Texto em Homenagem aos Amigos
HOMENAGEM AO DIA DO PROFESSOR
Caríssimos professores, só existe uma maneira de dizer-lhes obrigado: olhem para mim!
Muito obrigado pelo que sou hoje.
Sei escrever e ler, sei questionar o que ninguém questiona, sei responder àquilo que parece não ter respostas, sei conviver com essa diversidade plural de seres humanos e outros seres mais humanos que muitos; devo tudo a vocês.
Minha mãe, Norma Augusta, foi uma heroína e me entregou como um ser humano educado nos quesitos familiares e cristãos a vocês. Desde a tia Tânia, lá no longínquo jardim de infância, passando pelas escolas de ensino primário e secundário, cresci e me tornei o que sou. Vocês abriram janelas para mim em um quadro negro, usaram giz e lápis de cor como chaves para abrir as portas desse futuro em que cheguei. Me deram livros e cadernos como se fossem pão e água, alimentos saudáveis que nutriram minha mente com as mais belas histórias e os mais importantes ensinamentos.
A única maneira que encontro para lhes dizer obrigado é pedindo que olhem para mim, vejam que sou hoje um homem que entende a importância de ter convivido com vocês por tão longas horas e por tão maravilhosos momentos. Muito obrigado, professores, por terem embriagado a mim e a muitos outros com o conteúdo de seus conhecimentos. Por terem encontrado paciência para repetir aquilo que eu não entendia, por trazerem das suas casas toda a bagagem de conhecimento que não me deixou frustrado nas minhas expectativas, não ficando em dificuldades nas viagens mais elementares, mas ampliando meus horizontes.
Só assim, meus caríssimos professores, posso dizer-lhes: Muito obrigado! Parabéns pelo dia de todas as professoras, de todos os professores.
15 de outubro de 2020
Prestando uma homenagem ao
Mestre Luis de Camões, numa resposta
ao maravilhoso soneto Alma Minha...
Que me perdoem os puristas pela impureza de meu texto,
mas não resisti à inspiração...
Osculos e amplexos,
Marcial
ALMA MINHA
de Luís de Camões
"//" Dueto de Marcial Salaverry
Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida descontente,
Repousa lá no Céu eternamente,
E viva eu cá na terra sempre triste.
" Cá estou, sofredor, sempre triste,
esta dor a morder-me eternamente,
deixando-me a alma descontente,
desde o dia em que partiste..."
Se lá no assento Etéreo onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente,
Que já nos olhos meus tão puro viste.
" Olhaste-me, e mal me viste,
deixando-me a lembrar teu beijo ardente,
e pelo menos esta memória me consente,
a mirar-me lá, para onde subiste..."
E se vires que pode merecer-te
Alguma coisa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te;
"Apenas dor, ao perder-te,
em meu peito magoado ficou,
a lembrar de que não pude merecer-te..."
Roga a Deus que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.
"Por que Deus tão cedo te levou,
não me deixando mais ver-te,
e assim, minha vida igualmente encurtou..."
Terá nascido por volta de de 1524/1525.
Morreu a 10 de Junho de 1580 em Lisboa.
" Nasceu em 11/12/1938 em São Paulo,
e ainda cá está a viver em Santos..."
Homenagem a Paula Ribas - Palcos de Glória -
E em tempos houve um rio que me sonhou!
Uma Vida que vivi …
Um sonho que me criou …
Que fez margem do meu corpo …
Fez leito do meu Ser …
E parecia Glória intangível.
E os destinos se cruzaram!
E os milénios se interpuseram!
E vi pedras, e vi barro, olhares e descrenças ...
Rasguei o ventre à solidão, e fui além …
Tão mais além do que alguém foi!
E correram águas, e houve medo,
e houve espuma e houve espanto.
Mas fui … sem nunca duvidar.
Sem nunca desistir.
