virar e entender o que estava acontecendo.
Era uma senhora, pequena e franzina, de mãos trêmulas e olhar perdido. Tentava, com delicadeza, chamar minha atenção. Algo havia de diferente em seu olhar — um brilho úmido que parecia conter todo o peso do mundo. O marejar de seus olhos já me inundava, e antes que pudesse dizer qualquer coisa, ela segurou minha mão com firmeza, como quem busca âncora na tempestade.
Sem dizer uma palavra, ela apenas suspirou fundo, como se aquele gesto contivesse anos de histórias acumuladas. Seus dedos enrugados e frágeis envolviam minha mão como se segurassem um último pedaço de esperança. Por um instante, o mundo se reduziu àquele toque, e o barulho do ônibus se tornou um murmúrio distante.
Aos poucos, seus lábios se abriram, e num sussurro quase inaudível, ela disse:
— Você se parece com meu filho...
Houve um silêncio denso, como se o universo contivesse o fôlego. Não sabia o que responder, e talvez ela nem esperasse uma resposta. Apenas segurava minha mão, fixando o olhar num ponto indefinido do corredor.
— Ele partiu faz tanto tempo... — murmurou, com a voz quebrada pela saudade.
Um nó se formou na minha garganta. Respirei fundo, sentindo o peso daquele instante. Então, num gesto instintivo, apertei a mão dela com carinho e disse:
— Eu estou aqui... Pode me contar sobre ele, se quiser.
Ela pareceu surpresa, como se aquela simples oferta fosse um presente inesperado. Seus olhos marejados se voltaram para mim, e um sorriso tímido despontou, como um raio de sol por entre nuvens carregadas.
— Ele tinha esse jeito quieto... sempre olhava pela janela, pensativo. Gostava de imaginar histórias. E quando eu estava triste, ele só segurava minha mão, como você está fazendo agora.
Senti meu coração pulsar mais forte. Eu não era apenas eu — naquele instante, eu era um fragmento de memória viva. Ela continuou falando, e a cada palavra seu rosto se iluminava, como se a lembrança trouxesse o calor de um reencontro.
— Ele dizia que as nuvens eram mapas de terras mágicas — disse ela, sorrindo leve.
— Sempre acreditava que, se prestássemos atenção, descobriríamos um caminho que só os sonhadores enxergam.
Sorri também, e sem perceber, comecei a compartilhar minhas próprias memórias de viagens e pensamentos perdidos olhando pela janela. Ela escutava atenta, como quem encontra companhia na dor e na saudade.
Quando o ônibus freou bruscamente, ela soltou minha mão com delicadeza, como se devolvesse à realidade o que fora apenas um breve consolo. Antes de descer, olhou para mim com um sorriso pequeno, mas sincero, carregado de um agradecimento mudo.
— Obrigada... Você me fez lembrar que o amor não morre... Só se transforma em saudade.
Olhei para ela e, com um sorriso sincero, respondi:
— Talvez ele ainda segure sua mão... de algum jeito, através de quem traz um pouco dele no olhar.
Ela desviou o olhar por um momento, tentando conter as lágrimas. Mas quando voltou a me encarar, havia uma serenidade nova ali, como se minhas palavras tivessem encontrado um canto acolhedor dentro dela.
Fiquei observando-a partir, pequena e delicada, desaparecendo na multidão. O ônibus seguiu viagem, mas aquela sensação permaneceu em mim — uma mistura de melancolia e gratidão por ter sido, ainda que por poucos minutos, um porto seguro para alguém que precisava ancorar suas lembranças.
No caminho até a casa de minha avó, pensei sobre a força que existe em simplesmente estar ali para alguém. Às vezes, somos chamados a ser companhia em meio ao tumulto da cidade, como se a vida nos empurrasse para encontros que não esperávamos, mas que, de alguma forma, precisávamos viver.
E ali, entre a dor e o alívio, aprendi que às vezes somos porto, outras vezes somos naufrágio — e, no intervalo entre os dois, a vida nos permite tocar o coração de um desconhecido, deixando nele um pouco de calma, e levando conosco a certeza de que a humanidade sobrevive nos detalhes.
Feliz Dia das Mães!
Para todas as mamães:
Seja aquela avó que cria com tanto amor, aquela tia que oferece colo e cuidado, aquela que adotou com o coração aberto, seja o pai que, com dedicação, fez também o papel de mãe, tio ou avó. Um papel tão fundamental em nossas vidas.
*Definição de mãe: mulher que deu à luz, que cria ou criou um ou mais filhos.
Lembramos também de Mãe Maria, a mãe de Jesus, que, com fé e humildade, aceitou a mensagem do Arcanjo Gabriel a pedido de Deus, recebeu o Espírito Santo e concebeu Jesus, gerando o Filho de Deus sendo virgem.
Não consigo expressar em palavras a imensidão do amor que sinto pela minha mãe, e sei o quanto todas vocês se preocupam por seus filhos. Principalmente se eles são chamados por Deus antes do tempo "esperado", imagino que essa dor seja imensurável.
Vocês são TUDO para seus filhos.
Vocês são nossas RAINHAS.
Sintam-se abraçadas carinhosamente.
Tenham um bom domingo, e que Deus abençoe cada uma de vocês.
Mãe é mãe!
Eu sou MÃE...
Mas MÃE também pode ser a avó, pode ser a tia; Pode até ser aquela melhor amiga; A madrinha, ou até mesmo a filha...
E se alguém não recebeu a graça da maternidade, também pode ser mãe do coração.
Mãe é mãe!
Não importa a cor, a religião...
Ela é quem canta as primeiras canções que ouvimos e une nossas mãos para nossas primeiras orações.
Ama incondicionalmente!
É um dom supremo de Deus.
Ama o pequeno até que cresça; Ama a vida inteira.
E é no coração de uma MÃE que se faz a verdadeira morada do amor.
Parabéns a todas as mães!
🌹
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp- Relacionados
- Textos para avô que transmitem amor, admiração e gratidão
- 34 frases para dizer aos nossos netos para eles se sentirem especiais
- 54 frases de avó para neto que refletem a doçura desta relação
- 53 mensagens de luto pela avó que deixará saudades
- 129 mensagens de aniversário para avó que celebram a vida dessa pessoa tão especial 🎉
- 3 gerações: avó, mãe e filha (frases sobre um legado de amor e força)
- Avó