E à força do meu canto, sobre palcos sem nome,
ergui desvãos sombrios, olhares secretos,
noites diferentes e dias repetidos.
E fui rio, fui margem, fui amor, fui ódio,
espasmos e perdões!
Fui tanto … tanto … que o recordar me deixa
inebriada …
E tanto que perdoei! Perdi-lhe o conto …
De mim nasceram filhos.
Glórias! Palmas! Tributos!
Tanta gente … tanta gente …
E tantas pautas me gastaram …
Tantas outras por gastar …
Mas o palco! Os panos! As luzes! E o canto!E a minh'Alma!
Tudo em mim, ainda, tão intenso!
E acordaram ecos, iludiram mágoas,
e corri o mundo e o mundo correu-me a mim!
E dancei … dancei, rasguei palcos d'ilusão
aos movimentos do meu corpo.
E fui sonho - fui estepe, fui quimera -
tão fundo como os mares …
Levo tudo na mão sem sombra ou nostalgia …
Só saudade em lânguidas tardes mornas …
Por mim tudo passou ao som das águas turvas
e dos ternos temporais...
E os anos desfilaram, lentos e absortos ante ruínas
repetidas, mas nunca desisti! Nunca!
E recordo o silêncio que então se fez.
A beleza tombada das estátuas rodeadas de gardenias.
Meu corpo! Meu corpo!
Corri o pano! Calei as pautas!
Mas não parei … renasci … fui de novo … em frente …
Meu rio continuou …
Em busca de outros horizontes...
Nova aurora … novo amanhecer...
Em busca d'outros mares …
Novas margens … novo leito …
Afinal, Eu sei quem sou!
A que fui! A que serei!
Por onde vou? Não sei!
Sei que vou … que irei …
Além … sempre mais além ...
"Homenagem ao dia da Mulher"
Mulher Obra divina criada por Deus tirada da costela do Homem para Ser sua companheira.
Mulher, Adjutora, Amiga, Mãe, esposa, filha, irmã, tia, avó porém todas verdadeira.
Mulher as vezes Forte as vezes frágil como uma flor a desabrochar porém sempre guerreiras.
Mulher imponente, casada, carente, independente, as vezes sorridente confusa solteira.
Mulher que merece todo nosso Amor e Afeto carinho e respeito.
Meio sem jeito deixo aqui o que trago guardado em meu peito, com todo carinho e respeito minha singela homenagem a todas vocês.
Feliz día internacional da Mulher.
E se?
Se não conseguir ouvir o carro de som com a homenagem que mandou para mim? Meus ouvidos já não escutam. Se não puder sentir o sabor do bolo que encomendou? Cortei o açúcar devido a diabete. E se as roupas que mandou de presente não me servir mais? Meu corpo já virou pó.
Poxa! Agradeço os presentes. Más melhor que presentes é a presença.
Por isso peço: vêm me ver! Sinto tanta saudade, que presentes são insignificantes sem você! Presença muitas vezes é melhor que presentes.
Homenagem às mulheres
Homenagem que faço a todas as mulheres, demonstrando que são verdadeiras fortalezas, combativas, arrojadas, determinadas, corajosas, que exigem a respeitabilidade, a valorização e a dignificação da condição de mulher, e podem sonhar e concretizar todos os mais profundos sonhos.
HOMENAGEM A SANTO ANTONIO
Já no início de vida
eu querida e desinibida
me atrevi a casar
conversei com meu Antonio
santo bondoso e discreto
pedi que de todo jeito
me arrumasse o marido certo
De joelhos em cimento
eu exigente como era
em meus pedidos e curas
pedi que me livrasse de homem ciumento.
Rezando mais um pouquinho
com meu jeitinho guerreiro
abracei meu santo Antonio
pedi um homem com dinheiro.
Desta feita os predicados
fiquei satisfeita e feliz
mas queria um homem delicado
daqueles que nos encantam com o que diz.
Mas tamanha era a lista
que a noite foi passando
e eu sem querer
os adjetivos aumentando.
Gostar de ler não podia faltar
traquejo no falar essencial
bom governante do lar
e um lorde ao amar.
Os filhos
dele tinham que se orgulhar
visto que família é tudo
e minha espécie deveria continuar,
De mais a mais
Tinha que com meu pai combinar
visto que valores que ele trouxe
Muito queria cultivar.
De vida em vida
Nada se vingaria
Se não fosse homem trabalhador
E no amor não amador
No contexto um conquistador
porque vida que é vida
tem que ter enredo todo dia
E um ar inovador
Muito embora satisfeita
com o modelo a seguir
me esqueci de mencionar
que nunca deveria partir.
Pouco depois de enumerados
Tantos dons e predicados
olhei meus pedidos
Encobrindo meus pecados
A folha já ia ao chao
olhei meu santinho querido
Meu devoto amado
a me olhar com exaustão
Seu rosto entretanto
Não me parecia santo
tamanha imposição
Do meu pedido sem educação.
E com resposta de pronto
Já que minha fé era no ponto
O Santo exausto me respondeu
Me parecendo um pouco tonto
Filha
esse homem que tu queres não nasceu
para que eu te atenda
Terei que inventar
Leva-la as nuvens
Te apresentar um poeta
um cesto de vários doces
um anjo da cabala
um mágico que te fará matriz
até o momento em que perceberes
que para fincar vida a dois
se sentir feliz
não precisas de vários adjetivos
Mas somente de um pequeno verbo
que te levará a completude
aquele que vai fazer você se dar
sem nada desejar
um pedaço do paraíso que se chama amar.
Reflexão.
Antes da maquiagem,
Antes da paisagem.
Antes de qualquer homenagem
Antes de qualquer idioma ou linguagem.
Pensem,
Nunca deixem a pintura , joias ou bijouterias falarem dentro de si...
Quem nasceu para ser bonito(a)
Não precisa de batons e nem tons.
Nem de salão e nem banho de lua.
Precisa apenas ser nua e crua...
Nascemos sem roupas ,de olhos fechados e mães,pais ,irmãos, parentes e amigos dizem que somos os mais bonitos do mundo.
Reflitam!
Lembrando que não estou desmolarizando a imagem que está nessa postagem.
Pelo contrário,
Todas são belas,
Por sinal, muito belas...
Repito,
Reflitam....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
Meus amados sogros, hoje minha homenagem para vocês vem em forma de agradecimento, mas um agradecimento com um gostinho mais especial porque devo muito mais a vocês do que podem imaginar.
Prometo sempre dar o valor que vocês merecem, porque vocês não são somente uma parte muito importante da minha vida, são a família que pedi a Deus! Amo vocês!
Manuel de almeida: Poesia, Fados e Destino -
Quando algures se presta homenagem a uma ilustre figura que imprimiu no mundo a sua “digital criativa”, é quando, verdadeiramente, se cumpre e se manifesta a alma de um Povo. É quando se expressa, no mais vasto sentir de uma pátria, aquilo que de mais intenso e grandioso a precede e antecede. Isso que faz dela a ramagem que dá vida às folhas que brotam, num verde jucundo, dos ramos de uma árvore altiva e frondosa. A imponente e grandiosa copa de uma árvore que se ergue ao céu pelos tectos do princípio ao fim do mundo. É assim o punho de um poeta ou a voz de um rouxinol…
Manuel de Almeida. Um poeta solitário que canta a voz de um povo. E sê-lo, é saber profundo, pesado e leve de um passado distante, rude e austero, feito de idealismo sublime e arte manifestada. Força que emana de cada pensamento no doloroso silêncio de uma vida vivida, de um sonho total. De uma verdade expressa, de uma entrega inteira, real, sincera, altruísta, sensível, e até, quase cruel…
Manuel de Almeida, alguém atento, à vida que foi, à vida que é – ainda – sem o ser, porque o já foi, sendo-o. Alguém nas várias dimensões do tempo, projectado na grandeza panorâmica dos seus versos e do seu canto…
“Quando chegar a hora da partida
ordenada por Deus omnipotente
quando os anjos cantarem nova vida
o meu fado talvez seja diferente.
E quando for a festa do meu dia
no mundo imaginário que sonhei
quero beber o vinho d’alegria
e abraçar os amigos que encontrei.
Suspenso no meu fado, nem reparo,
no tempo de marcar a minha vez
quero morder o pão que me foi raro
nesta minha passagem com vocês.”
Bravo Manuel de Almeida! Bravo! Este teu “Até Sempre” permanecerá sempre, aqui e ali, em nós, teu Povo, tua Gente, em cada canto, para sempre! Bravo! Bravo!
Tão poético! Tão Fadista! Tão português …
Plasmando nos olhos e nos sentidos de cada um a imensidão da tua alma. Rubra e intensa, quando ao cair da noite as guitarras ainda se perfilam no horizonte das vielas e a tua voz se ergue de mãos postas pisando as penas de uma vida que nos vive. O que de ti para nós é o Fado! Isso que súbito, e em cada um, acorda e desperta uma memória longínqua e difusa de eternidade. Profunda e intensa. Indefinida nostalgia amarga e doce de algo que se sabe e se esqueceu. Perante o fado que é o teu todos somos poetas…
Todos sentimos frente à tua eterna e humilde presença, a dor e a grandeza da humanidade, esse património impresso no sangue lusitano desta pátria singela e amada a que todos pertencemos e erguemos como um facho a arder nas madrugadas transformando a noite escura em dia claro.
A fé profunda das palavras que nos falam de ilusão, a sabedoria e o êxtase dos sentidos despertos em horas de fado, bem ou mal fadado, e os abismos nocturnos onde se afundam lamentos que desejamos transcender. A nossa alma!
Tudo o que sempre foi e é este país mais do que qualquer outro. O teu, o meu, o nosso país. Este Portugal à beira mar, esta Lisboa de encantar adornada pelo Tejo.
E as palavras não se esgotam, dizem os poetas. Perante ti, Manuel de Almeida, não se esgotam, mas não chegam, já não vibram…
“As palavras são como um cristal,
algumas um incêndio.
Outras orvalho, apenas.
Secretas, vêm, cheias de memória.
Tecidas de luz
que paraísos de unidade activam ainda.
Quem as escuta?
Quem as recolhe?”
Diz Eugénio de Andrade
Recolhe-as o poeta, escuta-as o fado… digo eu!
Nós somos, por isso, uma gente de mágoas, um Povo solitário, grandioso na partida e maior à chegada…
“Óh gente da minha Terra,
agora é que eu percebi,
esta tristeza que trago
foi de vós que a recebi.”
Disse Amália.
Manuel de Almeida escreveu:
“E quando for a noite do meu fado
fado que me foi dado de raíz
quero cantar até ficar cansado
numa canção de amor ao meu país.”
Obrigado Manuel de Almeida. Por seres poeta, por seres fado, por tão bem sentires a tua pátria, o teu Povo, a tua raíz, a tua Gente. Por viveres e fazeres acontecer em ti e de ti a alma portuguesa.
Manuel de Almeida: Poesia, Fados e Destino …
Cascais, 27 de Abril de 2015
Jantar de homenagem a Manuel de Almeida.
texto rustico em homenagem aos nossos herois brasileiros, que estao sendo esquecidos
ETERNO TU SERAS, COBRAS FUMANTES
isto, não é um poema, isto nao cotam na escola
isto não é lembrado, ó força, ó pátria você foi amada.
meu nome ? meu nome é Arlindo lúcio da silva, junto a mim
esta Geraldo rodrigues de Souza e também Geraldo baeta da cruz
bom, desculpe meu erro de português. afinal de contas eu só terminei o curso primário.
bom, aqui estou mas meus companheiros... uma salva de tiro, estou com medo
na verdade nos estamos, o que estamos fazendo aqui ?
a, lembrei estamos aqui por nossos pais e nossos filhos, na verdade estamos aqui por vocês
se é que vão contar sobre nos. sim, os americanos nos odeia também, afinal. somos latinos ne ?
bom resumindo tudo, afinal não da tempo de escrever tudo... estão por todos os lados.
o saudade de você minha mãe, o saudade de você meu BRASIL BRASILEIRO, enfim eu estou com medo.
Geraldo rodrigues, e Geraldo baeta também esta. afinal estamos arriscando tudo por, nos, filhos,
filhas, e mãe pátria. eu juro nossas pernas tremem, mas hoje a cobra vai fumar...
meu Deus aqui é o inferno, quem estava conosco, já estão descansando, sorte?
meu Deus isto é um pesadelo, estamos com fome e quase sem munição, a Deus me perdoe.
bom nos perdoe, mas não posso deixar que o sacrifício de todos fossem em vão, afinal somos os cobras fumantes!
bom, morreram todos, estamos sozinhos e sem munição, o que faremos?
nesta hora, eu e meus amigos, bom aqui na guerra meus irmãos, olhamos um para o outro
colocamos as baionetas...sim pediram para nos rendermos
mas pela nossa Pátria amada, pelos mortos, pelos nossos filhos e filhos do Brasil.
ate a morte!
ouvi o som da morte, e meu corpo congelando. esta me faltando ar, olho para meus irmãos
ajoelhados olhando para o céu, sentindo o mesmo que eu.
Perdão Deus, precisava defender minha família e minha terra, por favor nos perdoe.
Dizem que nossa bravura. foi imensa fomos grandiosos Dizem que fomos condecorados pelo nosso próprio inimigo por honra
obrigados por nos dar um enterro digno. nos somos os Cobras Fumantes eterna seja nossa vitória!
Não esqueça meus filhos, e nossos filhos. nosso sacrifício, foi por vocês, foi para minha terra que é minha casa
foi por nos.
LÍRIOS DE TITÂNIO (Em homenagem a Seres Humanos extraordinariamente excepcionais)
Há almas feitas de titânio.
Sim. Titânio. Leu (ouviu) bem.
Titânio do mais puro que existe,
extraído do rútilo.
Há almas que não se aprisionam.
Nem com síndromes.
Há vozes que não se silenciam. Não.
São vibrações quânticas
do Universo,
que não existem
no mais cristalino verso.
Há estrelas que nunca serão
anãs brancas,
nem buracos negros,
ou estrelas de neutrões.
São inspirações fotónicas
nos berçários estelares,
bem no coração
das Nebulosas.
Há esperança costurada
nos voos das aves
e na proa do vento,
uma determinação
sem espaço, nem tempo.
Há almas
feitas de lírios e violetas,
alfazema e açucenas,
mas, também,
de orquídeas e girassóis.
Há coragem cerzida na "passion" (paixão).
Há superação. Elevação.
Há Céline Dion.
© Ana Cachide Praça (in "Lírios de Titânio")
28 de julho de 2024
Observação: Uma singela homenagem a SERES HUMANOS extraordinariamente excepcionais.
POEMINHA DO ESTUDANTE
Hoje a homenagem é sua
Mesmo com dificuldades
Abrace a sua escola
Colha todas as felicidades.
Dedico com carinho
E a minha admiração
Parabéns estudantes
Você, é a base da educação.
Sem a presença de vocês
A escola não tem vida
Mas quando vocês chegam
Ela ela é toda colorida.
Nunca pense em desistir
Siga sempre confiante
Deus abençoe vocês
Parabéns estudante.
Irá Rodrigues
Vamos tentar contar as estrelas que Bilac ouvia,
com este soneto, procuro prestar uma homenagem
ao nosso Príncipe dos Poetas.
Osculos e amplexos,
Marcial
OUVIR ESTRELAS
Olavo Bilac
"Ora direis ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!! E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...
E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora! "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"
E eu vos direi: "Amai para entendê-las:
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas".
*************
ESTRELAS AO LUAR
Marcial Salaverry
Em noites enluaradas,
até o brilho das estrelas é maior,
inspirando almas apaixonadas,
para viver o amor melhor...
Não amar, seria o pior,
e com as carícias desejadas,
uma lição que sabemos de cór,
é bom amar em noites estreladas...
Além de amar, vamos estrelas contar,
parafraseando Bilac que as ouvia,
melhor para a paixão controlar...
Contá-las, para melhor o amor viver...
Ao lado da pessoa que amamos,
Contá-las para melhor as saber...
Marcial Salaverry
Grande dor a uma criança morta
(em homenagem à prima Kátia)
I
Chegaste e eu fiquei triste.
Chorei... Não podia crer
Que isso fosse a pura verdade.
És muito mau meu amigo.
Por que dar uma notícia assim?
II
Fiquei chocada, gritei...
Mas tudo inútil,
Pois só tu me ouvias!
III
Tristeza, sempre estás
Aqui junto a mim.
Nem sei se aguento...
Mas a ilusão de tudo se acalmar,
E a nossa felicidade voltar,
Ainda existe em meu coração.
IV
Sorrir, sorriso puro?
Era o daquela linda criança
Que conheci há algum tempo...
Seus olhos azuis, quase negros,
Fitavam os meus vivamente
Enquanto eu, pobre pirralha,
Escondia, para não veres,
Uma enorme, grande
Tristeza e dor...
V
Teus cabelos perfumados
Todos os dias eu afagava.
Tu sorrias, pura criança...
Andavas, corrias e choravas...
Mas eu não me importava!
Tu me querias e eu a ti.
Amada, minha querida!
Eras tão boa de alma.
Singela, tão sonhadora e triste!
Será que tu herdastes algo meu?
Não, não quero...
VI
Mas hoje, criança,
Dormes um sono,
Um pesado sonho angelical.
Aquele que permite a nós, homens,
O descanso eterno pela morte...
Não corres, nem choras e nem sorris mais...
Teus cabelos estão ainda perfumados...
Teus olhos, nem posso lembrar-lhes a cor!
Mas lembro que eram puros,
Tão puros quanto a flor!
(junho/ 1967)
A JANELA
.
(ou: Homenagem aos Historiadores)
.
.
Olha pela janela...
Lá vai o primeiro homo habilis
a caminhar, ainda trôpego, sobre a Terra.
E ali está a mulher
– bem mais inteligente que os machos
de sua espécie –
a jogar no solo a gentil semente
pronta a germinar o milagre da revolução agrícola.
Espia! Aquele artesão acaba de mover a pioneira pedra
para fundar a primeira das cidades,
e não está longe o que inventou a roda
– ela... tão surpreendente na sua genial obviedade.
.
Espicha agora o teu olho longo
pela paisagem infinda...
Percebeste César,
à beira de um riacho,
discursando para os leais soldados?
Ele atravessa agora o seu rubicão,
marcha sobre Roma,
proclama-se Ditador,
e recebe as vinte e três facadas.
E logo ali vem Cleópatra,
tão perto no espaço-tempo
– com seu olhar anacrônico
e seu sorriso à Liz Taylor.
Ela o seduz, mesmo num saco de estopa,
enquanto, no mesmo gesto, já concebe seu filho
– egípcio e romano –,
e morre... ao chacoalhar das serpentes.
.
Quanto a ti, a tudo contemplas,
em um único relance,
bem ali: sob a janela.
.
Não... não chores, Historiador...
Tu vês a peste negra?
Sentes seu odor da morte se elevar aos ares?
Ouves o som surpreendente dos cacos de vidros
a quebrar o silêncio na noite dos cristais?
Sofreste agora aquela profunda fisgada
da bala que encontrou Guevara?
Pranteias pelos primeiros desmatamentos,
e és fustigado por cada açoite lancinante
nos ombros de todo escravo?
.
Mas tu podes ver o florescer de um movimento verde
que salvará as baleias e micos-dourados
ao som de canções medievais
entoadas pelos trovadores árabes e cristãos.
Tu – mais do que todos – podes ver os homens e mulheres de pela preta
em sua luta diária pela liberdade,
a fundar quilombos e universidades,
a vencer o preconceito insano!
És tu que podes ver, em Luís Gama, um tanto de Zumbi
– e, para além do herói, o homem humano!
.
Tu viveste, há dois segundos do nosso próprio tempo,
todos os sonhos de igualdade, de uma só vez!
E, se tu viste as ditaduras de todos os tempos se erguerem
em um único e cruel movimento,
também assististe à derrocada de todas elas.
Tu és privilegiado, Historiador...
Somente tu, junto aos artistas, viajas tão à vontade pelo tempo
antes da invenção das máquinas de viajar no tempo.
És tu aquele que olha atento
e intrigado pela janela
onde tudo se estende à espera de novos olhares.
.
Lá estão as fontes históricas
– estes passados tão presentes –
todas tão ansiosas pelas perguntas que farás
às suas páginas por vezes bolorentas,
aos tratados de guerra e paz,
aos diários anônimos e secretos,
à sua matéria mais despretensiosa...
.
Ali estão as fontes, ao pé da tua janela
– as mesmas que aguardam, com solenidade ou displicência,
as perguntas que farás aos decretos e receitas de bolo,
aos jornais oficiais e clandestinos,
às cidades acima e abaixo da terra,
aos sulcos deixados na terra pelos camponeses;
ou, por fim, à lança de pedra que foi lascada
pelo primeiro homo habilis
a caminhar por sobre a Terra.
.
Vai, Historiador...
Olha pela janela
e age na história
de tua própria época.
.
.
[BARROS, José D'Assunção. Revista Cronos, vol.23, nº2, 2023]
POEMAS EM HOMENAGEM A VLADIMIR CARVALHO
Vladimir Carvalho: Voz dos Candangos
Vladimir Carvalho, de fita e sena,
No cinema nacional, faz-se presente,
“O País de São Saruê”, um poema,
Mostra a história do Brasil latente.
“Conterrâneos Velhos de Guerra”, retrato
Dos operários erguendo Brasília,
Morrendo na lida, sem aparato,
Imagens que revelam a dor, sem trilha.
Deu voz aos candangos, aos excluídos,
Revelou as contradições do Estado,
Desigualdades de um povo sofrido.
Na censura, sua arte foi cravada,
Formou cineastas com seu legado,
Sua marca na cultura é eternizada.
- Antonio Costta
24/10/2024
Guardião da Memória do Cinema Nacional
Vladimir Carvalho, guardião da história,
No cinema brasileiro, eternizou,
A memória do país que registrou,
Imprimindo na tela, de forma notória.
Desde jovem, na Paraíba iniciou,
Consagrando documentarista, com paixão,
Filmou injustiças, a censura, a opressão,
Na ditadura a verdade revelou.
Parte do Cinema Novo, movimento vital,
Captou lavradores, violeiros, ceramistas,
E os candangos, na capital federal.
Eternizou o Nordeste, suas conquistas,
Vladimir Carvalho, com seu olhar social,
Fez do cinema, voz dos injustiçados e artistas.
- Antonio Costta
24/10/2024
Hoje, no Dia de Finados, temos um momento especial para recordar e prestar homenagem àqueles que já não estão entre nós. A palavra “saudade”, que só existe no português, expressa um sentimento profundo e único, que apenas quem sente pode compreender. Nesta data, essa saudade se intensifica, e é com respeito e carinho que recordamos nossos entes queridos que partiram.
Muitos de nós acreditamos que esses amados que se foram estão na eternidade, ao lado de Deus, recompensados por uma vida de amor, bondade e fé vivida aqui na Terra. A vida é cheia de escolhas, e, mesmo sendo seres falhos, temos o chamado de trilhar um caminho que nos aproxima do Criador. Embora nasçamos no pecado, a nossa capacidade de amar e realizar o bem nos permite caminhar na direção dos exemplos dos santos e justos. Como seres humanos, podemos tanto semear a paz e a bondade quanto, por nossas escolhas, nos afastar de Deus, permitindo que o mal crie raízes em nossas vidas.
Neste dia, elevamos nossas orações por aqueles que amamos e honramos os bons exemplos que eles deixaram. Que as lições de amor, honestidade e fé que nos transmitiram sirvam de inspiração para nossa própria jornada. Em nossas preces, também pedimos que possamos perdoar as ofensas e superar as mágoas, deixando o passado para trás. Que Deus nos proteja das tentações e nos guie no caminho do bem, afastando-nos das influências negativas.
A morte é uma das certezas da vida, mas não precisa ser encarada com medo. Podemos nos preparar para ela com paz, vivendo cada dia como um passo rumo à eternidade com Deus. Para isso, seguir os mandamentos e buscar uma vida digna e justa são fundamentais. Somos chamados a amar o próximo, a perdoar e a apoiar aqueles ao nosso redor. Esses valores nos aproximam do céu e dão verdadeiro sentido à nossa existência.
Que Deus nos abençoe e fortaleça nossa fé. Que a esperança da vida eterna nos inspire a melhorar continuamente, sabendo que nossa alma, um dia, encontrará repouso na casa do Senhor. Que sigamos em Cristo, nosso Salvador, com confiança e serenidade, entendendo que a morte é apenas o início de uma nova vida ao lado Dele. Amém.
Entre Lembranças e Novos Caminhos: Uma Homenagem a Camila Furtado
De Volta Redonda aos campos do sul,
Você veio, amiga, buscar outro azul.
Foi um começo estranho, de clima e de chão,
Como se fosse em terras de outra nação.
"Foi foda" no início, assim você diz,
Mas, aos poucos, achou seu país.
Hoje, Joinville é teu paraíso,
O melhor lugar pra viver e sorrir preciso.
No Glória, o clube, teu lar de verdade,
Entre amigos, risadas e saudades,
No padel, em quadras de um mundo novo,
Você fez sua casa, dia a dia, de novo.
Um filho crescendo, já quase um gigante,
Na paixão pelo esporte, no sonho distante.
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Teu marido ao lado, fiel companheiro,
Todos juntos, em laços, num elo inteiro.
Você passa os dias no ritmo da bola,
No jogo que une, consola e embala,
Dos treinos noturnos às manhãs de torcer,
Pois entre querer e ser, há tanto a fazer.
Hoje, depois de tantos caminhos,
A gente se encontra em novos cantinhos,
Entre amigos, quadras e histórias guardadas,
Em Joinville, cidade que é nossa morada.
Homenagem à Lélia Gonzalez
Eu olhava como todas olhavam, eu sonhava como todas sonhavam, era o mesmo sol, a mesma chuva, tinha mãos, pés e não chegava a lugar algum. Meu sorriso era tão branco e lindo quanto todas as bocas juntas que falavam de canto, e cantavam minha cor. Eu olhava, sonhava e tudo que via, não podia passar além de ali, ali onde eu não podia ir, ali onde eu nunca iria chegar. Mas CHEGUEI, CHEGAMOS, e olhando, sonhando e sorrindo, mesmo com todas as dores e com os horrores, EU ESTOU AQUI!
